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sexta-feira, 23 de maio de 2014

HISTÓRIA DAS COPAS - 2002. * A Família Scolari leva o Brasil ao quinto título Os barbeiros e cabeleireiros do Brasil tiveram um dia cheio na segunda-feira, 1º de julho de 2002. Todo menino que gostava de futebol no país queria um corte de cabelo igual ao de Ronaldo. No dia anterior, o craque exibira, na final da Copa do Mundo do Japão e da Coreia, um dos mais esquisitos, para dizer o mínimo, penteados da história dos Mundiais.

HISTÓRIA DAS COPAS - 2002
A Família Scolari leva o Brasil ao quinto título

Os barbeiros e cabeleireiros do Brasil tiveram um dia cheio na segunda-feira, 1º de julho de 2002. Todo menino que gostava de futebol no país queria um corte de cabelo igual ao de Ronaldo. No dia anterior, o craque exibira, na final da Copa do Mundo do Japão e da Coreia, um dos mais esquisitos, para dizer o mínimo, penteados da história dos Mundiais. A meia-lua de cabelo na frente da testa, no entanto, deu sorte para o artilheiro. Ele marcou dois gols contra a Alemanha do goleiro Oliver Kahn, chegou aos oito na artilharia da Copa, se tornou o jogador que mais balançou as redes em Mundiais, com 15 tentos, e garantiu o pentacampeonato para o Brasil. 

Pela primeira vez na história, a Copa do Mundo foi disputada em duas sedes. O Japão e a Coreia do Sul dividiram a responsabilidade de organizar o Mundial. A final foi em solo japonês, mas quem se deu melhor durante o torneio foram os coreanos. Eles venceram Portugal e Polônia na primeira fase, depois a Itália nas oitavas de final e a Espanha nas quartas. Com a torcida em êxtase, os coreanos só foram parados na semifinal, quando perderam para a Alemanha. No fim, ficaram com um histórico quarto lugar.

Os japoneses também não fizeram feio. O apoio dos torcedores foi suficiente não apenas para que o Japão vencesse uma partida de Copa pela primeira vez, mas acabou empurrando o time para uma igualmente inédita segunda fase. A seleção nipônica derrotou a Rússia e a Tunísia e empatou com a Bélgica na primeira fase, classificando-se em primeiro lugar do grupo. Mas a alegria dos japoneses não durou muito: nas oitavas de final, derrota para a surpreendente Turquia. 

Os turcos, aliás, foram as maiores zebras de uma Copa que não pecou pela falta de resultados inesperados. Em 2002, a Turquia voltou a disputar um Mundial depois de 48 anos. Caíram, logo de cara, no grupo do Brasil. Mesmo assim, conseguiram se classificar, graças ao saldo de gols melhor que o da Costa Rica. Nas oitavas de final, 1 x 0 sobre o Japão. Nas quartas, mais uma vitória magra, dessa vez na prorrogação, sobre o também surpreendente Senegal. A Turquia dificultou ao máximo a vida do Brasil, na semifinal, mas um chute de bico de Ronaldo resolveu o jogo. Os turcos ainda tiveram fôlego para vencer a Coreia do Sul e terminar o Mundial com um incrível terceiro lugar.

Vítima da Turquia, a seleção de Senegal também merece menção honrosa. Seguindo a tradição africana de jogar um futebol alegre, os senegaleses mostraram força logo no primeiro jogo, com o 1 x 0 sobre a então campeã França. Depois, empates com Dinamarca e Uruguai. Nas oitavas de final, uma impressionante vitória sobre a Suécia na prorrogação, que colocou Senegal entre os oito melhores times da Copa. Pela primeira vez, as oitavas de final contaram com seleções de cinco confederações diferentes.

Além da França, Portugal e Argentina também se despediram logo na primeira fase. Os portugueses, que contavam com Luis Figo, foram derrotados pelos Estados Unidos logo na estreia e depois não conseguiram mais se recuperar. Os americanos conseguiram a melhor campanha de sua história ao vencerem o México e avançar para as quartas de final, quando foram derrotados pela Alemanha. 
A Família Scolari

Assim como em 1994, a Seleção Brasileira passou aperto para garantir a classificação à Copa de 2002. Na Copa América de 2001, o Brasil passou por um dos maiores vexames de sua história: perdeu por 2 x 0 para a modestíssima Honduras. A vaga no Mundial veio apenas na última rodada das Eliminatórias, com uma vitória sobre a Venezuela.

Mais uma vez, a opinião pública pedia Romário. O técnico Luiz Felipe Scolari, no entanto, nem quis saber. Felipão fechou o grupo, expôs sua confiança nos convocados e garantiu a união de um elenco que ficou conhecido como “Família Scolari”. 

Na primeira fase da Copa de 2002, o Brasil não teve muitas dificuldades. Foram três vitórias. A Turquia até que endureceu o jogo, mas acabou derrotada por 2 x 1. China e Costa Rica foram despachadas com sonoras goleadas. 

Nas oitavas de final, um jogo complicado diante da Bélgica. O placar de 2 x 0 para o Brasil não espelhou os obstáculos que a Seleção precisou superar em campo. Com muita marcação, os belgas chegaram a ameaçar. Mas Rivaldo e Ronaldo garantiram a vitória.

A Inglaterra de David Beckham foi o adversário das quartas de final. E o sonho do penta quase escapou pelas mãos quando Michael Owen aproveitou uma falha de Lúcio e abriu o placar. Mas o Brasil tinha Ronaldinho Gaúcho. O meia era então um garoto de 22 anos que jogava no Paris Saint-Germain, ainda longe de ser o jogador que encantou o mundo com a camisa do Barcelona. Mas foi contra os ingleses que ele começou a chamar a atenção de todos. Primeiro, fez bela jogada no meio-de-campo e acertou um passe primoroso para Rivaldo empatar. Depois, acertou um chute espírita que entrou no ângulo do gol inglês. Até hoje a intenção de Ronaldinho é discutida: quis cruzar ou chutar a gol? O importante foi que a bola entrou. 

Um reencontro com a Turquia foi o cardápio da semifinal. O Brasil já havia vencido o mesmo adversário na primeira fase e, por isso, o favoritismo era imenso. Mas a retranca preparada pelos turcos foi ainda mais forte. Um chute de Ronaldo com o bico da chuteira, no entanto, foi suficiente para colocar o Brasil de novo na final, a terceira seguida desde 1994.

A decisão colocou frente a frente dois gigantes do futebol mundial: Brasil e Alemanha. Eram sete títulos mundiais em campo: os brasileiros buscavam o penta e os alemães, o tetra. Curiosamente, as duas seleções nunca haviam se enfrentado em Copas do Mundo. Com seis gols marcados no torneio até ali, Ronaldo já tinha provado para o mundo que estava recuperado. Depois de sofrer com lesões e ser alvo de desconfiança, o atacante estava pronto para dar a volta por cima.

A Alemanha tinha o goleiro Oliver Kahn, que acabou sendo eleito o melhor jogador da Copa de 2002. Mas Ronaldo marcou dois gols na decisão, se tornou o artilheiro do torneio, garantiu o pentacampeonato para o Brasil e, depois, ainda foi eleito o melhor jogador do mundo em 2002. O único problema é que, na imagem que ficou para a posteridade, o Fenômeno aparece com aquele corte de cabelo.

Mais sobre a Copa de 2002 no Portal da Copa:

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