Quando Uma Pessoa é Considerada Psicopata?
Psicopata – Uma Pessoa Sem Emoções
O Transtorno de Personalidade Dissocial, conhecido popularmente como Psicopatia, é encontrado em cerca de 0,5% a 3% da população subindo para 45-66% entre presidiários. Os especialistas alertam que o único sinal evidente de que uma pessoa é um psicopata é a completa falta de emoções.
Essa pessoa não tem a capacidade de sentir compaixão, ou seja, de se colocar no lugar do outro para imaginar o seu sofrimento. O psicopata pode até tentar entrar na mente do outro para buscar compreender os seus sentimentos, mas não consegue entender e interpretar os sentimentos dos demais.
Relações dos Psicopatas
Estudos comprovaram que os psicopatas podem até mesmo se relacionar social e intelectualmente com outras pessoas, porém, sempre verá os demais como objetos. Uma pessoa que sofre desse transtorno não enxerga os demais como pessoas, mas sim como objetos de forma que lhe retira totalmente os atributos.
Transtorno de Personalidade Dissocial
Essa anomalia psíquica consiste num transtorno antissocial de personalidade em que mesmo que as funções psíquicas e mentais intactas o indivíduo tem a sua conduta social alterada patologicamente. Em parte essa falta de emoções se justifica pelo fato de que os psicopatas são relativamente insensíveis a dor física o que acaba evitando que sejam criados medos condicionados como o de desaprovação social ou mesmo de ser humilhado em público.
São os medos que vamos adquirindo ao longo da vida que nos ajudam a formar o conceito de bem e de mal. Dessa forma quando um indivíduo não tem esses medos condicionados passa a basear o seu comportamento somente nos seus desejos.
Conduta do Psicopata
O comportamento de um psicopata pode ser determinado tanto por fatores sócio-psicológicos como por fatores fisiológicos. A conduta desse indivíduo psicopata pode surgir de traumas infantis que geram conflitos que não permitem que haja uma identificação do mesmo com as normas morais do progenitor de mesmo sexo. Muitos psicólogos acreditam que o comportamento psicopático dos indivíduos resultam do aprendizado, ou seja, do quem vivem em sua infância.
Os Tipos de Psicopatas
Quando se fala sobre esse transtorno um dos livros tidos como referência é o Mask of Sanity (A Máscara da Sanidade) escrito pelo psiquiatra norte-americano Hervey M. Cleckley. Nessa obra o especialista define quatro subtipos de psicopatas, é bastante interessante para compreender o comportamento desses indivíduos.
Psicopatas Primários
Nesse grupo estão aqueles indivíduos que não respondem a ações como castigo, chamada de atenção, situações de tensão e que parecem não ter medo da desaprovação. Essas pessoas parecem ser capazes de esconder os seus impulsos antissociais em quase todo o tempo, porém, não por consciência de que é errado, mas por conveniência.
Para essas pessoas as palavras não têm os mesmos significados que tem para nós. Em geral são pessoas que não tem projetos de vida e que parece não conseguir sentir nenhum tipo de emoção genuína.
Psicopatas Secundários
Os psicopatas que entram nesse grupo são aqueles que têm mais propensão a reagir em situações de estresse, são indivíduos mais arriscados. Nesse grupo estão aqueles que têm algum nível de sentimento de culpa. Basicamente são pessoas que se expõem a situações de mais estresse do que as pessoas comuns, porém, são vulneráveis a elas assim como todos.
Uma característica dos psicopatas secundários é fazer as suas próprias regras desde muito cedo, são aventureiros e pouco convencionais. O fio condutor desse comportamento arriscado é a necessidade de escapar ou de evitar a dor. É quase impossível para esses psicopatas resistirem à tentação.
Os psicopatas primários e os secundários podem ser subdivididos em outros dois grupos: Descontrolados e Carismáticos.
Psicopatas Descontrolados
Nesse grupo estão aqueles que se aborrecem ou perdem o controle com mais facilidade do que os demais psicopatas. Essas pessoas têm delírios parecidos com um ataque de epilepsia. É comum que nesse grupo de psicopatas estejam homens com impulsos sexuais muito intensos que tenham muita energia sexual. Também podem fazer desse grupo pessoas que direcionam o desejo intenso para vícios como drogas, cleptomania, pedofilia entre outros tipos de atitudes ilícitas e ilegais.
Psicopatas Carismáticos
Os psicopatas que fazem parte desse grupo são extremamente mentirosos e possuem um encanto que é quase irresistível aos demais. Em geral essas pessoas possuem algum dom ou talento que utilizam para enganar e manipular os demais. Uma característica desse tipo de psicopata é a capacidade que possuem de persuadir as outras pessoas a tomarem atitudes extremas como abandonar as suas vidas. Acontece em alguns casos do próprio psicopata acreditar em suas mentiras.
O Problema Que Está no Cérebro
Um psicopata não tem nenhum sentimento de culpa ou angústia, pois ele acredita que não tem nenhum problema, o problema é sempre dos outros. O comportamento de castigar as suas vítimas se deve a um comportamento anormal do seu cérebro que reage de uma maneira totalmente diferente do cérebro de uma pessoa sã.
Existem algumas características que podem ajudar a identificar um comportamento psicopático, confira abaixo:
Encanto Superficial – Psicopatas costumam ser pessoas muito encantadoras, porém, de uma forma superficial, observando mais de perto é possível perceber que há algo errado.
Egocentrismo – Essas pessoas tendem a acreditar que são o centro de tudo, tem uma autoestima muito elevada.
Tédio – O psicopata costuma ficar facilmente entediado necessitando de algum tipo de estímulo.
Mentiras – Os psicopatas mentem como respiram, não existe hesitação para contar uma mentira.
Manipulação – Indivíduos que sabem como manipular os demais para que façam exatamente o que eles desejam.
Sem Remorsos – Pessoas com o transtorno da psicopatia não tem sentimento de remorso, ou seja, não sentem culpa após alguma atitude que tenha causado mal a alguém.
Sem Afetos – É difícil que um psicopata crie uma relação de afeto profundo, em geral essas pessoas estão cercadas de pessoas pelas quais não tem sentimentos reais.
Insensibilidade – Psicopatas não tem empatia, ou seja, não tem a capacidade de se colocar no lugar do outro para saber como ele se sente e por isso se tornam insensíveis.
Parasitismo – Observando o estilo de vida de psicopatas é possível perceber que são verdadeiros parasitas, ou seja, estão sempre sugando algo de alguém.
Falta de Controle – Indivíduos psicopatas não tem controle sobre o seu comportamento ou sobre as suas emoções.
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