As montadoras de veículos e as fabricantes de autopeças aguardam com ansiedade a decisão final do governo federal sobre as alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos que deverão vigorar já a partir de terça-feira, dia 1.º. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem uma reunião agendada com a Associação das Montadoras de Veículos (Anfavea) nesta segunda-feira, em São Paulo. A previsão é que ele anuncie a prorrogação do IPI reduzido após o encontro.
Mantega havia dito no início do mês que o tributo seria elevado parcialmente, mas que o aumento dependeria da situação do setor automotivo antes da recomposição do tributo sobre a indústria entrar em vigor. “Teremos aumento do IPI sobre veículos, poderá ser pequeno ou não, vamos avaliar a situação do mercado”, disse na ocasião. Pelo planejamento em vigor, a alíquota do IPI sobre os automóveis com motor 1.0, por exemplo, deve passar de 3% para 7%.
QuedaA situação do setor não melhorou muito. As vendas de veículos acumulam queda de 5,5% entre janeiro e maio e a produção mostra tombo de 13,3% no período. Montadoras de vários segmentos têm anunciado desde o início do ano ajustes de produção que incluem suspensão de contratos de trabalho, programas de demissão voluntária, antecipação de férias e semanas mais curtas de trabalho. As medidas já têm reflexo no emprego, com o segmento de veículos mostrando queda de 3,5% no número de vagas ocupadas em maio ante o mesmo período do ano passado, segundo a Anfavea.
GAZETA DO POVO
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