Jovem com doença rara larga tudo e percorre o mundo em documentário --
Giovane de Sena Brisotto, 28 anos, visitou 13 países em seis meses.
Ele tem paramiloidose, doença genética que dificulta o ato de caminhar.
Diagnosticado com uma doença rara que altera a sensibilidade dos pés e das pernas e afeta o seu caminhar, um jovem de Erechim, na Região Norte do Rio Grande do Sul, não se deixou abater pelas dificuldades impostas por sua condição. Aos 28 anos, Giovane de Sena Brisotto largou tudo para viver uma grande aventura e percorrer o mundo.
Giovani conheceu 13 países em seis meses
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Giovane tem paramiloidose familiar, uma doença genética e degenerativa que atinge os nervos e que não tem cura. Depois que a mãe dele morreu, o jovem fez um teste e descobriu que havia herdado dela o gene da doença.
“Bateu uma tristeza muito grande e não tem como não lembrar da minha mãe, tudo que ela passou”, recorda. “E não adianta ficar triste, tenho que enfrentar as dificuldades e encarar”, afirma o engenheiro cartógrafo.
E foi justamente a doença que o fez aceitar um desafio: dar a volta ao mundo. O convite surgiu de uma produtora que estava procurando um jovem ator para visitar vários países e divulgar a doença, como parte de um documentário. Giovane aceitou: largou tudo e embarcou na viagem.
“Topar foi bem difícil porque como eu tenho alguns sintomas da doença eu ficava pensando que ia ser muito difícil viajar. Uma rotina de mudanças, pegar trem, avião, carro. Mas só que eu pensei que isso poderia divulgar minha doença”, comenta.
Jovem teve de interromper a viagem e entrar de novo
na fila de transplanta
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Para viajar, ele teve que tomar a difícil decisão de sair da lista de espera por um transplante de fígado, única forma de parar a evolução dos sintomas. Durante seis meses, visitou 13 países. Mas no meio da viagem, no Nepal, uma infecção começou a dificultar a viagem. Ele chegou a ir para os Estados Unidos, mas precisou interromper as gravações na América do Sul.
“Eu decidi voltar antes para poder fazer o transplante porque eu estava com muito medo que os meus sintomas avançassem muito”, justifica ele, que voltou para a fila de espera. “Agora eu reentrei na fila, sou o primeiro e estou no aguardo para ser chamado”, confia o jovem.
Depois do transplante, Giovane pretende retomar a viagem e terminar as gravações na Antártida e na Patagônia. A aventura dele, mundo afora, poderá ser vista num documentário, que deve ser lançado em 2017.
G1 RS
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