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sábado, 28 de setembro de 2013

QUE PIB, QUE NADA! Menos crescimento, mais prosperidade. Até pouco tempo atrás, qualquer economista com essa ideia seria tachado de louco, mas Tim Jackson fala sério. Professor de desenvolvimento sustentável na Universidade de Surrey, na Inglaterra, ele acha que nossa obsessão pelo aumento do PIB já causou danos demais ao planeta.

Foto Creative Commons / Ilustração Mauricio Planel
Que nova ideia de prosperidade você propõe no livro "Prosperity without Growth"?
Prosperidade tem a ver com estar bem. Significa ter comida e moradia, mas também dignidade, identidade, participar da comunidade onde você vive e dar segurança para sua família. São coisas nem sempre obtidas através do dinheiro, e sim pelo tipo de sociedade que temos. Ao buscar só crescimento econômico, minamos as bases de nossa prosperidade no futuro, pois destruímos florestas, esgotamos o solo e geramos mudança climática. 

O mundo todo deve parar de crescer?
Não. O crescimento ainda é necessário nos países pobres. Neles, pequenos aumentos na renda geram enormes impactos na prosperidade das pessoas - por exemplo, maior expectativa de vida e acesso à educação. Isso é importante, ainda há 2 bilhões de desnutridos no planeta. Mas nos países ricos é diferente: eles já alcançaram esses objetivos e continuam buscando crescimento de uma forma muito materialista. Deveriam buscar um modelo que já não dependa do aumento do consumo para criar prosperidade. O Brasil está justo no meio do caminho: promoveu grande desenvolvimento social nos últimos anos, mas ainda tem problemas que precisam ser resolvidos.

O que nos espera adiante? 
Se os países ricos crescerem em média 2% por ano, seu PIB per capita vai atingir cerca de US$ 50 mil até meados deste século. Para estender esse nível de renda aos 9 bilhões de pessoas que vão habitar o planeta em 2050, a economia global teria que ser 15 vezes maior que a atual. A depredação do planeta seria catastrófica. Mas se baixarmos nossa expectativa para US$ 20 mil per capita, os países mais pobres poderão multiplicar sua renda por 10 e continuar crescendo. Os países médios vão duplicar ou quadruplicar seus níveis de renda. Já os mais ricos precisarão estabilizar ou decrescer. Temos que ser realistas.

Então o crescimento do PIB no mundo rico deveria ser zero ou negativo?
Na Europa e nos EUA, a taxa de crescimento do PIB já vem caindo nos últimos 40 anos. Isso é natural para economias maduras, onde é cada vez mais difícil ter aumento da produtividade. Temos que desenhar economias que aceitem essa transição. Claro que alguns setores ainda vão crescer no futuro, enquanto outros vão cair. Mas não importa tanto se o crescimento geral será positivo ou negativo. O fundamental é ter os tipos certos de investimento e empreendimento que nos garantam prosperidade dentro dos limites de nossos recursos naturais finitos.
FONTE:

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