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terça-feira, 30 de abril de 2013

DIA DO TRABALHO:




Primeiro de Maio

O dia primeiro de maio foi escolhido como dia dos trabalhadores como uma forma de assinalar e de lembrar as muitas e difíceis lutas que marcaram a história do movimento sindical no mundo. O dia é uma homenagem aos trabalhadores da cidade de Chicago que, em 1886, enfrentaram forte repressão policial por reivindicarem melhores condições de trabalho e, especialmente, uma jornada de oito horas. Nesse episódio houve trabalhadores mortos e presos que, desde então, tornaram-se símbolos para todos os que desejavam se engajar na mesma luta.
Dia Mundial do Trabalho
Em maio de 1888, precisamente no dia 13, uma lei acabava com a escravidão no Brasil (o único a então possuir escravos). A defesa de condições mais humanas de trabalho começou a se desenhar no país, tendo que enfrentar a dura herança de um passado escravista que marcou profundamente toda a sociedade, nas suas formas de tratar e de pensar seus trabalhadores. E essa luta foi longa, difícil e ainda não terminou. O primeiro de maio existe para isso: para ser tanto um dia de festa, pelo que se conseguiu, como de protesto, pelo que se deseja ainda conseguir, quer no Brasil, quer em qualquer outro país. No Brasil, alguns períodos são particularmente importantes para se entender esse dia.
É possível observar que, já no início do século XX, os trabalhadores brasileiros passaram a assinalar o primeiro de maio com manifestações que ganhavam as ruas e faziam demandas. No Rio de Janeiro, então capital da República, esses fatos ocorreram, por exemplo, em 1906, pouco depois da realização de um I Congresso Operário, onde a presença de trabalhadores anarquistas foi muito importante. Em muitos outros anos, durante a chamada Primeira República, o primeiro de maio seria um momento de reivindicar e de demonstrar a força dos trabalhadores organizados em algumas cidades do país. Nessa época, as lideranças do movimento operário realizavam meetings e comícios para a propaganda de suas idéias e também organizavam boicotes e greves, enfrentando o patronato e a polícia. As principais reivindicações foram a jornada de oito horas de trabalho (quando se trabalhava de 10 a 12 horas por dia), a abolição do trabalho infantil (crianças de seis anos eram operários) e a proteção ao trabalho da mulher, entre as mais importantes. O primeiro de maio, ensinavam as lideranças, não era dia de comemorar, mas de protestar e ganhar aliados. Um dia para se valorizar o trabalho e os trabalhadores tão sem direitos.
Dia Mundial do Trabalho
Uma das maiores manifestações de primeiro de maio ocorridas no Rio foi a de 1919, que uma militante anarquista, Elvira Boni, lembrou assim: "No primeiro de maio de 1919 foi organizado um grande comício na praça Mauá. Da praça Mauá o povo veio andando até o Monroe pela avenida Rio Branco, cantando o Hino dos Trabalhadores, A Internacional, Os filhos do Povo, esses hinos. Não tinha espaço para mais nada. Naquela época não havia microfone, então havia quatro oradores falando ao mesmo tempo em pontos diferentes." Manifestações desse tipo ainda ocorreram no início dos anos 1920, tendo como palco praças e ruas do centro do Rio e de outras cidades do país. Depois escassearam, encerrando uma experiência que, embora não muito bem sucedida em termos da conquista de reivindicações, foi fundamental para o movimento operário.
Dia Mundial do Trabalho
De forma inteiramente diversa, um outro período marcou a história do primeiro de maio no Brasil. Foi o do Estado Novo, mais especificamente a partir do ano de 1939, quando o primeiro de maio passou a ser comemorado no estádio de futebol do Vasco da Gama, em São Januário, com a presença de autoridades governamentais, com destaque para o presidente Getúlio Vargas. Nesse momento, o presidente fazia um discurso e sempre anunciava uma nova medida de seu governo que visava beneficiá-los. O salário mínimo, a Justiça do Trabalho e a Consolidação das Leis do Trabalho (a CLT) são três bons exemplos do porte das iniciativas que então eram ritualmente comunicadas a um público, invariavelmente através do chamamento inicial: "Trabalhadores do Brasil!" Nesse momento, o primeiro de maio se transformou numa festa, onde o presidente e os trabalhadores se encontravam e se comunicavam pessoalmente, fechando simbolicamente um grande conjunto de práticas centradas na elaboração e implementação de uma legislação trabalhista para o país. Por isso, nessas oportunidades, os trabalhadores não estavam nas ruas, nem faziam reivindicações como antes, mas recebiam o anúncio de novas leis, o que efetivamente causava impacto, não sendo apenas efeito retórico. Para se entender o fato, é preciso integrar esse acontecimento a uma série de medidas acionadas anteriormente no campo do direito do trabalho, e que tiveram início logo após o movimento de 1930, com a própria criação de um ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Dando um salto muito grande, um outro período em que o primeiro de maio ganhou relevo para a história do movimento sindical e para o país foi o dos últimos anos da década de 1970. O Brasil vivia, mais uma vez, sob um regime autoritário, mas o movimento sindical começava a recuperar sua capacidade de ação e de reivindicação. Grandes comícios então se realizaram, sobretudo em São Paulo, onde se protestava contra o "arrocho salarial" imposto aos trabalhadores, e se denunciava o regime militar. Essa era grande bandeira e projeto do movimento sindical: combater a ditadura militar e lutar por melhores salários e liberdade de negociação.
E o primeiro de maio hoje? Certamente, ao longo de mais de cem anos, é bom reconhecer que tantas lutas não foram em vão. Os trabalhadores de todo o mundo conquistaram uma série de direitos e, em alguns países, tais direitos ganharam códigos de trabalho e também estão sancionados por Constituições. Mas os direitos do trabalho, como quaisquer outros direitos, podem avançar ou recuar com o passar do tempo e com as pressões de grupos sociais organizados. Assim, em 2002, os trabalhadores brasileiros estão vivendo um momento onde se discute a "flexibilização" de alguns desses direitos. Uma questão polêmica, ainda não resolvida, e que divide políticos, estudiosos do dia-mundial-do-trabalho-1, lideranças do movimento sindical e também trabalhadores. O primeiro de maio certamente irá retomar esse debate, particularmente porque ele se faz numa situação de grande medo para o trabalhador: o medo do desemprego. Esse medo assume muitas faces: a dos trabalhadores que vivem de "bicos"; a dos jovens trabalhadores ou a dos "velhos" (os que têm mais de 40 anos) que não encontram emprego; a dos trabalhadores pouco qualificados que não conseguem mais postos de trabalho; ou daqueles que trabalham sem qualquer tipo de direito.
O primeiro de maio de 2002, no Brasil, é uma boa oportunidade para reflexões em torno do rumo que se deseja dar aos direitos do trabalho. Direitos que fazem parte de um pacto social e cuja defesa esteve sempre nas mãos de organizações de trabalhadores. Pensar nesses direitos é também pensar no que são essas organizações sindicais, hoje, no Brasil.
Dia Mundial do Trabalho
Fonte: www.cpdoc.fgv.br
Dia Mundial do Trabalho

Primeiro de Maio

A história do Primeiro de Maio mostra, portanto, que se trata de um dia de luto e de luta, mas não só pela redução da jornada de trabalho, mais também pela conquista de todas as outras reivindicações de quem produz a riqueza da sociedade.” Perseu Abramo
Dia Mundial do Trabalho
Em 1º de Maio de 1886, na cidade de Chicago, principal centro industrial dos Estados Unidos da época, milhares de trabalhadores saíram às ruas em passeata para protestar contra as condições de trabalho.
Eles eram submetidos a uma jornada diária de 13 horas, e reivindicavam a redução para oito, como é atualmente. Naquele dia, o tumulto tomou conta da cidade. Pessoas foram presas, muitas ficaram feridas e algumas chegaram a morrer no conflito com a polícia.
No ano de 1889, em homenagem à greve geral de Chicago, o Congresso Socialista, em Paris, instituiu a data de 1º de Maio como oDia Mundial do Trabalho.
No Brasil, o reconhecimento só ocorreu em 1925, pelo então presidente Arthur Bernardes, que decretou 1º de Maio como feriado nacional. Comícios, passeatas e manifestações sindicais costumam marcar a passagem da data.
Fonte: www2.portoalegre.rs.gov.br

Primeiro de Maio

A história do Primeiro de Maio

Primeiro de MaioDia Internacional dos Trabalhadores, comemora uma luta histórica da classe trabalhadora pelo mundo, e é reconhecida em todos os países menos nos EUA e no Canadá. Isso apesar do fato do feriado ter começado em 1880 nos EUA, com a luta pela jornada de 8 horas de trabalho.
Dia Mundial do Trabalho
Em 1884, a Federação Organizada dos Sindicatos passou uma resolução declarando que as 8 horas constituiriam uma jornada legal de trabalho após o dia Primeiro de Maio de 1886. A resolução convocava uma greve geral para conseguir este objetivo, levando em conta que os métodos legislativos já haviam falhado.
Com trabalhadores sendo forçados a trabalhar dez, doze e até quatorze horas por dia, o apoio parao movimento das 8 horas cresceu rapidamente, apesar da indiferença e hostilidade entre os líderes das uniões sindicais.
Em meados de Abril de 1886, 250 mil trabalhadores estavam envolvidos no movimento Primeiro de Maio. O coração do movimento estava localizado em Chicago, organizado principalmente pela organização anarquista Associação Internacional do povo trabalhador. Os negócios e o Estado ficaram aterrorizados com o movimento e se prepararam.
A polícia e as milícias tiveram seu número aumentado e receberam novas e pontentes armas financiadas pelos líderes capitalistas locais. O Clube Comercial de Chicago comprou uma metralhadora de 2 mil dólares para a Guarda Nacional de Illinois (em Chicago) usá-la contra os grevistas.
De qualquer maneira, no dia Primeiro de Maio, o movimento tinha ganho a adesão de mais trabalhadores incluindo sapateiros, empacotadores e alfaiates. Mas no dia 3 de Maio de 1886, a polícia atirou contra uma multidão de frevistas na Fábrica Reaper McCormick, matando 4 e ferindo muitos.
Os anarquistas convocaram uma reunião massiva no dia seguinte na Praça Haymarket para protestar contra a brutalidade.
O encontro aconteceu sem nenhum incidente maior, e quando o último disursante estava na plataforma, a reunião com tempo chuvoso começava a se dispersar, com apenas algumas centenas de pessoas permanecendo.
Então, 180 policiais entraram na praça e mandaram que a reunião fosse dispersada. Enquanto o discurstante descia da plataforma, uma bomba foi atirada na polícia, matando um e ferindo 70.
A polícia respondeu atirando na multidão, matando um trabalhador e ferindo muitos outros. 
Apesar de não ter sido determinado quem jogiu a bomba, o incidente foi usado como desulpa para atacar a esquerda inteira e o movimento da classe trabalhadora.

A polícia fez buscas nas casas e esceritórios dos suspeitos radicais, e centenas foram presos sem acusação. Os anarquistas foram atacados, particularmente, e 8 dos militantes mais ativos de Chicago foram acusados de conspiração para assassinato remetendo à bomba em Haymarket.
Uma Corte corporativa declarou os 8 culpados, apesar da falta de evidências conectando eles a qualquer indício de quem tinha jogado a bomba (apenas um estava presente na reunião, e ele estava na plataforma) e foram sentenciados à morte.
Albert Parsons, August Spies, Adolf Fischer e George Engel foram ENFORCADOS no dia 11 de Novembro de 1887. Louis Lingg se suicidou na prisão. Os três restantes foram finalmente perdoados em 1893.
Não é surpreendente que o estado, os líderes de negócios, e os líderes das centrais sindicais, mais a mídia, quisessem esconder a verdadeira história do Primeiro de maio, colocando-o como um feriado celebrado apenas na Praça Vermelha de Moscou.
Numa tentativa de apagar a História e o significado do dia Primeiro de Maio, o governo dos EUA declarou que o Primeiro de Maio seria o "Dia da Lei", e deu-nos em vez do Dia do Trabalhador, um feriado privado de significado histórico além de sua importância como um dia para "festejar".
Mas longe de suprimir os movimentos radicais da classe trabalhadora, os eventos de 1886 e a execução dos anarquistas de Chicago na verdade moblizaram muitas gerações de radiciais.
Emma Goldman, uma imigrante jovem na época, apontou a jornada em Haymarket como o seu nascimento político. Lucy Parsons, viúva de Albert Parsosns, convocou os pobre para direcionar a sua raiva contra aqueles responsáveis... os ricos.
Ao invés de desaparecer, o movimento anarquista apenas cresceu no despertar de Haymarket, inspirando outros movimentos e organizações radiciais, incluindo o Industrial Workers of The World. 
Encobrindo o Primeiro de Maio, o Estado, os capitalistas, as centrais sindicais institucionais e a mídia obscureceram um legado inteiro da insatisfação nos EUA.

Eles estão aterrorizados com o que um movimento militante e organizado semelhante possa conseguir hoje em dia, e eles suprimem as sementes de tais organizações quando e sempre que puderem.
Como trabalhadores, nós devemos reconhecer e comemorar o Primeiro de Maio não apenas pela sua importância histórica, mas também como um dia para organizar-se sobre assuntos de vital importância para a classe trabalhadora de hoje.
Fonte: www.midiaindependente.org
Dia Mundial do Trabalho

Primeiro de Maio

“A história do Primeiro de Maio mostra, portanto, que se trata de um dia de luto e de luta, mas não só pela redução da jornada detrabalho, mais também pela conquista de todas as outras reivindicações de quem produz a riqueza da sociedade.” – Perseu Abramo
Dia Mundial do Trabalho
Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris. A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.
Fonte: IBGE / Ministério do Trabalho
As Origens Trágicas e Esquecidas do Primeiro de Maio
Maio já foi um mês diferente de qualquer outro. No primeiro dia desse mês as tropas e as polícias ficavam de prontidão, os patrões se preparavam para enfrentar problemas e os trabalhadores não sabiam se no dia 2 teriam emprego, liberdade ou até a vida.
Hoje, tudo isso foi esquecido. A memória histórica dos povos é pior do que a de um octogenário esclerosado, com raros momentos de lucidez, intercalados por longos períodos de amnésia. Poucos são os trabalhadores, ou até os sindicalistas, que conhecem a origem do 1° de maio. Muitos pensam que é um feriado decretado pelo governo, outros imaginam que é um dia santo em homenagem a S. José; existem até aqueles que pensam que foi o seu patrão que inventou um dia especial para a empresa oferecer um churrasco aos "seus" trabalhadores. Também existem - ou existiam - aqueles, que nos países ditos socialistas, pensavam que o 1° de maio era o dia do exército, já que sempre viam as tropas desfilar nesse dia seus aparatos militares para provar o poder do Estado e das burocracias vermelhas.
Dia Mundial do Trabalho
As origens do 1° de maio prendem-se com a proposta dos trabalhadores organizados na Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT) declarar um dia de luta pelas oito horas de trabalho.
Mas foram os acontecimentos de Chicago, de 1886, que vieram a dar-lhe o seu definitivo significado de dia internacional de luta dos trabalhadores.
No século XIX era comum (situação que se manteve até aos começos do século XX) o trabalho de crianças, grávidas e trabalhadores ao longo de extenuantes jornadas de trabalho que reproduziam a tradicional jornada de sol-a-sol dos agricultores.
Vários reformadores sociais já tinham proposto em várias épocas a idéia de dividir o dia em três períodos: oito horas de trabalho, oito horas de sono e oito horas de lazer e estudo, proposta que, como sempre, era vista como utópica, pelos realistas no poder.
Com o desenvolvimento do associativismo operário, e particularmente do sindicalismo autônomo, a proposta das 8 horas de jornada máxima, tornou-se um dos objetivos centrais das lutas operárias, marcando o imaginário e a cultura operária durante décadas em que foi importante fator de mobilização, mas, ao mesmo tempo, causa da violenta repressão e das inúmeras prisões e mortes de trabalhadores.
Desde a década de 20 do século passado, irromperam em várias locais greves pelas oitos horas, sendo os operários ingleses dos primeiros a declarar greve com esse objetivo. Aos poucos em França e por toda a Europa continental, depois nos EUA e na Austrália, a luta pelas oitos horas tornou-se uma das reivindicações mais freqüentes que os operários colocavam ao Capital e ao Estado.
Quando milhares de trabalhadores de Chicago, tal como de muitas outras cidades americanas, foram para as ruas no 1° de maio de 1886, seguindo os apelos dos sindicatos, não esperavam a tragédia que marcaria para sempre esta data. No dia 4 de maio, durante novas manifestações na Praça Haymarket, uma explosão no meio da manifestação serviu como justificativa para a repressão brutal que seguiu, que provocou mais de 100 mortos e a prisão de dezenas de militantes operários e anarquistas.
Alberto Parsons um dos oradores do comício de Haymarket, conhecido militante anarquista, tipógrafo de 39 anos, que não tinha sido preso durante os acontecimentos, apresentou-se voluntariamente à polícia tendo declarado: "Se é necessário subir também ao cadafalso pelos direitos dos trabalhadores, pela causa da liberdade e para melhorar a sorte dos oprimidos, aqui estou". Junto com August Spies, tipógrafo de 32 anos, Adolf Fischer tipógrafo de 31 anos, George Engel tipógrafo de 51 anos, Ludwig Lingg, carpinteiro de 23 anos, Michael Schwab, encadernador de 34 anos, Samuel Fielden, operário têxtil de 39 anos e Oscar Neeb seriam julgados e condenados. Tendo os quatro primeiros sido condenados à forca, Parsons, Fischer, Spies e Engel executados em 11 de novembro de 1887, enquanto Lingg se suicidou na cela. Augusto Spies declarou profeticamente, antes de morrer: "Virá o dia em que o nosso silêncio será mais poderoso que as vozes que nos estrangulais hoje".
Este episódio marcante do sindicalismo, conhecido como os "Mártires de Chicago", tornou-se o símbolo e marco para uma luta que a partir daí se generalizaria por todo o mundo.
O crime do Estado americano, idêntico ao de muitos outros Estados, que continuaram durante muitas décadas a reprimir as lutas operárias, inclusive as manifestações de 1° de maio, era produto de sociedades onde os interesses dominantes não necessitavam sequer ser dissimulados.
Na época, o Chicago Times afirmava: "A prisão e os trabalhos forçados são a única solução adequada para a questão social", mas outros jornais eram ainda mais explícitos como o New York Tribune: "Estes brutos [os operários] só compreendem a força, uma força que possam recordar durante várias gerações..."
Seis anos mais tarde, em 1893, a condenação seria anulada e reconhecido o caráter político e persecutório do julgamento, sendo então libertados os réus ainda presos, numa manifestação comum do reconhecimento tardio do terror de Estado, que se viria a repetir no também célebre episódio de Sacco e Vanzetti.
A partir da década de 90, com a decisão do Congresso de 1888 da Federação do Trabalho Americana e do Congresso Socialista de Paris, de 1889, declararem o primeiro de maio como dia internacional de luta dos trabalhadores, o sindicalismo em todo o mundo adotou essa data simbólica, mesmo se mantendo até ao nosso século como um feriado ilegal, que sempre gerava conflitos e repressão.
Segundo o historiador do movimento operário, Edgar Rodrigues, a primeira tentativa de comemorar o 1 de maio no Brasil foi em 1894, em São Paulo, por iniciativa do anarquista italiano Artur Campagnoli, iniciativa frustrada pelas prisões desencadeadas pela polícia. No entanto, na década seguinte, iniciaram-se as comemorações do 1 de maio em várias cidades, sendo publicados vários jornais especiais dedicados ao dia dos trabalhadores e números especiais da imprensa operária comemorando a data. São Paulo, Santos, Porto Alegre, Pelotas, Curitiba e Rio de Janeiro foram alguns dos centros urbanos onde o nascente sindicalismo brasileiro todos os anos comemorava esse dia à margem da legalidade dominante.
Foram décadas de luta dos trabalhadores para consolidar a liberdade de organização e expressão, que a Revolução Francesa havia prometido aos cidadãos, mas que só havia concedido na prática à burguesia, que pretendia guardar para si os privilégios do velho regime.
Um após outro, os países, tiveram de reconhecer aos novos descamisados seus direitos. O 1° de maio tornou-se então um dia a mais do calendário civil, sob o inócuo título de feriado nacional, como se décadas de lutas, prisões e mortes se tornassem então um detalhe secundário de uma data concedida de forma benevolente, pelo Capital e pelo Estado em nome de S. José ou do dia, não dos trabalhadores, mas numa curiosa contradição, como dia do trabalho. Hoje, olhando os manuais de história e os discursos políticos, parece que os direitos sociais dos trabalhadores foram uma concessão generosa do Estado do Bem-Estar Social ou, pior ainda, de autoritários "pais dos pobres" do tipo de Vargas ou Perón.
Quanto às oitos horas de trabalho, essa reivindicação que daria origem ao 1º de maio, adquiriu status de lei, oficializando o que o movimento social tinha já proclamado contra a lei.
Mas passado mais de um século, num mundo totalmente diferente, com todos os progressos tecnológicos e da automação, que permitiram ampliar a produtividade do trabalho a níveis inimagináveis, as oitos horas persistem ainda como jornada de trabalho de largos setores de assalariados! Sem que o objetivo das seis ou quatro horas de trabalho se tornem um ponto central do sindicalismo, também ele vítima de uma decadência irrecuperável, numa sociedade onde cada vez menos trabalhadores terãotrabalho e onde a mutação para uma sociedade pós-salarial se irá impor como dilema de futuro.
Exigindo a distribuição do trabalho e da riqueza segundo critérios de eqüidade social que o movimento operário e social apontou ao longo de mais de um século de lutas.
Fonte: www.nodo50.org
Dia Mundial do Trabalho

Primeiro de Maio

O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris.
A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu em 1º de maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.
Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias.
Dia Mundial do Trabalho
Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade.
Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.
Em memória aos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.
No Brasil, a data é comemorada desde 1895 e virou feriado nacional em setembro de 1925 por um decreto do presidente Artur Bernardes.
Fonte: www.brasilcultura.com.br
Na maioria dos países industrializados, o 1º de maio é o Dia do Trabalho.
Comemorada desde o final do século XIX, a data é uma homenagem aos oito líderes trabalhistas norte-americanos que morreram enforcados em Chicago (EUA), em 1886.
Eles foram presos e julgados sumariamente por dirigirem manifestações que tiveram início justamente no dia 1º de maio daquele ano.
No Brasil, a data é comemorada desde 1895 e virou feriado nacional em setembro de 1925 por um decreto do presidente Artur Bernardes.
Dia Mundial do Trabalho

Chicago, maio de 1886

Baixos salários e jornadas de trabalho que se estendiam até 17 horas diárias eram comuns nas indústrias da Europa e dos Estados Unidos no final do século XVIII e durante o século XIX. Férias, descanso semanal e aposentadoria não existiam. Para se protegerem em momentos difíceis, os trabalhadores inventavam vários tipos de organização – como as caixas de auxílio mútuo, precursoras dos primeiros sindicatos.
Com as primeiras organizações, surgiram também as campanhas e mobilizações reivindicando maiores salários e redução da jornada de trabalho.
Greves, nem sempre pacíficas, explodiam por todo o mundo industrializado.
Chicago, um dos principais pólos industriais norte-americanos, também era um dos grandes centros sindicais.
Duas importantes organizações lideravam os trabalhadores e dirigiam as manifestações em todo o país: a AFL (Federação Americana de Trabalho) e a Knights of Labor (Cavaleiros do Trabalho).
As organizações, sindicatos e associações que surgiam eram formadas principalmente por trabalhadores de tendências políticas socialistas, anarquistas e sócio-democratas.
Em 1886, Chicago foi palco de uma intensa greve operária. Dia 1º de maio, os trabalhadores realizam uma grande manifestação – foi a última do período em que não houve violenta repressão policial. Nos dias seguintes, toda ação dos operários foi duramente reprimida pela polícia, com mortos, feridos e muitos presos.
As conseqüências chocaram o mundo: depois de um julgamento sumário, várias lideranças foram condenados a prisão perpétua e oito deles, à morte na forca. Aos poucos, porém, vários Estados norte-americanos começaram a estabelecer jornadas de trabalhomenores, de dez e até de oito horas.

A data vira uma instituição

Dois anos depois, em 1888, a AFL marcava para o dia 1º de maio manifestações de protestos e reivindicações por uma jornada detrabalho de oito horas.
Em 1890, o 1º de maio foi comemorado com manifestações em várias cidades européias e norte-americanas, organizadas por sindicatos, partidos e associações de trabalhadores. Nesse mesmo ano, a Segunda Internacional, associação mundial de trabalhadores socialistas, aprovou em seu congresso a fixação do 1º de maio como Dia do Trabalhador: "Festa dos trabalhadores em todos os países, durante a qual o proletariado deve manifestar os objetivos comuns de suas reivindicações, bem como a sua solidariedade", declarava o documento daquele congresso.
Fonte: www.ofelia.com.br
Dia Mundial do Trabalho

Primeiro de Maio

A origem do Dia do Trabalho

Dia do Trabalho, comemorado no Brasil com o feriado de primeiro de maio, teve origem em um movimento ocorrido em 1886, em Chicago.
Nesta data do ano de 1886 nada menos que 200 mil trabalhadores, organizados pela Federação dos Trabalhadores dos Estados Unidos e do Canadá, fizeram uma greve geral em Chicago, reivindicando a limitação da jornada de trabalho a oito horas diárias.
Dia Mundial do Trabalho
Nos dias seguintes à manifestação aconteceram outros protestos, que reuniram centenas de milhares de pessoas e originaram mortes causadas pela polícia enquanto tentava reprimir os protestantes. A de 4 de maio, chamada de Revolta de Haymarket, entrou para a história também como um dos eventos originários do Dia do Trabalho.
Nos anos subseqüentes, outros movimentos escolheram o primeiro de maio para se lançar, homenageando os revoltosos de Chicago. Dessa forma, a data foi se consolidando como um marco para trabalhadores de várias partes do mundo.
Em 1890, houve uma nova greve para estender a jornada de oito horas para todos os locais dos Estados Unidos. Também em primeiro de maio desse ano a data foi comemorada pela primeira vez em âmbito mundial, por indicação da liderança socialista internacional. Somente cinco anos depois a ocasião seria celebrada pela primeira vez no Brasil, em Santos, São Paulo, por iniciativa do Centro Socialista.
Grandes manifestações marcaram o primeiro de maio dos anos de Fourmies - 1891 – quando, na França, houve repressão policial em Fourmies deixando 7 mortos e 30 feridos; 1903 – ocasião em que, no Rio de Janeiro, uma passeata reuniu 20 mil participantes; 1919 – quando 50 mil protestaram no Rio de Janeiro por influência da Revolução Russa; 1980 – quando 120 mil grevistas protestaram no estádio de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo.
Comemorou-se a ocasião no Brasil, pela primeira vez, em 1895, na sede do Centro Socialista em Santos. O feriado nacional foi oficializado graças a dois fatores: um projeto de lei do deputado Sampaio Ferraz aprovado no Congresso em 1902 e a lei 662, surgida em 1949.
Até o governo Vargas, o Dia do Trabalho foi considerado uma ocasião propícia a passeatas e protestos, pensamento que tinha como base os movimentos anarquista e comunista. Quando o trabalhismo passou a ser disseminado por Getúlio, a data começou a ser celebrada com festas e desfiles, como acontece até hoje.
Apesar de o primeiro de maio ser comemorado em muitos países, sendo feriado nacional em grande parte deles, há variações significativas de datas.
Dia Mundial do Trabalho
Nos Estados Unidos o dia primeiro, May Day, é reconhecido como a data comemorada pelos socialistas e comunistas. No entanto, não é quando se celebra oficialmente o Dia do Trabalho porque, procurando justamente dissociar a conquista dos trabalhadores desses movimentos, escolheu-se a primeira segunda-feira de setembro para o feriado nacional – oficializado pelo Congresso em 1894. A data foi escolhida por homenagear trabalhadores que se manifestaram nessa mesma época, dos anos de 1882 e 1884, em favor de sua classe, em Nova Iorque.
Na Austrália comemora-se em quatro dias diferentes: 4 de Março na Austrália ocidental, 11 de Março no estado de Vitória, 6 de Maio em Queensland e Território do Norte e 7 de Outubro em Canberra, Nova Gales do Sul (Sidney) e na Austrália meridional. Na Inglaterra o feriado é no primeiro domingo após o primeiro de maio; no Japão, em 23 de setembro; na Espanha, em 18 de julho; e na Nova Zelândia, em 18 de outubro.
Fonte: opiniaoenoticia.com.br
O dia primeiro de maio é conhecido internacionalmente como o “dia do trabalhador”, sendo, no Brasil, feriado nacional.
Suas origens remontam ao ano de 1886, quando, no dia primeiro de maio, em Chicago, mais de um milhão de trabalhadores participaram da Greve Geral.
Esses operários lutavam pela redução da jornada de trabalho para oito horas diárias.
Entretanto, os movimentos sofreram inúmeras repressões, sendo que a maior delas foi a explosão de uma bomba que matou dezenas de trabalhadores.
Dia Mundial do Trabalho
Atualmente, o feriado em questão transmite, somente, uma imagem de celebração...uma celebração vazia, uma vez que grande parte dos trabalhadores desconhece as origens do primeiro de maio – na verdade, ele é visto como um dia de descanso merecido àqueles que laboram diariamente.
O escritor modernista Mário de Andrade foi capaz de elaborar um conto que trata justamente da ilusão que cerca esse feriado. O conto Primeiro de maio faz parte da obra Contos Novos, que foi publicada postumamente, em 1947. As nove narrativas que formam o livro são, na realidade, variações de um mesmo tema: o homem disfarçado, desdobrado entre essência e aparência.
Primeiro de maio apreende doze horas na vida de uma personagem em que nada parece acontecer.
Às seis horas da manhã do dia primeiro de maio, 35 pula da cama ansioso para comemorar aquele dia que o pertence, já havia avisado os companheiros da Estação da Luz que não iria trabalhar no dia seguinte – trabalho de carregador não tem feriado.
A partir de então, 35 começa a se arrumar para estar digno de tamanha comemoração: veste uma roupa com as cores do Brasil – comemorar é vestir uma roupa bonita (aparência), o que mostra sua inexperiência e alienação.
35 quer festejar o primeiro de maio com seus iguais – mesmo não sabendo exatamente quem são eles. Ao sair de casa, 35 não sabe para onde ir...seus pés o levam mecanicamente à estação, onde sua vestimenta de festa é ridicularizada por seus iguais. Isolado e separado dos companheiros, decide, então, ir para o centro da cidade, mas não encontra nada, tudo está fechado e vazio. Segue para o Jardim da Luz e descobre que a polícia proibira comícios. No Palácio das Indústrias encontra a celebração oficial dos patrões e do Estado; 35 pensa em fugir, lutar, mas não faz nada. Por fim, acaba voltando para a estação e ajuda um colega a carregar as malas de um passageiro - o poder quase nulo das personagens não impede a fraternidade no espaço do trabalho.
Durante todo o movimento do enredo, o narrador caminha ao lado de 35 – o que é rompido no final, uma vez que o narrador parece abandonar a personagem. A paráfrase acerca do conto não é capaz de descrever a narrativa, pois ela só pode registrar a seqüência epidérmica dos acontecimentos, o enredo aparente fundado no ato de caminhar em busca da celebração.
Desse modo, o importante não é o que se conta, mas, sim, o que é mostrado pelo fluxo de consciência da personagem. O narrador se recusa a contar com suas próprias palavras ou atribuir sentido ao que ocorre na mente de 35; conforme Adorno, a narração não é mais possível, pois se renderia à mentira da representação. Quem narra sabe o sentido da vida, haveria, assim, uma comunhão de valores entre o narrador e seus leitores...mas não há mais certezas, o narrador não é mais onisciente.
Em Primeiro de maio, não há mistificações; trata-se de um homem comum. Partindo-se de uma leitura inserida no contexto histórico getulista da época, pode-se dizer que 35 não é o herói que move massas, mas, sim, um homem que nada pode fazer em relação à práxis política – é, na verdade, uma práxis política degradada, resumida no ato de caminhar. Além disso, o caminhar sem rumo representa a situação dos proletários diante da ditadura getulista.
Entretanto, a cada passo de 35 é um passo na sua reflexão...o 35 das seis horas da manhã não é mais o mesmo do final do dia. O sentido de sua experiência não é comunicado pelo narrador, nem mesmo a personagem é capaz de contar. Esse sentido deve ser buscado nas fissuras da narrativa, nos discursos indiretos livres – que subvertem a distância épica dos acontecimentos.
No conto, Mário de Andrade interpreta a história da época. Tratava-se de um momento decisivo para a nação: Revolução de 30 (tenentismo) e 32; política do café-com-leite (país agrário-pecuarista)... O autor questiona as estruturas de modernização do país - modernizar industrializando. Ao mesmo tempo, na década de 30, aconteciam movimentos proletários no mundo todo.
É possível perceber que 35 recebe informações de diversas fontes – direita, esquerda, nacional, internacional. Tem acesso à informações, que eram censuradas pelo DIP, por meio de jornais clandestinos na plataforma onde trabalha. Desse modo, 35 não consegue articular suas opiniões, defende ideais tanto da esquerda comunista quanto da direita... 35 está preso diante das informações veiculadas pela mídia, não há uma comunicação verdadeira.
A personagem do conto extrai o sentido de suas doze horas do dia primeiro de maio: sai de casa se achando lindo, vestido com as cores da bandeira do Brasil; logo a seguir, pensa que o achariam estranho; e, finalmente, tem certeza de que está ridiculamente vestido. 35 não quer mais ser alienado, perde as ilusões, mas não é capaz de comunicar sua experiência.
35 é o sujeito marcado pelo número que ocupa nas convenções do trabalho da sociedade capitalista, indivíduos reduzidos ao lugar que ocupam nas relações de produção. A identidade não é trazida pelo nome próprio, mas, sim, pelo anonimato dessas relações de produção; a identidade não se traduz no que é visível. A personagem está na fissura entre o visível e o invisível; entre o comunicável e o incomunicável.
A literatura é uma forma de resistência à ideologia dominante, não se entrega à mentira da representação. A partir das transformações ocorridas no século XX, o poder de ação das personagens passou a ser inferior ao do leitor; até as coisas mais banais eles não são capazes de realizar. 35 quando fala, não diz o que pensa, parece ser inferior a nós. Trata-se de uma personagem emblemática: o homem kafkiano que vira inseto.
O dia primeiro de maio, que deveria ser uma celebração - no sentido de trazer à memória, recordar – dos movimentos operários que aconteceram, principalmente em Chicago, foi transformado, pelo Estado, em uma celebração (festa e solenidade) oficial – traduzida pelo feriado. Dessa forma, a comemoração se torna um espetáculo, uma ilusão a fim de manter o sistema capitalista vigente – uma vez que não é interessante a esse sistema resgatar a idéia de movimentos contrários a ele. Em suma, do primeiro de maio restam apenas imagens de uma comemoração, ou melhor, de uma celebração.
Fonte: www.facasper.com.br
Dia Mundial do Trabalho

Primeiro de Maio

1 de maio é o dia em que as pessoas de diversos países comemoram o trabalho, ou melhor, comemoram as conquistas dos trabalhadores.
Final do século XVIII
A Revolução Industrial espalha-se pelo mundo, e nos Estados Unidos, Chicago era um de seus grandes representantes.
No dia 1º. de maio de 1886, os operários, cansados da falta de direitos e das condições desumanas de trabalho, resolvem fazer uma paralisação.
Dia Mundial do Trabalho
Concentraram-se na Haymarket Square, a fim de reivindicar a diminuição da jornada diária de 13 para 8 horas de trabalho. A polícia reage violentamente, e vários trabalhadores são mortos.
Assim, em homenagem às vítimas, o Congresso Socialista, realizado em Paris em 1889, escolhe o 1º de maio como Dia Internacional do Trabalho.
Graças à mobilização de diversos trabalhadores, ao longo das décadas, é que podemos contar com várias conquistas nesse campo. No Brasil, o 1º. de maio também foi a data escolhida para se criar o salário mínimo (1940) e a Justiça do Trabalho (1941), ambas realizações do Governo Vargas.
Infelizmente, entre a mão-de-obra mundial, ainda é freqüente o uso do trabalho infantil, mesmo que ilegalmente. Calcula-se que existam no mundo em torno de 250 milhões de crianças entre 5 e 14 anos que trabalham, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No Brasil, a Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) proíbem o trabalho infantil. Mas, infelizmente, existem 2,9 milhões de crianças de 5 a 14 anos de idade empregados em lavouras, carvoarias, olarias, pedreiras, mercado informal e atividades domésticas. Mais de 50% desses menores não recebem nenhum tipo de remuneração.
O trabalhador é peça-chave na sociedade, e sua contribuição é essencial para que o mundo caminhe para o progresso. Por isso mesmo é que todo e qualquer tipo de trabalho deve ser visto como um degrau para uma vida melhor, e receber nossa mais sincera admiração e respeito.
Exige muita paciência
Trabalho-de-noivo
Serviço temporário observado em alguns povos primitivos, que um homem presta ao futuro sogro, a fim de adquirir o direito à noiva.

Trabalho de sapa

A) trabalho oculto, ardil, trama

B) ação oculta ou conspiração contra alguém.

Trabalho de Sísifo

Trabalho estafante e inútil, porque, uma vez acabado, é preciso recomeçar.
Fonte: Conhecimentos gerais ; IBGE Teen





segunda-feira, 29 de abril de 2013

Democracia:


Forma de governo baseada na soberania popular e na distribuição eqüitativa do poder. Caracteriza-se pelo direito da população de participar das decisões sobre a administração pública, diretamente (Democracia participativa) ou indiretamente, por meio de representantes eleitos livremente (Democracia representativa).
Democracia direta surge em Atenas, na Grécia antiga, no século V a.C. Os cidadãos decidem os destinos da pólis, na ágora, a praça pública.
O sistema entra em decadência com a derrota de Atenas na Guerra do Peloponeso (431 a.C.-404 a.C.). Os ideais democráticos começam a renascer com a Revolução Gloriosa, na Inglaterra, em 1688, quando são estabelecidas as bases teóricas da divisão do poder (Executivo, Legislativo e Judiciário).
São reforçados no século XVIII com o Iluminismo e a Revolução Francesa. Na Democracia representativa, em vez de participar pessoalmente das assembléias, os cidadãos elegem quem vai representá-los e decidir por eles nas reuniões. No século XIX, a discussão sobre Democracia se desenvolve com base no embate entre as duas principais correntes políticas, o liberalismo e o socialismo.

Democracia liberal

Defende a Democracia representativa como a única forma compatível com o Estado liberal, definido como aquele que reconhece e garante alguns direitos fundamentais, dentre eles a liberdade civil e política. Assim, identifica a Democracia como a liberdade do indivíduo de escolher livremente seus representantes. No decorrer do século XIX, quase todos os países monárquicos da Europa Ocidental se tornam Democracias liberais ao instituir uma legislação representativa inspirada na do Parlamento britânico.

Social-Democracia

Surge no século XIX, com os movimentos trabalhistas e políticos que pressionam os governos europeus a estender a cidadania plena a todos, sem distinção de renda. Em sua origem critica a Democracia representativa, retoma a discussão da Democracia direta e defende o autogoverno e a autogestão.
Após a II Guerra Mundial, os partidos social-democratas chegam ao poder em diversas nações do Leste Europeu, na Suíça e na Inglaterra, com o Labour Party (Partido Trabalhista). Inicia-se, assim, a criação dos programas do estado de bem-estar social (welfare state). Atualmente, a social-Democracia adota o princípio de que o Estado é responsável apenas pela regulamentação, não pela posse dos negócios e indústrias do país.
Fonte: geocities.yahoo.com.br
Democracia
O que é democracia?
A democracia consiste em quatro elementos básicos:
Quero começar com uma visão geral do que é a democracia.
Podemos pensar a democracia como um sistema de governo com quatro elementos-chave:
1. Um sistema político para a escolha e substituição do governo por meio de eleições livres e justas.
2. A participação ativa das pessoas, como cidadãos, na vida política e cívica.
3. Proteção dos direitos humanos de todos os cidadãos.
4. Um Estado de Direito, em que as leis e os procedimentos se aplicam igualmente a todos os cidadãos.
Eu quero falar sobre cada um desses quatro elementos do que é a democracia. Então eu vou falar sobre as obrigações e exigências dos cidadãos em uma democracia.
Então eu vou concluir, falando sobre as obrigações que nós, da comunidade internacional, têm que o povo do Iraque como você procura para construir a primeira verdadeira democracia no mundo árabe.
I. Democracia como um sistema político de competição pelo poder
A democracia é um meio para que as pessoas escolhem seus líderes e para manter seus líderes responsáveis pelas suas políticas e sua conduta no cargo.
As pessoas decidem que irão representá-los no parlamento, e quem vai chefiar o governo nos níveis nacional e local. Eles fazem isso por escolha entre os partidos concorrentes às eleições regulares, livres e justas.
Governo baseia-se no consentimento dos governados.
Em uma democracia, o povo é soberano, eles são a forma mais elevada de autoridade política.
Energia flui das pessoas para os líderes de governo, que detêm o poder apenas temporariamente.
Leis e políticas exigem o apoio da maioria no Parlamento, mas os direitos das minorias são protegidos de várias maneiras.
As pessoas são livres para criticar seus líderes eleitos e representantes, e observar como eles conduzem os negócios do governo.
Representantes eleitos a nível nacional e local devem ouvir as pessoas e responder às suas necessidades e sugestões.
As eleições têm que ocorrer em intervalos regulares, conforme previsto por lei. Quem está no poder não pode estender seus mandatos sem pedir o consentimento das pessoas mais uma vez em uma eleição.
Para que as eleições sejam livres e justas, eles têm que ser administrado por um organismo neutro, justo e profissional que trata de todos os partidos políticos e os candidatos da mesma forma.
Todos os partidos e os candidatos devem ter o direito de fazer campanha livremente, para apresentar suas propostas aos eleitores tanto diretamente como através dos meios de comunicação.
Os eleitores devem poder votar em segredo, livre de intimidação e violência.
Observadores independentes devem ser capazes de observar a votação ea contagem de votos para garantir que o processo é livre de corrupção, intimidação e fraude.
É preciso haver algum tribunal imparcial e independente para resolver qualquer disputa sobre o resultado das eleições.
É por isso que tem um monte de tempo para organizar uma boa eleição, democrática.
Qualquer país pode realizar uma eleição, mas para que uma eleição seja livre e justa requer muita organização, preparação e formação de partidos políticos, funcionários eleitorais e organizações da sociedade civil que acompanham o processo.
II. Participação: O papel do cidadão na democracia
O papel fundamental dos cidadãos em uma democracia é a participação na vida pública.
Os cidadãos têm a obrigação de se informar sobre questões públicas, para observar atentamente como os seus líderes políticos e representantes de usar seus poderes, e de expressar as suas próprias opiniões e interesses.
A votação nas eleições é outro importante dever cívico de todos os cidadãos.
Mas, para votar com sabedoria, cada cidadão deve ouvir os pontos de vista dos diferentes partidos e candidatos e, em seguida, fazer a sua própria decisão sobre quem apoiar.
A participação também pode envolver a campanha por um partido político ou candidato, de pé, como um candidato a um cargo político, debatendo questões públicas, participando de reuniões com a comunidade pedindo que o governo, e até mesmo protestar.
Uma forma vital de participação vem através da participação ativa, em organizações não-governamentais independentes, o que chamamos de "sociedade civil".
Estas organizações representam uma variedade de interesses e crenças: agricultores, trabalhadores, médicos, professores, empresários, crentes religiosos, mulheres, estudantes, ativistas de direitos humanos.
É importante que as mulheres participem plenamente tanto na política e na sociedade civil.
Isto exige esforços por parte das organizações da sociedade civil para educar as mulheres sobre seus direitos e deveres democráticos, melhorar suas habilidades políticas, representam seus interesses comuns, e envolvê-los na vida política.
Em uma democracia, a participação em grupos cívicos deve ser voluntária. Ninguém deve ser forçado a participar de uma organização contra a sua vontade.
Os partidos políticos são organizações vitais em uma democracia, ea democracia é mais forte quando os cidadãos se tornarem membros ativos de partidos políticos.
No entanto, não se deve apoiar um partido político porque ele é pressionado ou ameaçado por outros. Numa democracia, os cidadãos são livres para escolher qual partido apoiar.
A democracia depende da participação dos cidadãos em todas estas formas. Mas a participação deve ser pacífica e respeitosa da lei, e tolerante com as diferentes opiniões de outros grupos e indivíduos.
III. Os direitos dos cidadãos em uma democracia
Em uma democracia, todo cidadão tem certos direitos básicos que o Estado não pode tirar a partir delas. 
Esses direitos são garantidos pelo direito internacional.
Você tem o direito de ter suas próprias crenças, e para dizer e escrever o que pensa.  
Ninguém pode dizer o que você deve pensar, acreditar e dizer ou não dizer.
Não há liberdade de religião. Todos são livres para escolher sua própria religião e de culto e praticar sua religião como entenderem.
Cada indivíduo tem o direito de desfrutar de sua própria cultura, juntamente com outros membros de seu grupo, mesmo se o seu grupo é uma minoria.
Não é a liberdade eo pluralismo dos meios de comunicação.
Você pode escolher entre diferentes fontes de notícias e opinião de ler nos jornais, ouvir o rádio, e para assistir na televisão.
Você tem o direito de se associar com outras pessoas, e para formar e participar de organizações de sua própria escolha, incluindo sindicatos.  
Você é livre para mover-se sobre o país, e, se quiser, para deixar o país.
Você tem o direito de se reunir livremente, e para protestar contra as ações do governo.  
No entanto, toda a gente tem a obrigação de exercer esses direitos de forma pacífica, com respeito pela lei e pelos direitos dos outros.  
IV. O Estado de Direito
A democracia é um sistema de governo por leis, e não por indivíduos.  
Em uma democracia, o Estado de Direito protege os direitos dos cidadãos, mantém a ordem, e limita o poder do governo.  
Todos os cidadãos são iguais perante a lei. Ninguém pode ser discriminado em função da sua raça, religião, etnia ou gênero.  
Ninguém pode ser detido, preso ou exilado arbitrariamente.  
Se você está preso, você tem o direito de conhecer as acusações contra você, e de ser presumido inocente até que se prove sua culpa de acordo com a lei.   
Qualquer pessoa acusada de um crime tem o direito a um julgamento justo, rápido e público por um tribunal imparcial.
Ninguém pode ser tributado ou processado, exceto por uma lei estabelecida com antecedência.  
Ninguém está acima da lei, nem mesmo um rei ou um presidente eleito.  
A lei é justa, imparcial, e aplicadas de forma coerente, por parte dos tribunais que são independentes dos outros ramos do governo.  
Tortura e tratamento cruel e desumano são absolutamente proibidos.
A regra de lugares lei limita o poder do governo. Nenhum funcionário do governo pode violar esses limites.
Nenhum governante, ministro, ou partido político pode dizer a um juiz como decidir um caso.  
Titulares de cargos não pode usar o seu poder para se enriquecer. Tribunais independentes e comissões punir a corrupção, não importa quem é o culpado.
V. Os limites e os requisitos para a Democracia
Se a democracia é trabalhar, os cidadãos não devem apenas participar e exercer seus direitos. Eles também devem observar certos princípios e regras de conduta democrática.
As pessoas devem respeitar a lei e rejeitar a violência. Nada justifica o uso da violência contra seus adversários políticos, só porque você não concorda com eles.
Cada cidadão deve respeitar os direitos de seus concidadãos, e sua dignidade como seres humanos.  
Ninguém deve denunciar um adversário político como mal e ilegítimo, só porque eles têm diferentes pontos de vista.
As pessoas devem questionar as decisões do governo, mas não rejeitam a autoridade do governo.
Cada grupo tem o direito de praticar sua cultura e ter algum controle sobre os seus próprios assuntos, mas cada grupo deve aceitar que é uma parte de um Estado democrático.
Quando você expressar suas opiniões, você também deve ouvir as opiniões de outras pessoas, mesmo as pessoas discordam de você. Todo mundo tem o direito de ser ouvido.
Não seja tão convencido da justeza dos seus pontos de vista que você se recusa a ver qualquer mérito em outra posição. Considerar os diferentes interesses e pontos de vista.
Quando você faz exigências, você deve compreender que, numa democracia, é impossível para que todos possam alcançar tudo o que eles querem.
A democracia exige compromisso. Grupos com diferentes interesses e opiniões devem estar dispostos a sentar-se uns com os outros e negociar.
Em uma democracia, um grupo nem sempre ganhar tudo que quer. Diferentes combinações de grupos de vencer em diferentes questões.  
Com o tempo, todos ganham alguma coisa.
Se um grupo é sempre excluído e não ser ouvido, ele pode se voltar contra a democracia em raiva e frustração.  
Todo mundo que está disposto a participar de forma pacífica e respeitar os direitos dos outros, deve ter alguma palavra a dizer na forma como o país é governado
Fonte: www.stanford.edu
Democracia
Democracia vem da palavra grega “demos” que significa povo. Nas Democracias, é o povo quem detém o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo. Embora existam pequenas diferenças nas várias Democracias, certos princípios e práticas distinguem o governo democrático de outras formas de governo.
Democracia é o governo no qual o poder e a responsabilidade cívica são exercidos por todos os cidadãos, diretamente ou através dos seus representantes livremente eleitos.
Democracia é um conjunto de princípios e práticas que protegem a liberdade humana; é a institucionalização da liberdade.
A Democracia baseia-se nos princípios do governo da maioria associados aos direitos individuais e das minorias. Todas as Democracias, embora respeitem a vontade da maioria, protegem escrupulosamente os direitos fundamentais dos indivíduos e das minorias.
As Democracias protegem de governos centrais muito poderosos e fazem a descentralização do governo a nível regional e local, entendendo que o governo local deve ser tão acessível e receptivo às pessoas quanto possível.
As Democracias entendem que uma das suas principais funções é proteger direitos humanos fundamentais como a liberdade de expressão e de religião; o direito a proteção legal igual; e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida política, econômica e cultural da sociedade.
As Democracias conduzem regularmente eleições livres e justas, abertas a todos os cidadãos. As eleições numa Democracia não podem ser fachadas atrás das quais se escondem ditadores ou um partido único, mas verdadeiras competições pelo apoio do povo.
A Democracia sujeita os governos ao Estado de Direito e assegura que todos os cidadãos recebam a mesma proteção legal e que os seus direitos sejam protegidos pelo sistema judiciário.
As Democracias são diversificadas, refletindo a vida política, social e cultural de cada país. As Democracias baseiam-se em princípios fundamentais e não em práticas uniformes.
Os cidadãos numa Democracia não têm apenas direitos, têm o dever de participar no sistema político que, por seu lado, protege os seus direitos e as suas liberdades.
As sociedades democráticas estão empenhadas nos valores da tolerância, da cooperação e do compromisso. As democracias reconhecem que chegar a um consenso requer compromisso e que isto nem sempre é realizável. Nas palavras de Mahatma Gandhi, “a intolerância é em si uma forma de violência e um obstáculo ao desenvolvimento do verdadeiro espírito democrático”.
Fonte: www.embaixada-americana.org.br
Democracia
Denomina-se Democracia (do grego demos, "povo", e kratos, "autoridade") uma forma de organização política que reconhece a cada um dos membros da comunidade o direito de participar da direção e gestão dos assuntos públicos. Nas sociedades modernas, são reduzidas as possibilidades de participação direta, dado o número e a complexidade dos assuntos públicos. Só é possível o exercício direto da Democracia em algumas instituições tradicionais - administração municipal ou assembléias populares, por exemplo. Assim, nos países democráticos, é comum o exercício da Democracia por meio de um sistema indireto ou representativo.
Normalmente, esse sistema é regulado por uma lei fundamental ou constituição. Os cidadãos elegem representantes, cuja participação nas diversas instituições governamentais garante a defesa de seus interesses. De maneira geral, esses representantes fazem parte de vários partidos políticos, que se identificam com os interesses de uma classe ou grupo social e sustentam diferentes opiniões a respeito de como se deve solucionar os problemas da comunidade. Os candidatos que recebem mais votos nas eleições passam então à categoria de membros dos organismos parlamentares - congresso, senado, câmara de deputados, parlamento, cortes, assembléia nacional etc. - nos quais, por um determinado período (mandato), devem defender as opiniões do partido pelo qual se elegeram, apoiando, criticando, reelaborando e votando os projetos de lei que forem submetidos a discussão.
No sistema parlamentarista, o governo da nação é exercido pelo partido ou coligação de partidos detentores da maioria parlamentar, e normalmente o chefe de governo é o líder do partido majoritário. O sistema presidencialista distingue-se do parlamentarista pelo fato de os cidadãos elegerem tanto um presidente da república, que exerce o poder executivo com apoio de um ministério por ele nomeado, quanto os membros do congresso, cujos poderes normalmente se limitam à legislação e à aprovação dos orçamentos gerais da administração pública.
A Democracia teve origem na Grécia clássica. Atenas e outras cidades-estados implantaram um sistema de governo por meio do qual todos os cidadãos livres podiam eleger seus governantes e serem eleitos para tal função. Esse exercício democrático - do qual estavam excluídos os escravos, as mulheres e os estrangeiros - foi possível porque os cidadãos formavam um grupo numericamente reduzido e privilegiado.
Embora o sistema tenha recebido o apoio teórico e doutrinário de pensadores da envergadura de Aristóteles, com freqüência ocorriam situações em que a normalidade democrática era interrompida por meio de mecanismos que também se repetiram freqüentemente ao longo da história. Quando havia algum conflito com uma região ou cidade vizinha, eram atribuídos a alguns generais poderes absolutos enquanto durasse a guerra. Às vezes, ao encerrar-se esta, aproveitando o prestígio popular conquistado, os generais apossavam-se do poder como ditadores. Uma situação desse tipo acabou com a "Democracia de notáveis" dos primeiros tempos de Roma. O sistema democrático vigorou muito menos tempo em Roma do que na Grécia e, mesmo durante o período republicano, o poder permaneceu habitualmente nas mãos da classe aristocrática.
Só no século XVII começaram a ser elaboradas as primeiras formulações teóricas sobre a Democracia moderna. O filósofo britânico John Locke foi o primeiro a afirmar que o poder dos governos nasce de um acordo livre e recíproco e a preconizar a separação entre os poderes legislativo e judiciário.
Em meados do século XVIII foi publicada uma obra capital para a teoria política moderna: O Espírito das Leis (1748; Do espírito das leis), de Montesquieu.
O filósofo e moralista francês distinguia nesse livro três tipos diferentes de governo: despotismo, república e monarquia - fundamentadas no temor, na virtude e na honra, respectivamente - e propunha a monarquia constitucional como opção mais prudente e sábia.
A liberdade política seria garantida pela separação e independência dos três poderes fundamentais do estado: legislativo, executivo e judiciário. Assim, Montesquieu formulou os princípios que viriam a ser o fundamento da Democracia moderna.
Os Estados Unidos da América foram a primeira nação a criar um sistema democrático moderno, definitivamente consolidado em decorrência de sua vitória na guerra de independência contra a monarquia britânica. No caso dos novos países da América, em geral caminharam juntas as idéias de Democracia e independência. Os "libertadores" buscaram pôr fim não só ao domínio exercido pelas potências colonizadoras, como também aos poderes absolutos que os soberanos dessas potências personificavam.
Democracia na atualidade: Embora estejam notavelmente disseminadas no mundo de hoje e seja difícil encontrar argumentos doutrinários contrários a elas que mereçam consenso, em muitas áreas do mundo as idéias democráticas não são postas em prática pelos sistemas políticos.
Nos países em que houve tomada do poder por organizações de esquerda, sobretudo de caráter comunista, implantaram-se sistemas de dominação política e militar que, embora se proclamassem democráticas, impediam o livre exercício dos direitos e das liberdades fundamentais. Nesses sistemas políticos, afirmava-se que a organização democrática parlamentar não constituía uma tradução adequada das idéias democráticas, já que só serviriam para legitimar o exercício do poder por influentes grupos de pressão, sobretudo de tipo econômico. Para os sistemas que foram dominantes nesses países, a organização democrática parlamentar seria uma Democracia formal, sem conteúdo, oposta à Democracia real, que eles representariam.
Organização jurídica da Democracia: A essência da Democracia como sistema político reside na separação e independência dos poderes fundamentais do estado - legislativo, executivo e judiciário - bem como em seu exercício, em nome do povo, por meio das instituições que dele emanam.
Fonte: www.renascebrasil.com.br
Democracia
A propósito de eleições, reforma política, e, outras discussões que empolgam companheiros e opositores, e como a partir de hoje, até o dia 5 de outubro nenhum candidato pode ser preso, vamos a algumas reflexões sobre o nosso sistema de Governo.

Cidadania

Conceito de Democracia, origem da palavra, Democracia grega, Democracia brasileira, participativa, política, importância do voto, eleições diretas, cidadania, obrigatoriedade do voto no sistema democrático.

Atenas, o berço

A palavra Democracia tem sua origem na Grécia Antiga (demo quer dizer povo, e cracia é governo).
Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Grécia Antiga).
Embora tenha sido o berço da Democracia, nem todos podiam participar dela nesta cidade: mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade.
Portanto, esta forma antiga de Democracia era bem limitada - i.e. já naquela época (não é de hoje) não era tão democrática como se pregava.

Globalização

Atualmente, a Democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa. É uma forma de governo do povo e para o povo.
- Seria...
Formas
Existem várias formas de Democracia, na atualidade.
Porém, as mais comuns são: direta e indireta.
Na Democracia direta, o povo, através de plebiscitos, ou consultas populares, pode decidir diretamente sobre assuntos políticos, ou administrativos de sua cidade, do seu município, estado ou país. - Não existem intermediários (deputados, senadores, vereadores).
Esta forma não é muito comum.
Na Democracia indireta, o povo, também, participa, porém através do voto, elegendo seus representantes (deputados, senadores, vereadores) que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram.
Esta forma também é conhecida como Democracia representativa.
Democracia no Brasil
Nosso país segue o sistema de Democracia representativa.
Existe a obrigatoriedade do voto, diferente do que ocorre em países como os Estados Unidos, onde o voto é facultativo (vota quem quer).
Porém, no Brasil o voto é obrigatório para os cidadãos que estão na faixa etária entre 18 e 65 anos.
Com 16 ou 17 anos, o jovem já pode votar, porém o voto é facultativo, assim como para os idosos que possuem mais de 65 anos.
Eleição
No Brasil, elegemos nossos representantes e governantes. É o povo quem escolhe os integrantes do Poder Legislativo (aqueles que fazem as leis e votam nelas - deputados, senadores e vereadores), e do Poder Executivo (administram e governam – prefeitos, governadores e presidente da República).
Democracia é uma coisa boa?
Quase todos os estados (nações), hoje, apóiam a Democracia em princípio, embora, geralmente, não na prática.
Mesmo, muitas ditaduras comunistas chamam-se a si mesmas Democracias populares (República Democrática do Vietnam, República Democrática Popular da Coréia), embora de modo algum sejam democráticas do ponto de vista da maioria dos ocidentais.
Falhas
Uma das fraquezas apontadas à Democracia é o fato de não permitir que objetivos lançados por um governo, a longo prazo, mesmo que sejam essenciais para o progresso/bem estar dos cidadãos, não possam ser postos de lado pelo governo seguinte, adiando assim decisões importantes, ou seja, não permite que haja um rumo para a nação em causa.
Algumas ideologias se opõem abertamente à Democracia, como por exemplo, o Fascismo.
Os Comunas
Os comunistas argumentam que Democracias não são realmente democráticas, mas, na verdade, apenas, uma ilusão criada pelas classes dominantes, que exercem o poder real. - Na análise comunista, a classe trabalhadora, nas Democracias, não tem um voto realmente livre, já que as classes dominantes controlam a mídia (imprensa), e o público em geral já foi doutrinado pela propaganda da classe dominante.
De acordo com os comunistas, a democracia real somente é possível sob um sistema socialista.
Cristo, “o cristo”
Para ilustrar essa manipulação do povo pelas classes dominantes, na hora de se tomar uma decisão importante, podemos tomar o seguinte exemplo: em uma das primeiras decisões democráticas de que se tem notícia, um bandido confesso, chamado Barrabás, foi libertado, e Jesus – “o Filho do Homem” – foi crucificado.
Um outro exemplo, anterior a este, que pode ser citado, é o Julgamento e a Condenação de Sócrates. Vide a vida dos grandes pensadores da história universal.
Para pensar
Pode não ser perfeito, mas nada, ainda, foi inventado, melhor do que o sistema democrático de Governo.
Roque Ferreira
Fonte: www.lsesporte.com.br
Democracia
O que é democracia?
A palavra "democracia" é derivado de uma palavra grega composta de palavras demos = povo e kratein = Governar, governar.
"Democracia" pode, portanto, ser traduzido, literalmente, pelas expressões seguinte: Governo do povo ou governo da maioria. A democracia, como forma de Estado que se destaca da monarquia, da aristocracia e da ditadura.
Talvez Você já ouviu falar da definição mais comum de democracia: "Governo do povo, pelo povo e para o povo "(Abraham Lincoln)? Para ser mais concreto, nós poderia dizer que num sistema democrático, o poder vem do povo, é exercido pelo o povo e para os seus próprios interesses. Esta descrição é apenas para uma forma muito geral começando, mas as páginas seguintes irá explicar mais claramente as diferentes facetas da democracia.
Direitos Fundamentais e das Liberdades Fundamentais
Os direitos humanos são mais do que apenas uma parte da democracia. Eles são a condição sine qua non para o funcionamento de um sistema de democrática.
O desenvolvimento e evolução dos direitos humanos só são possíveis se os homens vivem em uma democracia, porque é só nesse sistema que as pessoas podem desenvolver-se as leis que governam o público e controle três poderes: legislativo (o poder de propor e aprovar leis: em Madagascar, é Parlamento), o executivo (o poder de impor a lei em Madagascar, ele é o presidente da República e do Governo) eo Judiciário (o poder de legislar e promulgar a lei, neste caso, o Supremo Tribunal Constitucional). Além disso, os direitos direitos só são eficazes quando o poder estatal está ligada a um direito autônomo e independente, e que todos os homens são tratados no mesmo pé de igualdade perante a justiça. De igual modo, é essencial, em democracias, assim uma separação de poderes para garantir que a justiça é autônoma e independente. O resultado é um relacionamento triangular entre a democracia, os direitos humanos ea separação de poderes, que são e elementos interdependentes. Mas depois desta breve explicação, você poderia nunca explicar o que o conceito de "Os direitos humanos" realmente significa? A definição estrita descreveria humano direitos humanos como inerente à individualidade na proteção contra qualquer tentativa de minar o Estado contra ele. O homem goza de tais direitos no nascimento e que o Estado não pode tirar. Eles formam a base da relação que governam a vida humana em sociedade, seja ela local, nacional ou internacional, ou família.
Eles se abraçam diferentes áreas que nós vamos explicar sucintamente:
Direitos da personalidade individual formam o núcleo dos direitos humanos, que incluem, entre outros, o direito à vida eo direito à livre desenvolvimento da personalidade. Com esses direitos, esses direitos podem ser protegidos de ataques e manifestações de violência contra a pessoa, e preservar a sua integridade e dignidade humana.
Direitos Civis e Políticos estão lá para garantir que cada cidadão a livre participação na vida política de sua comunidade. Isso significa que ele ou ela deve temer qualquer sanção injustificada. A preocupação com os direitos mais importantes em Neste ponto, tanto a liberdade de opinião, liberdade de imprensa, liberdade de reunião como uma para participar.
Em relação aos direitos sociais e econômicos, o mínimo vital para a sobrevivência da o próprio homem deve ser garantida. Y está incluído, entre outros, o direito à educação, uma vez que deve-se supor que cada pessoa deve receber formação não se encontrar com fome e na miséria.
Relativamente novo, os direitos foram adicionados à lista: são os Direitos Humanos terceira geração. Eles estão lá para mostrar que os direitos humanos podem evoluir e não permanecer estática, fixa ao seu ponto de partida. Elas situam-se entre outros compostos de Desenvolvimento Humano, que visa reduzir o gap direitos entre ricos e pobres, e ambientais que garantam vital para a espécie humana não são danificadas ou destruídas.
Todas estas fórmulas têm muito bom ar, mas provavelmente você está se perguntando como que todos esses direitos sejam efetivamente implementadas, já que são fórmulas vazias não podem ser utilizados a muito. Tem toda a razão e algumas regras existem em sentido: em 1945, por iniciativa de alguns Estados, "Nações Unidas" foram criados. Nosso Hoje, quase todos os países do mundo são membros desta instituição. Em 1948, ela publicou a "Declaração Universal dos Direitos Humanos", que desde sempre tem evoluído. Para garantir a sua eficácia, alguns comitês, subcomitês e comissões foram no lugar, como o "Comitê para os Direitos da Criança". No caso em que um estado cometer violações dos direitos humanos, há, em Haia, na Holanda, um tribunal Internacional de Justiça, o poder de impor sanções contra qualquer agressor.
A ONU é apoiada por um grande número de organizações não-governamentais que, através da contribuição dos militantes ativos na proteção dos direitos humanos, pode elaborar e publicar relatórios sobre vários abusos de direitos humanos: eles podem muito bem trazer os governos não continuar a aceitar estes abusos.
Existem também vários tratados regionais que visam proteger os direitos dos homem. Há, por exemplo, a "Carta Africano dos Direitos Humanos e os direitos dos povos. Foi adotado Em 1981, a Organização de Unidade Africano, que mais tarde foi renomeado "União Africano ". Para garantir a eficácia do presente Tratado, um comitê e um tribunal de justiça direitos humanos e os direitos dos povos foram estabelecidas dentro da organização. Sobre decisão unânime deste tribunal foi fundida com o "Tribunal de Justiça África ", em 2004.
Em Madagascar, há várias ONGs e associações que trabalham para o monitoramento respeito pelos direitos humanos.
Eleições
As eleições são um dos pilares mais importantes da democracia. Estes são o textos da lei eleitoral que estabelecem e definem claramente a organização das eleições e como fazer a contagem para atribuir os assentos correspondentes. Ele é um ativo e uma lei eleitoral lei eleitoral passiva. Os cidadãos com direito eleição ativa têm direito a votar e quem gosta de uma lei eleitoral passiva tem o direito para ser eleito. Na maioria dos casos, a totalidade dos recenseados tem dois tipos de lei. Mas isso não significa que qualquer Estado que pode realizar eleições automaticamente ser chamado democrático uma vez que existem outras formas de governo em que as eleições também são praticados.
Eleições democráticas deve realmente cumprir determinadas condições que você já pode conhecer um pouco:
As eleições democráticas são livres, quando os cidadãos têm o direito de escolher entre os candidatos ou partidos puderam apresentar sem qualquer restrição. Eles também devem ser livres para decidir se querem exercer o seu direito de voto, ou se preferem se abster.
As eleições democráticas são justos, onde cada cidadão goza de sua direito de voto, tem direito a um voto e sua origem nem sexo, língua, rendimentos ou bens, o seu comércio, camada ou classe social, a identidade sexual, educação, religião ou convicções políticas, ter qualquer tipo de influência sobre avaliação do peso de sua voz.
Em eleições democráticas, deve ser possível identificar qual o partido político ou qualquer candidato em particular um cidadão votou. Eles são secretos, onde cada cidadão era capaz de colocar seu voto em um envelope sem nem foi monitorado nem influenciado em uma cabine de votação secreta, e foi, em seguida, o Da mesma forma, colocar o envelope na urna.
As eleições democráticas são, portanto, aberto e transparente. O que significa, em primeiro lugar, que cada cidadão tem o direito de assistir à contagem dos votos, na abertura das urnas, significa também, por outro lado, é possível siga completamente todo o processo de transição da voz dos eleitores de cédulas colocadas na urna na contagem final.
Para além das condições acima mencionadas, é também importante para a realização regulares eleições. Todos terão a oportunidade de conhecer a data da próxima eleições, para ser capaz de se preparar no tempo. Esta é uma forma de garantir que ele está sempre um governo definido no tempo, e que as pessoas têm o direito de remover. O eleitorado deve representar todo o povo, o que significa que, além das menores, o grupo não devem ser excluídas.
E, finalmente, a voz do eleitorado deve ser final, o que significa que resultados eleitorais devem ser aplicados e que devem ser aceito como legítimo.
No que diz respeito ao processo eleitoral, na verdade existem dois sistemas distintos: eleição por maioria absoluta e maioria eleição proporcional. Eles têm um importante, pois influencia tanto a estrutura política do processo formação da vontade política. Para determinar a escolha de um sistema eleitoral deve ser tomado em tendo em conta as tradições políticas e da história de um país, mas também a condição social dos população, uma vez que é possível que eles permitem, no final, apenas uma das duas possibilidades.
Vários parâmetros podem sofrer alterações: a ordem interna para a festa, relações entre as partes, bem como a relação entre o governo eo Parlamento, dependendo da aplicação da eleição por maioria absoluta ou proporcional. Perde uma eleição principal função, se for manipulado através da escolha do sistema eleitoral. Será e um impacto negativo sobre os chamados órgãos "eleitos" que vão perder sua legitimidade.
No sistema da maioria absoluta, a área eleitoral será dividido em tantos como constituintes necessários, dependendo do número de lugares a afetar (em O Parlamento, por exemplo). Os candidatos ou listas de candidatos que receberem a maioria dos vozes de seus eleitores, serão premiados os assentos.
O sistema eleição tem várias vantagens:
Com seu programa, os candidatos são encaminhados para uma grande parcela da população, para tentar obter a maioria. Os conteúdos são, por conseguinte, geralmente vistas razoáveis e extrema são evitados.
O governo deve levar efetivamente em conta a presença de outros partidos políticas através maiorias evidências claramente estabelecida. Neste sistema, os eleitores têm uma forte influência sobre o governo. Seu funcionamento é intimamente relacionado com o sistema de dois partidos.
No caso de um candidato individual ou independentes, existe uma relação muito próxima entre o Parlamento eo eleitorado. A distância entre os eleitores e seus representantes é reduzida.
Mas algumas dificuldades também caracterizar o sistema de maioria absoluta:
Em geral, é apenas o candidato de um grande partido político que com sucesso apresentar a maioria dos votos em um distrito eleitoral.
A regra da maioria, muitas vezes impede a representação das minorias na o corpo cuja assentos devem ser preenchidos (no Parlamento, por exemplo). Caso contrário certos grupos de eleitores - em número, mas minoria forte em sua distrito - não pode ser representado tanto, uma vez que apenas um candidato tem ganhar em cada círculo eleitoral.
Os resultados das eleições pode ser tendenciosa (pelo grupo no poder) em conscientemente manipular o tamanho dos grupos constituintes, uma vez que está dentro destas passado que são maiorias constituídas.
No sistema de maioria proporcional dos assentos parlamentares são alocados de acordo com o percentual obtido pelos partidos políticos sobre o total de votos de todos do eleitorado. A atribuição de lugares e espelhos, muito mais do que no sistema maioria absoluta, a escolha real da população. Os candidatos são eleitos por listas elaboradas nos seus círculos eleitorais.
Como o sistema de maioria absoluta, o segundo sistema eleitoral tem algumas vantagens:
Ele permite a representação de todos os matizes políticos, mesmo aqueles de minorias.
Com este sistema, os novos partidos políticos podem facilmente ser criado uma vez que é suficiente para conseguir algumas percentagens de votos em diferentes distritos para garantir sua entrada no órgão-alvo.
Quando novas eleições, reviravoltas políticas extremas podem ser evitados uma vez que, em geral, o governo dos conselhos consiste, em particular no Se os sistemas políticos legislativas na qual se representa a maioria Parlamentar determina a formação do governo.
Algumas dificuldades também caracterizar o sistema de maioria proporcional:
Se todas as tendências políticas existentes são levados em conta, muitos partidos políticos serão representados no Parlamento. Em geral, nenhum destes partidos políticas não podem obter uma maioria e, portanto, eles são, na verdade coligações sendo formada. Muitas vezes, os pequenos partidos políticos são usados como ferramentas para a maior parte, uma vez que na administração, eles têm uma maior percentual, na verdade, adquiriu influência nas eleições.
Para a população, é difícil ver o que partido político é exatamente responsável pelo qual a política, e era difícil se concentrar claramente decisão para a próxima eleição.
Em alguns países, como a Alemanha, a lei eleitoral proporcional é sujeito a uma "cláusula de limitação". Este último afirma que um partido político deve obter uma Número de votos (traduzido em percentagem), antes que eles possam ser representados no Parlamento. Esta cláusula é usada para evitar uma profusão de pequenos partidos políticos no Parlamento.
Em Madagáscar, até agora, os dois sistemas eleitorais têm sido muitas vezes combinados na legislação. 2002 eleições parlamentares, por exemplo, o sistema de maioria absoluta foi usado para os candidatos a serem eleitos em círculos eleitorais que representam um lugar vago, enquanto que nos distritos onde dois lugares foram preenchidos.
A maioria do sistema proporcional foi aplicada. Legislativo setembro de 2007, sistema de maioria absoluta com listas de candidatos tem sido praticada nas circunscrições eleição que teve dois assentos. Por contras, em círculos que tinha apenas um assento, o sistema de maioria absoluta com uma lista de candidatos sem foi usada. O sistema de maioria proporcional também tem sido aplicada a Madagáscar nas eleições parlamentares em 1993 para promover a criação de partidos no âmbito da liberalização política.
Como você pode ver, existem várias opções e para desenvolver e alcançar democracia. Não existe uma receita imutável válido geralmente sobre eleições e os dois sistemas eleitorais. Cada país deve ter em conta a circunstâncias especiais que definem, cultural, político ou social, o melhor como conduzir as eleições.
Estado de Direito
Em um Estado de direito, existem princípios e procedimentos básicos para garantir liberdade de cada indivíduo e permitir a participação na vida política. Existe, em primeiro lugar , O direito ao livre desenvolvimento da personalidade individual. Em resumo, a energia Estado é obrigado a as leis que a regem. Assim, o conceito de Estado de direito se opõe diretamente para o de "estado policial" ou "arbitrária do Estado."
Em um estado democrático, todos os cidadãos são iguais perante a lei, até os funcionários Estado e da Administração. Ele só pode agir quando foi investido com responsabilidade decorrente de lei ou da Constituição. Neste sentido, o Estado de Direito é sempre um Estado baseado no Estado de Direito e da Constituição.
Desta forma, torna- o responsável perante os cidadãos eo estado lhes dá a oportunidade de posição e reagir a suas ações. Neste regulado pelo Estado, os cidadãos pode participar livremente no processo político.
Anais do Estado de direito estão sujeitas a certos princípios fundamentais que agora vou explicar de forma sucinta.
Na constituição de um Estado Democrático de Direito, o conceito de independência judicial está firmemente enraizado. Isso significa que o Judiciário é estritamente separada do executivo e legislatura. Como já explicado acima, o poder executivo significa que legislação aplicável e os meios legislativa para propor e votar leis. É somente através da separação de poderes que os juízes podem fazer o seu trabalho fora pressão ou influência, e de forma independente. Eles devem servir à lei e lei e não pode ser afastado do cargo, sem o seu consentimento, a menos que tenham a sua si, infringindo a lei. Ele também deve garantir que a justiça tem o monopólio da veredicto. Na verdade, o que seria bom fazer-nos um acusado é considerado inocente por juiz ea polícia ainda encarcerado no final?
Em um Estado de Direito que trabalha corretamente, qualquer intervenção por parte da polícia, militar ou policial na vida um cidadão privado exige um juiz estava autorizado a dar a ordem.
Lei de segurança também é outro princípio fundamental do Estado de direito, isto é, de todas as ações do Estado devem ser mensuráveis e previsíveis. O cidadão deve ser informado que o Estado tem o direito de fazer isso por si só pode fazer eo que é proibido. Ninguém deve ser punido sem uma base jurídica e, em geral, as leis não são ser retroativa. O princípio da segurança jurídica é adicionado a Administração assujétion para lei. Este último tem o direito de agir como parte do que lhe deu a mais parlamentar. Cada ação iniciada pelo Estado deve ser garantida por uma lei que é a própria mesmo legitimado pelo princípio democrático. Este regulamento está relacionada com a noção de justiciabilidade da Administração. iniciado pela Justiça deve garantir que o controle.
Administração para ficar com o que é estipulado por lei. Qualquer cidadão que possui um certificado Administração como injusta tem o direito de ir ao tribunal para protestar e e exigem uma auditoria do ato.
Desde Administração assujétion da lei seria uma fórmula vazia se o juiz poderia agir livremente, defendemos o primado da Constituição perante a lei evitar qualquer indício de distorção dos fatos. Assim, o Estado de Direito se liga a política ea lei assuntos da lei a expressão de poder e controle do Poder Judiciário e garante a liberdade cidadãos.
Separação de poderes
Há três poderes dentro de um Estado:
A Assembléia Legislativa estabelece e adota leis
O Poder Executivo aplica as leis e políticas governamentais
O Poder Judiciário é o quadro legal para o exercício do poder.
Talvez você já sabe que o termo "separação de poderes" na verdade significa "divisão" de potência do estado em três partes: os que foram mencionados acima.
Em Estado democrático, o poder de controlar e efetivamente o impacto, em primeiro lugar e em primeiro lugar lugar por si só. O poder do Estado deve ser dividido entre vários órgãos.
Geralmente, é a constituição de um país que estabelece como o poder é distribuído entre os diferentes órgãos e quais as competências das respectivas funções.
Em geral, existem dois sistemas de governo que devem ser diferenciados: o "Plano parlamentar "e" presidencial ". Em alguns países, eles às vezes são encontrados misturados em formas mistas, mas o objetivo desta brochura não é você confundir a mente, mas sim para esclarecer todos os conceitos relacionados com o conceito Democrática! É por isso que tomamos cada sistema separadamente para você mostrar como a relação entre os poderes legislativo e executivo pode ser diferente, dependendo caso.
Nos sistemas parlamentares, o governo é derivado do parlamento eleito pelo povo. O Ministros no Governo pode, assim, desfrutar de um duplo mandato. O governo é criado pelo Parlamento e também pode ser removido a qualquer momento º. Os poderes do governo e do parlamento se interpenetram.
Geralmente, é o governo que lida com questões de desenvolvimento e proposta leis. Mas ele não pode decidir por si mesmo adoção. Cada projeto de lei está sendo uma votação no Parlamento, eo governo depende do parlamento em relação a adoção de leis que ele propõe. Os partidos políticos desempenham um papel muito importante, pois a obtenção de uma maioria no Parlamento é a condição necessária para a adesão à sede do governo. No parlamento, a oposição desempenha um papel importante como uma instância de poder de controle adicional. Em resumo, o sistema parlamentar transmite a idéia de que o governo e o parlamento deve agir em conjunto. Sistema sistema parlamentar de governo encontra a sua aplicação em vários países, inclusive Grã-Bretanha e Alemanha.
O sistema presidencialista de governo, por sua vez, é estabelecida de outra forma. Estados Unidos da América são o exemplo mais famoso. O legislativo e Executivo são separados, tanto institucional quanto em termos de exercício e poder técnico específico. Presidente, representando o Poder Executivo e do Congresso, representando o Legislativo, estão instalados no escritório através de eleições bem distinta. Os membros do governo não tem o direito de se sentar no Congresso dos EUA.
Ao contrário do sistema parlamentar, o Congresso não tem poder para demitir o Presidente, mesmo que seja culpado de um ato ilegal e é juridicamente punível.
O Presidente, por sua vez, não tem o poder de dissolver O Congresso nem o direito de propor leis. Os partidos políticos desempenham neste sistema governo, um papel relativamente menor. Este modelo de veículo a idéia de que o controle recíproco melhor pode ser feita quando os dois , Legislativo e executivo, são rigorosamente separados. Não existe uma receita infalível e imutável estender diretamente a todos os casos em que Em relação à organização da separação de poderes em uma democracia moderna. Mas o Mais importante ainda, o poder do Estado não retrouvre está nas mãos de um pessoa ou um pequeno goup das pessoas, porque, na maioria dos casos, isso equivale a um abuso poder.
Em Madagascar, os presidentes que sucederam ao poder eram cada conjunto no Constituição e aplicou o seu "sistema presidencial", de acordo com seu perfil pessoal e interesses proteger. Nos anos de 1993 a 1996, uma tentativa de aplicar alguns elementos de sistema parlamentar falhou, e terminou com a demissão do Presidente Parlamento.
Parlamento
Embora, nas democracias, a relação entre o Parlamento eo governo pode ser muito diferentes parlamentos têm sempre, basicamente, as mesmas funções. Eles executar uma função de leis propostas. Eles têm o direito de propostas legislativas. Nos sistemas parlamentares de governo, este direito é muitas vezes atribuída ao governo porque ele representa a maioria no parlamento e que a probabilidade de ver a lei aprovada é maior neste caso. Tipicamente, a maioria relativa é suficiente para passar a legislação. Por contras, as leis que tratam de questões fundamentais como a Constituição, por exemplo, muitas vezes exigem uma maioria de dois terços ou de um referendo para ser validado.
Como discutimos, o Parlamento, com o governo, uma função de controle. Em caso de dúvida sobre o trabalho do governo, O Parlamento pode criar comissões de inquérito, ou para consultas através de Judiciário. No sistema parlamentar, a Assembleia Nacional também tem a capacidade de demitir o governo. Neste sistema, o controlo é bastante entre o governo e oposição, muito menos entre o poder legislativo eo poder judicial. Parlamentos são, portanto, caracterizados por sua função articular e expressão vontade política.
O que significa:
Os membros da organizada, ou seja, para expressar a vontade do povo, pois é que eles representam.
Os membros estão a tentar informar o público sobre o seu trabalho através das sessões públicos, os relatórios das sessões na mídia e através de eventos especiais alvo, ao mesmo tempo que tenta suportar a população o nível de expressão de vontade política.
Fonte: www.fes-madagascar.org
Democracia

Trabalho e Democracia

Qual é o futuro da democracia nas sociedades crescentemente corroídas pela perda ou evasão de empregos produtivos?
O espectro do desemprego está rondando o mundo. Há mais de 30 milhões de desempregados nos países mais industrializados, membros da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico). As previsões para os próximos anos, quando o nível de emprego nos principais países do primeiro mundo (EUA, Japão, Alemanha) continuará diminuindo, são sombrias e sem perspectivas de reversão nessa tendência. Se acrescentarmos aos que perderam seu posto de trabalho, os milhões de refugiados e migrantes à procura de abrigos e oportunidades de reconstruir suas vidas, fica caracterizado o perfil de uma crise do sistema que condena, em escala sempre crescente, uma vasta parcela da humanidade à fome, miséria e exclusão da vida social e cultural.
As causas desse fenômeno assustador são múltiplas e, por isso, as medidas e diretrizes reducionistas prescritas ou recomendadas pelos órgãos financeiros internacionais, bem como os esforços empreendidos por governos nacionais, têm se revelado de pouca ou nenhuma eficácia. Bastaria aumentar as exportações, elevar a produtividade e melhorar a qualidade dos produtos para assegurar a absorção pelo mercado de trabalho desses contingentes de milhões de marginalizados do processo produtivo?
A perda do emprego em nossa sociedade significa o inicio de uma longa trajetória de deterioração das condições existenciais do indivíduo, de sua família e da comunidade, resultando na exclusão de fato do convívio social.
A exclusão não deve ser considerada apenas como situação de falta do mínimo para atender as necessidades básicas (alimentação, habitação, transporte, educação, saúde e lazer) das populações carentes, mas funciona, sobretudo, como bloqueio de opções, de possibilidades de desenvolvimento.
Segundo Amartya Sen - prêmio Nobel de economia - o processo de desenvolvimento deve ser concebido como a conquista da liberdade de optar, de escolher seu caminho, seu projeto de vida e de futuro. A falta de oportunidades de escolha resulta em sofrimento, material e psíquico, porque induz um processo de erosão de dignidade pessoal, da auto-estima e, pior, do sentimento de pertencer à comunidade que confere sentido à vida.
Os impactos da perda do emprego e da conseqüente exclusão social devem ser analisados e equacionados por um enfoque transdisciplinar e multidimensional.
Enfrentamos os problemas em sua dimensão objetiva de desigualdade econômica e social; em sua dimensão ética de injustiça praticada contra os mais fracos, e em sua dimensão subjetiva dos sofrimentos infligidos, sobretudo às mulheres, crianças, idosos e inválidos.
Aponta-se para a fatalidade do progresso técnico nas últimas décadas como causa do desemprego industrial - à semelhança do que ocorreu na agricultura no fim do século XIX, particularmente nos EUA. Estudos mais recentes colocam em dúvida esse argumento algo simplista. Afinal, o Japão é, dos países industrializados, o que mais automatizou suas indústrias e, todavia, sua taxa de desemprego é a mais baixa de todos os países desenvolvidos.
Sem negar o impacto da inovação tecnológica na perda de postos de trabalho – geralmente menos qualificados – devemos atentar também para a criação de novos empregos, mais qualificados e melhor remunerados, em conseqüência do progresso técnico.
O saldo desse jogo de demanda e oferta de mão-de-obra depende, em última análise, do fluxo de investimentos que, por sua vez, é função da poupança e das condições políticas, econômicas e infra-estruturais prevalecentes em cada país ou região.
O baixo coeficiente de investimentos no país (15% do PIB, em média, durante os últimos 20 anos) levanta a questão do destino dado aos lucros pelos detentores do capital. Não constitui segredo que a maior parcela do excedente crescentemente apropriado pelo capital, quando não expatriado e depositado em paraísos fiscais, alimenta a especulação financeira, baseada em taxas de juros quatro a cinco vezes superiores àquelas vigentes nos mercados financeiros internacionais.
A suposta atração que essa situação deve exercer sobre os investimentos estrangeiros não passa de mais uma mistificação. Os recursos que ingressam no país são de curto prazo e altamente especulativos. Os grandes fluxos de investimentos, embora declinantes devido à crise generalizada, são dirigidos, em primeiro lugar, para os países industrializados, a fim de assegurar a presença das empresas transnacionais em mercados cativos e excludentes em função da integração e reestruturação da economia mundial.
Como segunda opção de investimentos para o capital e a tecnologia, hoje facilmente transferíveis pelo mundo, figuram os países que oferecem, além das “vantagens estáticas comparativas” do passado (baixo custo e abundância de matérias-primas e energia), uma força de trabalho barata e competente. Mas, a criação de novos empregos nos países selecionados do terceiro mundo, em função de condições favoráveis que oferecem, não compensa, obviamente, a perda de postos de trabalho nos países de origem de capital.
O terceiro fator explicativo da diminuição da oferta de empregos se prende às possibilidades abertas pela difusão do novo paradigma técno-econômico, baseado em redes de comunicação globais operando “on-line”; de subcontratar, cada vez mais, a produção de peças e componentes, bem como de serviços auxiliares (limpeza, manutenção, refeições, transporte, segurança) de empresas autônomas. Esses contratos de terceirização não exigem investimentos em instalações e equipamentos e, tampouco, em recrutamento, seleção, treinamento e qualificação da mão-de-obra. A terceirização, além de livrar dos encargos sociais reduzindo os custos de produção, facilita a mobilidade do capital, sempre em busca de maior retorno com menor risco para seus investimentos.
Seria possível estancar ou barrar a perda de empregos (leia-se investimentos) para regiões mais preparadas e, portanto, mais promissoras para a lucratividade dos empreendimentos?
A cultura ocidental foi toda permeada pela visão bíblica do trabalho como maldição. (“No suor de teu rosto”...) Visão reforçada pelos críticos do sistema de produção fabril emergente após a revolução industrial, durante os últimos dois séculos. O novo modelo produtivo estaria em condições não somente de melhor qualificar o trabalhador, mas também, de restaurar-lhe os sentimentos de pertencer, de identidade e, com isto, de estabilidade e segurança. Estaria mudando a prática das empresas que, diante da queda da demanda ou em conseqüência da automação, não hesitam em tornar redundantes e desempregados indivíduos em plena idade produtiva? Parece mais do que evidente que a sociedade tornar-se-á “sustentável” somente quando a maioria de seus membros encontrar atividades materialmente gratificantes, sem dúvida, mas também significativas, de acordo com as tradições, valores e o conteúdo simbólico de sua cultura.
Ao analisarmos a relação entre trabalho e desenvolvimento é impossível abstrair do contexto sócio-político e cultural, do ambiente em que vivemos, trabalhamos e construímos os nossos sonhos, crenças e, por que não, nossos preconceitos que acabam impactando em nosso comportamento individual e coletivo. Essa visão do trabalho como fator estruturador das relações sociais, presente nas analises sociológicas de Marx, Durkheim e Weber, passou a ser crescentemente questionada a partir de posturas críticas, sobretudo na segunda metade do século passado. Autores como Friedmann, Naville e Touraíne, críticos do modelo clássico do operário industrial, alienado e desqualificado, apontaram para as contradições e conflitos profundos decorrentes da condição existencial de ser trabalhador em um mundo dominado pelo capital.
Como sobreviver em uma sociedade que nega, a contingentes cada vez mais numerosos, o acesso ao trabalho e, com isso, ao consumo mínimo, à informação e à participação política? É possível conquistar ou manter os direitos à cidadania, sem ter um emprego?
Por outro lado, mesmo aqueles que conseguem manter-se empregados não escapam dos efeitos de desqualificação e deterioração das condições de trabalho, em termos de segurança e estabilidade, devido à introdução de novas tecnologias, a mobilidade do capital e a conseqüente internacionalização da produção, do comércio e dos investimentos. A complexidade e as facetas multidimensionais da problemática são ressaltadas ao se enfocar as mudanças introduzidas nos processos produtivos, na organização e gestão das empresas, a partir do novo paradigma e particularmente, da microeletrônica. Após dois séculos de eminência e destaque ao trabalho industrial, estaríamos realmente no ponto de dizer “Adeus ao proletariado” (Gorz, 1982)?
A onda de desemprego que varre o mundo tem desviado a atenção da deterioração do clima social e moral entre aqueles que ainda mantém seus empregos. A disposição de “dar duro” no trabalho e manter-se leal à organização está definhando rapidamente. Por que se esforçar, melhorar a qualidade e aumentar a produtividade, se seus resultados vão causar mais desemprego? Faz sentido exigir lealdade e dedicação à empresa, se seus donos ou dirigentes mudam ou são substituídos em conseqüência de fusões e outras manobras especulativas do capital, semeando tragédias individuais e coletivas, de famílias e de comunidades inteiras?
A instabilidade no emprego e o assalto concomitante à seguridade social do trabalhador, além da deterioração geral das condições de vida, produzem uma queda irresistível da moral privada e pública, individual e coletiva. Nos tempos idos, confiava-se no governo para zelar e proteger os direitos dos trabalhadores, face às pressões permanentes e as práticas agressivas do capital, visando reduzir a participação dos salários no produto social. Hoje, é o próprio governo que, sob a alegação de flexibilizar os contratos de trabalho e, assim, tornar a economia mais competitiva, estimula empresas e sindicatos a infringir os preceitos legais de proteção e de seguridade social do trabalhador.
Enquanto isso, a academia se perde em infindáveis exercícios e debates escolásticos sobre desemprego estrutural, tecnológico, sazonal, terceirização e precarização do trabalho que confundem causas com efeitos, não explicam a dinâmica do processo e, menos ainda, permitem desvendar novos caminhos para enfrentar o problema concreto: como assegurar a sobrevivência de centenas de milhões de vítimas dessa onda de “racionalização” que assola o mundo todo?
A maioria dos economistas debruçando-se sobre o fenômeno em si, perde de vista o contexto e, com isto, a dinâmica geral da economia globalizada, impulsionada pelo processo de centralização do capital.
O poder financeiro concentrado em poucas mãos e associado a uma mobilidade praticamente ilimitada proporcionada pela combinação do computador com os meios de comunicação via satélite, é capaz de realizar operações bilionárias em tempo real, sem estar sujeito a qualquer fiscalização, controle ou tributação. Por que, então, investir em ativos fixos na indústria, agricultura, mineração ou transporte, se a política de juros do governo garante um retorno elevado, seguro e com liquidez imediata?
Acabou-se com os sonhos, mas não com os discursos nos gabinetes sobre política industrial, tecnológica e de desenvolvimento regional sabiamente orientada pelo poder público. Assistimos ao espetáculo pouco edificante de transformação de governantes em caixeiros viajantes, percorrendo o mundo em busca de investimentos e excedendo-se nas promessas de vantagens, incentivos e isenções fiscais e tributárias. Não importa em que setor ou região será feito o investimento ou se a tecnologia a ser utilizada será prejudicial ao meio ambiente e à saúde da população conquanto que resulte em crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) parâmetro fictício de eficácia utilizado pelos governos, semelhante ao equilíbrio fiscal, sempre prometido, cada vez mais distante. Entretanto, um dos créditos apresentado nas “negociações” é a redução dos salários e dos encargos sociais, enfim, da qualidade de vida dos mais necessitados.
Voltamos ao clima moral criado nos locais de trabalho e na vida pública. A perda de motivação em conseqüência de demissões e da precarização do trabalho, associada às pressões para se reformar o sistema de previdência e de aposentadoria funciona como fator de redução de eficiência e qualidade. Pessoas angustiadas ou infelizes são incapazes de produzir com rendimento ótimo, seja nas fábricas, seja no serviço público.
Por outro lado, a insegurança generalizada criada em função de números crescentes de roubos, assaltos, seqüestros, assassinatos e outros atos de violência repercutem profundamente na vida social e cultural de todas as camadas da sociedade.
Enquanto excluídos, pobres e desempregados, são empurrados para a periferia das grandes aglomerações urbanas, destituída de um mínimo de serviços e infraestrutura que assegurem uma qualidade de vida decente, a classe abastada vive cercada, atrás de grades de ferro e protegida por inúmeros agentes de segurança particulares, o que transforma a paisagem dos bairros mais urbanizados e ajardinados em verdadeiros espaços sitiados.
Os discursos do Presidente e as manifestações contraditórias, do Congresso Nacional e da mídia seriam suficientes para convencer os hipotéticos investidores estrangeiros e nacionais, do espírito de disciplina, confiança e solidariedade no país, em cuja ausência tanto a economia, quanto as instituições políticas perdem as condições de eficácia e credibilidade?
A problemática vai além dos bons sentimentos, da filantropia e da ajuda humanitária. A resposta está na reconquista dos direitos de cidadania e da participação política que tornem os indivíduos em sujeitos do processo de sua emancipação, e assim, os transformem, de meros objetos manipulados, em gestores de seu próprio destino, do futuro da História e da humanidade. Contudo, ao resgatar os indivíduos atores sociais do processo, não devemos tirar a responsabilidade do poder público, em nível municipal, estadual e federal.
Condição básica para um processo de desenvolvimento que resulte em oferta contínua de empregos e aumento da renda dos trabalhadores refere a uma mudança radical da política macroeconômica nacional.
Em vez de favorecer sistematicamente o capital, cumpre ao governo a tarefa inadiável de prover e assegurar trabalho para todos e coibir a exploração desavergonhada de trabalho alheio, em franco desrespeito aos direitos humanos e à cidadania.
A construção de uma sociedade sustentável - democrática, justa e mais igualitária - requer a extensão dos direitos humanos, consagrados na Carta das Nações Unidas, além da esfera eleitoral, para a vida cultural, política e social, a partir do direito ao trabalho e a renda e, através dele, a inclusão de cada um e de todos, como membros de plenos direitos e oportunidades, à sociedade.
Mas, esforços também devem ser empreendidos para fomentar e estimular políticas de desenvolvimento e inclusão social em nível local, com iniciativas criativas de cooperação, auto-gestão e projetos de economia solidária. Em todos os programas e projetos, prioridade deve ser atribuída ao acesso às informações e ao fortalecimento dos movimentos sociais que potencializam a dinâmica de inclusão social.
A construção de núcleos e de redes de confiança mútua realiza-se através de projetos de cooperação em nível local, enquanto a corrida competitiva inviabiliza as iniciativas conotadas pelos sociólogos como formação de capital social. Este é o resultado de uma nova mentalidade gerada em um processo contínuo de cooperação dos atores sociais, a começar pelas crianças nas escolas, na vida comunitária, nas empresas, sempre com o estímulo e o apoio de políticas públicas.
Somente uma sociedade solidária, fundamentada nos valores de cooperação, democracia participativa e justiça social, estará em condições de enfrentar e superar a chaga do desemprego.
Fonte: www.espacoacademico.com.br