População do Brasil vai encolher até 2100, diz relatório mundial da ONU
Hoje com 207 milhões de habitantes, país terá 200 milhões ao fim do século; média de idade passará de 31 para 50 anos
Enquanto a população mundial deve crescer 53% até 2100, saltando de 7,3 bilhões de pessoas para 11,2 bilhões, o Brasil viverá um movimento oposto nos próximos 85 anos. De acordo com o relatório "Perspectivas da População Mundial", divulgado nesta quarta-feira pela ONU, o país, que hoje tem 207 milhões de habitantes, deve chegar a 2100 com "apenas" 200 milhões.
A idade média do brasileiro, atualmente de 31 anos, será de 50,2 anos em 2100. Se hoje um habitante do país vive em média 75 anos, em 2100 viverá 88 anos.
Esta redução, porém, ainda deve demorar para começar a ser vista nos índices demográficos. Segundo o documento, o Brasil chegará a 2030 com 228 milhões de pessoas, saltando para 238 milhões em 2050. Então, em algum momento da segunda metade deste século, a população nacional começará a cair até o país chegar a 200 milhões de brasileiros em 2100.
Em 1950, com 53,9 milhões de brasileiros, o país era o oitavo mais populoso do planeta. Hoje, somos o quinto mais populoso. Em 2050, passamos a sétimo nesse ranking e, em 2100, estaremos na 13ª posição.
Outros países passarão por processos parecidos, alguns de forma muito mais acentuada. A Croácia, por exemplo, que hoje tem 4,2 milhões de pessoas, registrará queda populacional em 2030 e 2050, chegando a 2100 com 2,6 milhões de habitantes. Uma redução de quase 40%. A Colômbia, que hoje tem 48 milhões de pessoas, deve ter 45 milhões em 2100. A Grécia, atualmente com 10,9 milhões, terá 7,3 milhões ao final do século XXI.
Todas essas nações estão na contramão do movimento do planeta. Segundo o relatório, o mundo terá 53% mais pessoas em 2100. A África, quem 40% da população com menos de 15 anos, deverá puxar esse crescimento.
Até 2050, segundo o estudo, a população dos 28 países africanos deve crescer em mais de 100%. Até 2100, pelo menos dez dessas nações observarão um avanço demográfico de mais de cinco vezes. São eles: Angola, Burúndi, República do Congo, Malauí, Malu, Niger, Somália, Uganda, República Unida da Tanzânia e Zâmbia.
Globo
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