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PENSE NISSO:

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domingo, 12 de maio de 2013

PLANO DE AULA de GEOGRAFIA - Ensino médio. CRÉDITOS DE CARBONO.


Objetivos

1) Compreender o fenômeno do efeito estufa e sua importância para a existência da vida na Terra;

2) Verificar que a emissão em excesso de determinados gases amplifica o fenômeno do efeito estufa, provocando diversas consequências, como a do chamado aquecimento global;

3) Conhecer as características do Protocolo de Kyoto, uma das muitas alternativas para se enfrentar o problema do aquecimento global;

4) Estabelecer um vínculo entre a existência dos créditos de carbono e a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto;

5) Entender o que são os créditos de carbono e o funcionamento do mercado formado por eles;

6) Observar que os créditos de carbono trazem lucros para as empresas e também para o meio ambiente.
Ponto de partida

Estratégias
1) A fim de chamar a atenção dos alunos para o tema, comece a aula dizendo que, atualmente, muitas empresas e governos de países em desenvolvimento encontraram na poluição uma fonte alternativa para aumentar os seus ganhos financeiros e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões de gases do efeito estufa. Pergunte para eles se essa situação não é contraditória? Ganhar dinheiro com a poluição e, ao mesmo tempo, ajudar na redução dela? Informe que isso é possível graças aos créditos de carbono.

2) Realize uma sondagem inicial com a classe, averiguando se algum aluno sabe da existência dos créditos de carbono. Caso a resposta seja positiva, ouça-o atentamente e utilize o que ele disser como ponto de partida para o início da aula. Se a resposta for negativa, informe que eles irão aprender sobre o que são esses créditos, assunto que os afeta diretamente, pois diz respeito a uma melhor qualidade de vida.

3) Informe aos alunos que, para entender os créditos de carbono, é preciso compreender primeiro o fenômeno do efeito estufa e o Protocolo de Kyoto. Inicie explicando o que é o efeito estufa. Utilize a explicação que está no texto "Emissão excessiva de gases aumenta temperatura da Terra". Desmistifique a informação de que o efeito estufa teria sido criado pelo ser humano, pois se trata de um fenômeno natural. Mas ressalte que o ser humano pode acelerar esse processo natural.

4) Em seguida, explique que o efeito estufa começa a se tornar um problema quando a atmosfera retém mais calor e, como consequência, aumenta a temperatura da Terra além do normal - é o famoso aquecimento global. Isso acontece por causa da emissão de gases em excesso, principalmente o gás carbônico. Pergunte quais são os maiores emissores de gás carbônico (dióxido de carbono) do planeta. Provavelmente os alunos responderão que são os veículos, as indústrias etc. A resposta está correta, mas um estudo mais detalhado pode trazer surpreendentes revelações.
5) Informe que uma pesquisa sobre os causadores do aquecimento global, no ano 2000, mostrou que as indústrias e os transportes, concentrados nos países desenvolvidos, contribuíram, respectivamente, com 13,8% e 13,5% das emissões de gás carbônico. Já o desmatamento, que ocorre basicamente nos países em desenvolvimento, como o Brasil, respondeu por 18,2% do total. Explique que o gás carbônico sempre existiu na atmosfera. É graças a ele que o planeta não congelou, pois, conforme a explicação dada no início da aula, o efeito estufa natural é essencial para a existência de vida na Terra.

6) Comente que a natureza também contribui para o aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera, pois esse gás e outros são liberados naturalmente através de vulcões e incêndios florestais, de causas naturais. Mas deixe bem claro que são as atividades humanas que têm elevado a concentração, principalmente desde a primeira revolução industrial. Aproveite para apresentar o Gráfico 1, abaixo, que registra o aumento da concentração de gás carbônico nos últimos 1.000 anos. Peça para os alunos observarem o gráfico e destaque que a concentração de dióxido de carbono vem crescendo mais rapidamente a partir do ano 1800 (já havia ocorrido a primeira revolução industrial e a produção industrial no mundo estava intensa):


Fonte: Revista Nova Escola

7) É importante dizer que não é somente o dióxido de carbono o único vilão, ainda que ele seja responsável por 57% do efeito estufa, pois somam-se a ele outros gases, como o óxido de nitrogênio, vindo das combustões em altas temperaturas e dos fertilizantes, e o metano, associado a queimadas, aterros sanitários e pecuária. Informe que o metano produz 12% do aquecimento global, mas é 25 vezes mais ativo que o dióxido de carbono. Isso significa que uma molécula de metano segura o calor 25 vezes mais do que uma molécula de gás carbônico. A natureza produz um terço dessa substância, enquanto a atividade humana produz dois terços. A abordagem desses pontos vai deixar claro que todos os países, e não somente os mais desenvolvidos, têm sua porção de responsabilidade no aumento do efeito estufa.
8) Mediante esse problema da intensificação do efeito estufa, informe os alunos que uma das alternativas de enfrentar esse problema foi a ONU convocar, em 1997, na cidade de Kyoto (Japão), uma reunião com os 189 países membros. Como fruto dessa reunião foi assinado um tratado (chamado de Protocolo de Kyoto) em que os países se comprometeram a reduzir as emissões de gás em 5%, em relação aos níveis de 1991. Em 2005, esse Protocolo entrou em vigor e os países que o assinaram deveriam atingir a meta até 2008. Até 2012 deve ser firmado um novo acordo, que já se encontra em negociação.

9) Vale dizer que uma das críticas ao Protocolo é que só estão obrigados a diminuir as emissões os países que compõem a lista das nações desenvolvidas, ou seja, o Brasil, por exemplo, ainda não tem metas a cumprir (apesar de o governo federal ter, voluntariamente, fixado metas de redução de emissão de gases de efeito estufa), mesmo estando na lista dos 20 países que mais poluem.

10) Nesse momento da aula, procure estabelecer uma ligação entre a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto e o surgimento dos créditos de carbono, bem como o estabelecimento de um mercado para a negociação desses créditos. Explique que foi convencionado que uma tonelada de dióxido de carbono equivale a um crédito de carbono. Outros gases que contribuem para o efeito estufa também podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de carbono equivalente. Esse crédito de carbono é negociado no mercado internacional, onde a redução de gases do efeito estufa passa a ter um valor monetário para conter a poluição. Há diversos meios para consegui-lo: reflorestamento; redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis; substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica), entre outras; aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários) para a produção de energia.
11) Informe aos alunos que a partir do momento em que o Protocolo entrou em vigor, os países, principalmente os desenvolvidos, começaram a procurar seguir as regras estabelecidas no acordo, e que um dos mecanismos a que puderam recorrer foi a compra dos chamados créditos de carbono de países que diminuíram suas emissões. Ou seja, um país que não tenha atingido o seu limite de emissão de gases de efeito estufa poderá vender para outro a cota que, teoricamente, ainda lhe resta para poluir. Geralmente, os países que adquirem essas cotas são países desenvolvidos, com intensa atividade econômica, principalmente industrial; e, para não ultrapassarem suas metas, compram de outras nações esses "pacotes" suplementares para poluir.

12) Diga para os alunos que essas transações também se dão entre empresas. Exemplifique, dizendo que uma empresa brasileira pode desenvolver um projeto para reduzir as emissões de suas indústrias. Esse projeto passa pela avaliação de órgãos internacionais e, se for aprovado, é elegível para gerar créditos. Nesse caso, a cada tonelada de dióxido de carbono que deixou de ser emitida, a empresa ganha um crédito, que pode ser negociado diretamente com outra empresa ou por meio da bolsa de valores. Como exemplo, informe que, em São Paulo, ocorreu o primeiro leilão para a venda de créditos de carbono. Peça para os alunos pesquisarem na internet, em jornais e revistas essa transação de R$ 34 milhões que aconteceu entre o banco belga-holandês Fortis e a Prefeitura de São Paulo, em setembro de 2007. Os alunos deverão explicar para a classe as características dessa transação, os atores envolvidos, os valores pagos, as consequências para a população de São Paulo etc.

13) Comente que o mercado de crédito de carbono está em pleno desenvolvimento, principalmente por causa do chamado mercado voluntário. Nele, mesmo países que não precisam diminuir suas emissões ou que não assinaram o Protocolo de Kyoto podem negociar créditos. Segundo um relatório divulgado por duas organizações americanas do setor de mercado ambiental, em 2008 o mercado voluntário de carbono movimentou 705 milhões de dólares, por um preço médio de 7,34 dólares por crédito de carbono. Promova uma reflexão com os alunos sobre a expansão futura desse mercado. Diga que é muito difícil para os países desenvolvidos conseguirem atingir suas metas e que, desde que o Protocolo foi assinado, houve um aumento populacional, acompanhado do aumento da necessidade de insumos, e tudo isso acarreta um acréscimo natural da emissão de poluentes.

13) Para encerrar, discuta com os alunos sobre a afirmação de que os créditos de carbono trazem lucros para as empresas e também para o meio ambiente. Informe que algumas pessoas criticam esses certificados, por entenderem que eles autorizam países e indústrias a poluir. E isso pode ser verdade, pois o objetivo ao se criar esse certificado era o de organizar critérios de neutralização da emissão de gases poluidores. Porém, também há embutido nesse programa a intenção de que os países que são os maiores poluidores diminuam suas emissões, e de que esse mercado de carbono sirva de estímulo para incentivar os países em desenvolvimento a, atraídos pelo ganho financeiro, cuidar melhor de suas florestas e evitar queimadas. Assim, tanto os governos e as empresas quanto o meio ambiente saem ganhando.
Ângelo Tiago Miranda
é geógrafo, professor de Geografia e estudante do curso de Licenciatura em Pedagogia.

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Créditos de carbono
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Créditos de carbono ou Redução Certificada de Emissões (RCE) são certificados emitidos para uma pessoa ou empresa que reduziu a sua emissão de gases do efeito estufa (GEE).
Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado nomercado internacional. A redução da emissão de outros gases, igualmente geradores do efeito estufa, também pode ser convertida em créditos de carbono, utilizando-se o conceito de Carbono Equivalente.

Comprar créditos de carbono no mercado corresponde aproximadamente a comprar uma permissão para emitir GEE. O preço dessa permissão, negociado no mercado, deve ser necessariamente inferior ao da multa que o emissor deveria pagar ao poder público, por emitir GEE. Para o emissor, portanto, comprar créditos de carbono no mercado significa, na prática, obter um desconto sobre a multa devida.
Acordos internacionais como o Protocolo de Kyoto determinam uma cota máxima de GEE que os países desenvolvidos podem emitir. Os países, por sua vez, criam leis que restringem as emissões de GEE. Assim, aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de reduções de emissões, tornam-se compradores de créditos de carbono. Por outro lado, aquelas indústrias que conseguiram diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, podem vender, a preços de mercado, o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou internacional.
Os países desenvolvidos podem estimular a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento através do mercado de carbono, quando adquirem créditos de carbono provenientes destes últimos.
Índice [esconder

[editar]Tipos de mercado

A depender contexto do mercado, os tipos de créditos e a forma de comercialização, os preços variam.
[editar]O mercado de carbono e o Protocolo de Kyoto
A preocupação com o meio ambiente levou os países da Organização das Nações Unidas a assinarem um acordo que estipulasse controle sobre as intervenções humanas no clima. Este acordo nasceu em dezembro de 1999 com a assinatura do Protocolo de Kyoto. Desta forma, o Protocolo de Kyoto determina que países desenvolvidos signatários, reduzam suas emissões de gases de efeito estufa em 5,2%, em média, relativas ao ano de 1990, entre 2008 e 2012. Esse período é também conhecido como primeiro período de compromisso. Para não comprometer as economias desses países, o protocolo estabeleceu que parte desta redução pode ser feita através de negociação com nações através dos mecanismos de flexibilização.
Um dos mecanismos de flexibilização é o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O crédito de carbono do MDL é denominadoRedução Certificada de Emissão (RCE) - ou em inglês, Certified Emission Reductions (CER).

Uma RCE corresponde a uma tonelada de Dióxido de carbono equivalente.

Mais informações sobre o processo de geração de CERs e o processo de certificação dos mesmos é apresentado no artigo sobre Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
[editar]O mercado da União Europeia

Os países da União Europeia fizeram um acordo para diminuir emissões de GEE no período entre 2002 e 2007, ou seja, além da diminuição de emissões de GEE entre 2008 e 2012 do Protocolo de Kyoto, esses países desenvolveram outras metas para o período anterior ao Protocolo de Kyoto. O Mercado resultante tem o nome de Regime Comunitário de Licenças de Emissão da União Europeia.

As permissões de emissões das diferentes indústrias podem ser negociadas entre elas. Créditos obtidos a partir de projectos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) também podem ser usados para diminuir partes das emissões.
[editar]Os mercados voluntários
Grupos e sectores que não precisam diminuir suas emissões de acordo com o Protocolo de Kyoto, ou empresas localizadas em países não signatários do Protocolo de Kyoto, tem a alternativa de comercializar reduções de emissões nos chamados mercados voluntários.

Um exemplo de mercado voluntário é o Chicago Climate Exchange (Bolsa do Clima de Chicago).
[editar]GEE e os créditos de carbono

Uma tonelada de CO2 equivalente corresponde a um crédito de carbono.

O CO2 equivalente é o resultado da multiplicação das toneladas emitidas do GEE pelo seu potencial de aquecimento global. O potencial de aquecimento global do CO2 foi estipulado como 1. O potencial de aquecimento global do gás metano é 21 vezes maior do que o potencial do CO2, portanto o CO2 equivalente do metano é igual a 21. Portanto, uma tonelada de metano reduzida corresponde a 21 créditos de carbono.
Potencial de aquecimento global dos GEE:
CH4 - Metano = 21
N2O - Óxido nitroso = 310
HFCs - Hidrofluorcarbonetos = 140 ~ 11700
PFCs - Perfluorcarbonetos = 6500 ~ 9200
[editar]Contraponto

Algumas correntes defendem a ideia de que os créditos de carbono acabam favorecendo mais ao mercado do que ao ambiente, e outras defendem a ideia de que os mesmos são certificados que autorizam aos países desenvolvidos o direito de poluir. No entanto, cada país tem uma cota máxima de créditos de carbono que pode comprar para cumprir as metas do Protocolo de Kyoto; portanto, o assim chamado "direito de poluir" é limitado.

Para o crédito de carbono as tecnologias reclamadas, pelas nações interessadas, devem passar por uma analise a nível universitário para que fique provado (matematicamente) o que foi ou não lançado na atmosfera.
[editar]Observações

Definição de Créditos de Carbono e das condições para que uma diminuição das emissões ou aumento no sequestro de carbono sejam convertidos em Créditos de Carbono, ou seja em produto de base: conferir Artigo 12.º do Protocololo de Kyoto à Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mundanças no Clima.
O Artigo 12.º, institui o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. O parágrafo 5.º define que "As reduções de emissões resultantes de cada atividade de projeto devem ser certificadas por entidades operacionais a serem designadas pela Conferência das Partes na qualidade de reunião das Partes deste Protocolo, com base em:
a)participação voluntária aprovada por cada Parte envolvida;
b)benefícios reais, mensuráveis e de longo prazo relacionados com a mitigação da mudança do clima, e
c)reduções de emissões que sejam adicionais as que ocorreriam na ausência da atividade certificada de projeto.
Créditos de carbono: uma possível solução?
O mundo atual tem passado por grandes problemas de ordem ambiental e uma das soluções encontradas na tentativa de solucionar os danos ambientais causados pelos gases poluentes na atmosfera foi a criação dos créditos de carbono.
O termo “créditos de carbono” surgiu com a criação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) na reunião para assinatura do Protocolo de Quioto. O acordo entrou em vigor em 2005 e contou com a assinatura de 160 países que concordaram que os países desenvolvidos tinham que reduzir a emissão de gases causadores do chamado Efeito Estufa.
Os créditos de carbono são certificações dadas a empresas e indústrias que conseguem reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera. É um tipo de moeda trocada por diversos setores da economia através da adoção de medidas alternativas como reflorestamento, troca de energias fósseis por energias renováveis, controle de poluição, projetos de produção sustentável entre outros.
Cada tonelada de COque é absorvida (sequestro de carbono) ou a quantidade de gases poluentes que deixam de ser produzidos pela empresa classificada como poluidora é convertida em uma unidade de crédito de carbono, que é negociada em dólar no mercado mundial.
Também foram propostas algumas soluções e medidas que auxiliam essa redução de emissão de gases poluentes.
O mercado de carbono tem crescido cada vez mais e se tornou um negócio lucrativo tanto para as empresas quanto para os produtores. Esse mercado inclui também ações em bolsas de valores e mercado voluntário, onde uma empresa que não é poluidora gera créditos de compensação e os vende para uma empresa poluidora. Nesse mercado ainda é incluído um limite para a emissão de gases,que gera permissões de emissão e, dessa forma, ocorre uma negociação entre as empresas para que elas possam vender o excedente de créditos de carbono.
Algumas medidas podem ser tomadas pela sociedade em geral para reduzir a emissão de gases poluentes e diminuição da quantidade de CO2, que incluem ações do cotidiano na própria casa, no trabalho e durante o lazer, tais como: trocar o automóvel por um meio de transporte considerado mais limpo - como bicicleta, ou então escolher automóveis movidos por combustíveis menos poluentes, economizar energia elétrica, reduzir o consumo de plástico, etc.
Países que emitem muitos gases poluentes na atmosfera investem em créditos de carbono

Como funcionam os créditos de carbono?

A negociação dos créditos de carbono é uma maneira de alguns país reduzirem numericamente as emissões dos gases que causam o efeito estufa. Como isso é feito? Por meio de uma venda. É como se cada país pudesse liberar na atmosfera uma determinada quantidade de gases. Alguns não atingem a meta, e podem comercializar esta cota na forma de créditos de carbono. Outros têm uma atividade industrial tão poluidora que superam o limite e, por isso, compram créditos de quem polui menos ou possui áreas de floresta conservada. 

Assim, uma empresa brasileira poderia desenvolver um projeto para reduzir as emissões de suas indústrias. Esse projeto passa pela avaliação de órgãos internacionais e, se aprovado, é elegível para gerar créditos. Nesse caso, a cada tonelada de CO2 que deixou de liberar, a empresa ganha um crédito, que pode ser negociado diretamente com as empresas ou por meio da bolsa de valores. "Mas os países só podem usar esses créditos para suprir uma pequena parte de suas metas", explica Kenny Fonseca, professor do Departamento de Análise Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador associado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

O objetivo é cumprir as metas do Protocolo de Kyoto, que definiu em 1997  limites para a quantidade de gases poluentes na atmosfera. Mas porque esta preocupação? A resposta está no efeito estufa, um fenômeno natural que retêm parte do calor dos raios solares e mantêm a temperatura do planeta. Quando a concentração de gases como gás carbônico, metano e óxido nitroso, aumenta este fenômeno é ampliado e mais calor é retido na superfície da Terra, o que estaria, segundo alguns cientistas, relacionado ao aquecimento global.



Hoje em dia, os pesquisadores descobriram que não são só os gases que provocam esse efeito. O chamado carbono negro, que é a fuligem da fumaça, também tem papel importante nesse mecanismo. "A fuligem provoca o sombreamento da superfície e esquenta a atmosfera. Além disso, modifica a formação das nuvens, o que muda o equilíbrio térmico do planeta", conta o pesquisador.

Apesar de ser impossível prever com certeza quanto o planeta deve aquecer nos próximos anos, a preocupação para minimizar os efeitos do aquecimento global é recorrente. Uma das críticas ao Protocolo de Kyoto é que só estão obrigados a diminuir as emissões os países na lista de nações desenvolvidas. Ou seja, o Brasil ainda não tem metas a cumprir, apesar de estar na lista dos 20 países que mais poluem. "Ao contrário do que acontece no resto do mundo, 2/3 das emissões brasileiras estão ligadas ao uso do solo - desmatamento, queimadas e conversão de florestas em sistemas agropecuários. O próximo acordo também deve  incluir o desmatamento, que tem a ver diretamente com o nosso país", alerta Kenny.

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