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sexta-feira, 9 de maio de 2014

Águia Pescadora (Pandion haliaetus)

Pandion haliaetus (Linnaeus, 1758)
Família: Pandionidae
Grupo: Águias
Outros Nomes: guincho
Nome em inglês: Osprey
Tamanho: 55-63 cm de comprimento
Habitat: Grandes rios, area costeira
Alimentação: Principalmente peixes
Distribuição no Brasil:
Águia pescadora em Iracemápolis/SP. Novembro de 2010
Vocalização de chamado (A) - (gravado por: Doug Knapp)
• Descrição: A águia-pescadora é uma ave de grande porte (em média os machos atingem 55 cm e as fêmeas 63 cm); apresenta um bico forte e bem adaptado a seus hábitos alimentares, baseados principalmente na captura de peixes (SICK, 1997). A Aguia pesqueira é a unica representante da família dos Pandionidae. A espécie pesa ao redor de 1,2 kg, com uma de envergadura de até 1,70 m. em vôo, pode se notar a coloração caracteristica da espécie, apresenta uma asa longa, grande em relação ao corpo. Ela é mantida dobrada no meio, como um cotovelo em “V” à frente do plano da cabeça (Obs: uma das caracteristicas-chave para identificação em voo). Por baixo, do cotovelo até as penas longas da asa, possui uma área negra e visível. As batidas são lentas, ritmadas e características. Ocasionalmente, usa as correntes aéreas para vôo alto. A cauda é curta e pouco notável na silhueta de vôo. Pode ser facilmente observada sobrevoando o rio Cuiabá e usa as grandes baías da região sudoeste da reserva para pescar.

• Alimentação: Alimenta-se, quase exclusivamente, de peixes entre 150 e 300 gramas de peso, capturados da seguinte forma: a águia-pescadora fica circulando sobre o rio (ou baía), às vezes "peneirando" até localizar o peixe na superfície ou logo abaixo dela, graças a sua excelente visão, então baixa rapidamente, e apanha a presa com as garras dos dois pés. Ocasionalmente, o peixe está em profundidade que a obriga a mergulhar o corpo e cabeça, mantendo as asas fora d’água. Imediatamente após a captura, voa para um poleiro tradicional, onde o mata e come. Segundo Sick (1993) ocasionalmente pode predar outras aves e pequenos mamíferos. Blinn et al. (2007) relataram a predação do pato Eider-edredão (Somateria mollissima) na Ilha de Grand Manan, New Brunswick/Canadá. Outro pesquisador relatou tal ave voando com uma ave do tamanho de um pombo no Rio Chimán, no Panamá (GRIN 2011).

Para poder segurar bem o peixe, além das garras finas, possui uma série de pequenos espinhos na sola dos dedos (Obs: caracteristica de todas as aves de rapina pescadoras) evitando que ele escorregue, devido às escamas e ao muco de proteção. Para pescar ela necessita de águas claras para localizar o peixe. Outra característica anatômica exclusiva dessa águia é dada pelo quarto dedo dos pés, enquanto os gaviões e outras aves de rapina diurnas possuem três dedos para a frente e um para trás, o 4º dedo da águia pescadora tanto pode ficar para a frente, como para trás, facilitando a pesca (Obs: semelhante a adaptação das corujas).
Rio Branco, Boa Vista/RR. Setembro de 2008.
Foto: Ed Andrade Júnior
 
Delta do Parnaiba - Parnaíba/PI, janeiro de 2010.
Foto: Ricardo Gentil

• Reprodução: Espécie monogâmica, se reproduz no hemisfério norte, utilizando o Brasil apenas como area de invernagem. A fêmea cuida e alimenta as crias enquanto que o macho procura alimento. Constroem o ninho com gravetos e galhos, e posta de 1 a 4 ovos. geralmente nos meses de março a junho (em Portugal e no Mediterrâneo a postura ocorre normalmente em Março). Seu periodo de incubação é de 37 a 41 dias, onde os filhotes realizam os primeiros vôos ao fim de dois meses. Essa espécie atinge maturidade aos 3 anos de idade em média.

• Distribuição Geográfica: Originária da América do Norte, onde se reproduz, a espécie migra para a América do Sul durante o inverno, podendo ser encontrada até o Chile e Argentina. Há registros de sua ocorrência em vários estados do Brasil, como Amazonas, Pará, Amapá, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul. É uma espécie cosmopolita encontrada em todos os continentes com excessão dos pólos.

No Rio Grande do sul, a espécie é considerada uma visitante rara no litoral com algumas poucas citações para a área do município de Terra de Areia e Capão da Canoa, durante um trabalho de amostragem da avifauna realizado por Texeira et al,(2005) no Parque Estadual de Itapuã, a 57km de Porto Alegre, foram feitas avistagens de P. haliaetus em duas oportunidades: no mês de novembro de 2003, sobrevoando a Praia de Fora, margem da Laguna dos Patos e, em dezembro do mesmo ano, nas proximidades da mesma praia, sobre o Morro de Itapuã.

• Hábitos/Informações Gerais: Normalmente é avistada em regiões com grandes extensões de água (SICK, 1997). Apesar de mais numerosa no final e início do ano, tem sido encontrada durante todos os meses. Devido à maturação sexual após o segundo ou terceiro ano de vida, as águias-pescadoras observadas por aqui durante o período reprodutivo devem ser exemplares juvenis. A espécie migra ainda jovem e leva de 2 a 3 anos para tornar-se adulta, quando regressa à América do Norte para se reproduzir. Após este período, retorna periodicamente à América do Sul durante o inverno no hemisfério norte. É comum em lagos, grandes rios, estuários e no mar próximo da costa. Vive normalmente solitária, voando alto ou pousada sobre árvores isoladas.
Aguia pescadora caçando. Cocoa Beach,Florida EUA Jan 2009. Foto: Cleber Ferreira
Águia pescadora em Iracemápolis/SP. Novembro de 2010. Foto: Tiago R. (Ecofoto)

:: Página editada por: Willian Menq em 2011. ::

• Referências:

Blinn B.M., V. Violette, and A.W. Diamond. 2007. Osprey, Pandion haliaetus, depredates Common Eider, Somateria mollissima, duckling. Canadian Field-Naturalist 120:236-237

del HOYO, .J., ELLIOT, A. E SARGATAL, J. Handbook of the birds of the world (2 v). Bird Life International Lynx Editions, 1994. 638p.

GRIN 2011. Species account: Osprey Pandion haliaetus. Downloaded from http://www.globalraptors.org on 8 Jan. 2011

Sick, H. 1993. Birds in Brazil: a natural history. Princeton University Press, Princeton, NJ.

Sick, H. 1997. Ornitologia brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Nova Fronteira, 862p.

http://www.avesderapinabrasil.com/pandion_haliaetus.htm

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