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sábado, 10 de agosto de 2013

Montadoras querem IPI zero para híbridos e elétricos. Anfavea entregou proposta para governo incluir incentivo no Inovar-Auto. Terceira fase do projeto prevê produção no Brasil.

"Se o Brasil quer se posicionar globalmente, tem que melhorar tudo ao mesmo tempo"
Letícia Costa, sócia da Prada Assessoria
Inovação, conteúdo local e eficiência energética são os pontos que justificam a criação do Inovar-Auto, programa do governo que visa o fortalecimento da indústria automobilística nacional. E são os argumentos da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) ao pedir incentivos para a comercialização de veículos híbridos e elétricos. O foco da nova frente é a retirada total do IPI - o Imposto sobre Produtos Industrializados - desses veículos classificados como "especiais".
A desoneração seria a primeira fase, segundo a entidade, para tornar viável a importação e a comercialização dos produtos por conta de custos e preços. Ela considera a cota de 450 unidades por montadora.
Para as fabricantes, com o estímulo à importação será possível fazer com que os consumidores conheçam e testem as novas tecnologias. Se aceitas pelo mercado, será viável, então, promover a produção local. "Nossa proposta já está na mão do governo. Dividimos o plano em três etapas", explica o presidente da Anfavea, Luiz Moan. Assim, as fases seguintes seriam a nacionalização das peças e a montagem desses veículos no país.
A classificação da Anfavea abrange seis tipos de veículos especiais: híbrido por regeneração de energia (kers), híbrido tradicional (um motor principal a combustão e um menor a eletricidade, híbrido plug-in (motor elétrico é o principal e é recarregado pela tomada), híbrido de autonomia estendida (quando o motor elétrico é o principal e o a combustão, complementar), 100% elétrico e célula de combustível.
Futuro do Inovar-Auto
A inovação tecnológica é, na opinião de especialistas, a chave para a competitividade da indústria automobilística nacional. Segundo Moan, investir localmente neste tipo de tecnologia abre espaço para a criação de sistemas que aliam célula de combustível a etanol - a matriz energética tão defendida pelo governo brasileiro.
Apesar das diversas frentes abertas pelo Inovar-Auto, as novas leis para a indústria automobilística no Brasil já são criticadas. "Vemos mais tropicalização no Inovar-Auto do que inovação. Não enxergo no programa nenhuma medida que aumente a competitividade. O que as montadoras e autopeças querem produzir aqui são tecnologias que já existem lá fora", critica a sócia da Prada Assessoria, Letícia Costa. "Se o Brasil quer se posicionar globalmente, tem que melhorar tudo ao mesmo tempo", ressalta, concordando sobre a importância de olhar para as tecnologias mais avançadas em eficiência energética.

Para atender às novas regras, as montadoras devem investir R$ 71 bilhões até 2017. O setor de autopeças também terá de se mexer para se adaptar, por isso o setor pede ao governo a criação do Inovar-Peças. O Sindipeças, entidade que representa as fabricantes de autopeças, negocia ainda com o governo uma fiscalização rigorosa sobre a nacionalização dos veículos fabricados no país, uma das colunas de sustentação do Inovar-Auto. "Temos convicção de que essas mudanças vão dar estrutura para todos crescerem", diz o conselheiro do Sindipeças, Flávio Del Soldato.
Indefinidos
Embora o programa de incentivo entre em vigor já no ano que vem, muitos aspectos ainda não foram definidos pelo governo. Entre eles estão prazo final de adequação, como as peças nacionais serão rastreadas para que se comprove o índice de nacionalização de cada produto, lista de itens que não serão submetidos às novas regras, pesquisa e desenvolvimento e a classificação das peças vindas da Argentina.

"Competitividade não nasce por decreto e a rastreabilidade patina", critica o diretor da IHS Automotive, Paulo Roberto Cardamone. "Essas mudanças não ajudam em nada a cadeia nacional de autopeças. Nos Estados Unidos, por exemplo, o rastreamento é feito na pré-produção, quando o projeto do carro é feito. Aqui não tem nada definido até agora, sem contar o alto preço das matérias-primas, que ninguém discutiu", argumenta Cardamone.

Outro ponto importante indefinido é qual será a base de cálculo de conteúdo local - preço ou custo. A Anfavea aponta para custo, mas o governo ainda não divulgou sua posição.

Por enquanto, o que surtiu efeito com as mudanças foi a melhora energética, trazendo redução de gastos para o consumidor e, quem sabe, a popularização de híbridos e elétricos.

O assunto foi discutido pelo setor nesta segunda-feira (5), durante o Workshop da Automotive Business de Planejamento da Indústria Automobilística, organizado em São Paulo.

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