Vilão da inflação em 2015, com alta de 47,74% de janeiro a setembro, o custo da energia deve voltar a ser fator de preocupação no próximo ano. As incertezas quanto ao resultado do leilão para relicitar hidrelétricas antigas, marcado para 6 de novembro, a alta do dólar, os efeitos do socorro às distribuidoras e até mesmo o impacto do fenômeno El Niño sobre o regime de chuvas são algumas das fontes de pressão sobre as tarifas em 2016. Com base nestes itens, cálculo da consultoria Safira Energia indica que o reajuste anual médio no próximo ano deve ficar entre 10% e 15%.
O leilão de usinas antigas é um dos desafios. Ele representará um custo de geração de energia maior porque, pelos critérios definidos pelo governo para arrecadar R$ 17 bilhões em bônus de assinatura até 2016, o preço da energia passará a ser maior do que os cerca de R$ 37 por Megawatt-hora (Mwh) que o consumidor paga atualmente. Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, se o leilão das 29 usinas sair pelo preço-teto definido no edital, os preços de geração da energia ficariam acima de R$ 37.
— Aponta na direção de pressionar a tarifa, mas não é nada tão expressivo, porque isso está diluído nas concessionárias — disse Rufino.
Fonte: O Globo
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