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sexta-feira, 23 de maio de 2014

HISTÓRIA DAS COPAS - 1934 - * O nascimento de um gigante do futebol. Sob olhos atentos do ditador Benito Mussolini, a Itália.

HISTÓRIA DAS COPAS - 1934
O nascimento de um gigante do futebol

Sob olhos atentos do ditador Benito Mussolini, a Itália cumpriu a dupla missão de se projetar no cenário esportivo e político internacional com o título na Copa do Mundo de 1934. O segundo mundial organizado pela FIFA despertou o interesse de 32 seleções. Isso tornou necessário, pela primeira vez, a realização de eliminatórias. A própria Itália, mesmo sendo a anfitriã, precisou disputar uma seletiva contra a Grécia para garantir sua participação. A ausência mais significativa foi a da equipe campeã de 1930. O Uruguai abriu mão de defender o título, fato que nunca mais se repetiria na história dos mundiais, como forma de dar uma resposta ao boicote italiano na edição de quatro anos antes.

No âmbito tecnológico, uma das grandes novidades foi a transmissão radiofônica ao vivo das partidas em 12 países. Com a bola rolando, a hegemonia europeia mostrou-se evidente. Os oito classificados para as quartas-de-final pertenciam ao Velho Continente. O regulamento era em estilo mata-mata. As 16 equipes qualificadas para a fase final duelavam em partida única. Em caso de empate, prorrogação. Se a igualdade persistisse, novo duelo no dia seguinte.

No confronto decisivo, diante de 50 mil torcedores, Raimondo Orsi e Angelo Schiavio foram os autores dos gols da Itália. Na verdade, uma virada digna de título. A Tchecoslováquia fez 1 x 0 aos 36 minutos do segundo tempo. Os italianos acharam o empate no fim e conseguiram o troféu na prorrogação.

A campanha dos campeões foi consistente. Na estreia, aplicaram a maior goleada do torneio: 7 x 1 sobre os Estados Unidos. Nas quartas-de-final, precisaram de duas partidas para eliminar a Espanha. O primeiro duelo terminou em 1 x 1. A segunda partida foi vencida pelos italianos por 1 x 0, em que pesem as muitas reclamações dos ibéricos por gols supostamente mal anulados.

Na semifinal, os italianos bateram a Áustria por 1 x 0. Os adversários eram conhecidos por seu futebol de toques curtos e pela ofensividade. Há quem diga que a Itália contou com a “ajuda providencial” de São Pedro, que mandou muita chuva no dia do embate, encharcou o gramado e igualou as condições das equipes.
Brasil novamente coadjuvante

Sem os uruguaios, então campeões, coube a Brasil e Argentina o papel de representantes da América do Sul no Mundial de 1934. Os dois países, que viriam a se tornar grandes forças do futebol, tiveram participações periféricas. Os argentinos caíram na estreia diante da Suécia, por 3 x 2, e os brasileiros perderam para a Espanha. A Argentina jogou sem qualquer atleta da equipe de 1930. Vários atletas mudaram de lado e adotaram a Itália, país de origem de muitas das famílias dos jogadores. Um deles, o meia Luisit Monti, teve atuação decisiva na conquista italiana.

O Brasil repetiu a receita malsucedida da Copa anterior. Dirigentes dos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo não conseguiram resolver as desavenças políticas e o time, que viajou 15 dias de navio até a Itália, não passou do primeiro duelo, na pior campanha do país na história dos mundiais: 3 x 1 para a Espanha. Dessa vez, o pano de fundo da discussão era uma discordância entre o aproveitamento ou não de atletas profissionais. A Confederação Brasileira de Desportos (CBD) condenava o profissionalismo adotado por muitos paulistas. No fim, a seleção acabou composta por um elenco eminentemente do Rio de Janeiro, com nove atletas do Botafogo. Houve apenas um treino antes da estreia. O gol solitário da campanha nacional foi de Leônidas da Silva, que começava a construir sua história na Seleção Brasileira.

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