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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Cogumelos mágicos podem explicar Papai Noel e suas renas “voadoras”

Cogumelos mágicos podem explicar Papai Noel e suas renas “voadoras”
Este Natal, como muitos outros, a história do Papai Noel e suas renas voadoras foi contada, incluindo como o “velho alegre” percorreu todo o mundo em uma só noite, dando presentes para todas as crianças.


Mas, de acordo com uma teoria, a história do Papai Noel e suas renas voadoras tem uma origem improvável: cogumelos alucinógenos ou “mágicos”.


John Rush, antropólogo e professor no Sierra College em Rocklin, na Califórnia (EUA), aponta que “Papai Noel é a contraparte moderna de um xamã, que consumiu plantas e fungos que alteram o estado mental e entra em comunhão com o mundo espiritual”.

De acordo com a teoria, a lenda do Papai Noel deriva de xamãs das regiões siberianas e árticas que deixam de presente nas casas um pacote cheio de cogumelos alucinógenos, para celebrar o final de dezembro.

Segundo conta a história, até alguns séculos atrás estes xamãs e sacerdotes ligados à antiga tradição coletavam o Amanita muscaria (o Cogumelo Sagrado), secavam-no, e o distribuíam como presente no solstício de inverno. Como a neve estava bloqueando as portas, as pessoas entravam e saíam por um buraco no teto, e daí veio a história do velho Noel entrando e saindo pela chaminé.

Mas esta é só a primeira das conexões simbólicas entre o cogumelo Amanita muscaria e a iconografia do Natal, de acordo com vários historiadores e etnomicologistas, ou pessoas que estudam a influência que os fungos tiveram nas sociedades humanas. Porém, é claro, nem todos os cientistas concordam que a história do Papai Noel esteja ligada a alucinógenos.

Presentes sob a árvore

No livro “Mushrooms and Mankind” (“Cogumelos e a Humanidade”, ed. The Book Tree, 2003), o falecido autor James Arthur nota que o Amanita muscaria, também conhecido como agário-das-moscas, desenvolve-se no hemisfério norte sob coníferas e bétulas, e que estas árvores têm um relacionamento simbiótico com o cogumelo vermelho. Isto explicaria a árvore de Natal, e a colocação de presentes vermelho-e-brancos embaixo dela.


“Por que as pessoas trazem pinheiros para suas casas no solstício de inverno, colocando pacotes coloridos (vermelho e branco) embaixo delas, como presentes para mostrar seu amor aos outros?”, pergunta Arthur. “É por que é debaixo do pinheiro que se pode encontrar a substância ‘Mais Sagrada’, o Amanita muscaria, na floresta”.

As renas também são comuns na Sibéria, e buscam estes cogumelos alucinógenos da mesma forma que os habitantes da região. Donald Pfister, um biólogo que estuda fungos na Universidade de Harvard (EUA), sugere que as tribos siberianas que ingeriam o agário-das-moscas poderiam ter visto renas voando em suas alucinações.

Renas “voadoras”

“À primeira vista, parece ridículo; quem já ouviu falar de uma rena voadora? Acho que já está se tornando um lugar comum, todo mundo achando que Papai Noel estava ‘viajando’ com suas renas”, aponta Carl Ruck, professor de estudos clássicos na Universidade de Boston (EUA).


“Entre os xamãs siberianos, você tem um espírito animal que pode te guiar em sua busca por uma visão espiritual, e renas são comuns e familiares à pessoas na sibéria oriental. Eles também têm uma tradição de se vestir como um cogumelo, usando roupas vermelhas com manchas brancas”, continua ele.

Ornamentos com a forma dos cogumelos Amanita e outras representações dos cogumelos são comuns nas decorações de natal no mundo inteiro, particularmente na Escandinávia e norte da Europa. Apesar disto, segundo Pfister, a conexão entre o Natal moderno e a prática ancestral de ingerir cogumelos é uma coincidência, sem nenhuma conexão direta conhecida.

Muitas destas tradições foram misturadas ou projetadas em São Nicolau, um santo do quarto século conhecido pela sua generosidade, conforme conta a história.

A Conexão Noel


Há pouco debate sobre o consumo de cogumelos por tribos do Ártico e da Sibéria, mas a conexão com as tradições de Natal é mais tênue, ou “misteriosa”, conforme aponta Ruck.


Muitos dos detalhes modernos do Papai Noel moderno vem de “A Visit from St. Nicholas” (“Uma Visita de São Nicolau”, que mais tarde se tornou “Twas the Night Before Christmas” ou “Na noite da véspera de Natal”), um poema de 1823, creditado a Clement Clarke Morre, um acadêmico aristocrático que viveu na cidade de Nova Iorque, nos EUA.


As origens da visão de Moore não são muito claras, embora se acredite que provavelmente foram derivadas de motivos europeus, por sua vez derivados de tradições xamânicas siberianas ou árticas – o trenó e as renas de Papai Noel aparecem em vários mitos do norte da Europa. Por exemplo, o deus nórdico Thor (conhecido na Alemanha como “Donner”) voa em uma carruagem puxada por dois bodes, que foram trocados no conto moderno de Papai Noel por renas.

Rudolf é outro exemplo da imagem do cogumelo ressurgindo; seu nariz parece com um cogumelo vermelho.


Dúvidas


Outros historiadores parecem não crer em uma conexão entre Papai Noel e os xamãs ou cogumelos mágicos, como Stephen Nissenbaum, que escreveu um livro sobre as origens das tradições de Natal, e Penne Restad, da Universidade do Texas (EUA).


Um historiador, Ronald Hutton, acredita que a conexão não tem bases. “Se você examinar a evidência do xamanismo siberiano, como eu fiz, vai descobrir que os xamãs não viajavam de trenó, não lidavam corriqueiramente com espíritos de renas, raramente ingeriam cogumelos para entrar em transe, e não tinham roupas vermelho-e-branco”.


Mas, segundo Rush e Ruck, estas afirmações estão incorretas: xamãs lidavam com espíritos de renas, e a representação das cores de suas roupas tem mais a ver com os cogumelos que com roupas xamãnicas. E sobre os trenós, o ponto não é o meio de transporte, mas que a “viagem” envolve transporte para um reino diferente, celestial.



“As pessoas que conhecem o xamanismo aceitam esta história. Há outro motivo para Papai Noel viver no Polo Norte? É uma tradição que remete à Sibéria”, diz Ruck.


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