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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Descubra seu talento

Ponha seu talento para circular

Cada um de nós possui uma habilidade que é única. Descobri-la e colocá-la em prática é necessário e requer autoconhecimento.

Ele é associado à ideia de genialidade, embora nem sempre a represente. Está dentro de nós, mas, muitas vezes, não conseguimos reconhecê-lo. Costumamos achar que apenas as realizações grandiosas merecem sua apreciação. Estamos falando do talento, o protagonista desta reportagem. É verdade que cada um de nós é portador de sonhos, paixões e habilidades únicos, e quando permitimos que eles atuem por meio de ações ou de trabalho, sentimos o peito transbordar de felicidade. Sinal de que estamos no caminho certo e de que nossa energia criativa está livre para agir. O problema é que nem sempre sabemos reconhecer esses atributos ou permitir que eles venham à tona. Então, como descobrir o talento que existe na gente?

Derrubando mitos
Antes de tudo é preciso desmistificar o conceito de talento, abandonando a ideia de que ele representa uma qualidade rara ou um privilégio de poucos gênios. Tal habilidade está ao alcance de todos e podemos sentila cada vez que nos permitimos dar vazão à nossa essência. Quem age por essa aptidão torna-se uma pessoa mais criativa, instintiva, confiante além de ter mais saúde, afinal, menor será o estresse. Ao contrário, quem renega o íntimo geralmente age com arrogância, tem dificuldade em compreender as motivações, é confuso e procura não olhar para dentro. 

Outro mito a ser derrubado é aquele que diz que o talento sempre tem a ver com dinheiro, fama ou sucesso. Para muitas pessoas, a realização encontra-se nas pequenas coisas da vida. É importante olhar para dentro e entender de que forma nos realizamos, quais são as coisas para as quais temos mais facilidade. “Se formos incapazes de reconhecer o próprio talento, vamos acabar perseguindo os sonhos de outras pessoas”, diz a psicóloga Tânia Casado, da Universidade de São Paulo (USP). Ela criou um diagnóstico de tipo psicológico (DTP), baseado na tipologia desenvolvi- da no início do século 20 pelo psicólogo suíço Carl Gustav Jung (1875-1961)

Infelizmente, a maioria de nós ainda está longe de conhecer o próprio potencial. Muitas vezes, nos rendemos às crenças construídas na infância. Com um agravante: elas quase nunca refletem a realidade, pois foram contorcidas pelos filtros imaturos da meninice, quando acreditávamos em tudo o que os outros nos diziam sobre nós mesmos. Por exemplo: uma criança pode ter talento artístico, mas se essa habilidade não estiver em consonância com os valores da família, ela pode acabar reprimindo sua habilidade inata para desenvolver qualidades em outra direção. Assim como os casos mais comuns de filhos que seguem a profissão sonhada pelos pais apenas para não desagradá-los.

O pior de tudo é que, a partir daí, as crenças funcionam como um software incorporado em nós passamos o resto da vida tentando corres ponder a elas. E aí nos tornamos pessoas infelizes, certas de que não sabemos fazer nada direito, pulamos de emprego em emprego à procura de realização. “Passamos muitas horas trabalhando, por isso, é importante fazer da profissão uma expressão de nossos talentos e vocação”, aconselha Tânia Casado. 

Que venha o talento 
A saída, então, é investir no autoconhecimento. Quem se conhece bem sabe o que quer e consegue fazer escolhas adequadas, que tragam realização, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. “Algumas pessoas têm mais facilidade em profissões que envolvam relacionamentos interpessoais, outras se sentem mais à vontade trabalhando em meio a números e cálculos”, explica a professora da USP. Muitos profissionais de psicologia aplicam testes que ajudam a reconhecer o que nos diferencia dos outros. Isso não quer dizer que só podemos trabalhar naquilo para o qual temos talento. Ao contrário, se nos aplicarmos, podemos aprender a fazer qualquer coisa, mas quando escolhemos uma profissão que permite a expressão dessas habilidades inatas, tudo flui com mais facilidade e competência. Veja no box da página ao lado alguns exercícios que ajudam a se conhecer melhor e a trazer à tona o seu talento.

Talento e valores

Segundo a psicóloga Tânia Casado, da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em carreiras, o comportamento humano é basicamente determinado por dois fatores: nossos traços, que são aspectos inatos da personalidade, e nossos valores, que determinam para onde direcionamos esses aspectos. Éticos, estéticos, políticos ou religiosos que sejam, é importante identificar quais são os seus e notar como eles condicionam seus relacionamentos e amizades. “Você precisa se conhecer. Quando você programa um GPS para conduzi-lo a um destino, ele sempre pergunta a origem. Sem saber de onde você vem, sem autoconhecimento, não é possível direcionar metas”, conclui.

Para determinar seus reais valores, pergunte-se:
• Quais dos meus dons significam mais pra mim?
• O que mais amo em mim?
• O que os outros mais amam em mim?
• Amizade, trabalho criativo, paz interior ou gentileza: qual desses itens é mais importante para mim a ponto de eu me sacrificar por ele?

Aprenda a se conhecer
Pegue duas folhas em branco. Em uma delas faça um resumo da história da sua vida (os acontecimentos mais marcantes, o que mais gostou, os seus projetos, realizados ou não). Na outra, responda às perguntas abaixo. É permitido pedir ajuda.

1. Quais as brincadeiras mais originais ou não que você fazia quando pequeno?
2. Qual o lugar, real ou imaginário, que você sente ser só seu?
3. Qual seu maior medo racional ou irracional?
4. Complete a frase: não vivo sem...
5. Você tem sonhos recorrentes? Quais? Se não tiver, anote um sonho que o tenha marcado.
6. Olfato, paladar, audição, tato ou visão: qual o seu sentido mais forte?
7. O que você faz naturalmente bem? O que faz com facilidade? Amizade? Atividades artísticas? Esporte?
8. O que você faz com dificuldade?
9. O que você faz nos momentos em que se sente mais feliz?

Compare agora as duas folhas e veja o quanto a primeira responde às questões da segunda. Você pode se surpreender ao notar que a relação entre as duas pode ser pequena. Sinal de que em algum momento da vida você se afastou do seu eu. Nesse caso, é hora de tentar recuperar o que está descrito na sua biografia. A verdadeira proposta desse exercício é ajudá-lo a se descobrir melhor. Para resumir a importância dessa descoberta, a psicóloga Tânia Casado gosta de citar uma frase de sua tia Sofia: “Quando você não sabe para onde quer ir, nenhum caminho serve”.

Fonte: Revista Natural - Por Ângela Tessecini

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