Especialista afirma que quem treina de forma mais intensa terá também uma vida mais longa.
Foto: Mateus Bruxel / Agencia RBS
Todo mundo sabe que alimentação saudável pode beneficiar a saúde. Melhor ainda se os exercícios fizerem parte da rotina. Logo, exercícios e alimentação saudável trazem mais qualidade de vida.
Uma pesquisa realizada pelo especialista em medicina preventiva e longevidade Fábio Cardoso mostra uma relação mais profunda dessa dupla: exercícios físicos que desenvolvem um corpo mais musculoso e forte e cuidados com a alimentação pode aumentar o tempo de vida.
Caminhar, nadar, pedalar e correr atuam diretamente na saúde do sistema cardiorrespiratório ao diminuírem os riscos de entupimento das artérias provocados por acúmulo de placas de gordura. O exercícios aeróbicos aumentam o tônus muscular e fortalecem os vasos sanguíneos.
– Se você treina de forma intensa, torna seu corpo mais musculoso e forte, mas também faz com que ele dure mais. Pesquisadores normalmente pesam que o sobrepeso na terceira idade aumentam o risco de morte, mas estudos recentes têm demonstrado que tanto o excesso quanto a falta de peso (e, mais especificamente, a falta de massa muscular) geram um aumento da mortalidade – explica Cardoso.
O médico aponta que, cada vez mais, os epidemiologistas chegam a conclusão de que não é o peso corporal que determina se a vida será longa, mas, sim, a massa muscular.
Um estudo realizado pela Universidade da Califórnia, realizado com 3600 adultos com mais de 55 anos, mostrou que pessoas com altos níveis musculares tiveram 30% menos chances de morrer por qualquer doença quando comparadas aquelas com menos massa magra. Os pesquisadores indicaram que se praticada, ao menos duas vezes por semana, os exercícios de força rejuvenescem os músculos e, desta forma, segundo os cientistas, revertem, em parte, o processo de envelhecimento muscular.
Os resultados de uma pesquisa do Instituto Buck de Pesquisa do Envelhecimento foram além: o estudo propõe que os exercícios ativam os genes das mitocôndrias - que ficam mais “cansados” com o passar dos anos” - que passam a trabalhar de forma semelhante ao de um adulto jovem.
— Não esperávamos alterações tão profundas no nível do DNA. O fato de estruturas genéticas terem sido alteradas sugere que os exercícios não somente melhoram a saúde quanto podem reverter o envelhecimento — afirmou, Simon Melov, um dos responsáveis pela pesquisa.
A partir dos 35 anos, o organismo começa a perder massa muscular. O que o estudo sugere é que, mesmo depois dos 60, o resultado dos exercícios de força é visível na qualidade e expectativa de vida dos adultos mais maduros.
— Há pessoas de 90 anos que recuperam parte da força e da massa muscular com exercícios. A ideia não é passar muito tempo na academia, mas manter uma regularidade na rotina dos exercícios – disse Mark Tarnopolsky, outro autor da pesquisa.
ZERO HORA SAÚDE
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