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terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Bloqueios nas estradas prejudicam a produção de alimentos no Paraná. No oeste, no sudoeste e no norte, o recolhimento do leite foi suspenso. Em algumas cidades, frigoríficos tiveram de suspender o abate de animais.

No oeste, no sudoeste e no norte, o recolhimento do leite foi suspenso.
Em algumas cidades, frigoríficos tiveram de suspender o abate de animais.

Indústrias de alimentos, agricultores e pecuaristas do oeste, sudoeste e norte do Paraná estão tendo que suspender a produção por causa dos bloqueios nas estradas provocados por caminhoneiros em greve. Em Medianeira, a Frimesa informou os produtores que o leite deixará de ser recolhido a partir da 0h de quarta-feira (25). O mesmo deve acontecer na fábrica da Latco, no sudoeste. Frigoríficos em Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e Toledo deixaram de fazer o abate de aves. Os protestos se espalham por oito estados brasileiros nesta terça-feira (24).


De acordo com o diretor executivo da Frimesa, Elias Zydek, a empresa recebe por dia cerca de 840 mil litros de leite de cinco mil produtores do oeste e do sudoeste do estado para atender a demanda das fábricas de Matelândia e Marechal Cândido Rondon e da indústria de queijos de Capanema. Quatro carretas com 110 mil litros de leite estão paradas em bloqueios na região de Arapongas desde sábado (21). Caso as interdições terminem, estima-se que em seis horas a produção seja normalizada.

Em Marmeleiro, nesta terça um produtor teve que jogar fora três mil litros de leite, já que os caminhões do laticínio para quem fornece em Santa Catarina não conseguem chegar à propriedade no sudoeste do Paraná desde o dia 18. A situação tende a se repetir na região oeste. Em Medianeira, Moisés Piletti, por exemplo, produz cerca de 2,3 mil litros de leite diariamente. Caso tenha que se desfazer do leite, o prejuízo, calcula, pode chegar a R$ 4 mil por dia já que os animais precisam ser alimentados e ordenhados.

Sem embalagens na unidade de Francisco Beltrão, a Latco paralisou as atividades e também não está mais recebendo a produção dos cerca de dois mil produtores de três cidades responsáveis por 280 mil litros de leite por dia.

As atividades foram paralisadas ainda na Confepar Agro-Industrial, em Londrina, no norte do PR. Segundo a direção da cooperativa, desde sábado não é possível captar o leite produzido. “São pelo menos 40 caminhões cheios de leite parados. E muita carga já está estragada. Só em Arapongas, são sete caminhões carregados de leite que não podem circular”, disse o diretor industrial e comercial, Algacir Bertoti.




Com isso, o abastecimento de produtos da Confepar na região está comprometido. Em média, a cooperativa entrega 70 mil litros de leite pasteurizado na região de Londrina. Por causa da paralisação, apenas Londrina está sendo abastecida. A direção disse que ainda não é possível calcular o prejuízo.

Na Central de Abastecimento do Paraná (Ceasa) em Foz do Iguaçu, alguns produtos hortifrutigranjeiros também começaram a faltar. Das cargas que conseguem chegar, metade precisa ir direto para o lixo por estarem estragadas. Com a escassez, o preço de alguns produtos mais que dobrou. O saco de batata subiu de R$ 50 para R$ 100, a caixa de cenoura aumentou de R$ 45 para R$ 75 e a de chuchu de R$ 30 para R$ 80.

Aves
Desde segunda-feira (23), duas fábricas da BRF, que detém as marcas Sadia e Perdigão, interromperam o abate de frangos e perus porque não estão conseguindo transportar os produtos para Francisco Beltrão e Dois Vizinhos, também no sudoeste. Seis mil funcionários tiveram de ser dispensados. A fábrica de Toledo está operando nesta terça-feira (24) com apenas 70% da capacidade. Em função da greve dos caminhoneiros foi preciso diminuir o abate e o alojamento de aves.

Por meio de uma nota oficial, a BRF justificou que a interrupção dos serviços é por causa dos protestos nas rodovias, principalmente na região das duas fábricas. Segundo a BRF, as fábricas dependem diretamente do transporte nas rodovias do país para fechar todo o ciclo de produção e comercialização dos produtos.






Desabastecidos, postos de combustíveis em Arapongas, no norte, informam os consumidores sobre a falta dos produto 

(Foto: Alberto D'Angele/RPC)



Protestos



Até as 14h30, eram mantidos bloqueios em 18 trechos de rodovias federais e 31 em estradas estaduais. 



A PRF registra barreiras nas seguintes rodovias federais:

BR-116, km 67, Quatro Barras
BR-158, km 204, em Peabiru
BR-158, km 369, em Londrina
BR-163, km 32, em Santo Antônio do Sudoeste
BR-163, km 64, em Pérola do Oeste
BR-163, km 284, em Coronel Vivida
BR-272, km 364, em Campo Mourão
BR-277, km 338, em Guarapuava
BR-277, km 667, em Medianeira
BR-369, km 83, em Cornélio Procópio
BR-369, km 179, em Apucarana
BR-369, km 397, em Ubiratã
BR-373, km 478, em Coronel Vivida
BR-376, no km 187, em Marialva
BR-376, km 245, em Apucarana
BR-376, km 295, em Guarapuava
BR-376, km 137, em Nova Esperança
BR-467, km 76, em Toledo

Nas estaduais, os bloqueios são na:

PR- 323, km 36, em Sertanópolis
PR- 466, km 91 e 100, em Jardim Alegre
PR- 491, trevo de Marechal Cândido Rondon 
PR- 317, kms 48, 55 e 467, em Santa Fé
PR-218, kms 250 e 254, em Astorga
PR-170, km 381, em Guarapuava
PRC- 487, km 295, em Manoel Ribas
PRC- 466, km 179 e 180, em Pitanga
PR-281, km 467, em Chopinzinho
PR-182, km 459, em Realeza
PRC-158, km 528, em Vitorino
PR- 493, km 32, em Itapejara do Oeste
PR- 566, km 12, também Itapejara do Oeste
PR- 281, kms 535 e 540, em Dois Vizinhos
PRC- 280, km 194, em Mariópolis, km 175, em Clevelância, e km 255, em Marmeleiro, e 180 em Palmas
PR- 471, km 222, em Nova Prata do Iguaçu
PR- 562, km 85, em São João
PR- 483, km 001, em Francisco Beltrão
PR- 180, km 541, também em Beltrão.
PR-160, km 53, Cornélio Procópio
PR- 420, km 42, Piên
PR-180, km 471, em Francisco Beltrão





Os protestos dos caminhoneiros no Paraná tiveram início no dia 13 e ganharam força depois do carnaval. Com os bloqueios nas estradas, veículos de carga são impedidos de seguir viagem, prejudicando o abastecimento em especial na região sudoeste, principal ligação entre o restante do estado e o sul do país. Em algumas cidades, além dos combustíveis, cujo preço do litro da gasolina chegou a R$ 5, começam a faltar medicamentos e alimentos. Sem estoque para abastecer a frota, prefeituras de Realeza e de Santo Antônio do Sudoeste suspenderam o transporte escolar. 

A categoria reivindica melhores estradas, redução do preço dos combustíveis e mudanças na tabela do frete para que seja cobrado por quilômetro rodado, não mais por viagem. Os caminhoneiros também são contra os altos preços do pedágio e dos impostos. Representantes do sudoeste do Paraná e do oeste de Santa Catarina propõem ainda carência de seis meses a um ano para os financiamento de veículos de carga e aposentadoria integral aos motoristas profissionais com 25 anos de contribuição.

A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) disse não concordar com a mobilização dos caminhoneiros. “Os transportadores estão contabilizando prejuízos e pedem medidas urgentes do governo federal, no entanto não compactuam com o movimento dos caminhoneiros, pois bloquear vias não é a melhor maneira de protestar", afirmou o presidente, Sérgio Malucelli.




G1 PR

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