Expectativa mundial aumentou seis anos em duas décadas e colocou em xeque a qualidade de vida dos idosos
Foto: Pablo Wiedemann / Divulgação
Há algumas décadas, ainda que a expectativa de vida já estivesse em crescimento, a imagem que se tinha das pessoas com mais de 60 anos era de que eles eram frágeis e menos ativos. Os médicos não aconselhavam exercícios porque consideravam perigoso para a saúde dos mais velhos. Muitos dos idosos não deram bola, afinal a expectativa de vida continuou aumentando.
– Hoje, esperamos todos viver de forma saudável e ativos até o dia da nossa morte. Aquela ideia sobre a velhice perdeu o sentido – disse o médico Aske Juul Lassen, do Centro para o Envelhecimento Saudável da Universidade de Copenhague.
Em sua tese, apresentada recentemente, Lassen defende o envelhecimento ativo e o que chamou de desestruturação da terceira idade. Ele comparou documentos da União Europeia e da Organização Mundial da Saúde sobre a percepção que se tinham sobre os idosos e os aconselhamentos sobre a terceira idade.
– É esse ideal de envelhecimento ativo que dá melhor qualidade de vida aos idosos. Só porque eles fazem exercícios não significa que eles são ativos. Envelhecer de forma ativa significa ocupar o tempo com diferentes atividades, que podem ir desde reuniões em centros de atividades para idosos quanto com trabalho e jogos. A OMS e a UE não consideram, por exemplo, que beber cerveja com os amigos e jogar sinuca possam fazer parte desse estilo de vida que também pode ser considerado saudável se for feito com moderação e mesclado com outros exercícios e atividades – descreveu.
ZERO HORA
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