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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Promotora do Gaeco se envolve em acidente e é levada à delegacia -- Procuradoria do MP disse que promotora não estava em horário do trabalho. Segundo o Boletim, promotora apresentava sinais de embriaguez.

Promotora do Gaeco se envolve em acidente e é levada à delegacia -- 

Procuradoria do MP disse que promotora não estava em horário do trabalho.
Segundo o Boletim, promotora apresentava sinais de embriaguez.


Promotora do Gaeco se envolve em acidente e é levada à delegacia (Foto: Reprodução/ RPC)
Promotora do Gaeco se envolve em acidente e é
levada à delegacia 
 
(Foto: Reprodução/ RPC)
 
 
A promotora do Ministério Público do Paraná (MP-PR) Leila Schimiti foi levada para a delegacia na noite de sábado (9) após se envolver em um acidente de trânsito com três carros em Londrina,  no norte do Paraná.

De acordo com o Boletim de Ocorrência, a promotora responsável pela Operação Publicano, que investiga um esquema de recebimento de propina dentro da Receita Estadual, apresentava sinais de embriaguez. Leila se recusou a fazer o teste do bafômetro, ainda conforme o boletim.

Por meio de nota, a promotora caracterizou o episódio como lamentável e pediu desculpas aos envolvidos na batida e à sociedade. Ela disse também que irá se submeter às consequências legais e pediu a Deus serenidade para lidar com a situação.
O procurador-geral Gilberto Giacoia disse que o procurador Claudio Esteves esteve no local e, em breve, deve repassar todas as informações sobre o acidente. “Só depois de reunirmos todos os elementos a Procuradoria tomará providências que o caso requer. Ainda não sei qual a extensão do problema, por isso estou aguardando informações do procurador que nomeei como responsável em Londrina”, detalha.

Boletim de Ocorrência detalha que a promotora Leila Schimiti apresentava sinais de embriaguês (Foto: Divulgação/PM) 
Boletim de Ocorrência detalha que a promotora Leila Schimiti apresentava sinais de embriaguês 
 
(Foto: Divulgação/PM)

“A promotora estava fora do expediente de trabalho, não estava em um compromisso profissional. Estava em um compromisso pessoal. A princípio foi um episódio que não tem relação com as atividades que ela exerce no Ministério Público,ou seja, não interfere na função funcional”, acrescenta o procurador-geral do MP.

Ainda segundo o Boletim de Ocorrência, a promotora Leila Schimiti informou a equipe policial que voltava de uma festa na área rural do município quando ocorreu o acidente. Em um trecho, os policiais detalharam que a promotora "apresentava sinais de embriaguez, como odor etílico, fala desconexa".
Mesmo demonstrando sinais de embriaguez, a promotora do MP-PR não foi presa. Segundo o procurador Claudio Esteves, que esteve no local do acidente e a acompanhou até a delegacia, existe uma lei que determina que os membros do Ministério Público só podem ser presos em casos de crimes inafiançáveis. Como não foi o caso, Leila foi liberada após comparecer à delegacia.

"A promotora Leila abriu mão dessa prerrogativa e concordou em ser conduzida pelos policiais militares até a delegacia para demonstrar que ela não teve nenhum tipo de privilégio. Pois, se fosse cumprir rigorasamente a lei, a promotora não deveria ser levada até a delegacia. Entretanto, zelamos pela imagem do MP-PR, e sugerimos que ela prestasse todos os esclarecimentos", detalha o procurador Claudio Esteves.
Sobre o trecho no Boletim de Ocorrência que afirma que a promotora foi liberada "para preservar a imagem" dela, Esteves argumenta que a frase foi uma interpretação dos policiais sobre o dispositivo que protege os integrantes do órgão.

Os outros dois motoristas realizaram o teste do bafômetro na delegacia e não foi constatado nenhum teor alcoólico em ambos os exames. Ninguém ficou ferido.

Operação Publicano
 
A Operação Publicano investiga supostos casos de corrupção de auditores fiscais da Receita Estadual do Paraná.  Desde que a operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), 237 pessoas – entre auditores, empresários, contadores e advogados – foram denunciadas à Justiça por corrupção passiva, ativa e formação de organização criminosa. A promotora Leila Schimiti é uma das responsáveis pelo caso.

Nota da promotora
 
"Em razão do lamentável evento ocorrido na data de ontem e que me envolve, venho a público externar meus pedidos de desculpas a todos os envolvidos e à sociedade. Na oportunidade, me submeti às medidas determinadas pelas autoridades e assim será em relação às demais consequências legais advindas desse episódio. Peço a Deus que me dê serenidade para passar por esse momento e continuar trabalhando em benefício da sociedade."


G1  PR 

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