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domingo, 7 de julho de 2013

Obra na margem esquerda de BLUMENAU segue modelo de 30 anos atrás.

O vaivém das máquinas e a colocação das pedras que vão formar a proteção da beira do Rio Itajaí-Açu, na margem esquerda de Blumenau, mudam, aos poucos, a paisagem do Centro. A obra, que teve início na Prainha, hoje está concentrada entre as pontes de Ferro e Adolfo Konder. Ali, resíduos estão sendo retirados da margem e as pedras que formarão a proteção estão sendo colocadas. Os trabalhos lembram muito os feitos na década de 1960, quando a margem direita foi construída. Naquela época, a obra era vista como uma forma de proteger a margem do rio e de garantir uma nova via para desafogar o trânsito da cidade, a Avenida Beira-Rio.
De acordo com o engenheiro da Secretaria de Obras Carlos César Leite, a engenharia das duas é a mesma, mas o resultado será diferente. Responsável pelo projeto e pela fiscalização dos trabalhos, Sergio Lubitz diz que, visualmente, o outro lado do rio será mais verde.
A preocupação em preservar a margem direita do Itajaí-Açu surgiu depois da enchente de 1948, quando imóveis à beira do rio foram danificados. Mas a ideia só saiu do papel no início da década de 1960. Era para ser um muro de arrimo (contenção de enconsta). Depois, um projeto do engenheiro João Caropreso, falecido na década de 1990, passou a contemplar a criação da Avenida Beira-Rio.
Inicialmente, foi feito um trabalho para retirada de todos os resíduos que havia na encosta direita do rio. A área era usada para depósito de lixo. Depois da retirada dos entulhos e da dragagem, começou a aplicação das pedras para o enrocamento. Conforme a historiadora Sueli Petry, elas eram trazidas da região da Rua 2 de Setembro, em pequenos barcos, através do rio, e colocadas manualmente na beira do rio. Depois, fez-se o aterro, o revestimento do talude, o plantio da grama e, por último, a pavimentação da Beira-Rio.
Margem esquerda receberá plantas nativas
As obras na margem esquerda seguem o mesmo modelo, explica Lubitz, porque é a técnica mais apropriada para o local, visto que quando o nível do rio sobe, a velocidade da água aumenta muito. Ele conta, porém, que a parte perto do rio, em que há placas de concreto na margem direita, será bem diferente.
– Haverá uma parte de concreto, na beira do rio. Em seguida, haverá um colchão reno, onde haverá plantio de vegetação, e mais uma parte de concreto. Será menos concreto do que na margem direita. As plantas do colchão reno vão cobrir o concreto, formando um tapete verde – afirma.
Outra diferença aparente é que não haverá plantio de grama na parte superior ao concreto, porque não é uma planta nativa. Ali só serão plantados arbustos nativos para deixar a mata mais parecida com o que é hoje. O horto florestal já está providenciando as mudas. Leite, engenheiro da prefeitura, salienta que a parte superior será bem diferente:
– A parte da margem esquerda será mais urbanizada, terá ciclovias e mirantes e não uma rua, como a margem direita. Esta será a maior diferença.
Obras na margem esquerda vão se alongar por sete meses
Engenheiro responsável pelo projeto e por fiscalizar a obra, Sérgio Lubitz, acredita que ainda serão necessários sete meses de trabalho para concluir a primeira etapa da margem esquerda. Apesar da obra ter começado em agosto, com previsão de ser concluída em oito meses, fatores como a maré, o nível do rio e as condições do tempo têm atrapalhado. Ele relata, entretanto, que os trabalhos mais perto do rio já estão quase finalizados no trecho prioritário, que fica entre a Prainha e a Ponte de Ferro.
– A gente pretende fazer esta parte primeiro porque é a mais suscetível. Dentro de uns três meses vamos começar a mexer no trecho entre a ponte de Ferro e os fundos da Unimed. Ali não é tão prioritário porque não há tantos deslizamentos.
Memorialista, Niels Deeke recorda que a construção da margem direita se alongou bastante:
– O trecho final, onde hoje fica a prefeitura, foi muito demorado. A obra toda era complexa, havia ribeirões que desembocavam no rio e que foram extintos – lembra.
Para a segunda fase serão necessários R$ 5,9 milhões
Segundo dados do Arquivo Histórico Professor José Ferreira da Silva, a primeira parte foi entregue à população em 1969, no governo de Carlos Zadrozny. Depois, o prefeito Evelásio Vieira deu continuidade aos trabalhos. A conclusão até as imediações de onde hoje fica a prefeitura se deu no fim da década de 1970.
Ainda não há previsão para a conclusão de todo o projeto da margem esquerda. Isso porque a parte que contempla a construção das ciclovias, passeios e dos mirantes no trecho entre a Prainha e a Ponte de Ferro não tem recursos garantidos. Já há uma empresa escolhida por licitação, porém, faltam R$ 5,9 milhões para a execução. Não se tem previsão de quando os trabalhos vão começar, mas estima-se que devem se estender por um ano.
Reportagem : Priscila Sell
Fotos : Jandyr Nascimento
Galeria de fotos da construção da Beira-Rio (anos 60 até 70). Fonte : Arquivo Histórico de Blumenau.









Excelente reportagem do Jornal de Santa Catarina resgatando essa grande obra que mudou a cara de Blumenau. Quiçá a margem esquerda seja tão durável quanto a Beira-Rio feita nos anos 60-70. 

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