Taiberson, Fabrício e Valdívia marcaram os gols da vitória colorada no Beira-Rio.
Foto: Jefferson Botega / Agência RBS
O Inter está na Libertadores. Taiberson, Fabrício e Valdívia colocaram o Inter lá. Uma vez mais o time de Abel Braga mostrou pouco futebol, mas, na base da garra, conseguiu vencer o Palmeiras por 3 a 1, em um Beira-Rio que atingiu o seu novo recorde de público: 41.148 torcedores. Na última rodada, haverá a definição se o clube jogará a pré-Libertadores ou se ingressará na fase de grupos. O Inter enfrentará o Figueirense, em Chapecó, na última partida do Brasileirão. O Figueirense não corre mais riscos de rebaixamento.
Em uma partida entre dois extremos da tabela do Brasileirão, o Inter teve a paciência necessária para dominar um adversário sob tensão e com chances de ser rebaixado à segunda divisão uma vez mais. Empurrado por uma torcida entusiasmada, o time de Abel Braga tomou conta das ações desde o primeiro minuto. O Palmeiras se postava todo no campo defensivo. Henrique, fixado no círculo de meio-campo, era quem mais se aproximava de um atacante.
Apesar do domínio territorial, o Inter pouco chegava ao gol de Fernando Prass. O retrancão palmeirense contava com até seis jogadores na frente da área, formando um paredão. O Inter parecia treinar. Faltava energia ao time. E, foi em um contra-ataque, aos 13 minutos, que o Palmeiras quase marcou o 1 a 0, com Marcelo Oliveira batendo rente à trave de Alisson. Nas arquibancadas, a torcida começava a demonstrar alguma impaciência. O lance, ao menos, serviu para acordar o Inter. Em uma tabela de D'Alessandro com Aránguiz, a bola foi passada para Fabrício, que invadiu a área pelo lado direito, e chutou para fora.
Aos 23, o cenário do jogo, enfim, mudou. D'Alessandro recebeu a bola na ponta. Entortou Gabriel por duas vezes e passou para Taiberson, que dominou a bola na entrada da área, bateu em curva e Marcelo Oliveira tratou de colocar o pé esquerdo na bola, que subiu, enganou Prass e caiu dentro do gol.
Com o 1 a 0, o Inter se tranquilizou em campo, enquanto o desespero tomou conta do Palmeiras — que passou a precipitar jogadas e a cometer faltas mais fortes. E se tranquilizou mais do que deveria.
Não que este Inter do segundo semestre tenha condições de dar show ou de fazer partidas consistentes. E, como de costume, as falhas defensivas surgiram, mesmo contra um candidato ao descenso. Se passavam 37 minutos, quando Wesley cruzou na área e Renato subiu para cabecear contra Wiliians. Resultado: gol do Palmeiras. O Inter era surpreendido com o empate do time de Dorival Júnior, que passou a jogar com autoridade após o gol. O primeiro tempo chegou ao final com D'Alessandro recebendo o terceiro cartão amarelo, como de costume, por reclamação. Está fora da última partida do ano, contra o Figueirense. O time saiu vaiado no intervalo.
No segundo tempo, com Wellington Silva no lugar de Gilberto, o Inter tentou voltar à carga contra a defesa palmeirense. Porém, o que se viu foi um Inter mais ansioso que o adversário. O Palmeiras voltou a recuar para sair em contra-ataques, enquanto os donos da casa rimavam em ritmo lento para o ataque.
O Inter ganhou nova vida com o ingresso de Valdívia no lugar de Alex. Voltou a atacar com força e passou a pressionar o Palmeiras. Aos 19, Wellington Silva cruzou na área, com surpreendente perfeição, na cabeça de Fabrício, que subiu sozinho e marcou um gol libertador e de desafogo para os colorados.
O Palmeiras, antes ameaçador, parecia ter cansado de brigar. Aos 34, o Inter trabalhou em frente à área adversária, Valdívia recebeu e bateu com grande efeito, sem chances para Prass. O sufoco havia chegado ao fim. O Inter passou pelos três grandes desafios que tinha em casa para, depois de dois anos, voltar à Libertadores: Goiás, Atlético-MG e Palmeiras. O novo Beira-Rio verá a sua primeira Libertadores em 2015.
ZERO HORA
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