Quanto pagamos de Imposto:

Visite o blog: NOTÍCIAS PONTO COM

Visite o blog:  NOTÍCIAS PONTO COM
SOMENTE CLICAR NO BANNER -- JORNAL PONTO COM **

PENSE NISSO:

PENSE NISSO:

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dia da Força Aérea Brasileira - 22 de Abril:


A história da Força Aérea Brasileira (FAB) tem nomes consagrados. Tudo teve início com pessoas que se dedicaram à aeronáutica, como Bartolomeu de Gusmão (inventor do aeróstato) e Alberto Santos Dumont (primeiro homem a elevar-se aos ares em um vôo controlado por seus próprios meios), pioneiros da aviação no mundo.
Dia da Força Aérea Brasileira

22 de abril

A história da Força Aérea Brasileira (FAB) tem nomes consagrados. Tudo teve início com pessoas que se dedicaram à aeronáutica, como Bartolomeu de Gusmão (inventor do aeróstato) e Alberto Santos Dumont (primeiro homem a elevar-se aos ares em um vôo controlado por seus próprios meios), pioneiros da aviação no mundo.
Pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial, o ser humano conseguiu dominar as máquinas voadoras. O governo brasileiro fez, então, em 1913, um acordo com o governo francês, que enviou militares para darem suporte e ministrarem conhecimento técnico aos aviadores brasileiros. Foi formada, na época, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, uma missão militar para treinar pilotos da Marinha e do Exército, com objetivos militares.
Essa missão deu origem à Escola Brasileira de Aviação, que iniciou suas atividades em 2 de fevereiro de 1914. O Brasil recebeu uma série de aeronaves para treinamento, tanto do Exército como da Marinha, e enfrentou um novo desafio no adestramento de seus pilotos e na preparação do equipamento. O início dessa aviação também contribuiu para o desbravamento do interior do país, então pelo ar. O Exército e a Marinha lançaram-se na abertura de novas rotas aéreas, com o apoio do Departamento de Comunicações do então Ministério de Viação e Obras Públicas, que fazia o controle do movimento dessas e de outras aeronaves.
A 12 de junho de 1931, dois tenentes da Aviação Militar - Nélson Freire Lavenère-Wanderley e Casimiro Montenegro Filho - pilotando um Curtiss Fledgling K 263, saíram do Rio de Janeiro e chegaram a São Paulo, transportando a primeira mala postal. Nascia, assim, o Correio Aéreo Militar (CAM), hoje Correio Aéreo Nacional (CAN), cuja missão é assegurar a presença do Governo Federal no interior do Brasil, sob a responsabilidade da FAB.
A FAB tomou tamanho vulto, que passou a ser considerada um poder estratégico e único. Dessa forma, no dia 20 de janeiro de 1941, foi criado o Ministério da Aeronáutica, e a Força Aérea separou-se do Exército e da Marinha para formar uma Força Armada única e autônoma.
A FAB teve, no passado, grandes missões, entre as quais as batalhas na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, em que se destacou o 1º grupo de caça, cujo grito, "Senta a pua!", ecoou nos céus italianos.
Os anos seguintes permitiram um engrandecimento do setor aeronáutico brasileiro, ao ser criada uma respeitável infra-estrutura por todo o país, aumentando a capacidade tecnológica e organizando toda a aviação civil e militar.
Fonte: www.paulinas.org.br
Dia da Força Aérea Brasileira


22 de Abril

O uso de aviões como instrumento estratégico iniciou-se durante a I Guerra Mundial. quando aeronaves foram empregadas em missões de Observação no campo de batalha. Essas primeiras missões dariam origem, posteriormente, à Aviação de Caça que, inicialmente, conduzia atiradores de elite nas naceles traseiras das aeronaves, atirando nos aviões inimigos. Daí surgiriam os lançadores de bombas, acionados pelo próprio piloto.
Na primeira década do século XX, mediante acordo governamental, o Brasil contratava militares franceses com o objetivo de treinar pilotos da Marinha e do Exército, visando a implantação de uma Força Aérea Brasileira. Essa iniciativa deu origem à Escola Brasileira de Aviação,sediada no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro. Mais tarde ela seria transferida para Pirassununga, SP, onde as condições topográficas eram mais favoráveis.
Dia da Força Aérea Brasileira
Às Forças Armadas cabe a defesa da Pátria através da garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem e a participação em operações de paz. A Aeronáutica, especificamente, desempenha o importante papel de vigiar o espaço aéreo brasileiro, controlando o tráfego e as atividades em geral da Aviação Civil.
Contribuir para a formulação e condução da Política Aeroespacial Nacional, estabelecer, equipar e operar a infra-estrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária também se constituem em algumas das tarefas dessa Instituição.
Fonte: Afa e Fab do Brasil.

A FAB

Junto com o Exército e a Marinha, a Força Aérea Brasileira (FAB) compõe as Forças Armadas brasileiras, subordinadas ao Ministério da Defesa. Entre tantas outras atribuições, a FAB é responsável, no ar, pela defesa do território brasileiro, realizando vôos de observação ou ataque. Também serve à sociedade, orientando, coordenando e controlando a aviação civil, e emociona as pessoas com as manobras radicais da Esquadrilha da Fumaça.
Segundo a Constituição da República Federativa do Brasil, cabe à Força Aérea Brasileira:
orientar, coordenar e controlar as atividades de Aviação Civil;
prover a segurança da navegação aérea;
contribuir para a formulação e condução da Política Aeroespacial Nacional;
estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante concessão, a infra-estrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária;
operar o Correio Aéreo Nacional.
A Constituição também determina o efetivo da Força Aérea Brasileira. Atualmente, são 65 mil militares, dos quais 1.300 são mulheres.
O contingente de máquinas da FAB conta, hoje, com cerca de 700 aeronaves, incluídas aí as de caça, transporte, busca e salvamento, patrulha e helicópteros.

Um Pouco do História

Dia da Força Aérea Brasileira
Não se pode falar de aviação brasileira sem se mencionar o Pai da Aviação, Santos-Dumont - o homem que voou pela primeira vez em um aparelho mais pesado do que o ar, com propulsão própria. Por mérito de uma vida inteira dedicada à conquista dos ares, recebeu o título honorífico de Marechal-do-Ar.
Santos-Dumont influenciou a construção de aeroplanos no início do século XX. O que ele não esperava era a utilização dos aviões na Primeira Guerra Mundial, deflagrada em 1914. Muitas invenções que, de início, tinham finalidades pacíficas tornaram-se poderosos instrumentos de guerra, e Santos-Dumont assistiu a tudo isto horrorizado.
Foi também por causa da Primeira Guerra Mundial que o Brasil começou a investir na indústria aeronáutica. A estruturação nacional em torno da aviação foi gradativa.
O primeiro treinamento para uma missão militar utilizando aeronaves se deu no Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Como ainda não fora criada a Aeronáutica, os pilotos eram militares da Marinha e do Exército. A partir desta missão, foi criada em 1914 a Escola Brasileira de Aviação, com primeira sede no Campo dos Afonsos.
Durante a Primeira Guerra, a Escola foi fechada. Em julho de 1919, no mesmo lugar passa a funcionar a Escola de Aviação Militar, sob comando da Marinha e Exército, que formava pilotos- aviadores, observadores, aéreos, mecânicos e operários especializados.
Como se pode perceber, a coincidência do ano de criação da Escola com o início da Primeira Guerra não foi em vão. Durante os confrontos, os aviões serviam como observadores do campo de batalha e, posteriormente, passaram a participar ativamente dos ataques - surgindo aí a Aviação de Caça. Inicialmente, atiradores na parte traseira do avião disparavam contra aeronaves inimigas em missão de observação no território. Depois, os próprios aviões, a partir de aparatos mecânicos, passaram a projetar bombas - cada vez com mais controle do piloto e com maior poder de destruição.
No Brasil, as aeronaves estavam, na maior parte do tempo, voltadas a missões de treinamento de guerra e, portanto, nascia o debate: seria a aviação um ramo da Marinha e Exército ou deveria tornar-se um novo setor militar?
A resposta a essa disputa foi a criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, cujo titular designado fora Joaquim Pedro Salgado Filho. A atividade aérea no Brasil tornou-se independente e, a partir de então, o setor aeronáutico do país atravessou grandes avanços.
Em 1999, os Ministérios da Marinha, do Exército e da Aeronáutica se tornaram, respectivamente, Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Todos os três formando o Ministério da Defesa, e cada um sob a responsabilidade de um Comandante.

A Esquadrilha da Fumaça

Dia da Força Aérea Brasileira
Realizar manobras espetaculares no ar é uma aventura para poucos. O rastro de fumaça deixado por aviadores audaciosos formando desenhos causa comoção em adultos e crianças - e muitos já sonharam em pilotar aviões inspirados pela Esquadrilha da Fumaça.
Dia da Força Aérea Brasileira
Com um currículo de mais de 2.600 exibições - no Brasil e no exterior - a Esquadrilha da Fumaça existe desde 1952, data de sua primeira exibição oficial. Esteve literalmente "fora do ar" desde 1977 até 1982, quando ressurgiu com um novo nome: Esquadrão de Demonstração Aérea. O nome oficial, entretanto, não impede que popularmente estes pilotos ainda sejam conhecidos como Esquadrilha da Fumaça ou simplesmente Fumaça.
Máquinas militares operando com graça, harmonia e segurança. A Esquadrilha da Fumaça também é um elo que aproxima as Forças Armadas da população civil, em momentos de adrenalina, longe da imagem da guerra.
Dia da Força Aérea Brasileira
As aeronaves utilizadas são os T-27 Tucano, de indústria brasileira. Portanto, cada apresentação da Fumaça é também a divulgação de um produto de qualidade, que permite manobras ágeis com segurança. Trata-se igualmente de uma forma de levar a presença daFAB ao exterior, demonstrando não só o produto aeronáutico, como a capacidade e o alto grau de treinamento dos militares da nossa Aeronáutica.

Curiosidades

Além da Guerra, outra deixa para o desenvolvimento da aviação no Brasil foram as expedições aéreas de reconhecimento no interior do país. Numa época em que a navegabilidade aérea não contava com quase nenhum recurso, foi importante a participação dos municípios, que pintavam o nome da cidade sobre o telhado das estações ferroviárias para orientar os aviões.
O Correio Aéreo Nacional surgiu em 12 de junho de 1931. Foi quando dois Tenentes da Aviação Militar levaram do Rio de Janeiro até São Paulo a primeira mala postal via aérea. O conteúdo: duas cartas.
Dia da Força Aérea Brasileira

Aeronaves de caça

Mirage F-2000

Dia da Força Aérea Brasileira
Os sons dos motores anunciaram, de longe, a novidade. Os aviões atravessaram o pátio de aeronaves e estacionaram diante das autoridades e do público. Todos aplaudiram a chegada. As duas primeiras aeronaves Mirage 2000-C de um total de 12 unidades adquiridas da França pela Força Aérea Brasileira (FAB) foram incorporadas no dia 4, em solenidade no Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), em Anápolis (GO).
O evento teve a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado do Ministro da Defesa, Waldir Pires, do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Luiz Carlos da Silva Bueno, e de outras autoridades. As aeronaves foram conduzidas até o local da solenidade pelo Major Marcelo Grolla e Capitão Antonio Mione, que estão realizando treinamento na nova aeronave na França.
Em discurso, o Presidente da República destacou a importância das novas aeronaves e do trabalho realizado pela FAB em prol do país. “Nesta ocasião em que a Força Aérea Brasileira recebe os seus mais novos aviões de combate, faço questão de registrar publicamente o respeito e a admiração que sinto por todos os profissionais da Aeronáutica. Sua dedicação à defesa da soberania nacional, à eficiente guarda do espaço aéreo brasileiro e à proteção de nossas imensas fronteiras é certamente um fator de segurança com o qual todos os brasileiros podem contar”, disse.
Ele enfatizou que o País continuará reestruturando a Força. “Com os Mirage, eliminamos uma lacuna em nosso dispositivo de defesa aeroespacial. Mas o planejamento estratégico de nossa defesa inclui a chegada futura do FX, imprescindíveis elementos de avanço tecnológico para a Força Aérea”.
De acordo com o cronograma inicial de entrega, estão previstas ou­tras duas aeronaves em outubro, mais quatro em 2007 e outras quatro em 2008. As aeronaves já incorporadas participaram do desfile aéreo da FAB no dia 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), ao lado de outros dois caças franceses do mesmo modelo.
Dia da Força Aérea Brasileira

Um traslado de mais de 9 mil quilômetros

Os aviões de caça Mirage F-2000 chegaram ao Brasil após um longo traslado entre a cidade de Orange, na França, onde os militares brasileiros realizam o treinamento na nova aeronave, e a Base Aérea de Anápolis (GO). Foram mais de 9 mil quilômetros e um tempo de vôo superior a 11 horas.
Dia da Força Aérea Brasileira
A primeira etapa do traslado, que durou cerca de cinco horas, foi da França até Dakar. Da capital do Senegal até o destino final da missão foram mais seis horas e vinte minutos de jornada. Para tornar a operação possível, sem que acontecessem pousos técnicos em outras localidades, foram realizados reabastecimentos em vôo (REVO), nos quais, ao todo, foram transferidos do avião reabastecedor para os Mirage mais de 13 toneladas de combustível.
Um dos pilotos brasileiros que participou do traslado, o major Marcelo Grolla, diante do momento histórico, fez questão de levar a Bandeira Nacional para dentro do avião. “Foi um momento muito emocionante. Essa aeronave vai operar pela defesa do Brasil”, disse logo após pousar em Dakar.

SUA HISTÓRIA

A história da Academia da Força Aérea está intimamente ligada à história da Força Aérea Brasileira. Falar da Academia, sem falar da história da FAB, seria deixar uma lacuna impreenchível no passado da formação dos oficiais da Aeronáutica.
O INÍCIO
A idéia de criar a Força Aérea remonta a I Guerra Mundial, quando coube à Marinha tomar a iniciativa de organizar o primeiro núcleo militar de aviação do Brasil. Estava, pois, dado o primeiro passo. Pelo Decreto no 12.167, de 23 de agosto de 1916, o então Presidente da República Wenceslau Braz, fundava a Escola de Aviação Naval, enquanto o Ministro da Marinha, Almirante Alexandrino Faria de Alencar, iniciava as negociações para a aquisição dos primeiros aviões Militares Brasileiros, a fim de equipar aquela Escola. Foram três Curtiss, modelo F, adquiridos do Estados Unidos. O Exército só iria ter sua Escola de Aviação Militar após o término da Guerra. Em 15 de janeiro de 1919, pelo Decreto 13.417, foi aberto um crédito de dois mil contos de réis, para que se organizasse o serviço de Aviação Militar. O serviço foi provido de infra-estrutura, adquirindo-se aviões e outros materiais necessários. Foram contratados, também, professores para a escola, além de operários para a manutenção.
A INAUGURAÇÃO
A inauguração oficial da Escola de Aviação Militar ocorreu no dia 10 de julho de 1919, sendo o Tenente Coronel Estanislau Vieira Pamplona, seu primeiro Comandante. Os aviões da Escola, vindos para o Brasil em 1919 e 1920, eram franceses, da I Guerra, da marca Nieuport e Spad 84 "Herbermont".
A AVIAÇÃO NO BRASIL
A aviação no Brasil ficou por muitos anos dividida entre o Exército e a Marinha. Entretanto, a criação de uma Força nova e independente há muito fazia parte das cogitações de vários idealistas, sendo um dos primeiros no Ministério do Ar no Brasil, o Major Lysias Augusto Rodrigues, Aviador Militar. O Major Lysias, contudo, levantou a sua voz entusiasta numa época em que tanto a Aviação Naval como a Militar não tinham alcançado ainda um pleno desenvolvimento, ficando a sua idéia conservada durante muitos anos, vindo se concretizar no eclodir da II Guerra Mundial.
O MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA
O Ministério da Aeronáutica foi instituído pelo Decreto nº 2.961, de 20 de janeiro de 1941 e, logo após a sua criação, sentiu-se a necessidade de intensificar a formação de pessoal. A Força Aérea, em eminente expansão, devido às necessidades da Guerra, às portas do Brasil, obrigou-se a um programa de aceleração imediata do ritmo de formação de pessoal navegantes e especialistas. Além disso, o novo Ministério acabava de herdar das aviações do Exército e da Marinha, uma duplicidade de centros de formação que, por razões óbvias, devia ser eliminada. Conseqüentemente, foram extintas a Escola de Aviação Militar e a Escola de Aviação Naval, enquanto era criada, no Campo dos Afonsos, a Escola de Aeronáutica, pelo Decreto nº 3,142, de 25 de março de 1941, que iria centralizar toda a formação de oficiais aviadores. Na Ponta do Galeão, destinada à formação do pessoal de manutenção, foi criada a Escola de Especialistas de Aeronáutica, nas instalações da antiga Escola de Aviação Naval.
CONSTRUÇÃO DA NOVA ESCOLA DE AERONÁUTICA
Por meio do aviso nº 16, de 23 de janeiro de 1942, foi designada uma comissão de oficiais aviadores, com a finalidade de escolher um novo local, isento das limitações do Campo dos Afonsos, para a construção da nova Escola de Aeronáutica. Entre os lugares cogitados, foi selecionado o interior do Estado de São Paulo, destacando-se as cidades de Campinas, Pirassununga, Rio Claro e Ribeirão Preto. A escolha de Pirassununga decorreu das excepcionais características topográficas da área oferecida (o local denominava-se Campo Alto, a leste da cidade). Ainda durante a II Guerra Mundial, iniciava-se a construção dos primeiros hangares da nova Escola de Aeronáutica. No ano de 1949, o Ministério da Aeronáutica designou um grupo de oficiais para apresentar projeto sobre a nova Escola, o qual resultou na Comissão de Estudos e Construção da Escola de Aeronáutica, que recebeu a incumbência de submeter à aprovação do Ministro da Aeronáutica a proposta de atualização do projeto da Escola, além de providenciar e fiscalizar a construção. Em 17 de julho de 1956, foi nomeada nova comissão para elaborar o projeto definitivo da Escola, que deveria atender as duas fases: mudança para Pirassununga do último ano do Curso de Formação de Oficiais Aviadores e, posteriormente, mudança completa da Escola.
DESTACAMENTO PRECURSOR DA ESCOLA DE AERONÁUTICA
Em 17 de outubro de 1960, foi inaugurado o Destacamento Precursor de Aeronáutica, durante as festividades da semana da Asa, com a presença do Exmo Sr Ministro da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Francisco de Assis Corrêa de Mello, do Governador do Estado de São Paulo e de outras autoridades. A nova Escola teve como primeiro Comandante o Major Aviador Aloysio Lontra Netto.
AS INSTALAÇÕES
As construções eram poucas e precárias, contando apenas com dois hangares. Os alojamentos, cassinos e instalações de infra-estrutura eram em sua maioria concentradas no antigo prédio da Divisão de Apoio. A pista antiga, no mesmo lugar da atual, era de menores dimensões e gramada.
MUDANÇA DE NOME
O ano de 1968 foi coroado com a chegada das aeronaves a jato T-37C, que marcariam o início de uma nova era. No dia 9 de setembro, foi realizado o primeiro vôo de instrução de cadetes naquela aeronave. Em 10 de julho de 1969, a Escola de Aeronáutica passou a denominar-se Academia da Força Aérea, e, em decorrência, o Destacamento passou a denominar-se Destacamento Precursor da Academia da Força Aérea.
MUDANÇA DEFINITIVA PARA PIRASSUNUNGA
No ano de 1971, a Academia da Força Aérea foi transferida, definitivamente, do Campo dos Afonsos para Pirassununga, sendo o seu primeiro Comandante o Brigadeiro do Ar Geraldo Labarthe Lebre. Nessa época, o Corpo de Cadetes da Aeronáutica já havia sido removido da Divisão de Apoio, onde hoje é o alojamento das Praças, para o prédio do 4º Esquadrão de Cadetes, onde ficavam os cadetes do último ano.
A ACADEMIA DA FORÇA AÉREA HOJE
As instalações da AFA foram construídas de acordo com um projeto (plano diretor), o qual pode ser modificado conforme com eventuais necessidades, desde que aprovado por autoridades competentes. A Academia dispõe de uma área construída de 215.246m², sendo 141.800m² de área administrativa e 73.246m² de área residencial. Para seu funcionamento, a AFA possui uma Estação de Tratamento de Água com uma rede hidráulica medindo, aproximadamente, 15km e mantendo uma capacidade/dia de 6.000.000 litros, utilizando as águas do Rio Mogi Guaçu; possui, no sistema de energia elétrica, 41km de redes aéreas e subterrâneas de tensão, além de uma rede viária de 50 km e uma rede telefônica com cerca de 23 km.

Localização

A Academia da Força Aérea fica localizada na cidade de Pirassununga, cidade do interior do Estado de São Paulo, situada a 200 km da capital, 100 km ao Norte de Campinas e 100 km ao Sul de Ribeirão Preto, às margens da Rodovia Anhanguera.
Esta é uma foto áerea da AFA tendo: à esquerda a pista de pouso principal com os hangares do T-27 (Tucano); à direita a pista de pouso auxiliar e hangares do T-25 (Universal); ao centro a praça de esporte do cadetes com ginásio, quadras de vôlei, basquete, tênis e futebol de salão, piscinas, estádio, campos de futebol e mais; abaixo à esquerda a Divisão de Ensino, Cinema e Comando; abaixo ao centro o Rancho e o hospital e abaixo à direita o Corpo de Cadetes com os três alojamentos e o prédio do comando do Corpo de Cadetes.

Missão

MISSÃO DO DEPENS
O Departamento de Ensino da Aeronáutica é a organização do Comando da Aeronáutica que tem por finalidade a consecução dos objetivos da política aeroespacial no setor de ensino.
O DEPENS tem sua finalidade, subordinação, sede, estrutura básica e atribuições estabelecidas no Regulamento aprovado pela Portaria nº 114/GC3 de 4 de fevereiro de 2003.
MISSÃO DA AFA
A missão da Academia é forjar homens, desenvolvendo, incentivando e aprimorando, em cada cadete, os atributos intelectuais, morais e físicos, de forma a obter-se, como produto final desse treinamento, oficiais capazes e eficientes, em condições de tornarem-se os verdadeiros líderes de uma moderna força aeroespacial.
Academia da Força Aérea é um estabelecimento de ensino de nível superior que integra o sistema de formação e aperfeiçoamento do pessoal do Comando da Aeronáutica. Subordinada diretamente ao Departamento de Ensino da Aeronáutica (DEPENS), sua finalidade é a formação, em nível superior, dos Oficiais da Ativa da Força Aérea Brasileira dos quadros de Aviadores, Intendentes e de Infantaria.
Os ensinamentos morais, científicos, militares e técnico-especializados são ministrados por oficiais dos diversos quadros da Força Aérea e por professores civis, de acordo com uma seqüência baseada em modernos moldes pedagógicos coordenados pela Divisão de Ensino da Academia. Da instrução participam, ainda, oficiais das demais Forças e professores convidados.
Canção da Academia da Força Aérea (Bandeirantes do Ar)
Letra e Música: Cad Av Luiz Felipe de Magalhães
A esquadrilha é um punhado de amigos.
A vibrar, a vibrar de emoção!
Não tememos da luta os perigos,
Nem dos céus a infinita amplidão!
Sobre mares, planícies, sobre montes,
Viveremos por sempre a voar.
Bandeirantes de novos horizontes
Para a bandeira da Pátria elevar.
Bandeirantes de novos horizontes
Para a suprema conquista do Ar!
ESTRIBILHO
Nós somos da Força Aérea Brasileira,
O nosso lema é a águia altaneira,
Que há de ser grande, forte e varonil!
Lutaremos!!!
Morreremos!!!
Pela Bandeira do Brasil!!!
Entre as nuvens, dos céus vendo a terra,
Vivem lá os Cadetes do Ar!
Comandando a grande arma de Guerra,
Baluarte da Pátria sem par!
Adestrados ao fogo da metralha
E ao governo do seu avião,
Estarão sempre prontos à batalha,
Para a defesa do nosso torrão!
Estarão sempre prontos à batalha,
Por defender o auri-verde pendão!
Hino dos Aviadores
Letra: Ten Brig Ar Armando Serra de Menezes
Música: Cap Mus João Nascimento
Vamos filhos altivos dos ares
Nosso vôo ousado alçar,
Sobre campos, cidades e mares,
Vamos nuvens e céus enfrentar.
D´astro rei desafiamos nos cimos,
Bandeirantes audazes do azul,
Às estrelas, de noite, subimos,
Para orar ao Cruzeiro do Sul.
ESTRIBILHO
Contato! Companheiros!
Ao vento, sobranceiros,
Lancemos o roncar
Da hélice a girar.
Mas se explode o corisco no espaço
Ou a metralha, na guerra, rugir,
Cavaleiros do século do aço
Não nos faz o perigo fugir.
Não importa a tocaia da morte
Pois que à Pátria, dos céus no altar,
Sempre erguemos de ânimo forte,
O holocausto da vida, a voar.
Canção da Intendência da Aeronáutica
Letra: 2S STA Luiz Rabelo de Melo
Música: Francisco Bezerra da Silva
Esplendor de saber e bondade,
Galardão de perene ideal,
Elevando o estandarte às estrelas
Sempre fui e serei sem igual.
Do ACANTO, - a florente pureza -
Estará sublinhado perfil,
Desta força vibrante e coesa,
Que enaltece o valor do Brasil.
Sou hoje, o amanhã, a história,
A virtude, o progresso, a essência,
Sou a paz, o ouro, a prata, vitória,
Somos um, sou você INTENDÊNCIA
Canção da Infantaria da Aeronáutica
Letra e Música: SO SMU Sebastião Gonçalves Ribeiro
Infantaria, serás sempre altaneira!
Teus soldados, tu bem sabes escolher.
Com heroísmo, tu defendes a Bandeira,
Honrando a Pátria que herdaste ao nascer.
Olhar de frente o inimigo a derrotar,
Com vigor repelir seu avançar.
Tu és da Força Aérea Brasileira o fuzil
Vigilante, em defesa do Brasil.
ESTRIBILHO
Infantaria a zelar,
Na guerra ou na paz a lutar,
Salva guarda da aviação.
Infantaria sem temor,
Em busca da paz, com ardor,
Brasil o teu berço e teu chão.
A decolagem e o pouso velarças,
Com Sucesso, os vetores vão voar.
Teu braço forte e peito erguido manterás,
A Deus orando para sempre te olhar,
E no combate sempre pronta a engajar,
Muita garra e ímpeto sem par.
Tu és da Força Aérea Brasileira o fuzil,
Vigilante em defesa do Brasil.
ESTRIBILHO

CORES, BRASÕES

E insígnias têm sido associados às forças militares, ao longo dos anos. As legiões romanas usavam estandartes próprios para indicar sua posição e, na China, as legiões dividiam-se em unidades que eram identificadas por diferentes bandeiras coloridas.
Na Idade Média européia, o emprego de armaduras e de elmos para proteção obrigava os combatentes a se identificarem pelas cores das sobrevestes e dos escudos. Os regimentos do exército britânico, por sua vez, utilizavam um estandarte, conhecido como "as cores", que simbolizavam a alma do regimento, e ia para combate no centro da tropa. Sempre zelosamente guardado, onde ficava o estandarte, lá permanecia o regimento e, se necessário, o último homem deveria defendê-lo até a morte. Perder "as cores" para o inimigo era a pior desonra que o regimento podia sofrer.
"As cores" eram o símbolo do regimento. Os símbolos são imagens que representam as idéias e os fenômenos da realidade. O mundo à nossa volta está repleto de símbolos, cujo significado se arrasta ao longo dos séculos. Em todo o mundo, os símbolos têm relação com as verdades mais profundas. Assim podemos dizer que existe no mundo uma fascinante linguagem sintética chamada simbologia. Com ela sabemos que a balança é o símbolo da justiça, o Sol o da vida, a água da purificação, a cruz do cristianismo, o Pégasus da rapidez e criatividade.
Um dos usos mais coloridos e atraentes de símbolos ocorre na Heráldica. Com uma variedade de elementos temos plantas, animais, pessoas, seres mitológicos, formas geométricas, cores e inscrições que são reunidos num brasão ou numa bandeira para representar uma família, uma empresa ou uma nação. A prática da heráldica vem da Idade Média, para identificar cavaleiros em combates ou torneios. Logo se formou um sistema complicado, que teve de seguir normas escritas, postas em prática por arautos ou "heraldos" dos reis. Os cavaleiros e seus cavalos se vestiam suntuosamente para uma "justa" (disputa em torneio). Os símbolos heráldicos apareciam no escudo, na armadura e no manto (cota de armas) usado sobre ela. O brasão servia para identificar o dignitário a cujo serviço o arauto se encontrava e suas roupas ostentavam as cores desse nobre. O vocábulo heráldico deriva do alemão "Herald", anunciador, arauto, transmissor das ordens ou leis dos soberanos e suseranos.
Heráldica é a ciência e arte que estuda e interpreta as origens, evolução, representação e simbolismo dos Brasões de Armas. É também o conhecimento das regras, segundo as quais as armas devem ser compostas, definidas e reproduzidas. A heráldica é uma representação de símbolos criados desde a Idade Média, no tempo das cruzadas, e acessíveis ao homem moderno. Como reflexo do comportamento humano, a arte heráldica chegou até nós como uma atividade plena de criação, atualizando-se no tempo, e, guardadas as leis heráldicas básicas, notabilizando-se em cada país e em cada corporação pela força única de eternizar suas culturas e costumes. Esta ciência também chamada "Ciência Heróica" define-se como o conjunto de preceitos que regulam a forma por que se devem simbolizar acontecimentos, basicamente de ordem histórica, que pareceu conveniente perpetuar.
A verdadeira ciência heráldica remonta ao século XI, quando surgem alguns regulamentos referentes a ela, embora a arte dos brasões seja bastante antiga, originando-se nos distintivos de penas, peles, tatuagens ou pinturas dos povos primitivos. São antiqüíssimos os símbolos das famílias, tribos e cidades; por exemplo: a loba de Roma, o escaravelho egípcio, etc. Os poemas dos ciclos hindus e gregos descrevem as armas e escudos simbólicos dos chefes militares. Da representação dessas figuras nos escudos nasceu a Heráldica.
A partir do século XIII, a ciência heráldica passa a subordinar-se às regras até hoje conservadas. Foi então que cada família passou a dispor de um brasão, propriedade pessoal e intransferível. Constitui-se, assim, definitivamente, a linguagem simbólica da nobreza.
Com o surgimento do avião, no começo do século passado, foi necessário criar algum tipo de sinal distintivo ou codificado, capaz de identificar seu operador e sua nacionalidade. O uso de bandeiras nos aviões não é aerodinamicamente prático e, por isso, os emblemas nacionais começaram a ser pintados na asas, na cauda e na fuselagem das primeiras aeronaves. Em 1907, a Convenção de Haia firmou as regras para as insígnias militares aéreas e, em 1919, os regulamentos da aeronáutica civil foram instituídos internacionalmente na Convenção Aérea de Paris.
As insígnias nacionais geralmente estão relacionadas à bandeira de cada país e seus desenhos variam bastante. Quase sempre, as cores também correspondem ao emblema nacional, embora limitadas pela tendência atual de reduzir ou eliminar totalmente o brilho das marcas nos aviões de combate. Em lugar delas aplicam-se, atualmente, tons pastel ou apenas o esboço das marcas originais. Em situações de tensão ou de conflito aberto entre países, as insígnias são reduzidas em tamanho ou totalmente removidas, mas isso é recomendável apenas para o país que tenha superioridade aérea ou um eficiente sistema IFF (identificação de amigo-ou-inimigo), pois, caso contrário, a ausência de insígnias pode levar o avião a ser abatido.
Inserindo-se na heráldica militar, a área de heráldica da Força Aérea versa, obviamente, sobre a Aeronáutica nas suas variadas manifestações, formas e cores. Todas as marcas dos modernos aviões de combate têm uma função. Uma função simbológica. Desta forma, também a Força Aérea Brasileira atingiu a sua maturidade heráldica, e aqueles que mergulharem em seus fatos históricos e tradições serão surpreendidos com brasões e escudos de uma sensível presença lógica, a mais pura significação do Homem na Força Aérea.
O objetivo deste artigo, é mostrar como os símbolos da Força Aérea Brasileira devem ser conhecidos e entendidos.

A Heráldica na Força

Aérea Brasileira

Os primeiros contatos com a Força Aérea Americana, através do 1º Grupo de Aviação de Caça, foi um marco original para a heráldica da Força Aérea Brasileira. Ali, os nossos pilotos foram impregnados, como tantos outros, pela misteriosa magia dos escudos coloridos, descobrindo que através da forma caricaturizada dos escudos podiam descarregar todas as tensões que os comprimiam, da mesma maneira que as antigas tribos quando usavam imagens para afugentar os maus espíritos e os possíveis inimigos, exigindo-lhes o respeito.
A Força Expedicionária Brasileira—FEB, era composta de Esquadrões de Caça e de Reconhecimento que receberam equipamentos dos Aliados que, por força da convenção, teriam que utilizar os símbolos americanos nas suas fuselagens, devido ao ataque das artilharias antiaéreas.
Na medida em que fomos nos afastando do combate, também os escudos foram tomando novas formas e características, sendo novos emblemas criados e voltados para a intimidade das Organizações, assumindo a verdadeira função de refletir os fatos históricos e atos heróicos das Organizações Militares da nova Arma. Um Brasão de Armas será a imagem pictórica da Organização.
A imagem das Corporações deve ser refletida da forma heráldica mais expressiva e mais rica possível, buscando os símbolos mais significativos do brasonário pátrio. Só um conjunto harmonioso poderá representar os feitos de uma Organização Militar, uma Unidade Aérea ou Unidade Administrativa, embelezando as fachadas dos edifícios e as paradas militares.
O Gládio Alado e o Cocar são os símbolos que representam a Força Aérea Brasileira. Divulgar os principais símbolos heráldicos da nossa Força é proporcionar alguns conhecimentos básicos desta simbologia a todos os amantes do gênero, fornecendo ferramentas úteis no entendimento das tradições e dos valores históricos de uma das forças armadas brasileiras mais modernas: a Aeronáutica, contudo rica em tradições militares na nobre arte dos Brasões e Estandartes. A Força Aérea Brasileira já detinha como símbolos heráldicos o Gládio Alado e o Cocar desde a criação do antigo Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, bem como as cores verde e amarela no leme vertical das aeronaves militares brasileiras, somando-se assim aos outros criados em seguida, tais como o emblema da 1ª ELO, do 1º GAvCA, da Escola de Aeronáutica e tantos outros.

Gládio Alado—símbolo da Força Aérea Brasileira

O Gládio Alado é o símbolo da Força Aérea Brasileira, e sua origem remonta à antiga Aviação Militar criada em 1927, ou seja, a 5ª Arma do Exército Brasileiro, a Aviação. Consta de duas asas abertas apoiadas na lâmina de um sabre, símbolo da força e alusão aos heróis que fizeram a República. A asa significa o vôo e a espada o ânimo guerreiro e a justiça.
Atualmente pela legislação em vigor, nos emblemas do Comando da Aeronáutica é obrigatório o seu uso, bem como nos demais símbolos, e quando figurar deve estar nos metais ouro (amarelo) ou prata (branco), e quando representar em negrito deve obedecer à convenção dos esmaltes. Ele não pode ser sobreposto por nenhum outro elemento ou símbolo e seu emprego é disciplinado no Regulamento de Uniformes para Militares da Aeronáutica Brasileira.

Cocar da Força Aérea Brasileira

A aviação militar mundial é codificada por símbolos, principalmente as forças aéreas. O distintivo de nacionalidade das aeronaves militares é conhecido como cocar. Pela definição, cocar é um símbolo heráldico representado por um penacho, laço, distintivo ou roseta que distingue um partido, nacionalidade, força, etc. Assim, a identificação visual das aeronaves de todas as forças aéreas é feita por meio de um símbolo em cores cuja utilização vem desde os primórdios da aviação.
As cores da aviação são traduzidas pelos seus cocares. Com isso temos os mais diferentes desenhos, cores e significados, tais como a Cruz de Ferro na Força Aérea Alemã, a estrela vermelha da antiga União Soviética, a Cruz de Malta na Força Aérea Portuguesa, o círculo vermelho (o sol) do Japão, o escudo de Davi na Força Aérea de Israel, o disco azul, a estrela branca central e a barra azul, vermelha e branca, adotada em 1947 pela Força Aérea Americana. Os discos nas cores azul, branco e vermelho identificam os aviões franceses, a cuja nação deve ser creditada a criação da forma básica de marcação dos aviões militares. Esta norma foi instituída em 26 de junho de 1912, por ordem do exército francês, que determinou a pintura de discos tricolores nas asas e na fuselagem de todas as aeronaves militares.
Na verdade o cocar é a identificação visual de uma aeronave aplicada como forma de distingui-la de qual país é a sua bandeira, divulgando não só as nossas cores, bem como nossas tradições culturais.
De maneira semelhante, a Força Aérea Brasileira também tem o seu significante, traduzido, na imagem do cocar, que é usado para distinguir suas aeronaves e sua utilização vai além de uma necessidade visual. Tem por base uma norma aprovada pela Convenção de Haia, de 18 de outubro de 1907, que fixou regras para as insígnias militares. No seu artigo 2º ficou determinado que os navios mercantes transformados em navios de guerra deveriam usar os sinais externos (distintivos) dos navios de guerra de sua nacionalidade. Assinada por 39 países e ratificada por 23, inclusive o Brasil, essa norma é extensiva às aeronaves de todas as forças aéreas, que a partir deste diploma jurídico internacional passaram a colocar em seus aparelhos uma logomarca, mais tarde chamada de COCAR.
Inicialmente o cocar da Aviação Naval e da Aviação Militar eram iguais, compostos de um círculo dividido em 3 cores: verde, amarelo e azul. A partir de 1934, o Ministro da Guerra, General Pedro Aurélio Góis Monteiro, tendo como base as Armas Nacionais, assinou despacho em 31 de janeiro, aprovando o novo "COCAR" de identificação dos aviões da aviação militar. Pelo Aviso nº 99, de 05 de fevereiro de 1934, foram suprimidos os círculos nas cores verde e amarelo, acrescentando-se uma estrela de cinco pontas gironada, subposta a um círculo azul e a uma coroa branca.
Em 04 de janeiro de 1937, ficou instituída uma nova configuração para o cocar constante de uma estrela de cinco pontas, cada uma verde e amarela.
Com a criação do Ministério da Aeronáutica, o Ministro, Dr. Joaquim Pedro Salgado Filho, resolveu unificar os sinais distintivos das aeronaves, aprovando o mesmo cocar, com ligeiras modificações nas dimensões relativas, nas pontas da estrela e nos círculos internos, para ser usado nas aeronaves da Força Aérea Brasileira. A palavra "Exército", que existia nos aparelhos que tinham pertencido à Aviação Militar e a palavra "Marinha", a âncora e o cocar de círculos concêntricos dos aviões da Aviação Naval foram retirados.
O uso e aplicação do cocar nas aeronaves da Força Aérea Brasileira estão previstos na Ordem Técnica do Comando da Aeronáutica—Pintura de Aeronaves—OTMA 1-1-4, de 21 de janeiro de 1993, da Diretoria de Material da Aeronáutica.
Com a reativação da aviação naval, a Marinha manteve os círculos concêntricos nas suas aeronaves, conservando o antigo cocar da Aviação Naval. Mais recentemente o Exército voltou a reaparelhar sua força com aeronaves e adotou como símbolo nas mesmas o seu brasão e as cores vermelho e azul como distintivo, a Força Terrestre.

Verde e Amarelo—uma cor nacional nas aeronaves

As cores verde e amarela refletem uma marca da nacionalidade brasileira. Instituídas no Brasil na época do Império, pelo Príncipe Regente D.Pedro I, por Decreto de 18 de setembro de 1822 como cores nacionais, fazem referência às riquezas naturais do nosso país—as florestas tropicais e os recursos minerais.
Desde 1937, foi adotada a pintura das cores verde e amarela nos lemes de direção das aeronaves da aviação militar. Nas aeronaves da Força Aérea Brasileira os lemes de direção são pintados nestas duas cores, em duas faixas verticais, da mesma largura.

Brasão do Comando da Aeronáutica

O Comando da Aeronáutica possui um só brasão representando todas as suas organizações. O Brasão do Comando da Aeronáutica, aprovado pela Portaria nº 593/GC3, de 06 de setembro de 1999, é composto por um escudo francês, contendo atributos internos e externos.
O seu formato (escudo francês) homenageia o país onde o Marechal-do-Ar Alberto Santos-Dumont, Patrono da Aeronáutica Brasileira, desenvolvendo pesquisas aeronáuticas desde 1892, consagrou-se por seu feito histórico com o "mais-pesado-que-o-ar". Representa também o espírito das duas Unidades de preparo e emprego direto da Força, principalmente os grupos de aviação, esquadrões e esquadrilhas. O campo em blau (azul celeste) retrata o céu da Pátria, ambiente do piloto brasileiro.
No coração, encontra-se um escudete português, reverenciando a nossa Pátria-Mãe (Portugal), à qual devemos o nosso descobrimento. O campo em blau (azul ultramar), perfilado em prata, representa o espaço cósmico. Neste formato, o escudete retrata as Organizações do Comando da Aeronáutica com funções eminentemente administrativas, de vital importância para o seu funcionamento.
Sobreposto ao escudete, encontra-se em prata (branco), o Gládio Alado, símbolo da Força Aérea Brasileira.
Envolvendo o Gládio Alado, o Cruzeiro do Sul, também em prata (branco), constelação-primeira incrustada no Pavilhão Nacional, elo indissolúvel do Comando da Aeronáutica com os desígnios da Nação Brasileira. A constelação do Cruzeiro do Sul corresponde ao seu aspecto no céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos, do dia 15 de novembro de 1889 (doze horas siderais) e deve ser considerada como vista por um observador situado fora da esfera celeste. Contorna o escudo um filete em prata (branco), esmalte das insígnias usadas por seus Oficiais-Generais.
Encima o escudo uma águia estendida, em jalne (amarelo), ave que simboliza vitória, poder, prosperidade, domínio e liberdade. Sobrepõe-se ao contrachefe um listel, também em jalne (amarelo), com a inscrição "1941—COMANDO DA AERONÁUTICA—1999", em sable (preto). A primeira data indica o ano da criação do Ministério da Aeronáutica, e a segunda, o ano de sua transformação para Comando da Aeronáutica.
Estandarte do Comando da
Aeronáutica
O Estandarte do Comando da Aeronáutica, aprovado pela Portaria nº 592/GC3, de 06 de setembro de 1999, é outro símbolo heráldico da Força Aérea Brasileira.
Estandarte terçado em banda, com o primeiro terço superior e o terceiro terço inferior em blau (azul cerúleo), esmalte que lembra o céu brasileiro, em consonância com a cor predominante do Brasão. Este esmalte simboliza, também justiça, zelo, retidão do dever, fidelidade, perseverança, glória e amor à Pátria, caracterizando, assim, os métodos e propósitos do Comando da Aeronáutica.
O terço intermediário, em blau (azul ultramar), simboliza o espaço cósmico. Este esmalte, também constante no escudete português, sobreposto ao coração, corresponde ao centro do escudo.
No centro do Estandarte, destaca-se o Brasão do Comando da Aeronáutica.
Contornam o Estandarte, nos seus três bordos livres, franjas em prata (branco), representando o nível de comando do Comando da Aeronáutica, tradicionalmente exercido por Oficial-General do mais alto posto da hierarquia militar em tempo de paz.
O Estandarte do Comando da Aeronáutica o representa em desfiles militares, recebimento de comendas e demais eventos de relevante importância.

Emblemas e Estandartes de Unidades da Força Aérea Brasileira

Os emblemas são símbolos heráldicos com significado e tradição especiais para uma organização. Dentro desse tema os emblemas das Organizações Militares focam numa visão heráldica os atributos mais significativos ou representativos das coisas e seres da natureza formados pela insígnia de um brasão de armas para a missão daquela Unidade e da Força Aérea. Temos emblemas que retratam desde o índio, flora e fauna brasileiras, bem como aspectos folclóricos e arquitetônicos do nosso país, todos mostrando a força do nosso povo, dos nossos militares e de suas Unidades, numa visão abrangente e surpreendente de suas cores, estilos e formas, delineando o anseio da tropa como que exigindo pelos seus aspectos visuais um respeito histórico da grande força que tem a simbologia nacional estampada por meio dos símbolos heráldicos.
No campo do escudo podem ser apresentados símbolos ou atributos representativos do estado, município ou região onde estiver sediada a organização militar. Toda Organização Militar deve ser representada por um emblema. Tem por finalidade a representação simbólica da missão, da história e dos fatos marcantes da OM.
As OM que têm como missão específica o planejamento, o preparo e o emprego direto da Força Aérea devem utilizar-se do escudo francês, inclusive o Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), em razão de sua abrangência na condução da política aeroespacial. As organizações com funções eminentemente administrativas devem utilizar-se do escudo português.
Os estandartes são símbolos heráldicos a exemplo das bandeiras, ou seja, uma bandeira de guerra, insígnia de uma corporação militar, com cores aplicadas sobre panos, geralmente confeccionados em tecidos ricos, a serem colocados em hastes e quando em posição de destaque ladeada por um grupo de soldados que formam sua guarda de honra.
Todas as Organizações Militares do Comando da Aeronáutica possuem estandartes cujo emprego está previsto na legislação em vigor.

A Águia

A águia é o mais antigo símbolo usado pelo homem, pois os egípcios já a ostentavam como símbolo nobre de coragem, astúcia e sagacidade, podendo proteger a grandes alturas os espíritos guerreiros.
É a figura mais significativa na heráldica da Força Aérea Brasileira. Ela veio do antigo estandarte da Escola de Aviação Militar. Surge sua imagem no Brasão do Comando da Aeronáutica em vigília, estando pousada com as asas espalmadas, animada, armada, bicada e sancada, como que a proteger o brasão.
Ela é considerada um símbolo das forças aéreas mundiais, um emblema da aviação inspirada nos romanos e franceses. Suas garras lembram a coragem e o sangue frio.
Como célula máter das forças aéreas significa presságio de vitória, símbolo imperial do poder, domínio, força, orgulho, vigor, conquista do espaço, arrojo, liberdade, soberania, realeza, nobreza, renovação, sagacidade, contemplação, autoridade, orgulho, prosperidade, benignidade, liberalidade, generosidade, vigilância, vôo de altitude, vastos horizontes, poderio aéreo, ataque e coragem.
Dentre as aves é aquela que pode olhar o Sol fixamente, jamais perde sua presa, se rejuvenesce, pode voar alto, é considerada como sinal de vitória.
Conclusão
Uma força aérea só tem história se forem cultivadas suas tradições. A heráldica da Força Aérea Brasileira, com as suas tradições do passado e com seus brasões e escudos, retrata seus feitos heróicos, como os da Itália estampados no Emblema do 1º Grupo de Aviação e muitos outros, para que as gerações que hão de vir, em cultivando-os, continuem a sua história, fortalecendo-a cada vez mais.
Dentre os estudos heráldicos, a Heráldica Corporativa Militar é uma das mais antigas. Ela é oriunda das grandes organizações de combatentes.
Esta ciência estampada em suas formas e cores, uma forma concisa aglutinada de uma política consentânea simbológica, que versa sobre a soberania e a grandiosidade da Aeronáutica Brasileira, prima pela simplicidade, com um máximo de objetividade, sem o abandono de motivações e estímulos ao respeito, ao entusiasmo e à veneração de símbolos criados e sempre identificados na arma alada.
Acreditamos que desta forma os estudiosos das Artes Aeronáuticas com este material possam conhecer um pouco das tradições brasileiras diante da Heráldica Corporativa Militar. Para disciplinar os símbolos heráldicos no Comando da Aeronáutica, o Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica conta com uma publicação a ICA 210-1, de 17 de dezembro de 1987, que disciplina o assunto na Aeronáutica Brasileira.
A heráldica da Força Aérea Brasileira nasceu de modo imperceptível, porém autêntico, carregada dos símbolos tradicionais da Arma, pronta para cruzar os séculos, cheia de tradições, falando de nossa história e mostrando ao mundo toda a pujança de seus Homens.
Os símbolos heráldicos são o retrato vivo da história de um povo, de uma força aérea de um país, simbolizando sua terra e sua gente, uma das mais legítimas manifestações de suas cores, um milagre constituído com a perseverança dos iluminados, o suor dos humildes e o sangue dos heróis.
Fonte: www.airpower.maxwell.af.mil.

22 de Abril

O poder aéreo nasceu em 1913, após o homem adquirir o domínio das máquinas voadoras, um pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial.
No Brasil, mediante acordo governamental, tivemos a presença de militares franceses ligados ao que, naquele tempo, não era ainda uma arma aérea, mas uma capacidade bélica de emprego dos "engenhos voadores".
Assim, no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, se fez presente uma missão militar, com o objetivo de treinar pilotos militares da Marinha e do Exército, visando ao emprego de aeronaves em objetivos militares.
Essa missão deu origem à Escola Brasileira de Aviação, que iniciou suas atividades em 2 de fevereiro de 1914, interrompendo-as em 18 de junho do mesmo ano. Evidentemente, o desenvolvimento da Aviação como arma aérea teve o seu início na Primeira Guerra Mundial, quando aeronaves foram empregadas em missões de Observação no campo de batalha.
A partir dessas missões de Observação, passou-se a utilizar o avião também para a regulagem de tiros de artilharia e para missões de interceptação de aviões inimigos, incrementando-se a utilização da potencialidade da arma aérea.
Surgia, assim, no cenário mundial, a Aviação de Caça que, inicialmente, conduzia atiradores de elite nas naceles traseiras das aeronaves, atirando nos aviões incursores que tentavam realizar Observação.
Daí, evoluiu-se para o lançamento de bombas, a princípio com a mão, e posteriormente com o emprego de engenhos mecânicos, seguindo-se a instalação de uma maior capacidade de tiro a bordo da aeronave e operada pelo próprio piloto.
Esses fatores serviram de estímulo e desafio para as mentes militares que, naquela ocasião, tiveram disposição e oportunidade de participar ativamente no desenvolvimento dessa nova arma.
Na época, o Brasil recebeu uma série de aeronaves para treinamento de suas Aviações - Militar (Exército) e Naval (Marinha)- e enfrentou o novo desafio, adestrando e preparando suas equipagens, além de, seguindo uma tradição histórica iniciada no século 17, partir, pelo ar, para o desbravamento do interior do País, lançando-se na abertura de novas rotas aéreas, com o apoio do Departamento de Comunicações do então Ministério de Viação e Obras Públicas, que fazia o controle do movimento dessas e de outras aeronaves.
Foi grande a participação das comunidades municipais, que, para auxiliar a nossa Aviação, escreviam o nome da cidade sobre o telhado das estações ferroviárias, como forma de orientar os aviões que seguiam para o interior do País. Nessa época, as facilidades e auxílios para a navegação aérea praticamente inexistiam.
A 12 de junho de 1931, dois Tenentes da Aviação Militar - Nélson Freire Lavenére-Wanderley e Casimiro Montenegro Filho - pilotando um Curtiss Fledgling, saíram do Rio de Janeiro e chegaram a São Paulo, conduzindo uma mala postal (com 2 cartas). Nascia assim o Correio Aéreo Militar (CAM).
Esse CAM, atualmente denominado Correio Aéreo Nacional (CAN), permanece com a missão de assegurar a presença do Governo Federal nos mais diversos rincões do Brasil, o que levou o nosso Congresso, tocado por um forte espírito cívico, a exigir da Força Aérea Brasileira a continuidade da operação do Correio Aéreo Nacional, incluindo-o na Constituição de 1988.
Os fatos históricos abordados até o momento permitiram que se criasse no País, no final da década de 30, uma atmosfera de questionamento sobre a arma aérea, e de que forma deveria ela ser administrada pela Nação.
Debates calorosos ocorreram, tanto no Clube Militar como através dos jornais da época, movidos por aviadores militares das duas Aviações Militares - Marinha e Exército - que buscavam defender posições: se as armas aéreas deveriam continuar no âmbito das duas Forças, ou se elas deveriam agrupar meios aéreos de ambas e constituir uma arma única e independente, vindo a ser a única a administrar a atividade aérea no Brasil.
A segunda corrente prevaleceu, tornando-se vitoriosa no dia 20 de janeiro de 1941, quando foi criado o Ministério da Aeronáutica, tendo como primeiro titular da pasta um civil - Dr. Joaquim Pedro Salgado Filho. Esta foi a solução adotada pelo Governo de então para manter as duas Forças em harmonia.
Os anos seguintes permitiram um engrandecimento do setor aeronáutico brasileiro, tendo sido criada uma respeitável infra-estrutura por todo o País, aumentando a capacidade tecnológica e organizando toda a aviação civil e militar.
O Ministério da Aeronáutica manteve-se atuante até 10 de junho de 1999, quando foi criado o Ministério da Defesa. A partir de então, passou a ser denominado Comando da Aeronáutica, tendo como primeiro Comandante o Ten.-Brig.-do-Ar Walter Werner Bräuer.
FORÇA AÉREA BRASILEIRA
A criação do Ministério da Aeronáutica e as Forças Aéreas Nacionais, com a fusão do Corpo de Aviação da Marinha e a Arma de Aeronáutica do Exército, ocorreu em 20 de janeiro de 1941. Quatro meses mais tarde. em 22 de maio de 1941, as Forças Aéreas Nacionais passam a denominar-se FORÇA AÉREA BRASILEIRA (FAB).
Inicialmente seu acervo foi constituído pelo equipamentos existentes nas duas armas aéreas, Marinha e Exército, composto de uma variada gama de aviões procedentes de diversos países, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália, além de alguns aviões produzidos no Brasil em caráter experimental e alguns seriados.
A Segunda Guerra Mundial será o marco divisor para a modernização e a tentativa de implantação de uma indústria aeronáutica local.
Com a entrada dos Estados Unidos na guerra, em 1941 e o Brasil em 1942, e a importância da costa brasileira - no norte do país - para o esforço de guerra dos aliados, onde diversas bases americanas foram construídas, a FAB passa a receber modernos aviões para as mais variadas funções, como caças, bombardeiros, patrulha, etc. Este é sem dúvida o seu momento de consolidação e glória, formando nos Estados Unidos diversos pilotos que serão os multiplicadores no seu crescimento e culminado com a participação do 1º Grupo de Aviação de Caça e a 1ª Esquadrilha de Ligação e Observação no teatro de operações europeu onde participou na Campanha da Itália em 1944 e 1945, único país da América do Sul. Vale lembrar que o México participou com um Grupo de Aviação no teatro do Pacífico ao lado dos americanos.
Outro fator importante foi a sua participação na Campanha do Atlântico Sul ao longo da costa brasileira, chegando inclusive a afundar submarinos do eixo, a partir de 1942.
Com o fim da guerra, e a grande fartura de material aeronáutico excedente, a FAB passa a receber grande quantidade dos Estados Unidos, o que de certa forma gera o fim da indústria aeronáutica no Brasil, ficando mais cômodo e barato importar do que fabricar.
Em 1953 ela recebe seus primeiros aviões a jato, ironicamente eles serão ingleses, totalizando 61 Gloster Meteor F-8 de caça e 10 TF-7 de treinamento, desativados em 1974. A seguir, em 1956, recebe dos Estados Unidos 58 Lockheed TF-33-A para treinamento avançado e ataque, usados até 1975. Em 1959 recebe 33 caças táticos Lockheed F-80C, desativados em 1973. O ano de 1960 viu chegar 30 Morane Saulnier MS-760 Paris, da França, para ser usado como avião de ligação e treinamento, desativados em 1974. Em 1967 recebe novamente dos Estados Unidos, 65 Cessna 318A (T-37C), para treinamento avançado, usados até 1981 e repassados à Coréia do Sul.
No final dos anos 60 é criada a Embraer, uma empresa brasileira que irá produzir uma gama variada de aviões turbo hélices e jatos, entregando para a FAB a partir de 1971, 166 EMB-326 GB Xavante, produzido sob licença da Aeronautica Macchi, Italiana, para treinamento avançado e emprego tático. Alguns chegaram a equipar o 1º Grupo de Aviação de Caça no Rio de Janeiro, até que em 1975, fossem adquiridos nos Estados Unidos, 36 caças táticos Northrop F-5E Tiger II, e 6 F-5B para treinamento, espinha dorsal até os dias de hoje, como avião de caça da FAB, que adquire mais algumas unidades em 1991, operando até hoje, principalmente nas Bases Aéreas no Sul do país, sendo os mais modernos até então adquiridos. Atualmente existe um programa em andamento repotencializando, em conjunto com empresas nacionais e israelenses, a frota dos F-5, aumentando ainda mais sua vida útil.
Em 1972 foram adquiridos na França, 17 caças Mirage III EBR para interceptação e 6 Mirage III DBR para treinamento, ainda operacionais os da versão EBR, modernizados em 1988 e comprados alguns para repor perdas, que foram desativados em dezembro de 2005 e estão sendo substituídos pelo Mirage 2000C/B, adquiridos usados da França.
O projeto mais ambicioso envolvendo a FAB foi a co-produção do AMX (A-1), um avião de ataque, desenvolvido em conjunto pelo Brasil (EMBRAER) e Itália (Alenia, Aermacchi) a partir de 1981, do qual já foram produzidos 58, só no Brasil, estando ainda em produção.
O fato mais importante em relação ao projeto AMX foi o seu aprendizado, que proporcionou condições para o desenvolvimento do Embraer 145 civil, um sucesso mundial de vendas.

Fonte: 
freepages.military.rootsweb.ancestry.com




Nenhum comentário: