Representantes da indústria turística estão reunidos em São Paulo na Abav Expo, maior feira do setor na América Latina
Foto: BD / Agência RBS
Priscila De Martini
Mesmo com o dólar alto, os líderes da indústria turística no Brasil se mostraram otimistas durante a 43ª ABAV – Expo Internacional de Turismo, a maior feira de turismo do continente, inaugurada na quinta e com término neste sábado em São Paulo.
Inclusive, o presidente da associação, Antônio Azevedo, diz que o setor tem tudo para ser a chave para superar a crise econômica que vive o país. Mas é preciso investimento.
Na cerimônia de abertura, o diretor da Organização Mundial do Turismo (OMT), Márcio Fávilla, fez coro com o presidente da Abav lembrando que “turismo é emprego, é renda":
– Não é uma atividade trivial e, sim, um instrumento valioso para o desenvolvimento.
Em seu discurso, o executivo atualizou números da movimentação turística internacional, que chegou a 1,3 trilhão de viajantes no ano passado. E o turismo como um todo, incluindo a atividade interna dos países, movimentou mais de 6 trilhões de viajantes.
– Pelo que representa em termos econômicos e sociais, os governos precisam reconhecer o valor do turismo – destacou Fávilla.
Azevedo alerta que isso não vem ocorrendo no Brasil: o governo brasileiro não tem investido o que deveria em divulgação dos atrativos turísticos do país no Exterior para captar turistas, especialmente em um cenário de desvalorização da nossa moeda. O presidente da Abav ressaltou que, indo na contramão, o Ministério do Turismo teve sua verba cortada em 70%.
Em sua fala, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, disse compactuar com essa visão. Alves afirmou que o Ministério do Turismo não deve ser extinto na reforma ministerial, mas sim fortalecido. E lembrou que o turismo é a atividade que mais rapidamente gera emprego e renda. Ao comentar o potencial da Olimpíada 2016, falou das tratativas que vem fazendo para modificar o procedimento padrão de vistos para norte-americanos entrarem no país.
– Queremos a liberação de vistos por um período mínimo de seis meses – salientou.
A editora viajou a convite da Abav / DIÁRIO GAÚCHO
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