Pesquisa da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, descobriu que os primeiros sinais de Alzheimer podem começar muitos anos antes do que se imaginava: na faixa dos 20 anos, cerca de meio século antes dos sintomas da doença. Os dados são do jornal Daily Mail.
Os cientistas examinaram os cérebros de pessoas idosas com e sem a demência, bem como amostras retiradas de 13 pessoas entre 20 e 66 anos, que não tinham o problema quando morreram. Os testes mostraram que a beta-amiloide, a proteína tóxica que entope o cérebro na doença de Alzheimer, tinha começado a surgir em pessoas jovens, na faixa dos 20.
Os aglomerados de beta-amiloide foram encontrados dentro dos neurônios, que estão envolvidos na memória e atenção e estão entre os primeiros a morrer no envelhecimento normal, assim como no Alzheimer. “Descobrir que a amiloide começa a se acumular tão cedo na vida é sem precedentes”, comentou Changiz Geula, o chefe do estudo. “Isso aponta para o motivo de esses neurônios morrerem cedo. A acumulação de amiloide ao longo da vida provavelmente contribui para a vulnerabilidade dessas células”, completou.
James Pickett, diretor de pesquisa da Sociedade de Alzheimer, disse que o estudo é muito pequeno e que já se sabe que nem todo mundo com placas de amiloides vai desenvolver a doença. “Mais pesquisas são necessárias para explicar o motivo de apenas uma proporção de pessoas com um acúmulo de amiloide desenvolver a doença”, opinou Pickett. “Há estudos clínicos em andamento de drogas que reduzem amiloide no cérebro e esperamos para saber se esse é um bom caminho para prevenir ou retardar a doença de Alzheimer nos próximos anos.”
Laura Phipps, da instituição Pesquisas do Alzheimer do Reino Unido, comentou que a maior compreensão dos estágios iniciais da patologia poderia fornecer novas pistas para ajudar a lutar contra ela.
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