OS ALIMENTOS ESSENCIAIS NA INFÂNCIA E COMO INTRODUZI-LOS NAS REFEIÇÕES
ALÉM DE CONSUMIR ITENS DE DIFERENTES GRUPOS, O IDEAL É QUE A CRIANÇA SEMPRE EXPERIMENTE NOVOS ALIMENTOS E TENHA UMA RELAÇÃO POSITIVA COM A COMIDA
Ainda não é conhecido um alimento que por si só seja insubstituível ou que sozinho consiga garantir a saúde da criança, como explica a nutricionista infantil Cláudia Lobo, autora do livro “Alimentação saudável na infância”. Na verdade, é necessário que a criança consuma itens variados para que eles possam agir de forma positiva no organismo. E cada grupo alimentar tem um papel específico no crescimento e desenvolvimento da criança.
O maior problema é justamente a falta frequente de algum dos grupos alimentares na refeição, o que pode trazer consequências sérias como a má formação do paladar da criança e a construção de hábitos não saudáveis na idade adulta, além de abrir a porta para uma série de doenças como obesidade, colesterol alto e diabetes.
A alimentação desequilibrada também pode refletir na fase escolar comprometendo a concentração, a sensação de bem-estar e até o desenvolvimento cognitivo das crianças.
“É importante também, além dos grupos alimentares, variar o que se come, experimentar novos alimentos e ter uma relação positiva com a comida”, destaca Juliana Kramer, nutricionista e colaboradora do Vilarejo Nutrição, Centro Humanizado de Nutrição Materno Infantil.
Introdução de alimentos
Ter uma boa alimentação traz uma série de anticorpos importantes para a criança, fazendo com que ela fique mais resistente às doenças. “É importante destacar que nem sempre a consequência da má alimentação vem em curto prazo. Muitas vezes, algumas doenças só se manifestam na idade adulta”, explica Juliana.
Veja alimentos e hábitos que não podem faltar na rotina do seu filho:
Nutricionistas aconselham que a hora da refeição deve ser lúdica, prazerosa e um momento de troca com a família;
Água e fibras alimentares: não são considerados nutrientes propriamente ditos, mas são alimentos fundamentais à regulação do bom funcionamento do corpo;
Raios solares: são responsáveis pela produção da maior parte de vitamina D que o corpo necessita;
Verduras, legumes e frutas: os três grupos contêm quantidades excelentes e diversificadas de fibras e vitaminas;
Carboidratos: são essenciais para dar energia às crianças;
Leguminosas: todos os tipos de feijões, ervilha, grão-de-bico e lentilha são fundamentais para o organismo infantil. Esses alimentos contêm fibras que auxiliam na digestão;
Proteína: carnes em geral, peixes, leite e derivados, ovos, cogumelos, castanhas e nozes possuem componentes necessários para o bom crescimento e desenvolvimento das crianças;
Gorduras do bem: azeites extra virgem, óleos vegetais e manteiga fazem parte desse grupo. A gordura também é responsável por dar energia e fornece ácidos graxos que o corpo não é capaz de produzir sozinho.
Para introduzir uma alimentação variada ainda na infância, a nutricionista explica que em primeiro lugar os pais precisam dar o exemplo. “Além disso, existem infinitas receitas para incluirmos alimentos essenciais na refeição da criança”. O ideal é que essas receitas sejam simples de preparar e do tipo “finger food” – comidinhas, petiscos e canapés que se come com as mãos – para que os pequenos tenham autonomia na hora de comer.
Além disso, envolver a criança no preparo do alimento é uma boa ideia. Isso pode ser desde a compra até a comida ser colocada no prato. As atribuições no preparo de uma refeição variam conforme a idade. Preste atenção no desenvolvimento do seu filho e dê tarefas compatíveis com desenvoltura e idade.
Disfarçar os alimentos, de vez em quando, não é proibido. Fazer, por exemplo, um molho para massa reforçado usando legumes batidos pode ser uma saída para aumentar a quantidade desse alimento no dia a dia da criança. Mas atenção: crianças também precisam conhecer os alimentos e reconhecê-los no prato para criar um paladar saudável na vida adulta.
Foto: Getty Images
Fonte: iG
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