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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Nova fuga agrava crise e a necessidade de desativação de complexo prisional
 


Nove detentos fugiram por esgoto do Presídio de Florianópolis, em área residencial. 

Cavar um buraco com as mãos, esgueirar-se na caixa de esgoto, pular o muro e sair correndo pela movimentada Rua Delminda da Silveira, área residencial de Florianópolis. 

Dentro das galerias e fora, na guarita externa, ninguém percebeu e nove detentos protagonizaram, às 7h30min desta segunda-feira, mais uma fuga, a segunda em menos de dois meses. Tiros chegaram a ser disparados para o alto da unidade na tentativa sem sucesso de pará-los. 

O palco da cena que se repete é o Presídio Masculino da Capital, junto ao complexo prisional da Agronômica. Com a estrutura defasada, superlotado e com poucos agentes, o velho cadeião cada vez mais se torna sinônimo de um barril de pólvora para os agentes penitenciários e a região. 

Desde o dia 29 de dezembro, já são 22 os que conseguiram fugir praticamente pela porta da frente (ou lateral) e com poucas dificuldades. 
O governo do Estado promete há uma década desativar a área, transferindo os mais de dois mil detentos para novas prisões que seriam construídas — uma penitenciária em Imaruí, no Sul do Estado e uma central de triagem em São José. 

A Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC) não conseguiu sequer começar as construções porque as duas cidades rejeitam receber as obras. Os impasses estão na Justiça e por enquanto não há nenhuma medida de imediato que possa garantir o fim das fugas. 

Visivelmente constrangido com a situação, o secretário-adjunto da Justiça e Cidadania, Leandro Lima, afirmou que uma sindicância foi aberta e em seguida voltou a lamentar a recusa dos prefeitos da região que não aceitam presídios em seus municípios. 

O caso mais pontual, é o de São José, responsável por 27% de todos os presos da Grande Florianópolis, que não conta com nenhuma cela e rejeita receber uma Central de Triagem regional com 407 vagas — o Estado tem terreno para a obra e R$ 14 milhões assegurados para a construção. 

— Vamos reforçar a segurança deslocando agentes da operação presença para o presídio de Florianópolis, mas isso não vai se resolver enquanto os prefeitos não se sensibilizarem e aceitarem uma nova prisão — declarou o secretário. 

Não bastassem os problemas estruturais e o déficit de agentes penitenciários, indícios de facilitação e negligência tornam o Presídio de Florianópolis ainda mais vulnerável. 

É o caso da fuga de 13 presos em 29 de dezembro. A partir de filmagens e depoimentos, a sindicância concluiu que um vigilante terceirizado ficou cerca de uma hora fora do posto no horário em que os detentos escaparam. 

O vigilante, que não teve o nome divulgado, afirmou à corregedoria da Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC) que se ausentou do local devido ao forte calor que fazia na tarde daquele dia. 

Ele foi demitido e a SJC diz que enviará o resultado da investigação interna ao Ministério Público para responsabilizá-lo criminalmente. 

Segundo agentes penitenciários, a vigilância externa das guaritas é feita por vigilantes terceirizados e a Polícia Militar não atua mais no complexo. A falta de experiência e de habilidade em situações de crise seria outro problema da mão de obra desses servidores. 

Apenas o presídio abrigava ontem 320 homens, quantidade acima da capacidade. Nenhum dos fugitivos havia sido recapturado até o fim da tarde. A SJC disse que eles são de baixa e média periculosidade. Da fuga de dezembro, 11 deles já estão novamente atrás das grades. 

Em dezembro de 2014, após dois episódios de fuga no intervalo de uma semana, a segurança do Complexo da Agronômica foi colocada em xeque. 

Fonte: DIÁRIO CATARINENSE

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