O Diretório Nacional do PT divulgou nesta sexta-feira (17) uma resolução política em que suspende o recebimento de doações de empresas privadas ao partido.
A decisão vale imediatamente e será oficializada em junho, quando acontece o congresso do PT, na Bahia.
"Ao mesmo tempo que lutamos pelo fim do financiamento empresarial, decidimos que os diretórios nacional, estaduais e municipais não mais receberão doações de empresas privadas, devendo essa decisão ser detalhada, regulamentada e referendada pelos delegados(as) no 5º Congresso Nacional do PT", diz o documento oficial do partido divulgado nesta sexta.
O presidente nacional da sigla, Rui Falcão, explicou que no início de maio a legenda lançará um programa para "estimular contribuições de pessoas físicas".
Via e-mail e Whatsapp, o PT vai "convidar" filiados e simpatizantes a fazer doações de R$ 15 a R$ 1.000 por mês. Quem é filiado ao partido terá que contribuir obrigatoriamente com pelo menos R$ 15 mensais.
"O fato de deixar de receber doações empresariais não significa que qualquer contribuição desse tipo que recebemos tenha qualquer tipo de mácula", afirmou Falcão.
Novo tesoureiro
Nesta sexta, o PT divulgou também o nome do novo tesoureiro do partido, que vai substituir João Vaccari Neto, preso na quarta-feira (15) pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
O ex-deputado Marcio Macedo (PT-SE) assumirá as contas do partido e assinará, inclusive, as prestações de contas de 2014, ao lado do presidente da legenda.
"Após muitas conversas, chegou-se a um consenso. O nome de Marcio Macedo foi aprovado por unanimidade no Diretório Nacional", explicou Falcão. "Ele aceitou encarar uma tarefa espinhosa", completou.
A permanência de Macedo será avaliada no congresso petista, em junho, mas Falcão negou a pecha de "tesoureiro tampão". "É tesoureiro pleno", disse.
O partido considerou indicar um nome temporário para vencer a resistência dos petistas cotados para o cargo.
O documento oficial divulgado pelo PT diz ainda que as investigações da Operação Lava Jato são fruto de uma "escalada das forças conservadoras" que tem um "propósito indisfarçável: derrotar a administração de Dilma Rousseff, revogar conquistas históricas do povo brasileiro e destruir o PT."
Fonte: Folha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário