No Brasil, o Marea chegou em 1998, nas variações sedã e perua Weekend com as versões ELX e HLX. Com visual praticamente idêntico ao do modelo italiano, ele foi lançado com motor cinco cilindros 2.0 20V de 142 cv e torque máximo de 18,1 kgfm, que tinha um ronco todo próprio. Poucos meses depois chegavam a versão de entrada SX, com o mesmo motor (porém sem o variador do comando e 127 cv de potência), e a esportiva Turbo com o propulsor 2.0 20V turbinado de 182 cv e torque máximo de 27 kgfm.
Chamava a atenção a perua Weekend, que graças às suas lanternas verticais transpirava modernidade e esportividade. Ela certamente tinha um visual mais bem resolvido que a versão sedã, que adotava a mesma frente com faróis estreitos, mas pecava pela traseira baixa e de desenho acanhado.
Na versão esportiva Turbo, o Marea contava com freios específicos, suspensão mais firme e tomadas de ar no capô. Por dentro, painel de instrumentos com fundo branco e pedais esportivos. Com aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 8,1 e velocidade máxima de 220 km/h, esta versão colocou o Marea entre os carros nacionais mais rápidos e velozes na época.
Em 2000, a versão de entrada ganhava um motor 1.8 16V (o mesmo do Brava HGT) com os mesmos 127 cv, porém, com torque menor. Ainda neste mesmo ano, a Fiat resolveria o problema de falta de torque em baixa rotação do 2.0 20V e trazia da Itália o motor 2.4 20V de 160 cv e 21,1 kgfm. Seu destaque era o torque elevado, que se manifestava logo em baixas rotações. Logo em seguida o 2.0 aspirado deixava de ser oferecido na linha.
No ano seguinte, mais mudanças: adoção do câmbio automático de quatro marchas (o mesmo usado pelo GM Vectra na época), disponível apenas para a versão HLX e um redesenho na parte traseira, com lanternas vindas diretamente do italiano Lancia Lybra.
Daí para frente, o segmento se diversificava e passava a contar com novos protagonistas. O rival Vectra já não era mais uma unanimidade, e rapidamente passou a ser ofuscado pelos renovados japoneses Honda Civic e Toyota Corolla. E com o Marea não seria diferente, obrigando a Fiat a reduzir constantemente os preços das versões de entrada para tentar mantê-lo competitivo.
Além disso, havia críticas por problemas mecânicos e necessidade de manutenção mais especializada (e cara). Desta forma, em 2005, a versão de entrada SX passava a adotar o motor 1.6 16V de 106 cv que já havia sido utilizado no Brava. Apesar da menor potência, seu desempenho em baixas rotações era adequado. O Marea também passou por uma outra leve reestilização, com nova grade frontal e faróis com molduras cromadas. E a Fiat passou a oferecer o sistema viva-voz por Bluetooth para celular.
Em 2007, as versões ELX e HLX foram descontinuadas, restando apenas a de entrada SX, que só ficaria até o fim do mesmo ano. A Fiat encerrava a produção do Marea, que na Europa havia se despedido em 2005. A missão de sucedê-lo ficaria a cargo do Linea.
Com um total de 54.799 unidades produzidas na versão sedã e 14.700 unidades na Weekend, o Marea não repetiu o mesmo sucesso do antecessor Tempra no Brasil, mas ainda assim será lembrado por ser um dos melhores carros nacionais do seu tempo e pelo ótimo desempenho, principalmente na versão Turbo. Ele inovou com seu conjunto mecânico superior ao dos concorrentes, no entanto, pecou pelo alto custo de manutenção, problema que a Fiat tentou minimizar ao longo de sua trajetória lançando versões com motores menores. Mas era tarde demais para o carro médio da marca.
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