Estudo mostra que, apesar disso, adolescentes se sentem menos solitários.
Foto: Cristina Chirtes / Stock.xchng
Com o objetivo de entender a tendência social da solidão, pesquisadores de duas universidades australianas realizaram uma análise de dados sobre estudantes do Ensino Médio e de universidades. Segundo os cientistas, tem havido uma crescente preocupação de que a sociedade moderna é cada vez mais solitária.
Os estudiosos destacaram um pesquisa que mostra o declínio no engajamento social: as pessoas são menos propensas a se reunir em grupos, têm menos amigos íntimos e têm menos chances de perceber confiança nos outros. No entanto, há estudos que apresentam um aumento da extroversão e da autoestima, o que sugere que a solidão esteja diminuindo.
No primeiro estudo, foram analisadas as mudanças na solidão ao longo do tempo e as diferenças de gênero. O banco de dados continha informações de estudantes universitários entre 1978 e 2009.
A análise mostrou um declínio na solidão ao longo do tempo. Outro desdobramento concluído foi que as estudantes do sexo feminino relataram solidão mais baixa do que os do sexo masculino.
O estudo feito pela Universidade de Queensland e pela Universidade Griffith foi publicado no Personality and Social Psychology Bulletin.
Foram avaliados aspectos como se sentir só, sentir-se excluído e desejar por amigos mais próximos. Depois, os cientistas analisaram se os estudantes tinham uma pessoa para conversar, a quem recorrer e com quem interagir.
Os pesquisadores concluíram que os jovens têm menos amigos hoje em dia. Mas se sentem menos solitários.
— A tendência da solidão pode ser causada pela modernização. As pessoas se tornam menos dependentes de suas famílias e precisam de habilidades mais especializadas, o que poderia acarretar um menor interesse pelo apoio social e gerar mais autossuficiência — explica David Clark, responsável pelo estudo.
DIÁRIO CATARINENSE
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