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domingo, 19 de maio de 2013

O QUE SÃO FALÉSIAS?


Falésia é uma forma geográfica litoral, caracterizada por um abrupto encontro da terra com o mar.
Formam-se escarpas na vertical que terminam ao nível do mar e encontram-se permanentemente sob a acção erosiva do mar.
Ondas desgastam constantemente a costa, o que por vezes pode provocar desmonoramentos ou instabilidade da parede rochosa.
Com as mudanças climáticas, o nível do mar pode descer, deixando entre a falésia e o mar um espaço plano.
Passa-se a chamar, então, uma arriba fóssil.
Falésias
Falésia
Falésias
Falésia
Fonte: www.geocities.com
Falésias
Falésias
Falésia
O QUE SÃO FALÉSIAS?
São formações naturais caracterizadas por uma queda abrupta de uma superfície mais elevada para uma menos elevada.

Falésias Vivas

São aquelas em que ainda estão em movimento.
Ou seja, o mar bate e, por causa da força das ondas e das correntes marítimas, elas estão em constante recuo.
Exemplos: Barreira do Inferno, Ponta da Cancela, Ponta do Madeiro, Chapadão.

Falésias Mortas

São aquelas que não sofrem mais processo erosivo e estão estabilizadas.
Exemplo: Ladeira do Sol.
Onde ocorrem?
Ocorrem em quase todo o litoral brasileiro.
Mas as mais interessantes, do ponto de vista visual e turístico, são as chamadas Formação Barreira - mais comuns nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará.
Como elas são formadas?
As falésias são formadas devido à erosão marinha - causada pela ação das marés e correntes marítimas. Além do mar também sofrem a ação da água das chuvas.
Em que municípios do Rio Grande do Norte as falésias são mais comuns?
Tibau do Sul e Baía Formosa. Mas também são identificadas ocorrências em Nísia Floresta, Parnamirim, Natal, Ceará-Mirim, Maxaranguape Touros e Areia Branca.
Fonte: www.serhid.rn.gov.br
Falésias
Falésias
Falésia
"Termo usado indistintamente para designar as formas de relevo litorâneo abruptas ou escarpadas ou, ainda, desnivelamento de igual aspecto no interior do continente. Deve-se, no entanto, reservá-lo, exclusivamente, para definir tipo de costa no qual o relevo aparece com fortes abruptos"
(Guerra, 1978)
Fonte: www.redeambiente.org.br
Falésias
Os relevos litorâneos, submetidos aos processos dinâmicos continentais fornecem ao mar material detrítico progressivamente evacuado pelas correntes marítimas (abrasão) e retomado pelas vagas no ataque das escarpas abruptas ou falésias, que são formas típicas de erosão. As falésias podem ser vivas ou mortas.
As falésias vivas são escapamentos com forte declividade devida à ação marinha (solapamento, desgaste, embate das ondas) e modelados pela dinâmica continental. As falésias mortas ou paleofalésias não sofre mais o ataque marinho, mas são submetidas as ações continentais e antrópicos. As falésias são elaboradas em rochas sedimentares – no caso específico do litoral paraibano – rochas detríticas que constituem a Formação Barreiras – ou vulcânicas.
Seu equilíbrio morfodinâmico varia de muito instável (falésias vivas) a moderadamente estável (falésias mortas) quando fitoestabilizadas. A evolução das falésias repercute nos seus tipos que por sua vez refletem os processos geodinâmicos responsáveis por sua evolução. A presente pesquisa visa efetuar um inventário do litoral da Microrregião de João Pessoa-Pb entre a desembocadura do Miriri ao norte e o município do Conde (ao sul).
A Ecodinâmica (TRICART, 1977), baseia-se nas relações existentes entre os processos morfogenéticos ou morfodinâmicos (morfogênese) e os processos pedogenéticos ou de formação dos solos, o que permite avaliar o grau de estabilidade das unidades geoecológicas (meios geodinâmicos).
Um outro grande componente é a formação vegetal, pois todas as formações vegetais que recobriam a Zona da Mata Paraibana apresentam-se fortemente alteradas, algumas em devastação avançada ou até mesmo erradicada, em virtude de uma superexploração de quatro séculos, dificultando assim os estudos no que dizem respeito à dinâmica evolutiva(MELO, 1983).

FORMAÇÃO BARREIRAS

Os sedimentos da Formação Barreiras, apresentam-se sob a forma de baixos platôs descontínuos conhecidos sob a denominação de tabuleiros. O conjunto desses baixos planaltos apresenta-se ora bastante preservado, como é o caso do tabuleiro entre o rio Miriri e o Mamanguape, ora mais dissecado, como se verifica em toda a porção sul-ocidental da área pesquisada até a pequena “meseta” triangular entre o rio Pitanga e o rio Camaratuba.
Em toda a extensão dos tabuleiros verifica-se a existência de trechos elevados bastantes planos que coincidem com os restos de uma superfície de aplainamento cujos níveis altimétricos variam de leste para oeste de cerca de 40 a 200m, como pode ser observado nos tabuleiros entre os rios Camaratuba e Mamanguape, e, entre 30 e 100 m entre o Mamanguape e o Miriri.
Trata-se portanto de planaltos substruturais, restos dissecados pelos rios atlânticos de um volumoso glacis de acumulação em posição costeira e periférica à Borborema e o escudo rebaixado, que se inclinam suavemente em direção à borda oceânica e que se apresentam basculados uns em relação aos outros.
A inclinação geral Leste-Oeste é da ordem de 1m/ 1,5 km. Influências nítidas de uma tectônica intensa tanto antiga (Juro-Cretácica até o Terciário) como mais recente (neotectônica do Quaternário), calca-se na compartimentarão em grandes painéis separados pelos grandes vales transversais (tectônica mais antiga), largos e encaixados (vales do Mamanguape, Miriri, Camaratuba, ...) e pela dissecação dos interfluvios e suas bordas (vales pequenos e profundos das bacias e rios costeiros que nascem nos tabuleiros).
As diferenças de altitude verificadas no litoral, sobretudo nas falésias, assim como a existência de formas anômalas que aí ocorrem, como por exemplo, vales suspensos e sem escoamento, dunas alçadas sobre os sedimentos Barreiras, atestam o jogo tectônico dos blocos que se soergueram ou subsidiaram uns com relação aos outros.
Esses painéis sedimentares também sofreram deslocamentos também uns com relação aos outros como pode ser observado na linha da costa desde a divisa com o estado do Rio Grande do Norte até ao sul (planície de Lucena).
Esses deslocamentos resultaram de grandes falhas transcorrestes também responsáveis pela formação dos grandes vales estruturais dispostos transversalmente e pelos degraus de falhas que os antecedem, principalmente nas suas abas meridionais, como pode ser observado ao longo da BR-101, nas proximidades dos vales do Miriri e do Mamanguape.

TABULEIROS

A observação da dissecação dos tabuleiros a partir do mosaico de radar SB-25-YA, ressalta vários aspectos que merecem ser citados:
Toda a porção compreendida entre a divisa com o estado do Rio Grande do Norte (rio Guaju) e o vale/estuário do rio Paraíba, apresenta painéis sedimentares preservados e nítidos, separados pelos vales transversais.
São eles, do sul para o Norte:
Tabuleiro entre o Paraíba - Soé e o Miriri
Tabuleiro entre o Miriri e o Mamanguape
Tabuleiro entre o Mamanguape e o Camaratuba e entre o Camaratuba e a confluência do rio Pitanga; tabuleiro entre o Camaratuba e o rio Guaju.
Influências nítidas da tectônica comanda a disposição da rede de drenagem, sendo bem visíveis às direções SSW-NNE, S-N e NW-SE.
Todos os vales paralelos são estruturais e relacionados com as falhas transcorrestes que atingiram o escudo e sofreram reativações tectônicas posteriormente.
Os basculamentos nos compartimentos sedimentares foram acompanhados por fraturas localizadas nas suas bordas e foram utilizadas pela dissecação linear.
Aliadas a essas influências tectônicas, a litologia exerce influencias no modelado de dissecação associada às oscilações climáticas do Quaternário e às modificações do nível de base provocados pelos movimentos eustáticos e por pequenas surreções do continente.
Os setores dos tabuleiros que apresentam uma cobertura arenosa mais extensa e espessa, portanto mais permeáveis às águas das chuvas do que os setores mais argilosos, apresentam-se geralmente menos dissecados, com fraca densidade de talvegues recortando os interfluvios , como por exemplo o tabuleiro entre o rio Miriri e o rio Mamanguape.
A dessecação é profunda e seu desnível com relação ao piso das planícies aluviais é em média de 30-40 metros.
O aspecto geral dos tabuleiros é o de uma superfície aplainada, molemente ondulada, dividida em compartimentos grosseiramente quadrangulares, com inclinações para as bordas litorâneas e para os bordos internos festonados pela dessecação.
Resto de uma superfície mais elevado pode ser encontrado por toda a área. Esses restos apresentam um nível de 200mteros no tabuleiro central entre o rio Mamanguape e o Camaratuba; l70 metros, no tabuleiro do rio Camaratuba e seu afluente, o rio Pitanga;190 metros no tabuleiro ao sul do rio Miriri e 90 metros entre o Miriri e o Mamanguape. Esses restos mais elevados unem-se por rampas quase imperceptíveis ao nível geral dos tabuleiros por uma superfície intermediária que se inclina suavemente
Para a linha de inflexão das vertentes dos vales e para as falésias é que dominam as planícies litorâneas.
A oeste e noroeste, a presença de grandes intrusões graníticas e do escudo Pré-Cambriano traduzem-se nos padrões de drenagem e dá indicações sobre estruturas circulares (nas ocorrências das intrusões) subjacentes ou subflorantes, cujos segmentos em arcos de círculos foram aproveitados pela dissecação linear como pode se verificar a oeste de Mamanguape e nos arredores de Jacaraú. Essa influencia subjacentes das rochas pré-cambrianas fazem-se sentir na pedogênese que por sua vez repercutem na utilização mais intensiva e diversificada dos solos.

PLANICIES LITORÂNEAS

As planícies litorâneas resultam da acumulação de sedimentos arenosos e de fragmentos de animais marinhos que formam uma faixa mais ou menos estreita e relativamente continua, interrompida apenas pelas desembocaduras em estuários dos rios:sistema estuário do Paraíba - Soé, ao sul; estuário do Miriri, sistema esturarino do Mamanguape - Sinimbu - Estiva; estuário do Camaratuba e do Guaju (na divisa com o estado do Rio Grande do Norte).
Os setores mais largos são representados pela planície de Lucena, pela planície de Campina - Barra do Mamanguape e pela planície de Baia da Traição.
Ao longo do litoral as praias são numerosas mesmo quando apresentam falésias dominando-as. Essas praias resultam da deriva litorâneo Sul - Norte formada pela onda obliqua dos alísios de Sudeste que tem como conseqüência à formação de flechas arenosas ou barras nas desembocaduras dos rios (GUILCHER,1981).
Como exemplos podem ser citados: a restinga de Cabedelo que aparece muito pouco na área (sul da carta); a barra do Miriri; flecha ao sul de Barra do Camaratuba.
A relativa ausência de acumulações arenosas na desembocadura dos rios (excetuando-se a Paraíba e o Mamanguape), significa uma estabilidade mais ou menos aparente daí existirem praias em progradação e praias em recuo. Mas, não se deve esquecer que esses fenômenos extremamente dinâmicos, são momentâneos e não, permanentes.
Alguns setores em progradação são: a ponta triangular de Lucena, a mais dinâmica de todo o litoral da Paraíba. Sua progradação estende-se tanto para o Norte com para o Sul e ela se faz por uma sucessão de cordões litorâneos, o ultimo deles delimitando uma pequena lagoa triangular.
Na ponta de Lucena, dois ou três cordões conservaram sua forma original, porém , na retaguarda, o vento remanejou alguns outros os transformando em dunas mais ou menos confusas com 2-4 metros de altura. Toda a planície se estende aos pés de uma falésia morta (paleo-falésia). A presença de um arrecife a 2.200 metros da costa, parece ter sido um elemento importante para que a progradação ocorresse. Vastos bancos de areia arqueados, prolongam a cúspide através de profundidades rasas por cerca de 4 quilômetros do litoral até atingirem o arrecife.
Os principais setores em recuo são, entre outros: a ponta de Baia da Traição (ponta de Jangadinha) onde o recuo é muito pronunciado. A ponta se desloca do arrecife no qual ela se apoia.
A praia de Campina, ao sul da desembocadura do Mamanguape, onde as dunas são solapadas pelas ondas por ocasião das marés altas.
As pontas em progradação (Lucena e Baía da Traição) parecem estar ligadas, pelo menos em parte, à proteção que lhes assegura os arrecifes próximos a elas .
Quanto à origem das areias das praias, estas são provenientes de três fontes: erosão das falésias, aportes fluviais do Paraíba e do Mamanguape, principalmente e o fornecimento dos detritos orgânicos dos fundos marinhos próximos aos arrecifes. Em virtude da grande extensão das falésias e de sua ativa erosão por deslizamentos, desbarrancamentos e ravinamentos, o estoque de areias silicosas das praias seria proveniente dessa fonte mais do que do aporte fluvial que na realidade é pouco importante salvo pelos rios acima citados .

EVOLUÇÃO

O pacote sedimentar Barreiras repousa em discordância angular e erosiva sobre rochas do Cretáceo (Grupo Paraíba) e sobre o escudo Pré-Cambriano.
Essas rochas, sotopostas à Formação Barreiras, revelam , além de uma alteração muito forte, traços nítidos de uma superfície de aplainamento denominada de superfície pós-cretácea ou Infrabarreiras.
Na área estudados sedimentos que constituem a Formação Barreiras, apresenta-se sob a forma de baixos platôs, descontinuo os tabuleiros.
De acordo com a interpretação do mosaico de radar SB-25-YA, o conjunto dos tabuleiros apresenta-se bem preservado na sua porção oriental enquanto que para o interior das terras onde esses sedimentos são menos espessos as influências das lineações estruturais no escudo subjacente tornam-se evidente nos padrões de dissecação apresentados na Formação Barreiras.
Os tabuleiros apresentam trechos mais elevados e planos que coincidem com vestígios de uma ou duas superfícies de aplainamento com níveis altimétricos variando entre 40 e 200 metros entre o rio Mamanguape e o rio Camaratuba e entre 100 e 40 metros entre o rio Mamanguape e rio Miriri, de oeste para leste.
Trata-se portanto de planaltos sub-estruturais, que se inclinam em geral para a borda oceânica e que apresentam basculamentos generalizados do sul para o norte e em direção aos eixos de drenagem. Influências nítidas de uma tectônica intensa, tanto antiga (sobretudo do Juro-Cretáceo até o Terciário) como recente (neotectônica do Quaternário), refletem-se na topografia e na compartimentação dos sedimentos Pliocêncos Barreiras em painéis separados por vales encaixados e largos, quase paralelos entre si, e na dissecação das bordas desses painéis e de seus interfluvios.
As diferenças de altitude desses painéis e de suas bordas litorâneas em falésias vivas e mortas, assim como formas namalas que ocorrem nessas ultimas (vales suspensos, sem drenagem e dunas suspensas a partir de Baía da Traição até a divisa com Rio Grande Do Norte e que se estendem um pouco para o interior das terras recobrindo os tabuleiros, atestam o jogo de blocos que uns soergueram-se, outros subsidiam, como teclas de piano).
Esses diferentes painéis sedimentares também se apresentam deslocados horizontalmente uns com relações aos outros, o que pode ser verificado nas imagens e documentos cartográficos utilizados nessa pesquisa. Esses deslocamentos, sem dúvidas resultaram da reativação das grandes falhas transcorrentes, também responsáveis pela formação dos grandes vales estruturais paralelos e pelos degraus de falha que os antecedem, como os verificados no tabuleiro do Miriri em direção ao rio Mamanguape.
Os basculamentos subseqüentes e a compensação isostática quebraram as bordas desses painéis sedimentares e as fraturas foram aproveitadas pela dissecação linear, (como pode ser verificado na orientação da drenagem).
A tectônica de quebramento parece ser reflexo das estruturas estabelecidas no escudo Pré-Cambriano subjacente e subaflorante no que diz respeito às grandes direções, principalmente nos vales do Paraíba (do qual só vemos a sua desembocadura a SE da carta...), Miriri, Mamanguape, Camaratuba - Pitanga e Guaju.
Falhamentos de gravidade teriam originado vales estruturais dentro de graben com suas bordas em degraus de falha. Exceção maior é o horst de Mamanguape (alto estrutural) de Mamanguape, onde o escudo aflora ou jaz a pouca profundidade sob os sedimentos Barreiras.
Os acontecimentos diastróficos que deram origem a estes vales parecem ser pleistocênicos. Os demais vales e pequenos vales teriam sido formados posteriormente aos vales estruturais por processos de dissecação linear e compensação isostáticos.
O regime tectônico do Terciário é caracterizado por soerguimento geral do escudo nordestino, com menos rupturas nas proximidades do litoral.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A passagem lateral entre essas unidades morfológicas e os terrenos da baixada litorânea dá-se por escarpamentos do tipo falésia. Esses escarpamento podem ser ativos ou inativos (falésias vivas ou mortas ou ainda paleo-falésia, respectivamente).Nas paleofalésias verifica-se que a vegetação colonizou os taludes de detritos dos desmoronamentos (talude detritos gravitacionais) das partes superiores. As falésias ativas são mais raras, a ação marinha sendo localizada e geralmente elas ocorrem onde os tabuleiros mais avançam para o mar.
É difícil situar com precisão o período de escavação que se seguiu ou acompanhou a dessecação dos planaltos. Pode-se no entanto, por analogia com os eventos que ocorreram na África Ocidental (por exemplo, no estuário do rio Casamance, no Senegal), que uma grande regressão (Ogoliano) aconteceu em 20.000 B.P., no qual houve o escavamento da maioria dos vales dos vales secundários.
Em seguida, durante a transgressão (Nouakshotiiano) que atingiu o seu máximo por volta de 5000 B.P., é que se pode atribuir a maior parte da colmatagem aluvial.
A partir daí, oscilações menores do nível marinho provocaram variações nas formas de detalhe.
Dessa maneira formaram-se: conjunto de cordões litorâneos, por vezes modelados em dunas vivas com as que podem ser observados na ponta de Lucena e ao Sul de Barra do Mamanguape e ao Sul de Baía da Traição, por exemplo: conjunto de terraços arenosos em três níveis principais: 6-8 metros – terraço superior que orlam as falésias vivas ou mortas ou ocorrem em fragmentos isolados como se verifica na restinga de Cabedelo (fora da área de estudo),na planície de Lucena, entre outros;terraços de 4 metros apoiados no precedente;terraço de 2 metros, o mais freqüente em toda a área conjunto de baixos terraços areno-argilosos, com altitudes baixas variando entre 2 e 1 metro acima do nível do médio com conjunto de terraços lamosos ocupados pelos manguezais , campos halófilos e apicuns.
A planície ora mais estreita, quando a linha de falésias se aproxima mais do litoral; ora mais larga, geralmente limitada por falésias mortas, não apresenta continuidade no seu desenvolvimento.
Ela é interrompida pelos rios Paraíba, Soe, Miriri, Mamanguape, Estiva, Camaratuba e Guaju, além de outros menores.
Ocupando a parte mais interna dessa planície (quando larga), muitas vezes apoiados nas falésias mortas, são encontrados fragmentos de terraços pleistocênicos com 6-8 metros. Sua superfície é geralmente plana, exceto nos setores dos sulcos entre os cordões que o formam ,; alguns deles são ocupados por pequenos córregos, quase sempre escoando com dificuldade por entre eles, colmatados, fundo pantanoso, geralmente com lagoas digitadas e orladas de manguezais que se prolongam até os estuários ou o mar. Os terraços holocênicos são os mais expressivos em toda a área. A porção estuarina é representada pelas planícies de maré e se divide em superior e inferior.
A planície inferior é recoberta inteiramente pela água durante as marés altas e expostas na preamar : são as “slikkes”. Elas apresentam sedimentos predominantemente argilosos, altamente hidratados e ricos em matéria orgânica. É o domínio dos manguezais.
A planície superior, compreendida entre o nível médio da preamar de sizígia e o nível das preamares equinociais, ocupa uma posição topográfica mais elevada e seu substrato é caracterizada por apresentar uma maior percentagem de areia.
As características morfológicas da área resultam de vários fatores responsáveis por sua elaboração: feições herdadas no decorrer da evolução quaternária da planície costeira e feições vinculadas à hidrodinâmica atual.
Tem-se desse modo: diferentes geótopo: terraços e cordões litorâneos pleistocênicos e holocênicos, planícies estuarina (slikkes e schorres), dunas, praias.
Dentre os, processos responsáveis destacam-se: o papel desempenhado pelas variações do nível marinho que marcaram o Quaternário e pelo sistema de correntes induzidas pelas ondas atuantes na área (corrente de derive Sul - Norte, por exemplo) os ventos alísios e a onda por eles gerada, além da corrente de deriva e das marés, são responsáveis pelo transporte dos sedimentos e pelas formas litorâneas (modelado de ablação e modelado de acumulação).
A planície de Lucena tem a forma de um triângulo com a base voltada para o interior onde seu limite é uma linha de falésias mortas que sofrem uma interrupção exatamente na sua metade por dois pequenos vales dos formadores do rio Araçá, de traçado sinuoso, grosso modo de Oeste para Leste, até sua desembocadura ao Norte de Fagundes.
As falésias são de novo interrompidos ao Norte na confluência dois rios Caboclos e Camaçari, na altura de Bom sucesso continuando até a desembocadura do Miriri. As falésias delimitam o contato das terás baixas litorâneas com os tabuleiros que aí têm uma altitude de 40 metros.
A direção geral das falésias é SSW-NNE. Ao Sul o entalhe é feito pelos rios Soe e da Guia, em calha com cerca de 2 quilômetros de largura.
A planície fluvio-marinha acompanha o rio Soe até quando este passa a chamar-se Jacuípe. A distância do litoral é de 15 quilômetro
Fonte: www.igeo.uerj.br
Falésias
O que são falésias?
São paredões íngremes encontrados no litoral de quase todo o mundo, desenhados pela ação do mar nos últimos 180 milhões de anos. Elas aparecem pela ação da erosão marítima nos intervalos entre as eras glaciais, quando o nível dos oceanos pode subir até 12 metros. Nessas ocasiões, a água avança sobre os continentes e desgasta os terrenos mais próximos à costa. "Quando o mar encontra regiões baixas, a ação da água na terra firme geralmente forma as praias do litoral. Quando ela esbarra em áreas mais altas, de planalto, a erosão concentra-se na parte inferior do terreno, produzindo as falésias", diz o geólogo George Satander Sá Freire, da Universidade Federal do Ceará (UFC). No Brasil, as falésias surgem em vários pontos do litoral, alcançando mais de 20 metros de altura.
A aparência dos paredões varia de acordo com o tipo de rocha que o mar esculpiu. Do Amapá ao Rio de Janeiro, predominam as falésias avermelhadas, formadas a partir de terrenos de arenito.
No sul do país, são mais comuns as falésias escuras, talhadas em granito. Além das encostas próximas ao mar, os geólogos também estudam paredões a até 2 quilômetros da costa, as chamadas falésias mortas. Elas fornecem pistas sobre a atividade oceânica e mostram até onde o mar já avançou. Apesar do visual incrível para o turismo e da importância para a ciência, ambientalistas brasileiros já acionaram o sinal vermelho para a devastação dessas formações, especialmente no Nordeste. Em Alagoas, onde a vegetação no topo das encostas deu lugar a plantações de cana-de-açúcar, o solo sofre erosões com as queimadas e as falésias acabam caindo dentro do mar, sufocando corais próximos à costa. "E no Ceará chega até mesmo a correr esgoto a céu aberto do alto de alguns paredões para a praia, agravando a poluição e a ameaça de desmoronamento das encostas", afirma George.
Fonte: mundoestranho.abril.com.br
Falésias
Falésias e barreiras
Para eliminar eventuais debates em torno dos conceitos de falésia e barreira resolvi fazer uma pesquisa mais avançada e escrever este pequeno texto para acabar com eventuais dúvidas a esse respeito. Além disso, o vestibular da UFRN cobrou duas vezes o termo falésia, é importante termos os dois conceitos claros para não incorrermos mais em erros.
A falésia é um termo mais genérico para as formas de relevo encontradas no litoral com forma escarpada, pode ser usada ainda segundo o dicionário geomorfológico também para formas parecidas no interior do continente. Porém vamos usá-la exclusivamente para definir formas costeiras. O que caracteriza em grande parte a falésia é a abrasão marinha (erosão marinha), com o contínuo solapamento (ação das ondas) em sua base, além de outros agentes erosivos. Não há ação de agentes internos (abalos sísmicos, vulcanismo) em sua dinâmica, a não ser em casos específicos que não nos interessa em termos conceituais a nível de ensino médio.
Além da sua dinâmica erosiva, é importante perceber a sua formação e justamente neste aspecto reside a polêmica em sala de aula. Para alguns professores o termo correto para nosso litoral seria barreira, por se tratar de formação sedimentar, enquanto que o termo falésia seria usado para as formações magmáticas e metamórficas encontradas pó exemplo na região Sudeste do Brasil. Como foi exposto logo no início, a expressão falésia é usada de forma indistinta, enquanto que as barreiras são formações terciárias (podem ser datadas desde o fim do mesozóico) que aparecem como falésias costeiras do extremo Norte do país até a Região Sudeste na altura do Rio de Janeiro. De fato no litoral do Rio Grande do Norte temos barreiras que são basicamente formações sedimentares, no caso arenitos friáveis. Mas podemos usar o termo falésia sem cometer erro.
Observe a paisagem com o desnível abrupto sofrendo a influência direta das ondas do mar, caracterizando desta forma a falésia. Essa formação especificamente é sedimentar, portanto podendo ser denominada barreira.
Falésias
Falesias - Canoa Quebrada (Ceará)
Fonte: www.espacogeografia.com.br
Falésias

Fotos

Falésias
Falesia
Falésias
Falesia
Falésias
Falesia
Falésias
Falesia
Falésias
Falesia
Fonte: Colégio São Francisco

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