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domingo, 27 de abril de 2014

Tratamento da hipertensão: álcool e sal em excesso anulam efeito de medicamento. Ignorar medicamentos e não tratar doenças relacionadas aumentam risco de complicações; conheça outros erros.


Caracterizada pelo aumento da força com que o sangue flui pelas artérias, a hipertensão arterial faz com que o coração precise se esforçar mais, de forma a bombear todo o sangue necessário. Esse esforço maior que "empurra" o sangue para frente resulta em lesões na parede das artérias, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC, insuficiência renal e glaucoma. Atualmente, a hipertensão atinge em média de 30% da população brasileira, afirma a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Além disso, a hipertensão é responsável por 40% dos infartos, 80% dos casos de AVC e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.

A Sociedade Brasileira de Hipertensão estima ainda que 50% das pessoas tem pressão alta e não sabem disso, e dos que sabem apenas 25% são aderentes ao tratamento. Para quem já sofre com a doença, é essencial buscar tratamento adequado e controlar a pressão adequadamente, pois só assim é possível prevenir as complicações. Mas mesmo quem é diagnosticado muitas vezes não segue os cuidados médicos adequados. Neste Dia Nacional de Combate à Hipertensão (26), veja abaixo os maiores erros de quem não segue o tratamento como deveria para controlar a hipertensão:
Manter os maus hábitos alimentares

A má alimentação é uma das principais causas de pressão alta ou dificuldade no controle da hipertensão. Como a maioria dos hipertensos no Brasil recebem medicamentos para tratar a doença, muitos acreditam que o remédio sozinho fará todo o trabalho. "Entretanto, em estágios mais leves da hipertensão arterial, nos quais não há comprometimento do cérebro, coração ou artérias, é possível controlar só com mudanças de estilo de vida", ressalta o cardiologista Rui Manuel dos Santos Póvoa, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). 

"Uma dieta pobre em gorduras e sal e rica em vegetais e frutas pode reduzir a pressão arterial em 10 a 12 mm/Hg", completa o cardiologista Fernando Nobre, da Sociedade Brasileira de Hipertensão. Segundo o especialista, se você apenas reduzir o consumo de sal, a pressão pode baixar até 7 mm/Hg. O cardiologista Ivan Cordovil, do Instituto Nacional de Cardiologia, explica o brasileiro come aproximadamente o dobro do que deveria de sal, alimento que é principal fonte de sódio, um dos vilões da pressão alta. "Alguns alimentos já tem quantidades de sal, por conta disso a recomendação para hipertensos é acrescentar apenas três gramas de sal às refeições por dia", diz. O cardiologista Ivan explica que uma colher rasa de café tem aproximadamente um grama de sal, podendo ser usada como medida - duas colheres no almoço e uma no jantar, por exemplo.

Além disso, é importante investir nos alimentos ricos em potássio, que ajudam na eliminação de sódio do organismo. Salmão, abacate, banana e feijão preto são alguns exemplos de alimentos ricos em potássio. Adotar outros alimentos, como as fibras e oleaginosas, também ajudam a reduzir a pressão arterial. Veja aqui quais os alimentos que baixam a pressão arterial.
Ignorar mudanças de estilo de vida
O medicamento não faz milagres. E não há remédio que consiga segurar, sozinho, a hipertensão de um paciente que convive com outros hábitos nocivos à saúde do coração e artérias. Obesidade, tabagismo, alcoolismo e sedentarismo são, juntamente com uma dieta pouco saudável, os maiores vilões da doença. "Mudar os hábitos também é uma forma de tratamento que deve ser adotado como se fosse um medicamento ou terapia", explica o cardiologista Rui Manoel. Não é difícil adivinhar que esse processo é um dos mais complicados - entretanto, vale a pena. "Perder peso, praticar atividades físicas e largar os vícios não só contribuem para o controle da hipertensão, como oferecem proteção cardiovascular no geral."

De acordo com o cardiologista Fernando, uma pessoa que sai da linha da obesidade e conquista um índice de massa corporal (IMC) dentro da normalidade pode reduzir de 5 a 20 mm/Hg da pressão arterial. "Os pacientes que adotam um estilo de vida saudável podem seguramente ter sua pressão controlada sem usar remédios, pois estão modificando os fatores que contribuem para a elevação da pressão", diz. 
Desistir da medicação
Se você está no grupo que precisa tomar a medicação, o tratamento deve ser seguido à risca - ainda que você não esteja sentindo nenhuma melhora significativa. "Também pode ser difícil para o paciente tratar uma doença assintomática com um medicamento que gera efeitos adversos pequenos", explica o cardiologista Fernando. No entanto, se a recomendação é prosseguir com o tratamento, não há motivos para largar os remédios por conta própria. "Ingerir a medicação de maneira regular faz o paciente controlar a pressão, e é esse controle que, juntamente com a mudança de hábitos, reduz o risco de infarto, doença renal e outras complicações", explica o cardiologista Fernando. 
Tomar medicamentos que aumentam a pressão arterial

Existem diversos remédios que podem aumentar a pressão arterial. De acordo com o cardiologista Ivan, antidepressivos, anticoncepcionais orais, anti-inflamatórios, corticoides, sibutramina e dilatadores nasais são alguns exemplos de medicamentos que alteram a pressão arterial. "Por isso, é de extrema importância que se consulte um médico antes de começar a tomar qualquer tipo de medicamento", afirma. Também é de extrema importância que você diga ao médico quais medicamentos você está tomando, para que ele possa te orientar da melhor forma. 

Não falar com seu médico
Imagina se você leva seu carro para arrumar e não diz ao mecânico qual é o problema. Obviamente, será impossível para ele consertar o veículo. O mesmo acontece com você e o médico: se você não disser o que está sentindo ou esconder informações sobre medicamentos e suplementos que ingere, histórico familiar e exames anteriores, ele não poderá fazer o melhor diagnóstico e indicar o tratamento mais adequado.

Dessa forma, durante a consulta médica, diga quaisquer sintomas que você sentiu ou está sentindo, leve anotado informações importantes, incluindo histórico familiar de doenças cardiovasculares e medicamentos que você ingere. Não deixe também de tirar as suas dúvidas, como os exames que você precisará fazer, quais alimentos comer ou evitar, que tipo de restrição você deve fazer, entre outros. A cada nova consulta, mantenha a sinceridade. 
Não tratar as doenças concomitantes
É bastante comum a hipertensão está associada com outras doenças, como odiabetes, ou pode gerar complicações, como a insuficiência renal. Se você tratar somente a hipertensão e ignorar esses outros problemas, caso você tenha algum, o risco do tratamento para baixar a pressão ser ineficaz é grande. "Todo o paciente precisa de um atendimento global de saúde, uma vez que o indivíduo é completo e não separado em várias doenças ou órgãos", explica o cardiologista Rui Manoel. Uma pessoa que trata a hipertensão e não trata o diabetes, por exemplo, ainda está correndo os mesmos riscos de sofrer com doenças cardiovasculares mais as tantas outras complicações do diabetes. 
Não fazer o monitoramento
De que adianta fazer tudo certinho para controlar a hipertensão e não saber como está a sua pressão arterial? Para fazer o monitoramento, é importante conversar com o médico e combinar com qual frequência você deve fazer as medições. Em alguns casos, o paciente fará monitoramento apenas nas visitar regulares ao médico, em outros, pode ser solicitada verificação semanal - em postos de saúde, farmácias ou mesmo em casa, com aparelhos eletrônicos. Um bom acompanhamento é a chave para o tratamento adequado, uma vez que o médico poderá fazer ajustes sempre que necessário - seja na dose ou tipo de medicamento, seja nas orientações de estilo de vida. . "Além disso, quem não é hipertenso deve medir a pressão pelo menos uma vez ao ano", explica o cardiologista Rui Manoel.

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