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PENSE NISSO:

PENSE NISSO:

sábado, 5 de janeiro de 2013

Da farmácia para a mesa. Muitos alimentos já tiveram fama de curar doenças. Com o passar do tempo, alguns se mostraram bem menos milagroso.



Azeite contra a dor de ouvido

Até bem pouco tempo atrás, o azeite era considerado um santo remédio para dor de ouvido: bastava pingar algumas gotas quentes. São crenças que ainda sobrevivem na medicina popular em várias partes do mundo. "Os camponeses da Toscana até hoje usam o azeite para reduzir as irritações produzidas por urtigas e curar machucaduras", afirma o italiano Luciano Percussi no livro Azeite - Histórias e Receitas. Muito antes, desde a Idade Média, era usado como isolante contra o frio. As mães chegavam a untar a pele dos bebês nos dias mais gelados.


Chás etílicos
Os árabes é que descobriram o álcool proveniente da cana. "Eles inventaram o alambique", afirma o historiador Ricardo Maranhão, da Universidade de Gastronomia Anhembi-Morumbi. A princípio, a bebida era usada para diluir os medicamentos, que não passavam de infusões ou chás misturados. No Rio de Janeiro do século 19, essas beberagens ainda eram vendidas nas boticas, que faziam as vezes de mercearias. O povo ia até lá para fazer compras, aproveitava para dar uma bicadinha na bebida ali mesmo, no balcão... e assim nasceu o botequim.

Soja, só fermentada
Cinco mil anos atrás, os chineses já consideravam a soja um grão sagrado, ao lado do arroz, do trigo, da cevada e do milheto (variedade de milho de grãos miúdos). Mas isso dependia de como ela era preparada. Os médicos aprovavam os grãos fermentados, como aparecem no shoyu e no missô. Já a versão crua ou cozida era tida como perigosamente prejudicial. Não é que eles tinham razão? Hoje se sabe que a soja contém uma série de fatores que dificultam a digestão e impedem a absorção de nutrientes, fatores neutralizados pela fermentação.

Batata para voar
Para os incas, a batata significava vida, e não por acaso: poucos alimentos vingavam a mais de 3500 metros acima do mar. Os colonizadores espanhóis não compraram a ideia. Até levaram algumas amostras para a Europa, mas as plantas não passaram dos jardins. "Seu maior crime era pertencer à família das belladonas, que contém uma substância para se fazerem unguentos e, acreditava-se, dava às bruxas o poder de voar", afirma a crítica Danusia Barbara no livro Batata. Dizia-se também que o tubérculo propagava tuberculose, raquitismo, sífilis e luxúria.

A força do espinafre

Lembra a receita de força do Popeye? Pois o personagem foi criado no finzinho da década de 20, ainda em quadrinhos, no embalo da fama que o espinafre já tinha: a de ser um alimento capaz de fortelecer qualquer fracote. "O objetivo da história era lançar o espinafre enlatado", afirma Ricardo Maranhão. Esse superpoder, porém, já não convence ninguém. Apesar de ser riquíssima em ferro, a verdura contém oxalato, substância que inibe a absorção do nutriente pelo organismo.

Doce para a fraqueza

O açúcar passou a fazer parte das receitas culinárias por volta do século 15, quando os portugueses investiram pesado no plantio da cana em suas colônias. Antes disso, era muito caro - e não servia para adoçar bebidas e alimentos, tarefa que cabia ao mel. "O açúcar era utilizado somente para tratar doenças ligadas à fraqueza. Na Antiguidade, acreditava-se que a saúde dependia do equilíbrio de elementos quente, frio, úmido e seco do organismo, e o açúcar era o componente quente e energético", diz Ricardo Maranhão.

Refrigerante de botica
Muito se especula a respeito da Coca-Cola: que desentope pia, que bronzeia, que espanta o sono... Uma dessas histórias é verdadeira: a bebida de fato nasceu para ser vendida em farmácia. O inventor era um farmacêutico, o americano John Pemberton (1831-1888), de Atlanta. Em 1886, ele pesquisava a cura para dores de cabeça e chegou a uma fórmula escura e espessa. Levado à Jacob’s Pharmacy, o xarope foi misturado a água gasosa e oferecido aos clientes, pela primeira vez, no dia 8 de maio - o copo de 237 ml custava 5 centavos de dólar. Logo a farmácia vendia nove copos diários.


FONTE:

ENTENDA OS TROVÕES:


O que são os trovões
As ondas sonoras geradas pelo movimento das cargas elétricas na atmosfera são denominadas trovões. Resultado do aumento da temperatura do ar por onde o raio passa, os trovões podem ser perigosos, nas proximidades de onde o fenômeno acontece. Entretanto, na maioria dos casos, causam apenas medo aos mais sensíveis.
Formação
O trovão é uma onda sonora provocada pelo aquecimento do canal principal durante a subida da Descarga de Retorno.
Ele atinge temperaturas entre 20 e 30 mil graus Celsius em apenas 10 microssegundos (0,00001 segundos).
O ar aquecido se expande e gera duas ondas: a primeira é uma violenta onda de choque supersônica, com velocidade várias vezes maior que a velocidade do som no ar e que nas proximidades do local da queda é um som inaudível para o ouvido humano; a segunda é uma onda sonora de grande intensidade a distâncias maiores. Essa constitui o trovão audível.
Características
Os meios de propagação dos trovões são o solo e o ar. A freqüência dessa onda sonora, medida em Hertz, varia de acordo com esses meios meios, sendo maiores no solo. A velocidade do trovão também varia com o local onde se propaga. O trovão ocorre sempre após o relâmpago, já que a velocidade da luz é bem maior que a do som no ar.
O que escutamos é a combinação de três momentos da propagação da descarga no ar: primeiro, um estalo curto (um som agudo que pode ensurdecer uma pessoa) gerado pelo movimento da Descarga de Retorno no ar. Depois, um som intenso e de maior duração que o primeiro estalo, resultado da entrada ou saída da descarga no solo e por último, a expansão de sons graves pela atmosfera ao redor do canal do relâmpago. Podemos ter uma percepção do som diferente, mas essa ordem é a mesma. Por isso, é muito perigoso ficar próximo ao local de queda de um relâmpago.
A energia acústica ou energia sonora gasta para provocar esses estrondos é proporcional a freqüência do som. A maior parte dela, cerca de 2/3 do total, gera os trovões no solo e o restante (1/3) provoca som do trovão no ar. Mesmo assim, eles costumam ser bem violentos, como podemos perceber.
Por causa da freqüência, os trovões no ar são mais graves (como batidas de bumbo). Aqueles estalos característicos dos trovões, os sons bastante agudos, além de dependerem da nossa distância à fonte, se relacionam com as deformações do canal e de suas ramificações. Quanto mais ramificado o canal, maior o número de estalos no trovão. Se o observador estiver próximo do relâmpago (a menos de 100 metros, por exemplo) o estalo será parecido a de uma chicotada. Isso está associado a onda de choque que antecede a onda sonora.
Duração
A duração dos trovões é calculada com base na diferença entre as distâncias do ponto mais próximo e do ponto mais afastado do canal do relâmpago ao observador. Por causa dessa variação de caminhos, o som chega aos nossos ouvidos em instantes diferentes. Em média, eles podem durar entre 5 e 20 segundos.
Fonte: www.ufrrj.br
Trovões
O Relâmpago e o Trovão
Durante a formação de uma tempestade, verifica-se que ocorre uma separação de cargas elétricas, ficando as nuvens mais baixas eletrizadas negativamente, enquanto as nuvens mais altas se eletrizam positivamente.
Várias experiências realizadas por pilotos de avião voando perigosamente através de tempestades, comprovaram a existência desta separação de cargas.
Podemos concluir que existe, portanto, um campo elétrico entre as nuvens mais baixas e mais altas. A nuvem mais baixa, carregada negativamente, induz na superfície terrestre uma carga positiva , criando um campo elétrico entre elas.
À medida que vão avolumando as cargas elétricas nas nuvens, a intensidade destes campos vão aumentando, acabando por ultrapassar o valor da rigidez dielétrica do ar..
Quando isso acontece, o ar torna-se condutor e uma enorme centelha elétrica ( relâmpago ) salta de uma nuvem para outra ou de uma nuvem para a Terra
Esta descarga elétrica aquece o ar, provocando uma expansão que se propaga em forma de uma onda sonora que chega diretamente da descarga, como também pelas ondas refletidas em montanhas, prédios, etc. (Figura abaixo)
Trovões
Fonte: educar.sc.usp.br

A ÁGUA NO BRASIL...


A Amazônia, por exemplo, é uma região que detém a maior bacia fluvial do mundo. O volume d'água do rio Amazonas é o maior do globo, sendo considerado um rio essencial para o planeta. Essa é, também, uma das regiões menos habitadas do Brasil.
Em contrapartida, as maiores concentrações populacionais do país encontram-se nas capitais, distantes dos grandes rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o Paraná. E há ainda o Nordeste, onde a falta d'água por longos períodos tem contribuído para o abandono das terras e para a migração aos centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda mais o problema da escassez de água nessas cidades.
Além disso, os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos pela queda de qualidade da água disponível para captação e tratamento.
Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino. E nas grandes cidades esse comprometimento da qualidade é causado principalmente por despejos domésticos e industriais.
Água
Garimpo Clandestino
Água
Despejos Domésticos
"Se a bacia é ocupada por florestas nas condições naturais, essa água vai ter uma boa qualidade porque vai receber apenas folhas, alguns resíduos de decomposição de vegetais. &eacutE; uma condição perfeitamente natural.
Mas, se essa bacia começar a ser utilizada para a construção de casas, para implantação de indústrias, para plantações, então a água começará a receber outras substâncias além daquelas naturais, como, por exemplo o esgoto das casas e os resíduos tóxicos das indústrias e das substâncias químicas aplicadas nas plantações. Isso vai contribuir para que a água vá piorando de qualidade. Por isso ela deve ser protegida na fonte, na bacia. Essa água, depois, vai ser submetida a um tratamento para ser usada pela população. Mas, mesmo a estação de tratamento tem suas limitações.
Ela retira com facilidade os produtos de uma floresta, de uma condição natural. Mas esgotos pioram muito, e a presença de substâncias tóxicas vai tornando esse tratamento cada vez mais caro. Acima de um certo limite, o tratamento nem mais é possível, porque existe uma limitação para a capacidade depuradora de uma estação de tratamento. Então, a água se torna totalmente imprestável".
Esses problemas atingem também os principais rios e represas das cidades brasileiras, onde hoje vivem 75% da população.
Em Porto Alegre, o rio Guaíba está comprometido pelo lançamento de resíduos domésticos e industriais, além de sofrer as conseqüências do uso inadequado de agrotóxicos e fertilizantes.
Brasília, além de enfrentar a escassez de água, tem problemas com a poluição do lago Paranoá.
A ocupação urbana das áreas de mananciais do Alto Iguaçu compromete a qualidade das águas para abastecimento de Curitiba.
O rio Paraíba do Sul, além de abastecer a região metropolitana do Rio de Janeiro, é manancial de outras importantes cidades de São Paulo e Minas Gerais, onde são graves os problemas devido ao garimpo, à erosão, aos desmatamentos e aos esgotos.
Belo Horizonte já perdeu um manancial para abastecimento - a lagoa da Pampulha - que precisou ser substituído pelos rios Serra Azul e Manso, mais distantes do centro de consumo. Também no rio Doce, que atravessa os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, a extração de ouro, o desmatamento e o mau uso do solo agrícola provocam prejuízos enormes à qualidade de suas águas.
O Estado de São Paulo sofre com a escassez de água e com problemas decorrentes de poluição em diversas regiões: no Alto Tietê junto à região metropolitana; no rio Turvo; no rio Sorocaba, entre outros.
Água
Rio Poluído
"Em seu processo de crescimento, a cidade foi invadindo os mananciais que outrora eram isolados , estavam distantes da ocupação urbana. E também é muito importante frisar que toda ação que ocorre numa bacia hidrográfica vai afetar a qualidade da água desse manancial. Não é simplesmente a ação em torno do espelho d'água que faz com que você degrade mais ou menos.
Muito pelo contrário: pode ocorrer o surgimento de uma área industrial distante desse espelho d'água principal, mas com grande capacidade de poluição e, portanto, com possibilidade de degradar totalmente esse manancial.
Os corpos d'água são entes vivos. Eles conseguem se recuperar, mas possuem um limite. Portanto, é muito importante que a população esteja consciente de que é preciso disciplinar todo tipo de uso e ocupação do solo das bacias hidrográficas, principalmente das bacias cujos cursos d'água formam os mananciais que abastecem a população".

A Água e seu Consumo

A proteção dos mananciais que ainda estão conservados e a recuperação daqueles que já estão prejudicados são modos de conservar a água que ainda temos.
Mas isso apenas não basta. É preciso fazer muito mais para alcançarmos esse objetivo de modo que o uso se torne cada vez mais eficaz.
Mas, o que fazer? Qual o papel de cada cidadão?
Cada um de nós deve usar a água com mais economia.
Na agricultura, por exemplo, o desperdício de água é muito grande. Apenas 40% da água desviada é efetivamente utilizada na irrigação. Os outros 60 por cento são desperdiçados, porque se aplica água em excesso, se aplica fora do período de necessidade da planta, em horários de maior evaporação do dia, pelo uso de técnicas de irrigação inadequadas ou, ainda, pela falta de manutenção nesses sistemas de irrigação.
Água
Técnica de Gotejamento uso racional na agricultura
Na indústria é possível desenvolver formas mais econômicas de utilização da água através da recirculação ou reuso, que significa usar a água mais do que uma vez. Por exemplo, na refrigeração de equipamentos, na limpeza das instalações etc. Essa água reciclada pode ser usada na produção primária de metal, nos curtumes, nas indústrias têxteis, químicas e de papel.
Nos sistemas de abastecimento de água uma quantidade significativa da água tratada - 15 % ou mais - é perdida devido a vazamentos nas canalizações, assim como dentro de nossas casas.
É fácil observar como a população colabora na conservação da água em cidades que têm problemas de abastecimento ou onde existe pouca água. Ou, ainda, onde a água é cara. Nessas cidades, as pessoas costumam usar a mesma água para diferentes finalidades. Por exemplo, a água usada para lavar roupa é depois usada para lavar quintal. As pessoas ainda mudam seus hábitos para usar a água na hora em que ela está disponível; evitam vazamentos; só regam jardins e plantas na parte da manhã ou no final da tarde; lavam seus carros apenas eventualmente; não lavam calçadas, apenas varrem; não instalam válvulas de descarga nos vasos sanitários e sim caixas de descarga, que são mais econômicas e produzem o mesmo resultado e conforto.
Água
Descarga acoplada mais econômica
Água
Manter torneira fechada sempre que possível
O crescente agravamento da falta de água tem levado as pessoas a estabelecer uma nova forma de pensar e agir, inclusive mudando seus hábitos, usos e costumes. Essa forma de pensar e agir visa o crescimento econômico respeitando a capacidade dos recursos do meio ambiente, sobretudo a água.
A conscientização e a educação do povo, do consumidor, são fundamentais.
Racionalizar o uso da água
Fonte: www.tvcultura.com.br

Estudo de vantagens da captação de água de chuva para uso doméstico...

Dr. Ricardo Luiz Bruno;

Docente FAAL - Faculdade de Administração e Artes de Limeira

 1 – Introdução
A água encontra-se disponível sob várias formas e é uma das substâncias mais comuns existentes na natureza, cobrindo cerca de 70% da superfície do planeta. É encontrada principalmente no estado líquido, constituindo um recurso natural renovável por meio do ciclo hidrológico. Todos os organismos necessitam de água para sobreviver, sendo sua disponibilidade um dos fatores mais importantes a moldar os ecossistemas. É fundamental que os recursos hídricos apresentem condições físicas e químicas adequadas para sua utilização pelos organismos, eles devem conter substâncias essenciais à vida além de estar isentos de outras substâncias que possam produzir efeitos deletérios aos organismos que compõem as cadeias alimentares. Assim, disponibilidade de água significa que ela está presente não somente em quantidade adequada em uma dada região, mas também que sua qualidade deve ser satisfatória para suprir as necessidades de um determinado conjunto de seres vivos (biota). (BRAGA ET AL, 2006)
Atualmente, com o aumento da demanda devido ao crescimento populacional, a água tem se tornado um recurso natural cada vez mais escasso. Uma das maneiras viáveis para a minimização do problema é a captação de água de chuva, onde a água captada pode ser utilizada para fins domésticos, tais como descargas em vasos sanitários, torneiras de jardins, lavagens de roupas, de calçadas, automóveis e até para o consumo humano, desde que receba o devido tratamento.
Com um sistema de captação de água de chuva é possível reduzir o consumo de água potável e consequentemente os gastos, minimizar alagamentos, enchentes, racionamentos de água e ainda preservar o meio ambiente reduzindo a escassez dos recursos hídricos, além de minimizar o arraste de lixos e resíduos de automóveis para os corpos hídricos através das águas pluviais.
O presente artigo tem como objetivo mostrar as vantagens em se utilizar sistemas de captação de água de chuva.



2 – Revisão Bibliográfica

2.1 – Águas Pluviais
As águas de chuva são encaradas pela legislação brasileira como esgoto, pois ela usualmente vai dos telhados, e dos pisos para as bocas de lobo, onde, como "solvente universal", vai carreando todo tipo de impurezas, dissolvidas, suspensas, ou simplesmente arrastadas mecanicamente, para um córrego que vai acabar dando num rio que por sua vez vai acabar suprindo uma captação para Tratamento de Água Potável. Essa água sofreu um processo natural de diluição e autodepuração, ao longo de seu percurso hídrico, nem sempre suficiente para realmente depurá-la. Uma pesquisa da Universidade da Malásia concluiu que após o início da chuva, somente as primeiras águas carreiam ácidos, microorganismos, e outros poluentes atmosféricos, sendo que normalmente pouco tempo após a mesma já adquire características de água destilada, que pode ser coletada em reservatórios fechados. Em resumo, a água de chuva sofre uma destilação natural muito eficiente e gratuita. Esta utilização é especialmente indicada para o ambiente rural, chácaras, condomínios e indústrias. O custo baixíssimo da água nas cidades, pelo menos para residências, inviabiliza qualquer aproveitamento econômico da água de chuva para beber. (CETESB, 2010)
Segundo Júnior (2009), “as águas pluviais são aquelas que se originam a partir das chuvas. A captação dessas águas tem por finalidade permitir um melhor escoamento, evitando alagamento, erosão do solo e outros problemas”.
Já Neto (2010) salienta a importância da água em nossas vidas “cada vez mais, a água é o centro de nossas atenções, pois não bastasse ser a maior constituinte do corpo humano, a ideia de sua escassez irá inviabilizar a vida humana”, e mostra os benefícios do aproveitamento das águas de chuva “os pensamentos em todas as áreas, neste século XXI, devem estar voltados não só para um consumo responsável, mas também para novas formas de aproveitamento desse líquido. Uma prática cada vez mais frequente nas construções é o aproveitamento de águas pluviais para fins não-potáveis, como lavagem de jardins e calçadas e descarga de vasos sanitários”, mas também alerta sobre a importância em se ter um tratamento de qualidade, pois, “apesar de ser uma boa iniciativa, o cidadão que fizer uso de tal sistema deve se lembrar de que a água não tratada, quando em contato com a pele humana, pode causar alergias e infecções, por isso, recomenda-se que a água armazenada seja tratada”.

2.2 – O ciclo hidrológico
A água pura (H2O) é um líquido formado por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio e os cientistas acreditam que apareceu no planeta a cerca de 4,5 bilhões de anos atrás. O ciclo da água, também denominado ciclo hidrológico, é responsável pela renovação da água no planeta. O ciclo da água inicia-se com a energia solar, incidente no planeta Terra, que é responsável pela evapotranspiração das águas dos rios, reservatórios e mares, bem como pela transpiração das plantas. As forças da natureza são responsáveis pelo ciclo da água. A água é fator decisivo para que a vida surgisse e se desenvolvesse na Terra. O vapor d'água forma as nuvens, cuja movimentação sofre influência do movimento de rotação da Terra e das correntes atmosféricas. A condensação do vapor d'água forma as chuvas. Quando a água das chuvas atinge a terra, ocorrem dois fenômenos: um deles consiste no seu escoamento superficial em direção dos canais de menor declividade, alimentando diretamente os rios e o outro, a infiltração no solo, alimentando os lençóis subterrâneos. A água dos rios tem como destino final os mares e, assim, fechando o ciclo das águas. A movimentação da água na natureza é mostrada na Figura 1. (CETESB, 2010)
 

2.3 – Declaração Universal dos Direitos da Água
Atualmente sabemos a importância que a água tem em nossas vidas e que é fator essencial para a sobrevivência dos seres humanos. Devido tamanha importância, a ONU (Organização das Nações Unidas), em 22 de março de 1992, instituiu a Declaração Universal dos Direitos da Água, que conta com dez itens sobre o uso consciente da água. A seguir, os itens dessa importante declaração:
Item 1: A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.
Item 2: A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.
Item 3: Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
Item 4: O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Item 5: A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
Item 6: A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Item 7: A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
Item 8: A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Item 9: A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
Item 10: O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

2.4 – O problema da escassez de água no mundo
Temos nos preocupado constantemente com racionamentos e cortes de bens e serviços indispensáveis a nossa sobrevivência. De tal forma, que acabamos nos sentindo amedrontados, ameaçados no nosso dia-a-dia. O custo de vida, conseqüentemente, acaba aumentando, devido aos incessantes reajustes nas tarifas desses bens e serviços. Logo, somos obrigados a tomar alguma atitude, ou seja, cortar gastos de setores das nossas finanças em que ainda tenhamos algo a relegar, ou conseguir alguma forma de ganhar mais, aumentando assim, o nosso poder aquisitivo. A água é um desses bens indispensáveis, sem as quais não poderíamos viver. Ainda que na atualidade a falta desse bem não se apresente como um grande problema para a América Latina e, em especial ao Brasil, este é um tema de suma importância a todos nós. Em uma rápida síntese sobre as condições da água, vemos que apesar da terra ser coberta por cerca de dois terços de água ou mais precisamente 71% da superfície, o planeta está começando a passar por problemas de escassez da mesma. Do total de água existente no mundo 97,5% são de águas que se encontram nos Oceanos, ou seja, água salgada, restando apenas 2,5% de água doce. E nem mesmo esses 2,5% podem ser totalmente aproveitados, pois 1,75% se encontram em calotas e geleiras polares, restando tão somente 0,75% desta água podendo ser considerada aproveitável. Devemos ressaltar ainda que essa quantia deverá ser dividida entre 6 bilhões de pessoas (total de habitantes no mundo). Devido a esse problema, já vemos em vários locais do mundo, principalmente no Oriente Médio (onde o problema é mais grave), as constantes desavenças que a escassez de água vem proporcionando. (WANDSCHEER, 2003).
Ainda segundo CETESB (2010) a escassez de água “é agravada em virtude da desigualdade social e da falta de manejo e usos sustentáveis dos recursos naturais. De acordo com os números apresentados pela ONU - Organização das Nações Unidas - fica claro que controlar o uso da água significa deter poder”.

2.5 – Sistema de captação de água de chuva
Com o sistema de captação de água de chuva é possível armazenar a água e utilizá-la de acordo com as necessidades da residência. Com a captação de água de chuva é possível economizar água potável, uma vez que serviços gerais como lavagem de quintal, carros, descargas em vasos sanitários podem ser feitos com a água armazenada.
Cobertura: É a parte de uma edificação que tem por finalidade proteger as áreas construídas contra a ação do tempo (chuva, neve, raios solares, etc.). (JÚNIOR, 2009)
Águas da Cobertura: É a área do telhado composta de uma superfície plana, que, por sua inclinação, conduz para uma mesma direção as águas das chuvas, que terão de ser captadas de alguma forma, como calhas, grelhas, etc. (JÚNIOR, 2009)
Beiral: É o prolongamento do telhado além das paredes externas. Normalmente, é projetado para proteger os vãos (portas, varandas e esquadrias) das chuvas e da insolação direta. Para captar as águas pluviais que chegam à sua extremidade, podem-se utilizar calhas e condutores externos ou executar uma pequena platibanda – nesse caso, utilizar calhas e condutores embutidos ou simplesmente deixar que a água caia e seja captada por meio de grelhas nos pisos externos. (JÚNIOR, 2009)
Platibanda: É uma pequena parede (murada) utilizada com a finalidade de esconder o telhado ou simplesmente embutir as calhas, caso em que o uso da platibanda é impreterível, assim como a colocação de condutores (embutidos ou externos) para a condução das águas pluviais. (JÚNIOR, 2009)

 2.5.1 – Partes constituintes do sistema de captação de água de chuva
Calhas: As calhas têm por objetivo coletar as águas de chuva que caem sobre o telhado e conduzi-las aos condutores verticais (prumadas de descida). As seções das calhas possuem variadas formas, dependendo, obviamente, das condições impostas pelo projeto arquitetônico e dos materiais empregados em sua confecção (chapas de aço galvanizado, folhas-de-flandres, chapas de cobre, PVC rígido, fibra de vidro, concreto ou alvenaria). (JÚNIOR, 2009)
Condutores verticais: São tubulações verticais que tem por objetivo recolher as águas coletadas pelas calhas e transportá-las até a parte inferior das edificações, despejando-as livremente na superfície do terreno, ou até as redes coletoras, que poderão estar situadas no terreno ou presas ao teto subsolo, por meio de braçadeiras, no caso dos edifícios com esse pavimento. (JÚNIOR, 2009)
Condutores horizontais: Os condutores horizontais têm por finalidade de recolher as águas pluviais dos condutores verticais ou da superfície do terreno e conduzi-las até os locais permitidos pelos dispositivos legais. (JÚNIOR, 2009)
Caixas coletoras de águas pluviais: É uma caixa detentora de areia e/ou inspeção, que permite a interligação de coletores e a limpeza e desobstrução das canalizações. Também devem ser executadas sempre que houver mudança de direção, de diâmetro e de declividade nas redes coletoras. (JÚNIOR, 2009)

2.5.2 – O projeto do sistema de captação de água de chuva
Níveis do terreno: Os níveis projetados da edificação devem ser convenientemente estudados pelo arquiteto com relação ao escoamento das águas pluviais por gravidade. (JÚNIOR, 2009)
Posicionamento de calha em telhados: De acordo com a NBR 10844, as calhas de beiral e platibanda devem sempre que possível, ser fixadas centralmente sob a extremidade da cobertura e o mais próximo desta. A inclinação das calhas deve ser uniforme, com valor mínimo de 0,5%, e no sentido dos condutores verticais. Já as calhas de água furtada têm inclinação de acordo com o projeto da cobertura. (JÚNIOR, 2009)
Condutores embutidos e aparentes: De acordo com a NBR 10844, os condutores de águas pluviais podem ser colocados externa e internamente ao edifício, dependendo de considerações de projeto, do uso e da ocupação do edifício e do material dos condutores. (JÚNIOR, 2009)
Sobreposição de telhados: É comum coletar águas de chuva em um telhado, em um nível mais elevado, e jogar em um telhado em nível mais baixo. Sabe-se que telhados são estruturas delicadas, e, portanto, não devem receber vazões concentradas, que se transformem em carga de impacto sobre ele. Quando isso acontece, são inevitáveis danos à edificação, podendo ocasionar umidade no madeiramento de sustentação, devido a infiltrações pelo telhado. (JÚNIOR, 2009)
Coberturas horizontais de laje: É muito comum o empoçamento de água em coberturas horizontais de laje, mesmo não ocorrendo tempestades. Isso, normalmente, acontece devido à declividade incorreta da laje para o escoamento da água e a obstrução ou quantidade insuficiente de ralos. Para evitar isso, as superfícies horizontais de laje devem ter declividade mínima de 0,5%, de modo que garanta o escoamento das águas pluviais até os pontos de drenagem. (JÚNIOR, 2009)

3 – Materiais e Métodos
O Presente artigo foi desenvolvido através de pesquisas em livros didáticos relacionados à engenharia ambiental, engenharia civil e instalações hidráulicas, além de pesquisas em internet em sites com assuntos relacionados ao tema do artigo.
4 – Resultados e Discussões
Entre as vantagens de se utilizar a água da chuva pode-se citar a redução no consumo de água potável, redução dos gastos com taxas de água, preservação da água na natureza, minimização de enchentes, alagamentos e ainda evita um possível racionamento de água.
O fato é que o sistema de captação de água de chuva proporciona bons resultados para os usuários, uma vez que a implantação não tem custo elevado e os ganhos são satisfatórios, com relação à conscientização ambiental, como na parte financeira.
A tendência é que com a obtenção de bons resultados, famílias e empresas que possuem um sistema de captação de água de chuva tendem a divulgar os bons resultados, consequentemente difundirão esse tipo de sistema, propiciando maior conhecimento e aumentando a utilização do reuso de água de chuva.
De acordo com a Tabela 1 pode-se observar o consumo de água mensal numa residência com cinco moradores que é de aproximadamente 29.000 litros de água. De acordo com as tarifas da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo – SABESP, a conta de água dessa residência será de aproximadamente R$50,00. Pode-se observar na Tabela 2 os gastos mensais com a conta de água sem o sistema de tratamento de água de chuva e em seguida na Tabela 3 é possível observar a redução de custos após a implantação do sistema de captação de água de chuva para armazenamento de 10.000 litros de água, a redução é de quase R$ 30,00. 
O custo de implantação do sistema de captação de água de chuva para armazenamento de 1.000 litros de água varia de R$ 1800,00 a R$ 2000,00, ou seja, com a redução dos gastos em R$ 30,00 o retorno do investimento será de até cinco anos.

5 – Conclusão
Após a realização de pesquisas sobre o sistema de captação de água de chuva e a comprovação de bons resultados através das tabelas, fica concluído que: o sistema de captação de água de chuva é viável.







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DIÁRIO CATARINENSE
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