Valor médio dobrou nos últimos dois anos, e vendas caíram 20% em 2014.
Consumidores dificilmente abandonam bebida, mas usam cuias menores.
Ervateira de Arvorezinha vende produto para gaúchos em outros estados
(Foto: Reprodução/RBS TV)
No dia 20 de Setembro, um dado mostra o impacto da alta no preço da erva-mate no consumo do chimarrão no Rio Grande do Sul, como mostra reportagem do RBS Notícias. Nos últimos dois anos, o valor médio do produto dobrou e está mais alto que o do café. Como consequência, as vendas em 2014 caíram 20%.
Apesar da queda, dificilmente um gaúcho que costuma tomar chimarrão abandona o hábito. A baixa, segundo as indústrias, se deve ao fenômeno chamado de "redução de cuias". Enquanto antes muitos utilizavam cuias grandes, agora a preferência é por modelos menores em que, com menos de 100 gramas de erva, é possível preparar a bebida.
"Não dá pra ficar sem chimarrão. Então a gente optou por diminuir o tamanho da cuia, em função do preço", explica a decoradora Márcia Radai, de Lajeado, no Vale do Taquari, onde o custo médio da erva-mate é de cerca de R$ 15 por quilo.
O empresário Luiz Dorneles Valério explica que, para tentar superar a baixa nas vendas, a ervateira da qual é proprietário em Arvorezinha envia parte da produção para gaúchos que moram em outros estados, como Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. "É o jeito que a gente achou para diminuir os prejuízos", comentou.
A baixa no consumo faz com que as ervateiras comprem menos matéria-prima. Na lavoura do produtor rural Leonardo Paludo, o prejuízo deve chegar a 30% neste ano. "Se o consumo tivesse ficado estável como estava ano passado, estaríamos com esta erva que estamos olhando aqui lá na ervateira, já sendo beneficiada", declarou, cercado pelos ervais de sua fazenda.
G1 RS
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