Nos bastidores, comenta-se que a saída do secretário de saúde, Carlile Lavor, do governo Camilo Santana é apenas a culminância dos problemas que ele vinha acumulando na relação com o setor e com outros setores do governo. Segundo fontes próximas ao governo, o ex secretário havia criado problemas na composição dos consórcios de saúde, na contratação de administradora para gerir unidades de saúde, além do Ceará estar na iminência de perder a certificação de eliminação do sarampo. Logo nos primeiros dias do governo, instalou-se uma crise no HGF, principal hospital estadual em Fortaleza, que suspendeu atendimento de emergência. Contornada esta crise, pouco tempo depois o HGF suspendeu o atendimento em obstetrícia.
Ainda não se sabe quem ocupará o lugar de Carlile Lavor. Setores próximos a Camilo levantam a possibilidade de um deputado médico assumir a secretaria, o que seria também uma alternativa política para consolidar as relações com a base parlamentar. Até agora, o governo não se pronunciou sobre o assunto.
A saúde é uma das áreas mais complicadas e que vem acumulando problemas. O governador tem reclamado da falta de recursos para manutenção dos equipamentos e fazendo gestões, com os demais governadores, para o ministério da saúde rever a questão dos repasses federais. Para o deputado estadual Heitor Ferrer, a crise da saúde, no Ceará, envolve problemas de gestão e financiamento. Segundo ele, o ex secretário Carlile Lavor não conseguiu gerenciar a pasta e por isso, teria saído.
Hoje, o ministro da Saúde, Artur Chioro deverá vir a Fortaleza e segundo a assessoria do governo estadual, deverá se reunir com Camilo Santana no meio da tarde para tratar do problema do surto de sarampo. Mas, o problema do financiamento certamente também está na agenda.
Fonte: Brasil 247
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