Revelar dados da sua empresa desconhecidos pelo mercado é quebra de confiança.
Uma ouvinte escreve: "Trabalho em uma empresa que tem várias concorrentes, num setor em que uma empresa está sempre querendo saber os segredos das outras. Eventualmente, sou convidada para participar de entrevistas em empresas concorrentes. E aceito ir porque, atualmente não pretendo mudar de emprego, mas nunca se sabe o dia de amanhã. Minha dúvida é a seguinte: como saber qual deve ser o limite da minha sinceridade em relação a perguntas como, por exemplo, faturamento, número de funcionários ou projetos em andamento dos quais eu esteja participando?"
Vamos lá. Perguntas assim são bem comuns em entrevistas, quando as empresas são de setores diferentes. Os entrevistadores as fazem para entender a posição que um candidato ocupa ou ocupou em uma empresa. E as respostas revelam a importância que ele tem ou tinha na hierarquia e nos processos.
Mesmo que você não tenha assinado um contrato de confidencialidade com a sua empresa atual, isso não elimina o componente moral de sua conduta. Você está contratada por uma empresa que paga o seu salário, lhe dá responsabilidades e confia em você. Qualquer dado que você revele e que não seja do conhecimento do mercado em geral, é uma quebra dessa confiança.
Se você disser exatamente isso para o entrevistador, num tom simpático, porém seguro, ele poderá até ficar frustrado. Mas irá respeitá-la ainda mais, porque um dia você poderá vir a trabalhar na empresa dele e ele sabe, desde já, que você não irá revelar dados confidenciais em entrevistas com outras empresas concorrentes.
Max Gehringer, para CBN.
http://www.estou-sem.blogspot.com.br/
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