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domingo, 5 de janeiro de 2014

A Criança e os Hábitos: Criando uma Mente Saudável.

Criar um hábito é relativamente fácil, já esquecê-lo não é uma tarefa tão simples...

Lembre-se sempre que, a mente de uma criança é como uma folha de papel em branco, na qual podemos escrever qualquer coisa.

Nessa folha em branco, que é a sua mente, que logo se transformará em sua personalidade, identificando-o como um indivíduo que pensa e age dentro da sociedade, podemos gravar todos os tipos de comportamentos.

A criança aprende através da imitação, isto quer dizer que, vendo o exemplo dos outros, sejam hábitos ou gestos simples como pegar e segurar objetos, ela acabará por se tornar um “hábil” imitador de qualquer coisa.

Seus medos e preferências, também elas apreendem, assimilam na íntegra a partir do exemplo, do modelo que lhes transmitem os adultos, que somos nós.

É importante frisar que, primeiro, as crianças tendem a imitar os comportamentos daquelas pessoas que ela admira, ou confia, como os pais, irmãos mais velhos, parentes com os quais possua mais afinidade.

Os vícios, as manias e os hábitos que detestamos, ou atitudes não éticas, tudo isso, são exemplos que os adultos transmitem para aquela folha em branco, onde podemos escrever qualquer coisa.

Não subestime a capacidade de assimilar coisas de uma criança. Seus sentidos são extremamente mais apurados que de qualquer adulto. É uma estratégia de sobrevivência da natureza, uma vez que nessa faixa etária ela precisa assimilar rapidamente todas as manobras que a permitirão sobreviver em seu mundo.
Ela apreenderá absolutamente tudo, sem códigos de éticas ou culpas presentes, pois, sendo uma folha em branco, terá como única opção imitar aqueles que estão à sua volta, com seus exemplos de conduta, repetindo seus gestos, preferências, manias, vícios e hábitos, por mais bizarros que possam parecer. Como não têm discernimento, ou senso moral, ou culpas, apenas tendem a imitar, reproduzir aquilo que seus sentidos conseguem captar, seja o que for.

Desse modo, ela também aprenderá a odiar e gostar, a preferir e desprezar, a ser moralmente fraca ou forte, a ser corajosa para enfrentar os obstáculos da vida, ou uma fraca que sucumbe facilmente diante de qualquer problema.

E finalmente, lembre-se, uma criança ao nascer, já adentra num mundo repleto de comportamentos milenares, de todos os tipos de códigos e símbolos, de infinitas personalidades que se antagonizam entre si em busca de espaço.

Ali encontrará hábitos e manias que se repetem numa cadeia sem fim, passando de pai para filho, de individuo para individuo, e ela, a criança, certamente, também acabará por se tornar um desses personagens, ou uma bizarra mistura com partes de todos. A qualidade dessas partes, isso dependerá de nossa interferência.

Reformatar, reprogramar esse personagem, nutrir essa nova mente, para que não repita os velhos e nocivos hábitos que já fazem parte do nosso conturbado dia a dia, esse, é papel do Educador ou Pai.
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FONTE:
Notas sobre os Autores:
[1] Jon Talber é Pedagogo, Antropólogo e escritor de temas de auto-ajuda. Estudou por mais de 30 anos as filosofias orientais e o comportamento das muitas culturas do mundo, seus sistemas educativos, doutrinas, dogmas, etc. Torna-se mais um colaborador eventual do nosso Site, onde pretende compartilhar parte daquilo que aprendeu ao longo de sua jornada. 
[2] Ester Cartago é psico-orientadora em educação infantil e fundamental. Pesquisadora em antropologia social e fobias, também escritora de contos infantis, e colaboradora eventual do nosso Site. 
Mais artigos dos autores em: http://www.sitededicas.com.br

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