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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Repelente: use bem.

A parte chata do verão é não conseguir dormir por causa da sinfonia de pernilongos no quarto ou se deparar com borrachudos nos passeios ao ar livre. Mas pior do que aguentar os zumbidos e as agulhadas doídas é ser picada por mosquitos que transmitem doenças, como a dengue. Diminua o risco de virar alvo desses inimigos voadores e aproveite melhor a estação mais colorida do ano.
Qual é a explicação para os insetos me adorarem? 
A teoria de que algumas pessoas atraem mais os pernilongos e os borrachudos por exalar um odor particular não foi comprovada. Então é provável que você seja sensível e, por isso, as picadas fiquem mais visíveis. 

Por que às vezes a picada incha muito? 
“As chances de inchar aumentam em pessoas propensas a alergia”, diz a dermatologista Flávia Addor, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia. 

Adianta tomar vitamina do complexo B ou comer alho antes de viajar? 
Supunha-se que, ao serem excretados no suor, tanto a vitamina quanto o alho modificariam o cheiro natural do corpo e afastaria os insetos. Mas os estudos científicos também 
não comprovaram esse efeito. 
Qual é o melhor tipo de repelente: aerossol, spray ou creme? 
Os três são eficazes. Eles bloqueiam os receptores localizados nas antenas dos insetos atraídos pelo ácido lático exalado através da nossa pele e, com isso, deixam o mosquito desorientado. O ideal é que esses produtos tenham picaridina (ou icaridina), DEET (dietiloluamida) ou IR 3535. Porém a eficácia não depende apenas da formulação mas também da aplicação correta: uma dose generosa em toda a área exposta. 
Repelentes caseiros funcionam? 
As opções testadas na Faculdade de Medicina da Unesp, em Botucatu, foram reprovadas. Fêmeas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, foram cultivadas livres da doença e colocadas numa caixa onde voluntários introduziram o braço, primeiro sem nada, depois com repelente caseiro (feito com cravo e óleo de amêndoas) e, depois, com repelente industrial (à base de picaridina). Os mosquitos demoraram dez segundos para picar o braço sem nada, 20 segundos com o repelente caseiro e mais de dez minutos com o industrial. “A proteção oferecida pelas preparações caseiras é insignificante”, alerta o professor Hélio Miot, um dos coordenadores do estudo. Em outros trabalhos, o óleo de citronela também ficou aquém dos repelentes comerciais. 

Repelentes causam alergia? 
“O risco é baixíssimo porque os produtos usam ativos testados com alta margem de segurança. Mas, se você tiver histórico de alergia, passe primeiro numa pequena área e observe. 

Posso passar repelente e me expor ao sol? 
Sim, desde que você não esqueça o protetor – passe-o primeiro e espere meia hora para aplicar o repelente. Ele deve ser o último sempre. 

Onde aplicar? 
Pernas e braços são as áreas mais visadas, mas não esqueça o pescoço. Evite mucosas e áreas feridas. Se for spray, cuidado para não atingir os olhos. Reaplique o produto após entrar na água ou suar muito. Caso esteja num local com infestação, aplique o spray também nas roupas. Segundo o professor Hélio Miot, mais de 40% das picadas de dengue são pela camiseta. 

Existe repelente que não mela nem resseca a pele? 
Sim, há cremes hidratantes que vêm com repelente. Mas, se não quiser abrir mão do seu hidratante, use-o primeiro, depois o protetor solar e daí o repelente. 

O que devo fazer depois de ser picada? 
Uma compressa gelada reduz a inflamação e a dor locais. Nada de usar álcool ou espremer. É comum surgir vermelhidão e coceira, de leve a moderada, que melhoram em dois ou três dias. Se houver muito inchaço, coceira intensa, múltiplas lesões ou febre, procure um médico.
Fonte: boa forma

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