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PENSE NISSO:

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terça-feira, 12 de março de 2013

Abolição da Escravatura no Brasil parte III:


Abolição da Escravatura no Brasil


Legalmente, o escravo não tem direitos: não pode possuir ou doar bens e nem iniciar processos judiciais, mas pode ser castigado e punido.
No Brasil, o regime de escravidão vigorou desde os primeiros anos logo após o descobrimento até o dia 13 de maio de 1888, quando a princesa regente Isabel assinou a Lei 3.353, mais conhecida como Lei Áurea, libertando os escravos.
escravidão é um capítulo da História do Brasil. Embora ela tenha sido abolida há 115 anos, não pode ser apagada e suas conseqüências não podem ser ignoradas. A História nos permite conhecer o passado, compreender o presente e pode ajudar a planejar o futuro. Nós vamos contar um pouco dessa história para você. Vamos falar dos negros africanos trazidos para serem escravos no Brasil, quantos eram, como viviam, como era a sociedade da época. Mas, antes disso, confira o texto da Lei Áurea, que fez com que o dia 13 de maio entrasse para a História.
"Declara extinta a escravidão no Brasil. A princesa imperial regente em nome de Sua Majestade o imperador, o senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Art. 1°: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.
Art. 2°: Revogam-se as disposições em contrário.
Manda portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém.
O secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e interino dos Negócios Estrangeiros, bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho de sua majestade o imperador, o faça imprimir, publicar e correr.
Dado no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º da Independência e do Império.
Carta de lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o decreto da Assembléia Geral, que houve por bem sancionar declarando extinta a escravidão no Brasil, como nela se declara.
Para Vossa Alteza Imperial ver".

Primeiro foram os índios

Durante mais de três séculos a escravidão foi a forma de trabalho predominante na sociedade brasileira. Além disso, o Brasil foi a última nação da América a abolir a escravidão. Num país de 500 anos, um fato que perdurou por 300 anos assume grande importância na formação da sociedade brasileira.
escravidão no Brasil teve início logo nos primeiros anos de colonização, quando alguns grupos indígenas foram escravizados pelos colonizadores que implantavam os primeiros núcleos de povoamento.
Até o ano de 1600, aproximadamente, na maioria das regiões da Colônia, as populações indígenas foram o alvo preferido dos colonizadores. Os índios escravizados eram obrigados a trabalhar nas plantações, nos engenhos, nos moinhos, na criação de gado e nos serviços domésticos. O desrespeito ia mais além, na medida em que os indígenas tinham que adotar o catolicismo dos seus senhores e abandonar suas crenças e ritos.
Foi no começo do século XVII que a escravidão indígena entrou em decadência, isto porque:
Cresceu a resistência indígena à escravidão
A Igreja Católica intensificou os protestos contra escravidão dos índios
A escassez da mão-de-obra indígena era crescente, devido às doenças e guerras que dizimavam boa parte da população de índios
O tráfico negreiro intercontinental começou a se desenvolver
escravidão dos indígenas foi substituída pela dos negros africanos, uma vez que os comerciantes e senhores verificaram que o tráfico negreiro era um negócio muito rentável, que traria vantagens a todos. Menos aos escravos, é claro. É nesse momento que começa mais um capítulo da escravidão do Brasil.

Depois dos índios, os negros

Não existem registros precisos dos primeiros escravos negros que chegaram ao Brasil. A tese mais aceita é a de que em 1538, Jorge Lopes Bixorda, arrendatário de pau-brasil, teria traficado para a Bahia os primeiros escravos africanos.
Eles eram capturados nas terras onde viviam na África e trazidos à força para a América, em grandes navios, em condições miseráveis e desumanas. Muitos morriam durante a viagem através do oceano Atlântico, vítimas de doenças, de maus tratos e da fome.
Os escravos que sobreviviam à travessia, ao chegar ao Brasil, eram logo separados do seu grupo lingüístico e cultural africano e misturados com outros de tribos diversas para que não pudessem se comunicar. Seu papel de agora em diante seria servir de mão-de-obra para seus senhores, fazendo tudo o que lhes ordenassem, sob pena de castigos violentos. Além de terem sido trazidos de sua terra natal, de não terem nenhum direito, os escravos tinham que conviver com a violência e a humilhação em seu dia-a-dia.
A minoria branca, a classe dominante socialmente, justificava essa condição através de idéias religiosas e racistas que afirmavam a sua superioridade e os seus privilégios. As diferenças étnicas funcionavam como barreiras sociais.
O escravo tornou-se a mão-de-obra fundamental nas plantações de cana-de-açúcar, de tabaco e de algodão, nos engenhos, e mais tarde, nas vilas e cidades, nas minas e nas fazendas de gado.
Além de mão-de-obra, o escravo representava riqueza: era uma mercadoria, que, em caso de necessidade, podia ser vendida, alugada, doada e leiloada. O escravo era visto na sociedade colonial também como símbolo do poder e do prestígio dos senhores, cuja importância social era avalizada pelo número de escravos que possuíam.
escravidão negra foi implantada durante o século XVII e se intensificou entre os anos de 1700 e 1822, sobretudo pelo grande crescimento do tráfico negreiro.
O comércio de escravos entre a África e o Brasil tornou-se um negócio muito lucrativo. O apogeu do afluxo de escravos negros pode ser situado entre 1701 e 1810, quando 1.891.400 africanos foram desembarcados nos portos coloniais.
Nem mesmo com a independência política do Brasil, em 1822, e com a adoção das idéias liberais pelas classes dominantes o tráfico de escravos e a escravidão foram abalados. Neste momento, os senhores só pensavam em se libertar do domínio português que os impedia de expandir livremente seus negócios. Ainda era interessante para eles preservar as estruturas sociais, políticas e econômicas vigentes.
Ainda foram necessárias algumas décadas para que fossem tomadas medidas para reverter a situação dos escravos. Aliás, este será o assunto do próximo item.
Por ora, vale lembrar que não eram todos os escravos que se submetiam passivamente à condição que lhe foi imposta. As fugas, as resistências e as revoltas sempre estiveram presentes durante o longo período da escravidão. Existiram centenas de "quilombos" dos mais variados tipos, tamanhos e durações. Os "quilombos" eram criados por escravos negros fugidos que procuraram reconstruir neles as tradicionais formas de associação política, social, cultural e de parentesco existentes na África.
O "quilombo" mais famoso pela sua duração e resistência, foi o de Palmares, estabelecido no interior do atual estado de Alagoas, na Serra da Barriga, sítio arqueológico tombado recentemente. Este "quilombo" se organizou em diferentes aldeias interligadas, sendo constituído por vários milhares de habitantes e possuindo forte organização político-militar.

A decadência da escravidão

Já no início do século XIX era possível verificar grandes transformações que pouco a pouco modificavam a situação da colônia e o mundo a sua volta. Na Europa, a Revolução Industrial introduziu a máquina na produção e mudou as relações de trabalho. Formaram-se as grandes fábricas e os pequenos artesãos passaram a ser trabalhadores assalariados. Na colônia, a vida urbana ganhou espaço com a criação de estaleiros e de manufaturas de tecidos. A imigração em massa de portugueses para o Brasil foi outro fator novo no cenário do Brasil colonial.
Mesmo com todos esses avanços foi somente na metade do século que começaram a ser tomadas medidas efetivas para o fim do regime de escravidão.
Vamos conhecer os fatores que contribuíram para a abolição:
1850 - promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que acabou definitivamente com o tráfico negreiro intercontinental. Com isso, caiu a oferta de escravos, já que eles não podiam mais ser trazidos da África para o Brasil.
1865 - Cresciam as pressões internacionais sobre o Brasil, que era a única nação americana a manter a escravidão.
1871 - Promulgação da Lei Rio Branco, mais conhecida como Lei do Ventre Livre, que estabeleceu a liberdade para os filhos de escravas nascidos depois desta data. Os senhores passaram a enfrentar o problema do progressivo envelhecimento da população escrava, que não poderia mais ser renovada.
1872 - O Recenseamento Geral do Império, primeiro censo demográfico do Brasil, mostrou que os escravos, que um dia foram maioria, agora constituíam apenas 15% do total da população brasileira. O Brasil contou uma população de 9.930.478 pessoas, sendo 1.510.806 escravos e 8.419.672 homens livres.
1880 - O declínio da escravidão se acentuou nos anos 80, quando aumentou o número de alforrias (documentos que concediam a liberdade aos negros), ao lado das fugas em massa e das revoltas dos escravos, desorganizando a produção nas fazendas.
1885 - Assinatura da Lei Saraiva-Cotegipe ou, popularmente, a Lei dos Sexagenários, pela Princesa Isabel, tornando livres os escravos com mais de 60 anos.
1885-1888 - o movimento abolicionista ganhou grande impulso nas áreas cafeeiras, nas quais se concentravam quase dois terços da população escrava do Império.
13 de maio de 1888 - assinatura da Lei Áurea, pela Princesa Isabel.

Enfim, livre Mas e aí?

A Lei Áurea, que decretou o fim da escravidão no Brasil, em 13 de maio de 1888, foi um documento que representou a libertação formal do escravo, mas não garantiu a sua incorporação como cidadão pleno à sociedade brasileira.
O ex-escravo, abandonado à sua própria sorte, engrossou as camadas de marginalizados, que constituíam a maioria da população. Não possuíam qualificação profissional, o preconceito continuava e não houve um projeto de reintegração do negro à sociedade que acompanhasse a abolição da escravatura. Expulsos das fazendas e após vagarem pelas estradas foram acabando na periferia das cidades, criando nossas primeiras favelas e vivendo de pequenos e esporádicos trabalhos, normalmente braçais.
A escravidão deixou marcas na sociedade brasileira: a concentração de índios, negros e mestiços nas camadas mais pobres da população; a persistência da situação de marginalização em que vive a maioria dos indivíduos dessas etnias; a sobrevivência do racismo e de outras formas de discriminação racial e social; as dificuldades de integração e de inclusão dessas etnias à sociedade nacional e os baixos níveis de renda, de escolaridade e de saúde ainda predominantes entre a maioria da população.
escravidão, portanto, fornece uma chave fundamental para a compreensão dos problemas sociais, econômicos, demográficos e culturais ainda existentes na atualidade.

Grandes abolicionistas

Na luta contra a escravidão, algumas pessoas se destacam por sua dedicação à causa. Vamos conhecer alguns destes homens que ficaram conhecidos como abolicionistas?

Joaquim Nabuco

Nascido no Recife, Pernambuco, em 19 de agosto de 1849, Joaquim Nabuco desde cedo conviveu com a dura realidade dos escravos. Na infância, o menino de família aristocrata se alfabetizara junto com os filhos dos escravos numa escolinha construída pela madrinha.
Abolição da Escravatura no Brasil
Joaquim Nabuco
Estudou Direito em São Paulo e Recife, escreveu poemas, era um patriota. Foi colega de Castro Alves e de Rui Barbosa.
O tema da escravidão estava presente em sua obra literária desde seu primeiro trabalho, nunca publicado, chamado "A escravidão". Porém, teve sucesso quando, em 1883, publicou "O Abolicionismo", durante período em que esteve em Londres.
Quando retornou ao Brasil, seguiu carreira política. Foi um grande parlamentar, um excelente orador. Fez uso de seu reconhecido talento público para lutar pela causa abolicionista, junto com José do Patrocínio, Joaquim Serra e André Rebouças.
É interessante observar que Nabuco era a favor da monarquia e ainda assim serviu fielmente à República como diplomata em Londres e Washington, após o fim do Império.
Joaquim Nabuco afirmava que a escravidão no Brasil era "a causa de todos os vícios políticos e fraquezas sociais; um obstáculo invencível ao seu progresso; a ruína das suas finanças, a esterilização do seu território; a inutilização para o trabalho de milhões de braços livres; a manutenção do povo em estado de absoluta e servil dependência para com os poucos proprietários de homens que repartem entre si o solo produtivo".
Morreu em Washington, no ano de 1910.

Rui Barbosa

Rui Barbosa nasceu em Salvador, Bahia, em 5 de novembro de 1849. Incansável, exerceu as mais variadas atividades profissionais. Foi advogado, jurista, jornalista, ensaísta, orador, diplomata, deputado, senador, ministro e candidato a Presidente da República duas vezes.
Sua participação na luta contra a escravidão foi uma das manifestações de seu amor ao princípio da liberdade – todo tipo de liberdade.
Abolição da Escravatura no Brasil
Rui Barbosa
Assim como Joaquim Nabuco, estudou Direito em Recife e em São Paulo, mas foi no Rio de Janeiro que Rui Barbosa abraçou a causa da abolição. Contudo, a defesa da liberdade também levou-o a ser exilado, em 1893, quando discordara do golpe que levou Floriano Peixoto ao poder e, por isto, pedira a libertação de presos políticos daquele governo ditatorial.
Destaca-se em sua biografia sua passagem como presidente da Academia Brasileira de Letras, substituindo Machado de Assis, e o grande prestígio de ser eleito Juiz da Corte Internacional de Haia. Morreu em 1923.

José do Patrocínio

Natural de Campos, no Rio de Janeiro, José do Patrocínio nasceu em 8 de outubro de 1854. Era filho de pai branco, padre, e mãe negra, escrava. Freqüentou a Faculdade de Medicina e se formou aos 20 anos de idade, mas sua principal atuação foi como jornalista.
Começou na Gazeta de Notícias, em 1875, e quatro anos depois juntou-se a Joaquim Nabuco, Lopes Trovão, Teodoro Sampaio, entre outros, na campanha pela abolição do regime escravocrata. Em 1881, tornou-se proprietário de um jornal, a Gazeta da Tarde, e fundou a Confederação Abolicionista, para a qual elaborou um manifesto junto com André Rebouças e Aristides Lobo.
Abolição da Escravatura no Brasil
José do Patrocínio
Assim como Rui Barbosa, foi contra o governo de Floriano Peixoto, o que o obrigou a ser desterrado e tirou de circulação seu jornal, o Cidade do Rio, fundado em 1887. Com isto, afastou-se da vida política e terminou por falecer no Rio de Janeiro, em 30 de janeiro de 1905.

André Rebouças

André Rebouças, nascido em 1838, era filho de escravos. Estudou no Colégio Militar do Rio de Janeiro e se formou em Engenharia na Europa. Foi professor da Escola Politécnica, e durante toda sua vida preocupou-se com a realidade brasileira.
O problema dos escravos, naturalmente, não lhe passou despercebido. Escreveu, junto com José do Patrocínio e Aristides Lobo, o manifesto da Confederação Abolicionista de 1883; foi co-fundador da Sociedade Brasileira Anti-Escravidão e contribuiu financeiramente para a causa abolicionista.
Abolição da Escravatura no Brasil
André Rebouças
Apoiou a reforma agrária no Brasil e foi também inventor. Exilou-se voluntariamente na Ilha da Madeira, na África, em solidariedade a D.Pedro II e sua família, e lá morreu em absoluta pobreza.

Luís Gama

Tal como José do Patrocínio, Luís Gama foi filho de uma miscigenação de cores. Seu pai era branco, de rica família da Bahia, e sua mãe era uma africana rebelde. Contudo, um episódio trágico faria com que se afastasse da mãe, exilada por motivos políticos, e fosse vendido como escravo pelo próprio pai, vendo-se à beira da falência.
Abolição da Escravatura no Brasil
Luís Gama
Assim, viveu na própria pele o cotidiano de um escravo. Foi para o Rio e depois São Paulo. Aprendeu a ler com ajuda de um estudante, no lugar onde trabalhava como servente, mas logo fugiu – pois sabia que sua situação era ilegal, já que era filho de mãe livre.
Daí trabalhou na milícia, em jornais, escrevendo poesia e como advogado, até conhecer Rui Barbosa, Castro Alves e Joaquim Nabuco, com quem se uniria para lutar pelo fim da escravidão.
Fez do exercício da advocacia uma oportunidade para defender e libertar escravos ilegais.

Antônio Bento

Antônio Bento era um abolicionista de família rica de São Paulo. Foi advogado, Promotor Público e depois Juiz de Direito.
Seus métodos não-ortodoxos, intransigentes e revolucionários para libertação dos negros o tornaram famoso. Promovia, juntamente com os membros da Ordem dos Caifazes (considerada subversiva na época), proteção a escravos que fugiam e incentivava a evasão dos negros das grandes fazendas.
Os historiadores narram que, para Antônio Bento, a escravidão era uma mancha na história do Brasil. Cristão fervoroso, há um registro de um episódio em que um negro, que havia sido torturado, teria sido levado por Antônio Bento a uma procissão. O efeito causado, além de mostrar as agruras da escravidão, foi de uma inevitável comparação do martírio do negro ao martírio de Cristo.
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Abolição da Escravatura no Brasil

Movimento social e político intensificado entre 1870 e 1888, que defendia o fim da escravidão no Brasil. Termina com a promulgação da Lei Áurea, que extingue o regime escravista originário da colonização do Brasil. A escravidãohavia começado a declinar com o fim do tráfico de escravos em 1850 e a chegada dos primeiros imigrantes europeus. Mas é só a partir da Guerra do Paraguai (1865-1870) que o movimento abolicionista ganha impulso. Milhares de ex-escravos que retornam da guerra vitoriosos, muitos até condecorados, recusam-se a voltar à condição anterior e sofrem a pressão dos antigos donos. O problema social torna-se uma questão política para a elite dirigente do Segundo Reinado.
O Partido Liberal, na oposição, compromete-se publicamente com a causa, mas é o gabinete do visconde do Rio Branco, do Partido Conservador, quepromulga a primeira lei abolicionista, a Lei do Ventre Livre, em 28 de setembro de 1871. De poucos efeitos práticos, a lei dá liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir dessa data, mas os mantém sob a tutela de seus senhores até atingirem a idade de 21 anos. Em defesa da lei, o visconde do Rio Branco apresenta a escravidão como uma "instituição injuriosa", que prejudica, sobretudo, a imagem externa do país.
Em 1880, políticos e intelectuais importantes, como Joaquim Nabuco e José do Patrocínio, criam, no Rio de Janeiro, a Sociedade Brasileira contra a Escravidão, que estimula a formação de dezenas de agremiações semelhantes pelo país. Da mesma forma, ojornal O Abolicionista e o manifesto O Abolicionismo, de Nabuco, e a Revista Ilustrada, de Angelo Agostini, servem de modelo a outras publicações antiescravistas.
Advogados, artistas, intelectuais, jornalistas e parlamentares engajam-se no movimento e arrecadam fundos para pagamento de cartas de alforria, documento que concedia liberdade ao escravo.
O país é tomado pela causa abolicionista. Em 1884, a província do Ceará antecipa-se ao governo imperial e decreta o fim daescravidão em seu território.
A decisão cearense aumenta a pressão da opinião pública sobre as autoridades federais. Em 1885, o governo cede mais um pouco e promulga a Lei Saraiva-Cotegipe. Conhecida como Lei dos Sexagenários, ela liberta os escravos com mais de 60 anos, mediante compensações a seus proprietários. A lei não apresenta resultados significativos, já que poucos cativos atingem essa idade, e os que sobrevivem não têm de onde tirar o sustento sozinhos.
Os escravos, que sempre resistiram ao cativeiro, passam a participar ativamente do movimento abolicionista, fugindo das fazendas e buscando a liberdade nas cidades. Em São Paulo está um dos focos mais ativos dessa mobilização. Na capital, os seguidores do mulato Antônio Bento, os caifazes (nome tirado de uma personalidade bíblica, o sumo-sacerdote judeu Caifaz), promovem comícios, passeatas, coletas de dinheiro e outras manifestações. No interior, milhares de escravos escapam das fazendas e se instalam no Quilombo do Jabaquara, em Santos.
A essa altura, a campanha abolicionista mistura-se à republicana e ganha um reforço importante: o Exército. Descontentes com o Império, os militares pedem publicamente para não mais ser utilizados na captura dos fugitivos. Do exterior, sobretudo da Europa, chegam apelos e manifestos favoráveis ao fim da escravidão.
Em 13 de maio de 1888, o governo imperial rende-se às pressões, e a Princesa Isabel, substituindo o imperador, que estava em viagem à Europa, assina a Lei Áurea, que extingue a escravidão no Brasil. A decisão desagrada aos fazendeiros, que exigem indenizações pela perda de seus "bens". Como não as conseguem, aderem ao movimento republicano como forma de pressão. Ao abandonar o regime escravista e os proprietários de escravos, o Império perde a última coluna de sustentação política.
O fim da escravatura, porém, não melhora a condição social e econômica dos ex-escravos. Sem formação escolar nem profissão definida, para a maioria deles a simples emancipação jurídica não muda sua condição subalterna, muito menos ajuda a promover sua cidadania ou ascensão social.

Fonte: www.mundofisico.joinville.udesc.br

ACUPUNTURA PARTE: III


Acupuntura

A teoria dos tipos psicológicos Junguianos e suas semelhanças com os tipos constitucionais Coreanos
1. TIPOS PSICOLÓGICOS – C.G. JUNG

Jung identificou quatro funções psicológicas fundamentais

PensamentoSentimentoSensaçãoIntuição

Estas funções podem ser experimentadas de maneira INTROVERTIDA ou EXTROVERTIDA.

1.1 INTROVERSÃO E EXTROVERSÃO:

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA INTROVERSÃO:

O movimento da energia consciente é em direção ao mundo interior.

A realidade interior é de vital importância

“Costuma ser caracterizada por uma natureza vacilante, meditativa, reservada, isolada dos outros, recua diante dos objetos e está sempre na defensiva”.

Há o “medo do objeto”.

A força motivadora (julgamentos, percepções, sentimentos, afeto e ações) vem de fatores internos ou subjetivos.

As pessoas introvertidas são conservadoras, preferem o lar e amigos íntimos.

Considera o extrovertido um fanfarrão superficial.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA EXTROVERSÃO

O movimento da energia consciente é em direção ao mundo exterior.

O objeto (as coisas, as outras pessoas), a realidade exterior é de vital importância.

“Costuma ser caracterizado por uma natureza saliente, franca, que se adapta com facilidade às situações propostas, estabelece rapidamente ligações e, pondo de lado qualquer tipo de apreensão arrisca-se, com despreocupada confiança, a viver situações desconhecidas”.

Há o “medo do que está dentro”.

Suas forças motivadoras são os fatores externos

As pessoas extrovertidas gostam de viajar, de encontrar novas pessoas, de conhecer novos lugares. São aventureiros e têm vida social intensa.

Considera o introvertido desmancha prazeres, maçante e negativo.

1.2 AS QUATRO FUNÇÕES

Jung chamou de FUNÇÕES RACIONAIS OU DE JULGAMENTO, o pensamento e o sentimento, e de FUNÇÕES IRRACIONAIS OU DE PERCEPÇÃO, a intuição e a sensação.

1.2.1 FUNÇÕES RACIONAIS (DE JULGAMENTO):.PENSAMENTO (FOGO)

É racional por ser função de discriminação lógica (julgamento).

Refere-se ao processo de pensamento cognitivo.

Nos diz do que se trata aquilo que existe.

São tipos reflexivos, são planejadores.

Julgam em termos de lógica e eficiência.
SENTIMENTO (ÁGUA)

É racional porque avalia do que gostamos.

É discriminatória e reflexiva.

É a função do julgamento ou da avaliação subjetiva.

Nos dá o valor.

Tomam decisões de acordo com um julgamento de valores próprios: bom ou mau, certo ou errado.

Preferem emoções fortes e intensas, ainda que negativas, a experiências “mornas”.
1.2.2 FUNÇÕES IRRACIONAIS (DE PERCEPÇÃO)

SENSAÇÃO (TERRA)

Vê o que está no mundo exterior

É a percepção através dos órgãos dos sentidos.

Nos assegura que algo existe.

INTUIÇÃO (AR-METAL)

Vê (capta) o que está no mundo interior

É a percepção através do inconsciente.

Nos dá um palpite do que podemos fazer com isso.

1.2.3 FUNÇÃO SUPERIOR E FUNÇÃO INFERIOR



O ideal seria ter acesso consciente à função exigida ou apropriada para cada circunstância, mas não há controle consciente. Cada pessoa tem uma função fortemente dominante, chamada de SUPERIOR OU DOMINANTE, e a mais utilizada, porque é onde o indivíduo tem mais facilidade.

Outras são relativamente INFERIORES. As FUNÇÕES INFERIORES permanecem num estado mais ou menos primitivo e infantil, às vezes semiconsciente ou totalmente inconsciente.

A FUNÇÃO INFERIOR guarda uma grande concentração de vida (sombra), e a pessoa tem pouco entendimento ou controle sobre ela. Na meia idade, aspectos da personalidade sempre negligenciados são cobrados. Este processo gera sofrimento, pois para elevar a função inferior ao nível da consciência, é necessário inferiorizar a função superior.

A FUNÇÃO INFERIOR é autônoma. Ex: vai desde a paixão até a raiva cega (desequilíbrio no eixo madeira-metal do tipo I)

Temos também a FUNÇÃO AUXILIAR, que é consciente e parcialmente desenvolvida. É de natureza diferente da superior, porém não antagônica. FUNÇÃO RACIONAL + FUNÇAO IRRACIONAL E VICE VERSA.

Ex: PENSAMENTO PRÁTICO está associado à SENSAÇÃO PENSAMENTO FILOSÓFICO, CIENTÍFICO está associado à INTUIÇÃO.

INTUIÇÃO ARTÍSTICA está relacionada com o SENTIMENTO

INTUIÇÃO FILOSÓFICA sistematiza sua visão através do PENSAMENTO.

Quanto mais desenvolvidas e conscientes forem às funções dominante e auxiliar, mais profundamente inconscientes serão seus opostos..

2. CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS TIPOS PSICOLÓGICOS JUNGUIANOS E SUAS CORRELAÇÕES COM OS TIPOS CONSTITUCIONAIS COREANOS

2.1 INTUIÇÃO EXTROVERTIDA (METAL – TIPO I – TAI YANG)EXCESSO EM METAL E FALTA EM MADEIRA

EXCESSO EM METAL

Tem grande facilidade em perceber o que está acontecendo nos bastidores. Ele vê através da camada externa. Onde a sensação vê uma coisa ou pessoa, o intuitivo vê a sua alma. Há uma maior conexão com o céu do que com a terra (excesso em metal-ar).

Está sempre a espreita de novas oportunidades e entedia-se com as coisas como elas são. A dificuldade está no elemento (madeira-terra), o que significa que as questões referentes ao dia a dia tomam uma proporção de dificuldade maior do que para os outros tipos.

Dão pouca atenção ao corpo, não percebendo quando estão cansados ou famintos.

Para por em prática as possibilidades da intuição, é necessário o pensamento (fogo) e a sensação (madeira).

Como a madeira gera o fogo e provavelmente este também é deficiente, isto explica a falta de praticidade que lhes é atribuída, sendo às vezes subjetivo demais aos olhos dos outros tipos.

2.2 INTUIÇÃO INTROVERTIDA (METAL – TIPO I – TAI YANG) EXCESSO EM METAL E FALTA EM MADEIRA

FALTA EM MADEIRA

Em uma vertigem, o indivíduo sensação perceberá todas as sensações corporais, o já o intuitivo exploraria cada detalhe das imagens suscitadas pelo distúrbio.

Todo o intuitivo tem a capacidade de pressentir o futuro, mas o introvertido se dirige para o interior como os profetas, poetas, artistas, xamãs.

São confusos, perdem-se facilmente, esquecem coisas e compromissos.

Tem dificuldade sexual pela pobre noção sobre o seu corpo e do parceiro.

A função Sensação (inferior) leva a uma natureza sensual, libidinosa e, devido à carência de julgamento, acaba fazendo alusões sexuais obscenas e socialmente inadequadas.

2.3 PENSAMENTO EXTROVERTIDO (FOGO – TIPO II – SHAO YANG) EXCESSO EM FOGO – FALTA EM ÁGUA

HIPERENERGIZAÇÃO EM FOGO

O indivíduo tem a vida governada pelo pensamento

É condicionado por dados objetivos transmitidos pela percepção sensorial.

É organizado, faz funcionar (fogo), percebe o que está errado em um projeto, por ex.

Seus parâmetros básicos são as idéias, os ideais, as regras e os princípios objetivos. Pouca atenção é dada ao sujeito em questão.

O difícil é a ligação com o outro.

É o indivíduo que está na frente em uma batalha (guerra, por ex.), é o executivo, o professor com uma linha lógica de raciocínio.

2.4 PENSAMENTO INTROVERTIDO (FOGO – TIPO II – SHAO YANG) EXCESSO EM FOGO – FALTA EM ÁGUA

REDUÇÃO DE ENERGIA EM ÁGUA

Não é prático. Tende a ser mais teórico porque o fogo que tem a propriedade de expansão; como se trata de um introvertido, ele fica contido (para dentro), então não se expande (para.fora) como no tipo pensamento extrovertido, o que traria a objetividade e a praticidade característica deste último.

Podem se perder na fantasia. Criam teorias aparentemente baseadas na realidade, mas na verdade, estão vinculadas a uma imagem interior (o fogo está contido).

Na perseguição de suas idéias, geralmente são teimosos e nada sujeitos a influências. Não possuem a maleabilidade da água.

São pesquisadores

FUNÇÃO INFERIOR: SENTIMENTO EXTROVERTIDO: Amam, mas não sabem como expressar.Às vezes não sabem como se sentem.

Desvia-se da pessoa que ama, como se ela fosse um elemento perturbador. A água é o elemento que traz a facilidade com as emoções e as respostas do sentimento.

2.5 SENSAÇAO EXTROVERTIDA (TIPO III – TAI YIN) EXCESSO EM MADEIRA E FALTA EM METAL

EXCESSO EM MADEIRA

A pessoa está mais conectada com a terra (excesso em madeira), então tem a percepção dos fatos objetivos bem desenvolvida, mas tem pouca paciência com a realidade abstrata (falta em metal - ar).

A pessoa depende dos objetos. Sua reação depende do próprio objeto.

Procurará pessoas ou situações que provoquem fortes sensações.

A percepção dos fatos objetivos é bem desenvolvida, mas tem pouca paciência com a realidade abstrata.

Mestres em pequenas coisas, são organizados, não esquecem de compromissos e são pontuais.

Não perdem as coisas e não esquecem.

Bom gosto estético

Gostam de esportes e festas.

São os profissionais de moda, atletas, etc.

Seu amor depende do atrativo físico da pessoa amada.

As vontades, sentimentos e pensamentos do outro não importam, mas vêm detalhes como novo penteado.

A intuição inferior leva a pensamentos de desconfiança, verão possibilidades de desgraças, idéias sombrias.

2.6 SENSAÇAO INTROVERTIDA (TIPO III – TAI YIN) EXCESSO EM MADEIRA E FALTA EM METAL

FALTA EM METAL

É guiado pela intensidade da sensação subjetiva. Como uma chapa fotográfica que capta minúcias: como o outro se sente, expressão do rosto, etc.

O extrovertido retrataria um reflexo realista do objeto, o introvertido a impressão provocada pelo objeto.

Em um trabalho artístico, por ex, o extrovertido se ateria a cada detalhe do objeto, já o introvertido a impressão provocada pelo objeto no sujeito (impressionistas franceses).

Sua calma se deve a uma desconexão com o objeto, que é substituído por uma reação subjetiva, que não é a realidade do objeto.

Pouca capacidade racional de julgamento para classificar as coisas. Pouco capaz de compreensão objetiva, não compreendendo a si próprio.

Voltado para o aqui agora, não conseguem imaginar o que vem depois.

Função inferior: Intuição extrovertida. Ex: Fantasias proféticas sombrias e visões interiores que se contrapõem a sua disposição de por os pés no chão.

2.7 SENTIMENTO EXTROVERTIDO (TIPO IV – SHAO YIN) EXCESSO DE ÁGUA – FALTA DE FOGO

FALTA EM FOGO

É orientado pelos dados objetivos e geralmente em harmonia com os valores objetivos (como o pensamento).

Procura relações harmoniosas com o ambiente

Não precisam pensar se algo ou alguém lhes importa. Eles sabem. O pensamento está subordinado ao sentimento. Conclusões lógicas que perturbem o sentimento são ignoradas.

PENSAMENTO é arcaico, infantil, negativo. Às vezes têm pensamentos negativos acerca de pessoas que lhe são valiosas.

2.8 SENTIMENTO INTROVERTIDO (TIPO IV – SHAO YIN) EXCESSO DE ÁGUA – FALTA DE FOGO

EXCESSO DE ÁGUA

Pessoa difícil de se compreender, pois seu exterior revela pouco, assim como a água que toma a forma que lhe é dada. Dão a impressão de não possuírem nenhum sentimento.

Torna a pessoa reservada e de difícil acesso. Como defesa, lança julgamentos negativos ou é indiferente.

Raramente estas pessoas são sinceras a respeito do que sentem.

Exibem um sistema de valores irrepreensível, possuem um modelo impecável de normas valorativas a ponto de nos obrigar a que nos comportemos decentemente na sua presença.

Não se destacam e não se exibem. Têm uma aparência de autoridade.

Evitam festas, porque sua função avaliadora paralisa muitas pessoas.

Temperamento propenso à melancolia.

PENSAMENTO EXTROVERTIDO inferior, primitivo – tende a ser redutivo.
Os 28 pulsos patológicos

Pulso Flutuante (ou Superficial)

Pulso Profundo

Pulso Lento

Pulso Rápido

Pulso Vazio

Pulso Cheio

Pulso Escorregadio

Pulso Agitado

Pulso Longo

Pulso Curto

Pulso com Fluxo Abundante

Pulso Fino

Pulso Pequeno

Pulso Apertado

Pulso em Corda

Pulso Levemente Lento

Pulso Oco

Pulso em Couro

Pulso Firme

Pulso Flutuante e Debilitado (ou Macio/Retardado)

Pulso Debilitado

Pulso Disperso

Pulso Escondido

Pulso Movente (Irregular)

Pulso Apressado

Pulso em Nó

Pulso Intermitente

Pulso Acelerado


1. Pulso Flutuante (ou Superficial)

Sensação

Esse pulso pode ser sentido com uma leve pressão dos dedos, apenas repousando os sobre a artéria.

Significância Clínica

Essa qualidade indica a presença de um padrão exterior da invasão pelos fatores patogênicos exteriores, tais como o Vento Calor ou Vento Frio. Se for Flutuante e Apertado isto indica um padrão Vento Frio; se for Flutuante e Rápido indica um padrão Vento Calor.

Se o pulso é Flutuante no nível superficial mas Vazio no nível profundo, isto indica Deficiência de Yin.

Em casos raros, o pulso pode ser Flutuante em condições de Interior, tais como anemia ou câncer. Nestes casos, o pulso é Flutuante porque o Qi é muito deficiente e "flutua" para a superfície do organismo.
2. Pulso Profundo

Sensação

Este pulso é o oposto ao anterior: somente pode ser sentido com uma pressão forte dos dedos e próxima ao osso.

Significância Clínica

Esta qualidade indica uma condição Interior a qual poderia assumir muitas formas diferentes. Também indica que o problema está nos sistemas Yin.

Se for Profundo e Debilitado, isto indica uma Deficiência do Qi e do Yang. Se for Profundo e Cheio, indica estase do Qi ou Sangue (Xue) no Interior, ou Frio ou Calor interior.
3. Pulso Lento

Sensação

Este pulso apresenta três batidas por ciclo respiratório (do acupunturista). Antigamente se usava a taxa respiratória do acupunturista, para avaliar o pulso mas atualmente pode se utilizar um relógio.

As taxas normais variam, mas são aproximadamente (Idade (ano) Taxa (bpm)):

1- 4 Anos 90 BPM ou mais

4 -10 Anos 84 BPM

10 -16 Anos 78/80 BPM

16 - 35 Anos 76 BPM

35 - 50 Anos 72/70 BPM

50 + Anos 68 BPM

Significância Clínica

Um pulso Lento indica um padrão Frio. Se for Lento e Vazio indica uma condição de Vazio Frio decorrente da Deficiência do Yang. Se for Lento e Cheio, indica um padrão Cheio Frio.
4. Pulso Rápido

Sensação

Este pulso apresenta mais do que cinco batidas por cada ciclo respiratório, ou uma taxa maior do que as indicadas anteriormente.

Significância Clínica

Um pulso Rápido indica um padrão de Calor. Se for Vazio e Rápido indica Vazio Calor decorrente da Deficiência do Yin. Se for Cheio e Rápido indica um padrão Calor Cheio.
5. Pulso Vazio

Sensação

O pulso Vazio apresenta a sensação maior mas suave. "Vazio" pode sugerir que nada pode ser sentido mas pelo contrário: esse pulso é, na verdade, maior (mas há uma sensação de vazio a uma pressão levemente mais forte) e macio.

Significância Clínica

O pulso Vazio indica uma Deficiência do Qi.
6. Pulso Cheio

Sensação

A sensação deste pulso é cheia, mais rígida e longa. O termo "Cheio" é freqüentemente utilizado em dois sentidos ligeiramente diferentes. Por um lado, indica o tipo específico de pulso descrito anteriormente: por outro lado, este termo é freqüentemente utilizado para indicar qualquer pulso do tipo Cheio.

Significância Clínica

O pulso Cheio indica um padrão Cheio. Um pulso Rápido e Cheio indica um padrão Calor Cheio e um pulso Cheio e Lento indica um padrão Cheio Frio.
7. Pulso Escorregadio

Sensação

A sensação do pulso Escorregadio é suave, arredondada e escorregadia ao toque, como se tivesse óleo. Escorrega sob os dedos.

Significância Clínica

Um pulso Escorregadio indica Fleuma (Tanyin), Umidade, retenção dos alimentos ou gravidez.

Geralmente, o pulso escorregadio é Cheio por definição, mas em alguns casos também pode ser Debilitado, indicando Fleuma (Tanyin) ou Umidade decorrente da Deficiência do Qi.
8. Pulso Agitado

Sensação

A sensação desse pulso é rígida sob os dedos: em vez de ondas suaves do pulso, sente se como se tivesse uma ponta dentada.

O pulso Agitado também indica que há mudanças rápidas tanto no que se refere à qualidade como à freqüência.

Significância Clínica

Um pulso Agitado indica uma Deficiência de Sangue (Xue). Também pode indicar exaustão dos Fluidos Corpóreos (Jin Ye) e pode ocorrer após a sudorese profusa e prolongada ou vômito.
9. Pulso Longo

Sensação

Este pulso é, basicamente, mais longo do que o normal: estende se levemente além da posição do pulso normal.

Significância Clínica

Indica um padrão de Calor.
10. Pulso Curto

Sensação

Este pulso é o oposto do anterior: ocupa um espaço mais curto do que a posição normal.

Significância Clínica

O pulso Curto indica uma Deficiência severa do Qi. Aparece freqüentemente sob as posições Frontais de esquerda e direita.

Também denota, especificamente, uma Deficiência do Qi do Estômago (Wei)
11. Pulso com Fluxo Abundante

Sensação

Este pulso tem uma sensação grande, estende se além da posição do pulso, é superficial e geralmente apresenta uma sensação como se fosse um fluxo abundante no Meridiano do pulso normal, como um rio que flui durante uma enchente.

Significância Clínica

O pulso de Fluxo Abundante indica um Calor extremo. Freqüentemente aparece durante uma febre, mas também é observado em patologias crônicas caracterizadas pelo Calor interior.

Se o Fluxo é Abundante mas Vazio quando pressionado, indica um padrão Calor Vazio decorrente da Deficiência do Yin.
12. Pulso Fino

Sensação

Este pulso é mais fino do que o normal.

Significância Clínica

Um pulso Fino indica Deficiência de Sangue (Xue). Também pode indicar uma Umidade interna com Deficiência severa do Qi.
13. Pulso Pequeno

Sensação

Este pulso é basicamente o mesmo que o anterior, sendo extremamente fino, pequeno e dificil de sentir.

Significância Clínica

O pulso Pequeno indica uma Deficiência severa do Qi e do Sangue (Xue).
14. Pulso Apertado

Sensação

Este pulso apresenta uma sensação de algo contorcido, como se fosse uma corda espessa.

Significância Clínica

Um pulso Apertado indica um padrão de Frio que pode ser interior ou exterior, como uma invasão de Vento Frio exterior. Se o pulso for Apertado e Flutuante indica Frio exterior. Se for Apertado e Profundo indica Frio interior.

Este pulso é freqüentemente observado em casos de asma decorrente do Frio no Pulmão (Fei), e nas alterações do Estômago (We0 decorrentes do Frio.

O pulso Apertado pode também indicar dor decorrente de uma condição interior.
15. Pulso em Corda

Sensação

Este pulso apresenta a sensação de algo esticado, como se fosse uma corda de violão. É mais fino, esticado e rígido do que o pulso Apertado. O pulso em Corda, de fato, bate nos dedos.

Significância Clínica

O pulso em Corda pode indicar três condições diferentes: Desarmonia do Fígado (Gan) Dor, Fleuma (Tanyin)
16. Pulso Levemente Lento

Sensação

Este pulso apresenta quatro batidas para cada ciclo respiratório.

Significância Clínica

Este pulso é, geralmente, saudável e não apresenta significância patológica.
17. Pulso Oco

Sensação

Este pulso pode ser sentido em nível superficial, mas se pressionado um pouco para localizar o nível médio, esse não será encontrado e só será sentido novamente

em um nível profundo com uma pressão mais forte. Em outras palavras, é Vazio no meio.

Significância Clínica

Este pulso aparece após uma hemorragia. Se o pulso for rápido e levemente Oco, pode indicar uma possível perda de sangue.
18. Pulso em Couro

Sensação

Este pulso apresenta uma sensação rígida em nível superficial e esticada como se fosse um tambor, mas completamente vazio em nível mais profundo. É um pulso grande, e não fino.

Significância Clínica

O pulso em Couro indica uma Deficiência severa da Essência (Jing) do Rim (Shen) ou do Yin.
19. Pulso Firme

Sensação

O pulso Firme é sentido somente em nível profundo, sendo rígido e em corda. Poderia ser descrito como um pulso em Corda em nível profundo.

Significância Clínica

O pulso Firme indica Frio interior (se também for Lento), ou estagnação interior e dor.
20. Pulso Flutuante e Debilitado (ou Macio/Retardado)

Sensação

O pulso Macio pode ser sentido somente em nível superficial. Apresenta uma sensação suave e levemente flutuante, mas não tanto quanto o pulso Flutuante. Desaparece quando uma pressão mais forte é aplicada em nível mais profundo. É similar ao pulso Vazio Flutuante, porém mais suave e menos Flutuante.

Significância Clínica

O pulso Flutuante e Debilitado indica uma Deficiência do Yin e da Essência (Jing).

Pode, também, indicar a presença de Umidade, mas somente quando um fator patogênico está presente em combinação com a condição de Vazio.
21. Pulso Debilitado

Sensação

Um pulso Debilitado não pode ser sentido em nível superficial, mas somente em nível profundo. Também é macio.

Significância Clínica

O pulso Debilitado indica uma Deficiência do Yang.
22. Pulso Disperso

Sensação

Este pulso apresenta uma sensação pequena, sendo relativamente superficial. Em vez de apresentar uma sensação como uma onda, é sentido como se estivesse "quebrado" em pequenas partes.

Significância Clínica

Este pulso indica uma Deficiência severa do Qi e do Sangue (Xue), e em particular o Qi do Rim (Shen). Indica sempre uma condição severa.
23. Pulso Escondido

Sensação

Este pulso apresenta-se como se estivesse escondido debaixo do osso, sendo muito profundo e difícil de sentir. É basicamente um caso extremo de pulso Profundo.

Significância Clínica

O pulso Escondido indica uma Deficiência extrema do Yang
24. Pulso Movente (Irregular)

Sensação

O pulso Movente apresenta uma forma arredondada como um feijão, é curto e "treme" sob os dedos. Não tem uma forma definida, com ausência de início ou fim, de maneira que apresenta uma saliência no centro. É sentido como se estivesse vibrando e é também um pouco escorregadio.

Significância Clínica

Este pulso indica choque, ansiedade, medo ou dor extrema. É freqüentemente localizado em pessoas com alterações emocionais profundas, particularmente o medo, ou naquelas que sofrem um choque emocional intenso, mesmo que tenha ocorrido há muitos anos.
25. Pulso Apressado

Sensação

Este pulso é Rápido e interrompe-se em intervalos irregulares

Significância Clínica

O pulso Apressado indica um Calor extremo e uma Deficiência do Qi do Coração (Xin). Além disto, é sentido em condições de Fogo do Coração (Xin).
26. Pulso em Nó

Sensação

Este pulso é Lento e interrompe-se em intervalos irregulares.

Significância Clínica

O pulso em Nó indica Frio e Deficiência do Qi ou do Yang do Coração (Xin).
27. Pulso Intermitente

Sensação

Este pulso interrompe-se em intervalos regulares.

Significância Clínica

Este pulso sempre indica uma alteração interna severa em um ou mais sistemas Yin. Se interromper-se a cada quatro batidas ou menos, a condição é severa.

Também indica uma alteração cardíaca séria (no sentido médico ocidental).
28. Pulso Acelerado

Sensação

Este pulso é muito rápido, mas também muito agitado e urgente.

Significância Clínica

Este pulso indica um Excesso de Yang, com Fogo no corpo exaurindo o Yin.

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Fonte: www.ahau.org