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domingo, 14 de julho de 2013

Homem que morreu no Macuco é sepultado no Cemitério de Gaspar.


Depois de um velório marcado pela dor e tristeza de familiares e amigos, Clodoaldo Berkembrock, 39 anos, foi sepultado no Cemitério de Gaspar, às 15h deste sábado, 13. O homem morreu na madrugada desta sexta-feira, 12, após levar um tiro acidental do sogro, no bairro Macuco.
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“Sogro, me matasse”. Essa pequena frase é composta pelas últimas palavras de Clodoaldo Berkembrock, que foi atingido por um tiro acidental disparado por Mário Zancanela na madrugada desta sexta-feira, dia 12. O acidente aconteceu por volta das 2h, em uma mata fechada no bairro Macuco.
Clodoaldo, mais conhecido como Neno, não iria trabalhar na sexta-feira. Então, segundo Ambrozina Zancanela, esposa de Mário, sogro e genro reservaram a madrugada daquele dia para entrar na mata à procura de ladrões de palmito. Porém, uma fatalidade impediu que eles concluíssem o que haviam planejado.
Após avançar cerca de 800 metros mata à dentro, Clodoaldo seguia dois metros à frente do sogro e, com um facão, abria a picada na mata para que os dois pudessem passar. Logo atrás, Mário andava carregando uma espingarda engatilhada. Foi então que um cipó tocou o gatilho e fez com que um tiro fosse disparado acidentalmente nas costas do genro.
Ao ver Clodoaldo no chão, Mário tentou ajudar de todas as formas. Como as casas estavam muito longe para pedir ajuda imediatamente, ele tirou o pijama que usava por baixo da roupa e cobriu Neno, com a intenção de mantê-lo quente por mais tempo. Passada cerca de meia hora de agonia, o homem de 39 anos não resistiu e faleceu.

Pedido de ajuda

Juliana Schramm mora próximo ao local do acidente e conta que, por volta das 4h, frases como “Me socorre... socorro” puderam ser ouvidas de seu quarto. “Eu conheço o Mário, mas não sabia que era ele quem estava gritando. Não abri a porta de casa por medo, e a voz dele estava irreconhecível. Ele estava muito atordoado”, conta.

Após sair da casa de Juliana, o senhor de 66 anos atravessou a rua Leonardo Pedro Schmitt e parou em frente à casa de Ângela Schramm. A moradora conta que os cachorros começaram a latir muito, então ela acendeu a luz da varanda da casa. “Foi ai que eu vi o Mário ajoelhado para um motoqueiro que passava na estrada, pedindo ajuda. A pessoa devia estar indo trabalhar e não ajudou por medo”. Ainda segundo ela, Mário estava desesperado e dizia que havia matado o genro. “Foi ai que meu marido e o meu cunhado acionaram socorro.
Socorro
Antes de sair à procura de ajuda, Mário Zancanela amarrou o cachorro que os acompanhava em uma árvore próximo ao local do acidente, o que facilitou o trabalho daqueles que estavam à procura do corpo.
O morador do bairro Macuco, Paulo Schramm e Evaldo Berkembrock, irmão da vítima, se embrenharam na mata em busca do corpo. Por volta das 6h encontraram Clodoaldo deitado numa picada já sem vida. Ao lado do corpo estava uma espingarda calibre 32, uma mochila e uma lanterna. 
A Polícia Militar e Civil foram acionadas ainda na madrugada. O Instituto Geral de Perícias de Blumenau, Corpo de Bombeiros, Samu também estiveram no local.
O corpo de Clodoaldo foi encaminhado ao IML de Blumenau. Mário foi encaminhado à delegacia e permanece à disposição da Justiça.

Vítima
Clodoaldo Berkembrock, mais conhecido como Neno, era casado com Adriana Zancanela Berkembrock há quase 17 anos e tinha uma filha, Ariane Zancanela Berkembrock, de 16 anos. Era sócio da Frios Berkembrock e administrava a empresa junto de três irmãos.


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