Lista foi divulgada nesta quarta-feira pelo Ministério Público de Santa Catarina.
16 pessoas estão presas e 21 mandados de busca e apreensão foram cumpridos esta semana
Foto: Sirli Freitas / Agencia RBS
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) divulgou nesta quarta-feira os nomes das 11 empresas que estão sendo investigadas por suspeita de adulteração de leite em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Segundo o MP, já é possível identificar fortes indícios da participação de empresas na fraude, seja na venda dos produtos químicos, transporte ou na adulteração direta do leite nas propriedades rurais e distribuidoras investigadas.
Na operação "Leite Adulterado III", são investigadas dez empresas no Oeste catarinense e uma no RS. Foram presas preventivamente 16 pessoas e cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em unidades industriais, residências e propriedades rurais.
A reportagem do DC procurou ouvir as onze empresas envolvidas:
Empresa Cordilat / SC Foods - Cordilheira Alta/SC - o DC foi informado de que não havia um responsável para se manifestar nesta quarta-feira
Empresa Master Milk - Iraí/RS - telefone de contato divulgado é inexistente
Empresa Laticínios Oeste Lat - Coronel Freitas/SC - telefone de contato divulgado é inexistente
Empresa Agro Estrela - Coronel Freitas/SC - não foi possível contato
Empresa Transportes Irmãos Gris - Formosa do Sul/SC - não foi possível contato
Empresa Cooperativa Agropecuária e de leite Milkfor - Formosa do Sul/SC - não foi possível contato
Empresa GD Transportes - Formosa do Sul/SC - não foi possível contato
Empresa Transportes Douglas - Formosa do Sul/SC - não foi possível contato
Empresa Laticínios Santa Terezinha - Santa Terezinha do Progresso/SC - ligações não foram respondidas
Empresa Laticínios São Bernardino - São Bernardino/SC - ligações não foram respondidas
Empresa cooperativa Coopleforsul - Formosa do Sul/SC - ligações não foram respondidas
De acordo com a assessoria de comunicação do MPSC, como estão envolvidas também transportadoras, ainda não se sabe todas as marcas e lotes que podem ter sido afetados pelas adulterações e nem todos os Estados que podem ter recebido o produto. Esse rastreamento está sendo realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para que possa ser feito recall.
O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está ouvindo testemunhas e os suspeitos presos na segunda-feira e analisando os documentos e materiais coletados.
— Não descartamos novas prisões. Até o momento, além da adulteração do leite, já identificamos indícios de fraude tributária, documentação falsa e até uso de "laranjas" por parte de empresas envolvidas. O foco da investigação são fraudes praticadas por transportadores, laticínios e queijarias — explica o coordenador do Gaeco em Chapecó, Promotor de Justiça Fabiano Baldissarelli.
O crime de adulteração do leite vem sendo investigado há seis meses pelo Gaeco, uma força-tarefa coordenada pelo MPSC e integrada por Promotores de Justiça, Policiais Civis, Policiais Militares e Auditores da Secretaria da Fazenda Estadual. O Gaeco também contou com o apoio de fiscais agropecuários do Mapa.
ZERO HORA
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