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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Comissão do Senado aprova liberação de inibidores de apetite

Texto suspende resolução da Anvisa que proíbe venda de anfetamina.

Proposta ainda deve ser analisada pelo plenário do Senado.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (16) um projeto de decreto legislativo para suspender resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que proibiu a comercialização de inibidores de apetite feitos a base de anfetamina.
O projeto, que já foi aprovado pela Câmara em abril, seguirá para votação do plenário do Senado. Caso ratificado, seguirá para promulgação pelo Congresso e não vai precisar de sanção presidencial.

A proposta, de autoria do deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), suspende a proibição imposta em 2011 pela Anvisa. A norma proibiu a venda no Brasil de medicamentos a base de anfepramona, femproporex e mazindol e impôs restrições à comercialização e ao registro da sibutramina, um dos remédios mais vendidos atualmente para redução do apetite.
Caso o projeto seja promulgado, as restrições à sibutramina também serão suspensas. Entre outras exigências, os profissionais de saúde e pacientes, desde 2011, devem assinar um termo de responsabilidade em três vias e apresentar na hora da compra da substância. Além disso, drogarias e laboratórios são obrigados a notificarem a agência sobre efeitos adversos relacionados ao uso do medicamento.
A relatora do projeto na CCJ, Lúcia Vânia (PSDB-GO), disse que a norma da Anvisa contraria um “posicionamento quase unânime dos médicos”. Segundo ela, entidades da área de saúde e usuários foram favoráveis à suspensão da restrição durante audiências públicas realizadas pelo Senado. “Todos são favoráveis a que nós deixemos que a decisão seja tomada pelo médico”, disse a tucana durante a sessão.
Lúcia Vânia citou pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde segundo a qual, em 2011, 48% da população brasileira estava com excesso de peso. No ano seguinte, o índico saltou para 51%. “A proibição desses medicamentos reduziu as opções terapêuticas contra a obesidade”, declarou.
O presidente da CCJ, Vital do Rêgo (PMDB-PB), que é médico, foi favorável ao projeto. Segundo ele, a agência de vigilância “extrapolou o limite da sua competência”.
“A Anvisa pode muito, mas não pode tudo”, afirmou. “Essa medida colocou em risco 51% da população brasileira que tem sobrepeso e que, sem uma medida eficaz como a dos inibidores de apetite, estão submetidas não apenas à obesidade mórbida, mas à hipertensão, à diabetes, ao câncer”, justificou o senador.
Também médico, o senador Humberto Costa (PT-PE), foi contrário. A suspensão da norma da Anvisa, segundo ele, é uma decisão “esdrúxula e injustificável”. Ele ainda alertou para o “interesse de grandes conglomerados farmacêuticos em querer expor a saúde da população brasileira”.
“Estamos aqui tomando uma decisão da mais absoluta gravidade, com repercussões profundamente sérias para a política de regulação sanitária no nosso país”, criticou o petista.


G 1

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