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sexta-feira, 23 de maio de 2014

HISTÓRIA DAS COPAS - 1938 * O fascismo se espalhava pela Europa e a iminência da guerra já podia ser sentida por todos os lados quando a França recebeu a Copa do Mundo de 1938.

HISTÓRIA DAS COPAS - 1938
Bicampeonato da Itália na iminiência da guerra

O fascismo se espalhava pela Europa e a iminência da guerra já podia ser sentida por todos os lados quando a França recebeu a Copa do Mundo de 1938. A Segunda Guerra Mundial entraria para a história com seu início em 1939, mas já em junho do ano anterior, uma série de problemas ameaçou comprometer o espetáculo da bola. 

A Guerra Civil Espanhola começara em 1936 e só iria terminar em 1939. Por isso, os espanhóis não participaram do Mundial de 1938. A Alemanha de Hitler já tinha anexado a Áustria, o que fez o número de participantes da Copa passar de 16 para 15. Os alemães, inclusive, aproveitaram jogadores austríacos para se reforçar. A participação de Itália e Alemanha, inclusive, gerou protestos contra o fascismo de Mussolini e Hitler em uma Europa que já estava polarizada.

Outros desfalques importantes foram a Argentina e o Uruguai. Da América do Sul, apenas o Brasil participou. Os únicos outros dois times fora da Europa foram Cuba e as Índias Orientais Holandesas, que depois se tornariam independentes e se chamariam Indonésia. Foi a primeira e única participação em Copas na história de ambas as seleções. 
Ferrolho

A Copa de 1938 também marcou uma inovação tática que ficou conhecida como “O Ferrolho Suíço”. Tudo graças ao austríaco Karl Rappan, que treinava a seleção da Suíça. Ele inovou ao colocar um líbero para jogar e, assim, conseguiu superar a Alemanha. Ali começava a histórica tradição suíça de formar sólidos sistemas defensivos.
Diamante negro

Único representante sul-americano, o Brasil não fez feio na França. Pela primeira vez na história, a Seleção Brasileira conseguiu passar das fases iniciais do torneio. Muito graças ao mitológico Leônidas da Silva, que entraria para a história como o inventor da bicicleta. O atacante, que na época vestia a camisa do Flamengo, marcou sete gols na competição, garantiu a artilharia e encantou os europeus. Só não conseguiu dar o primeiro título ao Brasil.

Leônidas fez três gols na vitória brasileira sobre a Polônia, por 6 x 5, mas foi o polonês Ernest Wilimowski que se consagrou como o primeiro jogador a marcar quatro gols em uma partida da Copa. Melhor para o Brasil, que avançou para enfrentar a Tchecoslováquia nas quartas-de-final.

A partida entre brasileiros e tchecos foi praticamente uma batalha de guerra. O saldo: três expulsões, um braço quebrado (do goleiro tcheco Frantisek Planicka) e uma perna fraturada (do atacante Oldrich Nejedly). O empate em 1 x 1 levou a decisão para um jogo extra, 48 horas depois da primeira partida. No tira-teima, Leônidas marcou mais um gol e ajudou a Seleção Brasileira a vencer por 2 x 1. O Brasil chegava à primeira semifinal de sua história.

O técnico Ademar Pimenta resolveu não escalar Leônidas para enfrentar a Itália. Segundo o treinador, o artilheiro estaria contundido, mas a polêmica dura até hoje. Sem seu principal craque, o Brasil não conseguiu evitar que a Azzurra vencesse por 2 x 1. Na decisão do terceiro lugar, o Diamante Negro voltou e marcou dois gols sobre a Suécia – a partida terminou com o placar de 4 x 2. O Brasil voltou para casa com sua melhor campanha em Copas e, de quebra, o artilheiro do torneio.
A força da Itália 

Campeã em casa sob os olhares de Benito Mussolini, a Itália também conquistou a medalha de ouro olímpica em 1936 antes de entrar em campo para buscar o bicampeonato mundial. Mas apenas quatro campeões de 1934 continuavam no elenco, sem contar o técnico Vittorio Pozzo. Um dos craques era o meia Giuseppe Meazza, que muitos anos depois batizaria o estádio da Internazionale de Milão.

A campanha da Azzurra começou com uma vitória sobre a Noruega graças a um gol de Silvio Piola na prorrogação. Nas quartas de final, diante de 59 mil torcedores, a Itália enfrentou a anfitriã França. Por ordem de Mussolini, o uniforme era preto. Mais dois gols de Piola garantiram a vitória italiana. Na semifinal, os italianos superaram o Brasil, beneficiados pela ausência de Leônidas da Silva.

Na outra semifinal, a Hungria derrotou a Suécia por 5 x 1, com show de Gyula Zsengellér, que marcou três gols. Mas os húngaros não foram páreo para os italianos na grande decisão. Piola fez outros dois gols e garantiu o 4 x 2. A Itália se tornava a primeira seleção a conquistar um bicampeonato consecutivo da Copa. O Brasil levaria 28 anos para fazer o mesmo. Depois disso, nenhum outro país conseguiu.
Zagueiro que atuou pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1938 era conhecido como “Divino Mestre”, mesmo apelido herdado pelo filho, o também jogador Ademir da Guia

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