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domingo, 19 de abril de 2015

22/04 - DIA DO Descobrimento do Brasil

22/04  - DIA DO Descobrimento do Brasil
descobrimento do Brasil, aconteceu no dia 22 de abril de 1500, pelos europeus deu-se no contexto da expansão marítima que ocorreu em fins do século XV.
A suspeita da existência de terras a ocidente era bastante forte, sobretudo, após a primeira viagem de Cristóvão Colombo (1492), o que explica a insistência do rei de Portugal dom João II durante as negociações do Tratado de Tordesilhas (1494) para estender até 370 léguas a oeste de Cabo Verde as possíveis terras portuguesas.
A presença de navegadores espanhóis no litoral brasileiro em 1499-1500 é discutida.
É o caso, por exemplo, de Alonso de Ojeda, que teria chegado ao Rio Grande do Norte, de Vicente Yáñez Pinzón, que partiu de Palos, em 18 de novembro de 1499, e positivamente desembarcou no litoral do brasileiro.
Chegou ao cabo de Santo Agostinho, Pernambuco, que chamou de Santa Maria de la Consolación. No entanto, alguns historiadores acham que pode ter sido a ponta de Mucuripe ou a ponta da Jabarana, no Ceará.
Seguindo em direção noroeste descobriu a embocadura do rio Marañon e a do Orinoco que chamou de mar Dulce. Ainda no litoral norte descobriu o cabo de São Vicente, atualmente cabo Orange.
Um mês depois da partida de Pinzón, Diego de Lepe seguiu a mesma rota explorando a costa do Brasil ao sul do cabo de Santo Agostinho.
Do lado português, é provável que Duarte Pacheco Pereira, autor do Esmeraldo de situ orbis, tivesse estado no Brasil em 1498 ou 1499. Entretanto, a descoberta oficial deu-se com a expedição de Pedro Álvares Cabral, fidalgo português nomeado pelo rei para comandar a expedição que se destinava à Índia, dando continuidade à abertura da rota para aquela região descoberta, em 1498, por Vasco da Gama.
A frota de Cabral era composta por 13 navios, financiados com capitais reais e particulares, inclusive de comerciantes estrangeiros.
Partiu de Lisboa no dia 9 de março de 1500. Acompanhavam Cabral navegadores experientes como Bartolomeu Dias, o descobridor do Cabo da Boa esperança, Nicolau Coelho, Sancho de Tovar e Gaspar de Lemos.
Descobrimento do Brasil
A viagem até o Brasil estendeu-se até o dia 22 de abril, quando foi avistado no litoral sul do estado da Bahia um monte, batizado de monte Pascoal. A nova terra foi primeiramente chamada Vera Cruz e, no ano seguinte, Terra de Santa Cruz. Só posteriormente seria denominada Brasil em decorrência da abundância da árvore pau-brasil existente, no século XVI, na mata Atlântica.
A esquadra permaneceu no Brasil até o dia 2 de maio, tendo sido rezadas duas missas, pelo franciscano frei Henrique de Coimbra (26 de abril e 1º de maio). Foram feitos contatos com indígenas e deixados alguns degredados.
A expedição seguiu viagem para a Índia, enviando-se Gaspar de Lemos de volta a Portugal para informar ao rei a descoberta. O principal documento que narra tais eventos é a carta escrita ao rei dom Manuel I, o Venturoso pelo escrivão Pero Vaz de Caminha.
Fonte: www.brasilnoar.com.br
Descobrimento do Brasil
Descobrimento do Brasil
Pedro Álvares Cabral
Em 22 de abril de 1500 chegava ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares Cabral. A primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte, e chamaram-no de Monte Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil.
Após deixarem o local em direção à Índia, Cabral, na incerteza se a terra descoberta tratava-se de um continente ou de uma grande ilha, alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas, foi descoberto tratar-se realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado.
A nova terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil, ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
A descoberta do Brasil ocorreu no período das grandes navegações, quando Portugal e Espanha exploravam o oceano em busca de novas terras. Poucos anos antes da descoberta do Brasil, em 1492, Cristóvão Colombo, navegando pela Espanha, chegou a América, fato que ampliou as expectativas dos exploradores.
Diante do fato de ambos terem as mesmas ambições e com objetivo de evitar guerras pela posse das terras, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de Tordesilhas, em 1494. De acordo com este acordo, Portugal ficou com as terras recém descobertas que estavam a leste da linha imaginária ( 200 milhas a oeste das ilhas de Cabo Verde), enquanto a Espanha ficou com as terras a oeste desta linha. .
Mesmo com a descoberta das terras brasileiras, Portugal continuava empenhado no comércio com as Índias, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa.
As especiarias comercializadas eram: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Enquanto realizava este lucrativo comércio, Portugal realizava no Brasil o extrativismo do pau-brasil, explorando da Mata Atlântica toneladas da valiosa madeira, cuja tinta vermelha era comercializada na Europa.
Neste caso foi utilizado o escambo, ou seja, os indígenas recebiam dos portugueses algumas bugigangas (apitos, espelhos e chocalhos) e davam em troca o trabalho no corte e carregamento das toras de madeira até as caravelas.
Foi somente a partir de 1530, com a expedição organizada por Martin Afonso de Souza, que a coroa portuguesa começou a interessar-se pela colonização da nova terra. Isso ocorreu, pois havia um grande receio dos portugueses em perderem as novas terras para invasores que haviam ficado de fora do tratado de Tordesilhas, como, por exemplo, franceses, holandeses e ingleses.
Navegadores e piratas destes povos, estavam praticando a retirada ilegal de madeira de nossas matas. A colonização seria uma das formas de ocupar e proteger o território. Para tanto, os portugueses começaram a fazer experiências com o plantio da cana-de-açúcar, visando um promissor comércio desta mercadoria na Europa.

Curiosidades sobre o Descobrimento do Brasil

Pedro Álvares Cabral saiu da praia do Restelo, em Lisboa, ao meio-dia do dia 9 de março de 1500, uma segunda-feira.
Vieram em dez naus e três caravelas, trazendo um total de 1500 pessoas. A viagem levou 44 dias. No dia 22 de abril de 1500, Cabral ancorou em frente ao Monte Pascoal (536 metros de altura).
Uma das naus desapareceu no dia 23 de março de 1500. Era a comandada por Vasco de Ataíde e tinha 150 homens.
Os outros barcos fizeram dois dias de buscas, mas nada encontraram. Então, seguiram viagem.
Cabral, de 32 anos, era casado com uma das mulheres mais nobres e ricas de Portugal. Isabela de Castro era neta dos reis Dom Fernando de Portugal e Dom Henrique de Castela. Ele foi nomeado capitão-mor da esquadra em 15 de fevereiro de 1500.
A nau capitânia, comandada por Cabral, tinha capacidade para 250 tonéis. Ao todo, havia 190 homens a bordo.
As embarcações ancoraram a 36 quilômetros do litoral brasileiro. No dia seguinte, chegaram mais perto da costa. Foi aí que avistaram sete ou oito homens andando pela praia. Nicolau Coelho, Gaspar da Gama, um grumete e um escravo africanos foram os primeiros a desembarcar. O grupo na praia já aumentara para vinte homens, todos nus.
Os nativos se aproximaram do barco apontando seus arcos e flechas. Nicolau Coelho fez sinal para que eles largassem as armas, o que foi obedecido. Ainda de dentro do barco, ele atirou um gorro vermelho, um sombreiro preto e a carapuça de linho que usava. Em troca, os índios lhe deram um cocar e um colar de pedras brancas. Esses primeiros índios encontrados pelos portugueses eram da tribo tupiniquim.
Em 2 de maio, a expedição deixou o país e seguiu para as Índias. A missão de Cabral era instalar um entreposto em Calicute, principal centro das especiarias.
Cabral era considerado uma espécie de chefe militar da esquadra. Por isso, a frota incluía tantos comandantes experientes, como Bartolomeu Dias, o primeiro a contornar o sul do continente africano, transformando o cabo das Tormentas em cabo da Boa Esperança; ou Nicolau Coelho, que havia participado da primeira viagem marítima às Índias, chefiada por Vasco da Gama. Gaspar Lemos foi enviado de volta a Portugal para anunciar ao rei Manuel I a descoberta do Brasil.
Havia um total de oito frades na frota de Cabral, liderados por frei Henrique de Coimbra. Cabral levava uma imagem de Nossa Senhora da Boa Esperança, colocada numa capela especialmente construída no convés de sua embarcação.
Pedro Álvares Cabral recebeu 10 mil cruzados pela viagem. Cada cruzado valia 3,5 gramas de ouro. Ele poderia ainda comprar 30 toneladas de pimenta, com seus próprios recursos, e transportá-las gratuitamente no navio. A Coroa se comprometia a comprar o produto pelo preço de mercado em Lisboa (sete vezes mais que nas Índias).
Cada marinheiro poderia trazer 600 quilos de pimenta e fazer o mesmo. Entretanto, poucos voltaram. Além da nau que desapareceu e da outra que voltou a Portugal com a notícia do descobrimento, outras seis afundaram. Das treze, portanto, apenas cinco conseguiram retornar para casa.
Nenhum desenho da frota cabralina sobreviveu. Foram destruídos no terremoto seguido de incêndio que consumiu Lisboa em 1755.
Fonte: www.cpaco.com.br
Descobrimento do Brasil

MESTRE JOÃO UM CIENTISTA AO LADO DE CABRAL...

Este cientista era o sábio Mestre João que integrava a frota de Cabral.
Ele localizou o Brasil com exatidão, pela primeira vez, de seu observatório astronômico improvisado.
Este personagem além de astrônomo, astrólogo, cosmógrafo, era médico da frota. Mestre João, Joam Faras, natural da Galícia, na Espanha, mudou-se para Lisboa por volta de 1485. Era Bacharel em Artes e Medicina, fisios (como os fisiologistas de hoje) e cirurgião particular de D. Manoel.
As atividades de cosmógrafo, astrônomo e astrólogo estavam até certo ponto, ligadas à prática da medicina. Antes da tratar alguém, ainda mais um rei, fazia-se o mapa astral de seu paciente. O próprio D. Manoel estivesse doente ou não, mandava ver diariamente como andavam os astros.
No perigoso ambiente das caravelas do século XVI, a presença de um médico era imprescindível.

POR QUE ?

1) As condições sanitárias das caravelas eram péssimas
2) A alimentação era baseada quase exclusivamente de uma monodieta de biscoito duro e salgado, quase sempre podre, perfurado por baratas e com bolor malcheiroso. A comida e a água eram guardadas no porão, sem cuidados mínimos de higiene.
3) A maioria dos marinheiros passava tão mal que não tinha forças para subir ao convés e fazer suas necessidades nos baldes reservados para isto. Faziam-nas no porão, muitas vezes já recoberto pelo fruto de seu próprio enjôo.
4) O banho era considerado um malefício à saúde (achavam que 2 ou 3 por ano eram suficientes)
Este conjunto de circunstâncias eram favoráveis à proliferação de doenças. As doenças de pele eram as mais comuns, e até Mestre João, que era médico, contraiu "uma coçadura" na perna, a partir da qual surgiu uma ferida maior que a palma da mão.
O arsenal usado por Mestre João para medir a distância das estrelas
1) Roda Mágica - o astrolábio era uma roda dividida em graus que tinha, presa em seu centro, uma seta móvel. Quando alinhada com os raios do sol (o que era indicado pela sombra), a parte superior da seta mostrava, na roda, a altura do sol acima do horizonte, o que permitia estabelecer a latitude.
2) Kamal - ou tábua da índia, era um pedaço de nós preso em seu centro. Segurava-se o fio com os dentes e afastava-se a tábua até que o astro ficasse encostado na parte de cima e o horizonte na de baixo. Os nós do fio esticado diziam qual era a altura angular da estrela.
3) Angulo certo - para saber quantos graus um astro estava acima do horizonte, usava-se também a balestrilha, conjunto de duas varas graduadas perpendiculares entre si. Olhava-se por uma ponta da maior e movia-se a menor. Quando a extremidade de cima da vara encontrasse o astro e a de baixo encontrasse no horizonte, formava-se o ângulo com o qual se podia calcular a altura da estrela.
A certidão de nascimento do Brasil foi redigida por Pero Vaz de Caminha e ficou perdida até fevereiro de 1773, quando foi redescoberta pelo guarda-mar da Torre de Tombo, José Seabra da Silva. As cartas de Mestre João ficaram na obscuridade mais tempo, sendo encontradas em 1843, também nos recônditos da Torre do Tombo.
A esquadra comandada por Pedro Alvares Cabral era constituída por 8 naus, uma naveta de mantimentos e 3 caravelas. A esquadra de Cabral estava ancorada a dois quilômetros da costa.
Faziam 5 dias que Cabral e sua tripulação tinham avistado os contornos arredondados de um "Grande Monte", no entardecer de 22 de abril, 4ª feira. O Monte foi batizado de Monte Pascoal, pois estava na semana da Páscoa.
No Brasil recém descoberto foram feitos novos estoques de água e lenha, e todos estavam fascinados com o esplendor da natureza e a docilidade dos nativos.
Mestre João fora incumbido de uma das mais importantes tarefas : descobrir, por meio da observação das estrelas, que terra era aquela e em que latitude se localizava. Ele demorou para por os pés em terra por razão de doença (a ferida inflamada na perna), precisou permanecer por mais tempo a bordo "de um navio muito pequeno e muito carregado" do qual não havia "lugar para coisa alguma", segundo escreveu depois ao rei de Portugal D. Manoel.
Quando mestre João meteu-se em um pequeno barco e dirigiu-se à praia, com seu grande astrolábio de madeira, mediu a altura do sol e calculou a latitude em que se localizava a nova terra. Obteve a medida de aproximadamente 17 graus.
Ao observar as estrelas que luziam sobre a bahia, mestre João vislumbrou uma constelação de extraordinária beleza. Embora ela já fosse conhecida desde a antiguidade e servisse para orientar navegantes a cruzarem a linha do Equador, o conjunto de astros ainda não tinha nome. Mestre João, ao ver o desenho no céu, comparou a uma cruz e batizou então de "Cruzeiro do Sul", a constelação que brilha hoje no centro de nossa bandeira.
Se Pero Vaz de Caminha foi o primeiro cronista dos nativos e das belezas da terra recém descoberta, Mestre João foi também alem de médico, o cartógrafo do céu e o primeiro a descrever, por meio de instrumentos, onde estava o Brasil.
Fonte: www.virtual.epm.br
Descobrimento do Brasil

DESCASO COM O BRASIL

Após o descobrimento o Brasil não fora imediatamente inserido no contexto histórico português...nessa época a suposta metrópole portuguesa estava interessada no rentoso comércio das especiarias do oriente, na Índia e, também, para surpresa de muitos, na costa africana onde o marfim, o ouro e, principalmente, o tráfico de escravos rendiam altos indíces para a crescente burguesia européia.

Calicute

A esquadra de Cabral tinha como principal destino o porto de Calicutte aonde era realizada a maior feira das especiarias. Pela história oficial portuguesa o Brasil fora descoberto acidentalmente mas, com o decorrer dos anos muitos historiadores contestaram essa façanha...pois a esquadra de Vasco da Gama, que destinava ao rumo desconhecido da Índia e tendo sida muito antes a de Cabral, já havia declarado que no horizonte ocidental existiam terras...onde, segundo marujos, aves pareciam ir rumando para terra. Há também teses relacionadas ao nome do navegador Duarte Pacheco Coelho que supostamente estivera no Brasil em 1498.
Ao chegar em Calicutte, Pedr'Alvares foi recebido com desconfiança, já que na região haviam muitos mercadores árabes de religião mulçumana. Inicialmente fora instalada uma feitoria portuguesa na capital indiana mas, tudo fora em vão. A feitoria foi destruida pelos mercadores árabes com um saldo de 50 mortos, dentre eles Caminha e o seu feitor Aires Correia. Durante dois dias Cabral havia ordenado um bombardeio a cidade de Calicute matando muita gente.
Após intensos conflitos Cabral decidiu zarpar para o norte, rumo a cidade de cochim onde seu Rajá era rival ao de Calicutte, lá conseguiu abastecer suas naus de pimenta, gengibre e canela, retornando a Lisboa como um novo ídolo a muitos sonhadores.
Fonte: www.geocities.com
Descobrimento do Brasil
Nos séculos XIV e XV, o mundo mudou muito. O comércio europeu desenvolvera-se bastante e surgira uma nova classe social, formada por comerciantes - a burguesia. os burgueses aliaram-se ao rei contra os privilégios do clero e da nobreza. Esse foi um passou importante para as grandes navegações.
Os portugueses desejavam sobretudo descobrir o caminho marítimo para as Índias, para lá criar um centro comercial e trazer especiarias, seda, porcelana, perfumes e pedras preciosas, produtos muito apreciados na Europa.
Em 1498, o português Vasco da Gama chegou a Calicute, nas Índias. Para assegurar essa conquista, o rei de Portugal, D. Manuel, concedeu a Pedro Álvares Cabral o comando de uma esquadra de 13 embarcações e cerca de 1 500 homens. Os navios de Cabral, no entanto, afastaram-se da costa africana e desviaram-se para oeste, aproximando-se de terras brasileiras.
NO dia 22 de abril de 1500, a esquadra avistou um monte, que recebeu o nome de Monte Pascoal. O nome definitivo, Brasil, deveu-se a abundância do pau-brasil, madeira da qual se extraía um corante vermelho.
Cabral deu a notícia do descobrimento, mandando um navio a Pombal com uma carta escrita por Pero Vaz de Caminha. Essa carta constitui importante documento na história do Brasil, pois conta a viagem e a chegada a terra, descrevendo o novo território e os índios.
Fonte: www.infonet.com.br
Descobrimento do Brasil
Nessa aventura, conta-se que o intuito era traçar uma nova rota para as Índias, cujo acesso estava impossibilitado pelo "fechamento" do mar Mediterrâneo realizado pelos árabes. Há controvérsias sobre a versão de que os portugueses tenham chegado aqui por acaso, já que possuíam razoável conhecimento técnico, mas isso é uma outra história.
A jornada foi repleta de ação e de terríveis naufrágios, combates marítimos e terrestres, encontro com povos e terras desconhecidas e inúmeros outros episódios dramáticos. Homens de carne e osso, com desejos e temores, com anseios e expectativas, premidos pela fome e pela sede, lutando por glória e por dinheiro - nossa capacidade de nos identificarmos com aqueles marinheiros, soldados e capitães aumenta enormemente.
No dia 22 de abril, após 44 dias de uma longa viagem, foi avistada terra: um monte, que ficou conhecido como Monte Pascoal, já que estavam em época de Páscoa. Ali mesmo, no sul da Bahia, o Brasil foi batizado de Ilha de Vera Cruz, e os colonizadores tiveram os primeiros contatos com os nativos (denominados, erroneamente, "índios", já que se acreditava que aquela terra fosse a Índia).
Para notificar o rei português Dom Manuel, o escrivão da frota de Cabrall, Pero Vaz de Caminha, escreve um documento de 7 páginas; o primeiro documento da história do Brasil. A Carta de Pero Vaz de Caminha, por sua beleza textual, foi encaixada na escola literária quinhentista.
A designação Ilha de Vera Cruz não "pegou": os marujos preferiam chamá-la de "Terra dos Papagaios". Esse nome mudaria para Brasil, não só pela abundância da árvore de mesmo nome, mas também em função da antiga e lendária "Ilha Brasil".
Assim, graças à poderosa frota naval portuguesa, estava descoberto o país destinado a ser a maior nação católica da Terra: o Brasil.
Fonte: Educaterra
Descobrimento do Brasil
Vasco da Gama retorna vitorioso a Portugal em 1499. Traz uma carga de porcelanas, sedas, tapetes e especiarias que garantem grandes lucros à Coroa. Rapidamente uma nova expedição é organizada e seu comando é entregue ao almirante Pedro Álvares Cabral. A esquadra sai da praia do Restelo, em Lisboa, dia 9 de março de 1500, com destino a Calicute, na Índia. Seu objetivo é estabelecer uma feitoria – espécie de entreposto comercial – e fazer acordos com o soberano local que garantam o monopólio do comércio para Portugal.
Pedro Álvares Cabral (1467-1517) é o segundo filho dos senhores do Castelo e das terras de vila Belmonte, na Beira-Baixa. A história de sua família é semelhante à da maioria da nobreza portuguesa: cavaleiros e soldados, inclusive mercenários, que conquistam títulos e terras na luta pela reconquista do território aos muçulmanos e, num segundo momento, nas guerras contra Castela que levam a casa de Avis ao trono português. Pedro Álvares muda-se para a corte aos 11 anos. Estuda literatura, história e ciências, cosmografia, marinharia e as artes militares. Aos 16 anos é nomeado fidalgo da corte de dom João II. No reinado de dom Manuel, passa a integrar o Conselho do Rei, é admitido na Ordem de Cristo – uma distinção entre os nobres – e recebe uma pensão anual. Aos 33 anos é escolhido para comandar a segunda expedição às Índias. Depois de alcançar as terras brasileiras, retoma a rota de Vasco da Gama. Aporta em várias reinos africanos, estabelece relações com os poderosos locais e chega a Calicute em 13 de setembro de 1500. Ao voltar a Lisboa, dia 6 de junho de 1501, é aclamado herói. Sua glória dura pouco. Desentende-se com o rei sobre o comando da próxima expedição às Índias, programada para 1502. Vasco da Gama é escolhido para comandar a esquadra, e Cabral desaparece do cenário político.

Esquadra de Cabral

Cabral comanda a maior e mais bem equipada frota a zarpar dos portos ibéricos até então. Com dez naus e três caravelas, leva 1.500 homens, quase 3% da população de Lisboa, na época com cerca de 50 mil habitantes. São representantes da nobreza, comerciantes, artesãos, religiosos, alguns degredados e soldados. Participa da expedição um banqueiro florentino, Bartholomeu Marquione, elo de ligação entre a Coroa portuguesa e Lourenço de Medici, o senhor de Florença. É essa expedição que descobre o Brasil, dia 22 de abril de 1500.

Os pilotos

A esquadra inclui alguns dos mais experientes navegadores da época. Um deles é Bartolomeu Dias, o primeiro a contornar o cabo da Boa Esperança e a descobrir a passagem marítima para a Ásia, em 1485. Outro é Duarte Pacheco Pereira, apontado pelos historiadores como um dos mais completos cartógrafos e pilotos da Marinha portuguesa do período. Bartolomeu Dias não chega às Índias. Morre quando seu navio naufraga justamente ao cruzar o cabo da Boa Esperança, que conquistara 12 anos antes.

O polêmico desvio de rota

Por muito tempo, o descobrimento do Brasil, ou "achamento", como registra o escrivão Pero Vaz de Caminha, é considerado simples acaso, resultado de um desvio de rota. A partir de 1940 vários historiadores brasileiros e portugueses passam a defender a tese da intencionalidade da descoberta, hoje amplamente aceita.

Descoberta intencional

Os historiadores argumentam que, no final do século XV, Portugal já sabe da existência de uma grande área de terra firme a oeste do Atlântico. Pode ter sido avistada por seus pilotos que navegaram para regiões ao sul do golfo da Guiné. Até o golfo, as correntes marinhas são descendentes e é possível fazer uma navegação costeira. Do golfo da Guiné para baixo, as correntes se invertem. Para atingir o sul da África é preciso afastar-se da costa para evitar os ventos e correntes que ali têm ascendente (corrente de Benguela), navegar para o ocidente até pegar a "volta do mar", hoje chamada corrente do Brasil : ventos e correntes descendentes que passam pelo nordeste brasileiro e levam ao sul do continente africano. O primeiro a fazer isso é Diogo Cão, em 1482, seguido depois por Bartolomeu Dias e Vasco da Gama ao contornarem o cabo da Boa Esperança.

A "quarta parte"

Em 1498 o rei dom Manuel manda o cosmógrafo e navegante Duarte Pacheco Pereira percorrer a mesma rota de Vasco da Gama e explorar a chamada "quarta parte", o quadrante oeste do Atlântico sul. Em seu livro Esmeraldo de situ orbi, o navegante relata suas descobertas: "...temos sabido e visto donde nos vossa alteza mandou descobrir a parte ocidental, passando além da grandeza do mar Oceano, onde foi achada e navegada uma tão grande terra firme, com muitas e grandes ilhas adjacentes..." Mais dois navegantes espanhóis, Vicente Pinzón e Diego de Lepe, também teriam aportado nessas terras, respectivamente em janeiro e fevereiro de 1500. Não tomam posse do território por saberem estar na área portuguesa demarcada pelo Tratado de Tordesilhas.

A posse da terra

A esquadra portuguesa avista sinais de terra dia 21 de abril pela manhã, segundo a carta de Pero Vaz de Caminha: "...eram muita quantidade de ervas compridas a que os mareantes chamam botelho, assim como outras a que dão o nome de rabo de asno". Na manhã seguinte, 22 de abril, avistam aves e "... neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente de um grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele, e de terra chã..."

Local do desembarque

Na manhã do dia 23, procuram uma área abrigada dos ventos para o desembarque — um porto seguro. Por muito tempo, esse local é confundido com a atual cidade de Porto Seguro, na Bahia. A partir de 1940, historiadores brasileiros e portugueses reestudam a questão e concluem que o verdadeiro local do desembarque é a baia Cabrália, ao norte da cidade de Porto Seguro.

Primeira missa e posse formal

No dia 26 de abril, frei Henrique de Coimbra, capelão da esquadra, celebra a primeira missa na nova terra, no local hoje conhecido como Coroa Vermelha – na época um ilhéu, atualmente um promontório. Cabral toma posse formal do novo território em nome da casa real portuguesa em 1º de maio. No dia seguinte, a esquadra parte rumo às Índias. Uma nau volta a Portugal com as cartas dos pilotos, inclusive a de Caminha, que relatam a descoberta ao rei. Ficam em terra dois desertores e dois marinheiros com a missão de aprender a língua dos nativos.

Os nomes da nova terra

Considerada a princípio uma ilha, a nova terra recebe o nome de Vera Cruz. Desfeito o engano, é chamada de Terra de Santa Cruz. Em mapas da época e relatos de viagem aparece como Terra dos Papagaios, aves que os europeus consideram exótica, e de Terra dos Brasis, devido à abundância da árvore pau-brasil (Caesalpinia echinata).

Origem dos povos americanos

Várias hipóteses procuram explicar a origem dos povos americanos. A mais aceita afirma que o povoamento da América começa entre 15 e 25 mil anos antes da chegada dos europeus. Povos mongólicos teriam migrado da Ásia para a América através do estreito de Bering durante um período de glaciações, quando o gelo teria formado uma ponte natural entre os dois continentes. Caçadores nômades viriam seguindo o deslocamento das manadas de animais, espalhado-se em ondas migratórias sucessivas por todo o continente.
Hipótese alternativa – Muitos historiadores têm trabalhado com uma hipótese alternativa: o povoamento da América teria começado antes, em quatro ondas migratórias principais distanciadas no tempo. Grupos mongólicos teriam chegado por Bering. Australianos, pelo Pólo Sul, polinésios e esquimós pelo oceano Pacífico: os polinésios teriam aportado ao sul, dirigindo-se para a costa oeste sul-americana; os esquimós, ao norte, ocupando a América do Norte.

O nativo brasileiro

São poucos os estudos sobre a presença humana no Brasil antes da chegada de Cabral. Nos sítios arqueológicos de Paranapanema (SP) e Lagoa Santa (MG), os indícios de presença humana datam de 12 mil anos. Recentemente, pesquisas arqueológicas em São Raimundo Nonato, no interior do Piauí, registram indícios de até 48 mil anos – restos de fogueiras e artefatos de pedra. Essas descobertas, no entanto, ainda são polêmicas e não se constituem em prova definitiva.

Grandes grupos indígenas

A primeira classificação dos nativos brasileiros só é feita em 1884 pelo viajante alemão Karl von Steinen. Ele registra a presença de quatro grupos ou nações indígenas: tupi-guarani, a maioria, jê ou tapuia, nuaruaque ou naipure e caraíba ou cariba. São sociedades tribais baseadas no patriarcalismo e numa divisão sexual e etária do trabalho. Vivem principalmente da caça, da pesca, da coleta de frutos e raízes. Alguns grupos já praticam uma agricultura de subsistência. Plantam tabaco, milho, batata-doce, mandioca, abóbora e ervilha e usam a queimada para limpar o solo. Com os portugueses, começam a cultivar também o arroz, o algodão e a cana-de-açúcar.
População indígena original – As estimativas sobre a população indígena na época do descobrimento variam de 1 milhão a 3 milhões de habitantes. Em cinco séculos, a população indígena reduz-se a 280 mil pessoas, segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio). A escravização, a aculturação e o extermínio deliberado resultam no desaparecimento de várias nações.

Período pré-colonial

O primeiro reconhecimento da nova terra é feito em maio de 1500 pela nau mandada de volta a Portugal com a notícia do descobrimento. Rapidamente a Coroa envia uma expedição exploratória à terra nova. Chega ao litoral do atual Rio Grande do Norte em 1501 e navega para o sul por cerca de 2.500 milhas. Dá nomes aos lugares descobertos: baía de Todos os Santos, cabo de São Tomé, Angra dos Reis, São Vicente. A segunda expedição, entre 1502 e 1503, conta com a participação de Américo Vespúcio, navegante italiano que tem seu nome associado a todo o continente e, nessa época, trabalha para Portugal.

Entradas

Completamente voltada ao comércio com o Oriente, a Coroa portuguesa arrenda a exploração da costa para um grupo de comerciantes liderados por Fernão de Loronha, que entra para história com o nome de Fernando de Noronha. Eles podem extrair pau-brasil de 300 léguas do litoral por ano, comprometem-se a pagar as taxas devidas e a garantir a defesa da costa.

Expedições de Fernão de Loronha

A primeira expedição chega ao Brasil em 1503 e descobre a ilha de São João, ou da Quaresma, atual arquipélago de Fernando de Noronha. No continente, negociam o corte do pau-brasil com os índios. Conseguem carregar pelo menos seis navios por ano. Em 1511, Loronha leva para Portugal 5 mil toras de pau-brasil, índios escravizados e animais silvestres, como papagaios, tuins e saguis.

Pau-brasil

O pau-brasil é colocado sob monopólio da Coroa portuguesa. A exploração é feita através de contratos de arrendamento com companhias particulares, que devem pagar um quinto do valor obtido ao governo português. É extraído do litoral do Rio Grande do Norte até o do Rio de Janeiro. O corte e o transporte local são realizados inicialmente pelos índios, sob controle de feitores, comerciantes ou colonos. Depois, por escravos negros. Até 1875 o "pau de tinta" aparece nas listas de produtos exportados pelo Brasil.

Primeiros imigrantes

Muitos europeus se fixam no Brasil nos primeiros anos após o descobrimento. São náufragos, marinheiros desertores, degredados expulsos de Portugal pelas draconianas Ordenações Manuelinas, legislação criminal portuguesa considerada a mais severa da Europa. Chegam também aventureiros de várias nacionalidades, inclusive fidalgos em missões oficiais ou em busca de fortuna. Vêm ainda judeus portugueses convertidos ao cristianismo, os chamados cristãos-novos.
João Ramalho é um dos primeiros europeus a assentar vida no Brasil. A data de sua chegada é imprecisa. A versão mais aceita sobre sua vida o aponta como um degredado pelas Ordenações Manuelinas. Deixa a esposa grávida em Portugal e aporta em São Vicente, onde se estabelece. Junta-se com a índia Bartira, filha de Tibiriçá, chefe da tribo dos tupinambás, e tem muitos filhos. Os jesuítas o encontram por volta de 1550 e sua vida é descrita pelo padre Manoel da Nóbrega como petra scandali: "Tem muitas mulheres. Ele e seus filhos andam com as irmãs das esposas e têm filhos delas. Vão à guerra com os índios e suas festas são de índios e assim vivem andando nus como os mesmos índios". João Ramalho é o guia de Martim Afonso de Souza nas entradas de reconhecimento do planalto de Piratininga e ajuda a contatar tribos indígenas da região. Mais tarde, fixa moradia no povoado de São Paulo de Piratininga, combate os índios tupiniquins ao lado dos portugueses e recebe o título e os privilégios de capitão-mor.

Concorrência estrangeira

Atraídos por histórias de tesouros fantásticos, outros povos fazem viagens frequentes às costas do novo território, principalmente espanhóis e franceses. Voltam com os navios abarrotados de pau-brasil e obtêm lucros certeiros nos mercados europeus. As expedições são feitas por particulares: comerciantes, traficantes e piratas, a maioria com apoio velado de seus governos.
Fonte: www.conhecimentosgerais.com.br

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