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sábado, 26 de outubro de 2013

GM recebe notificação do Procon por falha nos motores dos modelos Onix, Prisma, Cobalt, Spin, Celta, Classic, Agile e Montana.

Defeitos semelhantes motivaram recall de mais de 15 mil veículos nos últimos anos; montadora nega risco.
A GM do Brasil confirmou ter recebido a notificação do Procon-SP pedindo esclarecimentos sobre os problemas nas travas de válvulas de admissão e escape de motores de oito modelos produzidos em 2013. Conforme o site Autoesporte relatou, os modelos Onix, Prisma, Cobalt, Spin, Celta, Classic, Agile e Montana equipados com motor 1.0, 1.4 ou 1.8 têm apresentado falhas nas peças. Em consequência, proprietários relatam que os veículos perdem potência repentinamente.

O objetivo do órgão de defesa do consumidor é entender a gravidade do problema, a partir de posicionamento oficial fornecido pela própria GM. A partir disso, é decidido se a montadora deve adotar procedimento de recall, oferecendo reparo gratuito e comunicação ampla e efetiva. "Pedimos esclarecimentos sobre o defeito encontrado, quando ele foi detectado, quais são os veículos atingidos, qual é a quantidade de envolvidos e se ela já identificou a ocorrência de acidente envolvendo os veículos com o defeito. Sendo caso de recall, queremos saber quais medidas a empresa pretende adotar sobre a campanha e sobre os procedimentos adotados junto aos consumidores para a reparação", explica Marcio Marcucci, diretor de fiscalização do Procon-SP.

GM nega risco; Entidade discorda

Em contato com a equipe de reportagem do site Autoesporte, a assessoria de imprensa confirmou que a Chevrolet está providenciando a troca das peças defeituosas visando “exclusivamente a satisfação do cliente” e que a “situação não representa qualquer prejuízo ao desempenho ou à segurança dos veículos e de seus ocupantes”. Ainda segundo a montadora, as concessionárias “têm realizado contato telefônico com os proprietários dos veículos para convidá-los a comparacer a uma concessionária Chevrolet para o procedimento de verificação e eventual substituição das travas”, sem custo.

No entanto, Maria Inês Dolci, coordenadora da associação de consumidores Proteste, acredita que a perda repentina de potência pode ser considerada fator de risco à população. “Se você está na estrada, em alta velocidade, e começa a perder potência, você pode causar ou sofrer um acidente. Os carros que estão atrás podem não perceber o que está acontecendo e o motorista pode se assustar”, explica.

A coordenadora também argumenta que a montadora é responsável por detalhar em laudo técnico se a falha em questão gera riscos ou não. Além disso, os consumidores devem ser informados caso seja feita alguma substituição de peça mesmo sem a abertura oficial de recall. “Mesmo que não tenha qualquer tipo de problema no que diz respeito à segurança e risco, eles têm que informar que a troca da peça será feita. É um direito do consumidor e um dever do fornecedor. Prevenção vale a pena, cautela também”, afirma.

Falhas semelhantes já geraram convocações

Nos últimos anos, mais de 15 mil veículos e motocicletas já tiveram que passar por chamados de recall por conta de defeitos que tinham como consequência a diminuição da potência do motor ou seu completo travamento.

Levantamento realizado pela equipe do site Autoesporte mostra que pelo menos 15.230 carros e motos foram chamados de volta às oficinas autorizadas porque o órgão de defesa do consumidor considerou que a perda de potência ou travamento total do motor teria potencial de risco para a saúde ou segurança dos passageiros e de terceiros. O número aumenta em 533 unidades se forem considerados, também, os veículos aquáticos. Segundo dados do Procon-SP, problemas no motor ou no sistema de aceleração como um todo foram responsáveis por mais de 10% dos chamados realizados entre 2002 (quando o órgão iniciou o registro de casos) e 2013.

O caso mais semelhante ao que afeta os modelos da Chevrolet atingiu 5.736 unidades de carros da Renault. Os modelos Clio, Logan e Sandero não apresentaram “conformidade nas travas das válvulas de admissão e escape do motor”. À época, o Procon paulista afirmou que, nesses casos, “as travas das válvulas do motor podem quebrar ocasionando a imobilização do veículo, com risco de acidentes”. No entanto, apenas 67% dos veículos afetados retornaram à concessionária para efetuar o reparo.

Em outros casos, apenas “redução de velocidade”, “perda repentina de potência” ou “perda de desempenho” foram motivos suficientes para abertura de recall de modelos das marcas Mercedes, Nissan e Yamaha, consecutivamente.

Orientações

Consumidores que notarem problemas em seus veículos devem comunicar os órgãos de defesa imediatamente. A partir desses relatos, é possível averiguar se a falha coloca em risco a população. Nesses casos, a montadora pode ser obrigada a realizar o reparo gratuitamente, além de comunicar a população de maneira clara e eficiente.

“Os consumidores devem fazer a reclamação nos órgãos de defesa do consumidor, sem deixar de solicitar junto à empresa que faça o reparo”, orienta Márcio Marcucci, diretor de fiscalização do Procon-SP. Ele também explica que, apesar de os Procons serem estaduais, quando uma unidade do órgão determina a abertura de recall, o processo torna-se válido para consumidores de todo o país que tiverem adquirido o produto defeituoso. (Colaborou Alberto Cataldi)

Texto: Guilherme Blanco Muniz / Foto: Divulgação / Fonte: Autoesporte

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