Quanto pagamos de Imposto:

Visite o blog: NOTÍCIAS PONTO COM

Visite o blog:  NOTÍCIAS PONTO COM
SOMENTE CLICAR NO BANNER -- JORNAL PONTO COM **

PENSE NISSO:

PENSE NISSO:

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

PIB de Santa Catarina chega a R$ 123 bilhões e é o sexto maior do país.

Santa Catarina superou a Bahia e agora possui o sexto maior Produto Interno Bruto (PIB) entre os estados brasileiros. De acordo com o estudo “Contas Regionais do Brasil”, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia 17, a economia catarinense movimentou R$ 123,25 bilhões em 2008, o que corresponde a 4,1% do PIB nacional – que alcançou pouco mais de R$ 3 trilhões. É a primeira vez desde 2003 que há variação de posição entre os oito estados brasileiros mais ricos. Desde então, os primeiros lugares eram ocupados, respectivamente, por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Santa Catarina e Distrito Federal.
O crescimento bruto do PIB catarinense, que em 2007 registrou R$ 104,62 bilhões, foi de 17,8%. No entanto, o levantamento do IBGE considera a variação real, que leva em conta os efeitos da inflação sobre os resultados. Por conta disso, o PIB do Estado apresentou expansão real de apenas 3%, o quarto pior desempenho entre os estados – e abaixo da média brasileira, que foi de 5,2%. A metodologia explica por que, mesmo com o baixo aumento, Santa Catarina ultrapassou a Bahia. Desde 1995, o PIB catarinense teve aumento real de 49,2%.

O Estado também ganhou uma posição no ranking do PIB per capita. Com R$ 20.368,64 – o maior da região Sul – contra R$ 17.834,00 do ano anterior, Santa Catarina subiu um degrau e agora ocupa o quarto lugar, colocação que antes era do Espírito Santo. O líder foi o Distrito Federal, com PIB per capita de R$ 45.977,59 – 88% maior do que o de São Paulo, segundo na lista, com R$ 24.456,86. A média brasileira foi de R$ 15.989,75.

SETOR DE SERVIÇOS LIDERA PARTICIPAÇÃO NO PIB ESTADUAL:
O setor de serviços segue sendo a atividade econômica responsável por mais da metade do PIB catarinense. Em 2008, representou 57,5% do total, crescendo 0,4 ponto percentual em relação ao ano anterior e freando o avanço da indústria, que caiu de 35,7% para 34,4%. A participação da agropecuária passou de 7,2% para 8%. Neste segmento, o destaque ficou por conta da expansão da criação de bovinos (17,2%), suínos (21%) e da pecuária e pesca (14,9%). O cultivo de soja despencou 23,4%.

CATORZE CRESCEM ACIMA DA MÉDIA:

O PIB de catorze estados cresceu além da média nacional, que chegou a 5,2% (veja na tabela ao lado). Os outros doze – inclusive Santa Catarina – e o Distrito Federal ficaram abaixo do índice. A maior variação real foi registrada pelo Piauí: 8,8%. O resultado, no entanto, não foi suficiente para tirar do estado a incômoda 23ª posição no ranking. Do outro lado da tabela, Sergipe teve o desempenho mais fraco, crescendo apenas 2,6%. O Rio Grande do Sul, que detém o quarto maior PIB entre os estados, não ficou muito longe: somente 2,7% de expansão.
SETE ESTADOS E O DF CONCENTRAM QUASE 80% DA ECONOMIA:

Em 2008, sete estados e o Distrito Federal concentravam 78,2% de toda a economia brasileira. O índice, apesar de ainda revelar a enorme desigualdade de renda do país, já foi maior. Em 2002, início da série, o G-8 participava com 79,8% do PIB nacional. Os demais estados ganharam participação ao longo do período, passando de 20,3% para 21,8%.

São Paulo, mesmo depois de registrar a maior perda na participação geral – 1,5% –, segue absoluto. Com PIB superior a R$ 1 trilhão, marca alcançada pela primeira vez, concentra 33,1% das riquezas do Brasil.

SUDESTE VEM PERDENDO ESPAÇO:

O Sudeste acumula 56% do PIB brasileiro. Apesar do amplo domínio, os números mostram uma tendência, ainda que bastante tímida, de queda de participação da região na economia, que em 2002 era de 56,7%. Neste período, o Sul também perdeu espaço: 0,3 ponto percentual (16,6%). Por outro lado, o Norte (5,1%) e o Centro-Oeste (9,2%) avançaram 0,4%. O Nordeste teve um crescimento mais modesto, de 0,1% (13,1%).

FONTE
TPA
FOTOS ILUSTRATIVAS

domingo, 16 de janeiro de 2011

Que matérias já foram obrigatórias nas escolas brasileiras?

por Luiz Fujita:

Desde educação moral e cívica até bordado e horticultura, os alunos brasileiros já foram obrigados a estudar todo tipo de coisa na escola. A variedade de matérias adotadas - e descartadas - no currículo é fruto da própria variação do contexto sócio-econômico no país e do direcionamento político dos governos que se sucederam ao longo da história. Vale lembrar que, na verdade, o currículo básico definido pelo governo não é totalmente rígido. Ele estipula o que deve constituir a base do ensino, mas dá certa liberdade para as escolas montarem suas grades. A lei atual, por exemplo, diz que são obrigatórias aulas de educação física. Porém, cada escola pode escolher como serão essas aulas. Assim, enquanto um colégio pode ficar no feijão-com-arroz do futebol e basquete, outro pode optar por esgrima, badminton ou outro esporte diferentão. :- P
Termina nesta 6ª prazo para inscrição no Enem 2010

PROFESSOR ALOPRADO
Veja algumas das disciplinas mais inusitadas já ensinadas no Brasil
CURSO BÍBLICO (1549-1827)
No Brasil colonial, se nem havia escolas direito, imagine então um currículo! O que rolava de ensino obrigatório era, na verdade, uma catequização. Os padres jesuítas ensinavam doutrina cristã e língua portuguesa aos índios para que, assim, eles pudessem ler a Bíblia e converter-se ao catolicismo.

LÁPIS E BORDADO (1827-1879)
Nesse período, o currículo começou a ter o formato que conhecemos hoje, com aulas de matemática, ciências e ginástica. Porém, a escola refletia o machismo da sociedade: as meninas só aprendiam a ler, a escrever e a fazer as contas básicas de matemática – além disso, tinham aulas de bordado e outras prendas domésticas.

JE SUIS BRÉSILIEN (1890-1946)
Com a República, a influência francesa aumentou e o idioma do biquinho passou a ser obrigatório. Os alunos também passaram a ter aulas "disciplinadoras", como caligrafia, voltadas para difundir entre a população os princípios burgueses de valorização da família e do trabalho para o progresso do país.

TRABALHO INFANTIL (1879-1890)
Na ebulição política que antecedeu a Proclamação da República, o currículo incorporou matérias voltadas para atividades produtivas, como uma espécie de ensino técnico. Havia aulas de noções de lavoura e horticultura, além de marcenaria e economia, para os meninos, e, para as meninas, costura e economia doméstica.

APRENDENDO A NÃO PENSAR... (1946-1986)
Nesse período, as meninas chegaram a ter aulas de puericultura, em que aprendiam a cuidar de bebês. A partir do golpe militar, em 1964, disciplinas reflexivas, como filosofia, cederam lugar para coisas como organização social e política brasileira (OSPB), tudo para formar cidadãos comprometidos com a máquina verde-amarela – mas, claro, que não pensassem muito sobre isso...

BOTANDO PINGOS NOS IS (1986-1996)
A redemocratização do país foi acompanhada de um ajuste no currículo, que ficou mais específico. Por exemplo, no lugar de comunicação e expressão, nasceram português e literatura; em vez de estudos sociais, história e geografia; e a matemática virou matéria própria, destacada do vasto campo das ciências.

PENSO, LOGO, EXISTO (1996-HOJE)
Em tempos de globalização  e pra não ficar no "enrolation" do "la garantia soy jo" –, a galera também passou a aprender ao menos uma língua estrangeira moderna. E, desde 2008, filosofia e sociologia, que haviam sido banidas pelos militares, voltaram ao ensino médio.
O QUE ROLA DE MAIS DIFERENTÃO HOJE

Em colégios no Brasil...

Cansou de futebol nas aulas de educação física? É só ir para Vila Nova do Piauí: nas escolas municipais de lá, os alunos jogam é xadrez! Já em Guaíra e Barretos, cidades do interior de São Paulo, a galera tem aula de cultura pela paz, em que aprendem a ser compreensivos, dialogar com o próximo, controlar as emoções e – ufa! – relaxar...

... e no mundo

Em algumas províncias do Japão, os alunos – todos! – têm aulas de técnicas domésticas básicas, para aprender a cozinhar ou a costurar um botão de calça. Para a turma do paz-e-amor, nas escolas públicas do estado de Himachal, na Índia, é obrigatório praticar ioga. Já em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes, a onda não está tão zen: a galera de lá tem aulas de jiu-jítsu!

FONTE
MUNDO ESTRANHO
FOTOS ILUSTRATIVAS

GEOGRAFIA DAS CLASSES SOCIAIS:

Quem define as classes sociais no Brasil?

por Fernanda Salla
A divisão da população brasileira em classes socioeconômicas é baseada no Critério de Classificação Econômica Brasil, levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Essa classificação surgiu em 1997 para medir o poder aquisitivo das pessoas, avaliando os bens da família e o grau de escolaridade do chefe da casa. “O Censo, do IBGE, não define classe, só renda, e muitos distorcem os dados sobre quanto ganham. Por isso, foi definido que, para descobrir o poder aquisitivo de uma pessoa, era preciso estabelecer um novo critério”, diz Ana Helena Meirelles Reis, presidente da MultiFocus Inteligência de Mercado. Na prática, itens possuídos pela família valem pontos e definem a que classe ela pertence. No Brasil, os principais bens avaliados são: quantidade de banheiros na casa, TVs em cores, rádios, DVDs, geladeiras e freezers, automóveis, videocassetes ou DVDs, máquina de lavar e empregada mensalista.

QUAL É A SUA?


Conte quantos itens destes há em sua casa, some os pontos e descubra sua classe social*

BANHEIRO
1 = 4 pontos
2 = 5 pontos
3 = 6 pontos
4 ou + = 7 pontos

CARRO
1 = 4 pontos
2 = 7 pontos
3 ou + = 9 pontos

FREEZER**
2 pontos (qualquer quantidade)

GELADEIRA
4 pontos (qualquer quantidade)

MÁQUINA DE LAVAR
2 pontos (qualquer quantidade)

TV
1 ponto por unidade (4, no máximo)

EMPREGADA MENSALISTA
1 = 3 pontos
2 = 4 pontos

GRAU DE INSTRUÇÃO DO CHEFE DE FAMÍLIA
Analfabeto ou primário incompleto = zero
Primário completo = 1 ponto
Ensino fundamental completo = 2 pontos
Ensino médio completo = 4 pontos
Graduação completa = 8 pontos

RÁDIO1 ponto por unidade (4, no máximo)

VHS/DVD
2 pontos (qualquer quantidade)

CLASSIFICAÇÃO SOCIOECONÔMICA

A1 – 42 a 46 pontos
A2 – 35 a 41 pontos
B1 – 29 a 34 pontos
B2 – 23 a 28 pontos
C1 – 18 a 22 pontos
C2 – 14 a 17 pontos
D – 8 a 13 pontos
E – 0 a 7 pontos

*Segundo o Critério de Classifi cação Econômica Brasil, publicado em 2008 pela Abep
**Freezer independente ou acoplado à geladeira.


FONTE
MUNDO ESTRANHO
FOTOS ILUSTRATIVAS

Por que depois de comer a gente fica com sono?


por Yuri Vasconcelos

Porque o fluxo sanguíneo aumenta na direção do estômago e do intestino, para ajudar no processo da digestão, e o sistema nervoso fica menos irrigado. Com menos sangue chegando, diminui também o transporte de oxigênio. “Quando existe menos oxigênio no cérebro, o organismo entra em estado de falsa hibernação e, por isso, sentimos sono”, afirma a nutricionista paulista Vanderli Marchiori. 
Essa é a explicação fisiológica clássica, mas, recentemente, uma equipe de cientistas da Universidade de Manchester, na Inglaterra, apontou outro fator envolvido nessa questão. Eles descobriram um mecanismo pelo qual o cérebro interrompe seu estado de alerta depois que comemos. Segundo os cientistas ingleses, a glicose, o açúcar encontrado nos alimentos, faz com que as células nervosas que nos mantêm alertas parem de emitir sinais para deixar as pessoas acordadas. Quando o corpo humano precisa de combustível – ou seja, comida –, os sinais de alerta são emitidos a todo momento. Mas, quando a fome é saciada, o cérebro pára de mandar tais sinais, daí a moleza que toma conta do corpo. Assim, depois daquela macarronada do domingo, somos dominados por uma vontade irresistível de tirar uma soneca.


FONTE
MUNDO ESTRANHO
FOTOS ILUSTRATIVAS

Que molha mais, correr ou andar debaixo da chuva?

por Fernanda Salla:

Depende. Muitos fatores interferem nesse resultado como, por exemplo, a distância percorrida, o tempo embaixo d’água, a intensidade da chuva e a área do corpo. "Os elementos que determinam a quantidade de água que uma pessoa vai receber são a velocidade resultante da chuva e a superfície de contato. Mas, o que importa é o ângulo que gotas fazem ao atingir o corpo. Quanto maior o ângulo de inclinação na vertical, mais chuva o cara vai tomar. E isso aumenta à medida que a velocidade da pessoa fica maior", explica Cláudio Furukawa, do Instituto de Física da USP. Então, se você não é bom de conta, melhor mesmo é sempre andar com um guarda-chuva, só por precaução.

Quem fica mais molhado?

Saiba em quais situações é melhor andar e quando correr é a única solução.
Em caso de chuvisco, ande
Quando a chuva é moderada e cai em linha reta, é melhor você andar. Em uma velocidade menor, menos gotas irão atingi-lo durante o percurso. Ao correr, a sua velocidade aumenta, intensificando a chuva sobre o seu corpo. Aí você vai molhar não só a cabeça e os ombros mas toda a parte frontal.
Corra e salve a chapinha!
Para salvar o penteado, corra ao primeiro sinal de chuva. Com a velocidade, os pingos atingirão mais a parte da frente do seu corpo. Proteger ou cobrir a cabeça também ajuda. Se ficar descabelada não é problema, vá andando. A chuva cairá perpendicular ao corpo, atingindo mais o ombro e a cabeça.

Gordinhos, pé na tábua!
Se você tem uns bons quilos a mais, corra! Já que a sua área é maior, melhor apertar o passo e ficar pouco tempo debaixo da chuva. Como os magrinhos têm pouca área de contato, menos gotas de chuva irão atingi-los durante o trajeto. Neste caso, andar é a melhor solução.

Em caso de chuva forte, corra ou ande!
Debaixo de toró, dá no mesmo: vai sair encharcado de qualquer forma. Se correr, vai tomar mais chuva por causa da velocidade, mas, em compensação, vai ficar menos tempo debaixo d’água. Se você prefere andar, a vazão de água será menor, mas ficará mais tempo na chuva.
FONTE
MUNDO ESTRANHO
FOTOS ILUSTRATIVAS

DIVERTIMENTO PARA A CRIANÇADA:


FONTE
REVISTA SADOL
FOTOS ILUSTRATIVAS

IMAGENS ESTRANHAS...

VEJA SÓ... !













terça-feira, 11 de janeiro de 2011

CARTOGRAFIA x MAPAS.

A arte com olhar e raciocínio geográfico:


Em seu conjunto, a representação cartográfica revela uma ‘biografia’ urbana, através de instantâneos de uma identidade sempre mutante.”

(Celso Castro)

Conceito da cartografia Para fazer colocações nesta temática temos que relativizar o conceito de cartografia, geografia e topofilia. Para conseguirmos fazer a união desses três conceitos, temos que passar de forma explícita o significado de cada uma delas:
- Cartografia: Estudo de mapas
- Geografia: Desenhar ou escrever a Terra
- Topofilia: Amor pelo lugar.
Relativizando esses três conceitos é que as obras de Van Langren tornam-se mais próximas dos seus observadores, transmitindo a ideia de que a arte é fundamental para o estudo da história da cartografia. Pois, assim, extraímos a concepção de que o envolvimento do homem com o espaço vivido e a sua interferência no meio físico constrói uma visão abrangente sobre os objetos de estudo da ciência geográfica. Mas a cartografia de Van Langren caracteriza a particularidade de cada região e localização geográfica.
A estética e o belo, que são conceitos difundidos na ciência da arte, tornam-se itens de grandes valores para as obras de Van Langren. Ao observar as obras de Van Langren, seguimos para uma percepção didática da cartografia. Essa percepção didática se origina pelas nuances das cores e os efeitos que esta arte visual nos causa.
Ao analisar os diversos tipos de mapas, chega-se à conclusão de que a ciência cartográfica serve-se de duas nuances analíticas, como a arte e a técnica. No caso da arte, observamos as cores, os contornos, os elementos componentes do espaço desenhado e a clareza de informações que se obtém por meio deste procedimento. A arte torna-se um item indispensável nesse processo, pois, segundo Svetlana, “os cartógrafos constituem um grupo claramente distintos dos artistas, assim como os estudiosos da cartografia se distinguem dos historiadores da arte. Ou, pelo menos, assim era até recentemente. Estamos testemunhando um certo enfraquecimento dessas divisões e da atitude que elas representam. Os historiadores da arte, menos certos de poder estipular quais imagens contam com a arte, estão dispostos a incluir mais tipos de artefatos e outras produções humanas em seu campo de estudo. Alguns deles se voltaram para os mapas. Os cartógrafos e os geógrafos, por sua vez, acompanhando uma revolução intelectual correlata do nosso tempo, estão tomando consciência da estrutura dos mapas e de sua base cognitiva.”
A afirmativa de Svetlana nos ajuda a compreender o padrão de cartógrafo que Van Langren era. As ideias sobre arte que ele transmite em seus trabalhos é que fazem dele um artista visionário e com técnicas aprimoradas e bem relevantes para o estudo da arte como ciência.
No caso de Van Langren, exercer dois papéis como cartógrafo e artista nos desperta a percepção de que a arte se faz presente no cotidiano da geografia.
No mapa acima, podemos ilustrar a arte cartográfica fazendo as seguintes considerações:
Na parte superior do mapa, ao lado esquerdo, podemos ver a presença da religiosidade visualizada pela imagem de anjos; as cores e os tons em diferentes pigmentações; o tracejado preciso e bem delineado; e a iluminação da própria obra permitindo clareza na interpretação do que se pretende informar.
Já para a técnica cartográfica, o mapa 1 esboça bem essa questão. Pois neste contexto a arte se distancia, e o mapa de obra de arte passa a ser documento cartográfico. No documento cartográfico se observa uma cartografia bem política e pretensiosa no que tange à delimitação territorial; dados referenciais; informação de localização; orientação cartográfica. Contrapondo arte e técnica é que se consegue notar a diferença entre o trabalho do cartógrafo e do artista.
O mapa 1 e o mapa 2 são reproduções idênticas do espaço registrado e diferentes a partir das técnicas empregadas. O mapa 1 refere-se a um estilo documental da cartografia que faz dela um procedimento técnico. O mapa 2 é uma reprodução artística com características didáticas e topofólicas por desapertarem no observador o entusiasmo na compreensão dos seus elementos, que são assimiláveis por meio da sua visualização.
A cartografia pitoresca de Van Langren apresenta em tempo simultâneo essa questão de arte e técnica. Ele se favorece desse privilégio por ter existido em uma época em que as ciências estavam caminhando para a modernidade e evoluindo para um campo de acesso fragmentado. Ou seja, aos poucos, os conhecimentos vão se tornando mais distintos e particulares.
Van Langren se torna um cartógrafo artista valorizado em seu meio de convivência, pois no século XVI não havia a dissociação do saber cartográfico e do saber artístico. O layout das obras de Van Langren se mostra de formas customizadas e se particularizam para um determinado público.
Para a geografia, a cartografia é a representação gráfica do território pelo homem. Essa “grafia” territorial é utilizada para delimitar áreas terrestres e criar fronteiras espaciais entre territórios. Este princípio sempre se fez presente em toda a cartografia histórica e até mesmo na cartografia moderna.
Ao pesquisar a história da cartografia da América Latina por meio das obras de Van Langren é que conseguimos conhecer a visão europeia sobre o nosso território. Os europeus imaginavam o mundo novo na posição horizontal (deitado), como nos mapas 1 e 2. Porém, essa forma visual do nosso espaço deve-se aos relatos e ao que já se tinha “pronto”, uma vez que as reproduções eram frequentes e o que mudava era um elemento ou outro. Ao selecionar um artista/cartógrafo e focar um estudo dirigido referente sobre a sua obra, é necessário ir além do saber epistemológico.
O estudo passa a ser abrangente e a necessidade de ir a fundo na biografia do selecionado torna-se uma questão objetiva para um estudo subjetivo.
A subjetividade do estudo sobre as obras de Van Langren ocorre pela dualidade apresentada em seu trabalho. Tratando-se de uma cartografia antiga é que podemos argumentar sobre esse sentido que a arte concede à cartografia e como o geógrafo se posiciona perante essa questão.
Em uma linguagem geográfica e em um olhar artístico, o geógrafo passa a ser um construtor de um conceito ainda novo para a ciência geográfica. Ou seja, a conexão da geografia com a arte.
Dentro dessa interface é que a história da cartografia se faz pertinente como um instrumento a mais para a construção desse saber. Contudo, Van Langren surge como um ícone para o estudo dess a afirmativa.



Artistas holandeses

Os trabalhos dos artistas holandeses contribuíram grandiosamente para os campos cognitivos e epistemológicos abrangentes da ciência geográfica. Porém, quando nos direcionamos para a cartografia, os estudos dos mapas devem, antes de tudo, partir dos conceitos da geografia científica. Mas quais conceitos seriam esses? Esses conceitos encontram-se em evidência a partir dos conteúdos que compõem as duas facetas da ciência geográfica: a geografia física e a geografia humana.
Relacionando geografia e arte dentro da disciplina cartografia, podemos ver nitidamente tais conceitos partindo das observações feitas das obras de Van Langren. Para Svetlana: “(...) os autores ou editores de mapas eram referidos como ‘descritores do mundo’, e seus mapas, ou Atlas como mundo descrito. Embora o termo nunca tenha sido, ao que me consta, aplicado a uma pintura, há boas razões para sê-lo aqui. O objetivo dos pintores holandeses era captar, sobre uma superfície, uma grande quantidade de conhecimentos e informações sobre o mundo”.
Essa afirmativa de Svetlana Alpers aplica-se a Van Langren de forma concisa, uma vez que tal informação justifica o seu estilo artístico e a sua epistemologia geográfica.
Para o conhecimento histórico da cartografia, a arte e a técnica se misturam e ao mesmo tempo enveredam por um caminho científico representando um mundo tridimensional em suas descrições.
Em relação aos mapas 1 e 2 apresentados, o nosso olhar técnico e o didático se confrontam, uma vez que buscamos dissociar a arte da técnica dentro do estudo da cartografia histórica.
Referenciando-se aos mapas apresentados e ao estudo da cartografia atual, podemos de forma ousada propor uma modificação na posição do mapa de Van Langren, pois se percebe que este apresenta a América Latina de forma verticalizada.
Esses mapas 1 e 2 nos oferecem mais informações do que os mapas da cartografia atual. Atualmente, a cartografia encontra-se fragmentada em estilos e divisões de percepção visual, enquanto a cartografia histórica busca apresentar muitas informações em um único mapa.

Se fôssemos propor uma correção à posição da obra de Van Langren, os mapas da América Latina ficariam da seguinte forma:
Ao que se vê, não ficaria muito diferente das representações atuais. Por isso, a arte nos favorece a possibilidade de interferir no mundo, da mesma forma que a geografia o interpreta e a cartografia o descreve. Van Langren insere-se neste contexto por fazer com que estes conceitos interajam de forma concisa em suas obras.
A genialidade do cartógrafo Van Langren suscita a ideia de que a geografia e a arte, mesmo sendo ciências distintas, possuem grandes afinidades por representarem o espaço como imagem e a cartografia, os territórios com imagem. Referenciando-se a esta afirmativa é que Van Langren permite que o seu ego de geógrafo junto ao seu olhar de cartógrafo se faça presente em suas obras e o seu talento de artista se extravase e transcenda pelos detalhes das cores e no delinear dos riscos, fazendo deste um iluminado artista por meio de sua pitoresca cartografia.
A cartografia é uma arte e ao mesmo tempo uma ciência que transforma o real em objeto. Ser cartógrafo, ser geógrafo e ser artista fazem de Arnold Florent Van Langren um ícone para o estudo da cartografia histórica e um marco da identidade do continente americano.

As obras, o estilo artístico da cartografia de Arnold Florent Van Langren.
Delineatio Totius Australis Partis Americae (1596)

“Mapas desenhados na areia, apenas para responder a uma questão prática, têm muito pouco ou nenhum valor artístico. No entanto, tão logo são desenhados em um material mais durável – barro, madeira, papiro ou papel –, o impulso artístico encontra expressão. É como se os seres humanos fossem incapazes de inscrever linhas, ângulos, quadrados e círculos sem serem engolfados na estética de configuração design. Este impulso é ainda mais poderoso quando a cor, a representação pictórica da topografia e os traços feitos pelo homem são adicionados.”
(Yi-Fu Tuan)
A gênese da divulgação do conhecimento sobre a cartografia surgiu por meio da arte, uma vez que Claudius Ptolomeu, pensador grego, intensificou o seu trabalho como cartógrafo ao escrever a obra denominada Geografia de Ptolomeu. Essa obra tornou-se conhecida como o primeiro Atlas Mundial. A partir do século XVII, a cartografia se tornou ciência distinta por ir perdendo características artísticas e ir adquirindo uma aparência documental e, ao mesmo tempo, técnica. A ciência cartográfica se estuda e se pesquisa dentro da geografia não somente por uma questão de semântica, mas também pela contextual de linhas de saberes de conhecimentos. Partindo desta afirmativa é que podemos evidenciar e, ao mesmo tempo, construir diversas visões relativas a obras que se tornam ambíguas entre a cartografia e a arte.
Assim é que se insere Arnold Florent Van Langren, que, em suas criações, faz o uso de elementos visualizados em obras de arte, tornando-se, assim, um artista visionário com raciocínio cartográfico e olhar geográfico. A respeito da vida pessoal de Van Langren pouco se sabe. Embora o que se conhece é que ele segue uma descendência de cartógrafos holandeses e tanto ele quanto o patriarca da família Van Langren (Jacob Florent Van Langren), seu irmão (Henricus Florent Van Langren) e seus dois filhos (Michael Florent Van Langren e Jacob Florent Van Langren “Frederik”) exerciam funções como cartógrafos, matemáticos, astrônomos e escultores de globos terrestres e celestes.

Conceitos
Partindo desse princípio é que o universo epistemológico da cartografia se apresenta com estruturas interdisciplinares entre geografia e arte, o que faz com que as obras de Van Langren estejam em constante evidência. As suas apresentações artísticas são ao mesmo tempo técnicas, como no caso da leitura artística que o observador faz partindo de signos e elementos contidos no mapa. Eles fogem e ao mesmo tempo se aproximam.
Verificamos alguns conceitos de cartografia como no mapa acima.

Cartografia e arte
Ao se fazer o estudo da cartografia neste período da Idade Moderna, século XVI, é que a interface da cartografia com a arte se faz essencial na ciência geográfica.
No mapa acima podemos focar o nosso olhar riqueza de informações escritas e avaliar as técnicas artísticas que se fazem presente nele. O que provoca admiração aos observadores são as características de raciocínio artístico sobre o mapa, uma vez que a América Latina se apresentava como um mundo novo e os limites políticos são evidenciados na obra.
O que torna muito questionador para as pesquisas e estudos feitos sobre a história da cartografia é o fato de como os cartógrafos conseguiam construir mapas de regiões ainda pouco exploradas e por serem isentos de recursos tecnológicos como se usufruem nos dias atuais?
Pelas obras de Arnold Florent Van Langren é que podemos coletar algumas respostas, uma vez que ele exercia os dois papéis. Ou seja, o de cartógrafo e artista.



A leitura de mapas

No século XVI, idealizar mapas não era uma tarefa fácil. Pois dimensionar uma imagem que antes não era vista de forma vertical (de cima para baixo), esboçá-la graficamente nos provoca muitos questionamentos.
A conclusão a que até se pode chegar para tais questionamentos se explica por meio do uso do imaginário e do abuso da sua criatividade, que compensavam o desconhecimento geográfico. Para Turchi, “o mapa nos mostra, concisamente, algo que ninguém jamais viu.”
O trabalho de Van Langren une a visão vertical e a horizontal do território, criando também uma cartografia didática e lúdica, por meio da apresentação das imagens. Isso significa que, para a aprendizagem da cartografia, em todos os níveis de ensino, é relevante se servir da cartografia histórica, por esta nos favorecer como um excelente meio para questionamentos contundentes relacionados à ciência geográfica e ao conteúdo cartográfico. Pesquisar os mapas de Arnold Florent Van Langren nos dá a concepção da gênese do distanciamento entre a cartografia e a arte.

FONTE

FOTOS ILUSTRATIVAS

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO A TODOS...

Mensagem especial

Feliz Ano Novo!

Que neste ano Deus nos ensine a Paz, e que estejamos todos prontos para ouvir. Que os nossos erros não sejam o nosso fardo, mas a experiência para decisões melhores.Que neste ano a religião não seja razão para o ódio, e que os inocentes sejam sagrados. Que as diferenças não justifiquem problemas, mas que mostrem soluções. Que neste ano toda criança possa brincar, e que elas tenham brinquedos verdadeiros. Que os seus pais não justifiquem discórdia hoje, mas que falem dos sonhos de um futuro feliz.

Que neste ano a força seja das boas palavras, e que as palavras sejam ouvidas.Que o poder não derrube paredes sobre as pessoas, mas que destrua barreiras entre elas. Que neste ano as nações sejam unidas, e que a união tenha significado e seja respeitada. Que os governantes não se esqueçam de que a história não eterniza a vida, frágil e passageira, mas apenas pensamentos e ações. Que neste ano a natureza seja mãe, e que, como filhos, tenhamos por ela o amor e o cuidado devidos. Que as ações pelo planeta não sejam assinadas apenas pelas nações que compreendem os problemas, mas também por aquelas que os causam.



O nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos... Mas a beleza da caminhada depende dos que vão conosco!

Assim, neste NOVO ANO que se inicia, caminhemos mais juntos... Em busca de um mundo melhor, cheio de PAZ, SAÚDE, COMPREENSÃO e MUITO AMOR.



O ano se finda e tão logo o outro se inicia... E, neste ciclo do "ir" e "vir, o tempo passa... e como passa! Os anos se esvaem...E nem sempre estamos atentos ao que realmente importa.



Deixe a vida fluir... E perceba entre tantas exigências do cotidiano... O que é indispensável para você! Crie uma nova vida... um novo dia...Um novo ano que ora se inicia! E assim dê início a uma nova jornada! Que o levará a uma nova vida, a um novo lar. E aos novos progressos na vida!

Você logo verá esta realidade, e assim encontrará maior Felicidade e Recompensa... Que o ANO NOVO renove as nossas esperanças.E o fulgor dos nossos corações intensifique a manifestação de um ANO NOVO repleto de vitórias! E que o resplendor dessa chama seja como a tocha que ilumina os nossos caminhos para a construção de um futuro repleto de alegrias! Desejo que as novas experiências lhes sejam construtivas, saudáveis e harmoniosas. Muita Paz em seu contínuo despertar!
FONTE