Países Com Maiores Índices De Suicídio

Países Com Maiores Índices De Suicídio

Em setembro de 2014, a OMS, Organização Mundial da Saúde terminou o relatório global que tem como objetivo principal a prevenção da causa de mortes no mundo. Segundo o relatório da OMS, o suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos. Se considerada faixa etária, entre 15 e 29 anos, o suicídio é o segundo maior responsável pela causa de mortes no mundo.

Os números são assustadores. O relatório aponta o número de 800 mil pessoas anualmente, somado em todo mundo, que se suicidam.

De acordo com o relatório final a OMS, os números podem ter um erro para menos, isto é, o número de suicídios pode ser ainda maior. Isso, por que segundo a Organização Mundial da Saúde, muitos países não fazem a coleta como deveria ser feita sobre o assunto. Existe um tabu em relação ao suicídio. Começando pelas pessoas que chegam a cometê-lo, por que sente-se sozinhas, mas não buscam ajuda.

Os Países Com Maiores Taxas de Suicídios

Na Índia, cujo existe uma lei que considera o suicídio ilegal, é exatamente onde são registradas as maiores taxas de pessoas que tiram a própria vida.

O desenvolvimento econômico também parece influenciar no ato do suicídio, pelo menos analisando os dados do relatório da OMS. De acordo com o resultado, do número total de suicídios por ano, a maior parte, 75%, acontece em países subdesenvolvidos e em países em via de desenvolvimento. Normalmente, o estresse e a pressão que são gerados pelos problemas econômicos desses países impulsiona o suicídio. Outros fatores que levam as pessoas a cometerem esse ato são a violência e os conflitos de guerra que elas vivenciam em determinados países.

Na lista com os 10 países com o maior número de suicídios encontramos o Brasil ocupando o oitavo lugar. Segundo os dados do ano de 2012, naquele ano, 12 mil pessoas se suicidaram no nosso país. Porém, segundo a OMS, se consideramos o tamanho do país, estamos abaixo pela metade na média dos outros países, mundial.

Se consideramos a proporção, o segundo país que tem a maior taxa de suicídios é a Guiana. Para cada 100 mil pessoas daquele país, 44 delas tira a própria vida. Atrás da Guiana, vem a Coreia do Norte, com quase 39 casos de suicídios para casa 100 mil pessoas.

Outro detalhe observado no relatório da OMS é em relação as pessoas que cometem o ato, segundo o resultado, boa parte está no grupo chamado de vulneráveis, que seriam os gays, os refugiado, as lésbicas, os índios, os transgêneros e os índios. Nesses grupos, a taxa de suicídio é bem superior aos demais grupos.

A Organização Mundial da Saúde criou o relatório para tentar através dos resultados traçar estratégias para que novos casos não aconteçam. Segundo a OMS, com essas atitudes pretende-se diminuir o número de suicídios no mundo de pelo menos 10% até o ano de 2020, no que será chamado de Plano de Ação Para Saúde Mental 2013-2020.

Veja a Lista Com o Número de Suicídios

Os dados são referentes ao ano de 2012.

Na Índia foram cometidos 258.075

Na China foram cometidos 120.730.

Nos Estados Unidos foram cometidos 43.361.

Na Rússia foram cometidos 31.997.

No Japão foram cometidos 29.442.

Na Coreia do Sul foram cometidos 17.908.

No Paquistão foram cometidos 13.377.

No Brasil foram cometidos 11.821.

Na Alemanha foram cometidos 10.745.

No Bangladesh foram cometidos 10.167.

Por Que Não Se Fala em Suicídio na Mídia Brasileira?

Ao ler as informações extraídas do documento da OMS sobre as taxas de suicídio no mundo e deparar-se com o Brasil ocupando o oitavo lugar, com quase 12 mil no ano de 2012, você pode está se perguntando porque não ouviu falar antes.

Existe um acordo informal sobre a não divulgação de suicídios no Brasil, porque acredita-se que se muito divulgado, o número possa aumentar consideravelmente. É como se falar de suicídio incentivasse e desse ideia para outras pessoas.

O debate sobre informar ou não sobre suicídio recomeçou em 2002, após um editor de economia do New York Times ter sido encontrado morto no telhado do estacionamento do prédio do jornal e a polícia ter dito que se tratava de um suicídio.

No dia seguinte, cada veículo de imprensa, seguindo a sua linha editorial, deu a notícia e muitos foram questionados, considerados sensacionalistas. Foi então, que criou-se um debate forte sobre como e se a mídia deve mesmo falar em suicídio.

Não falar em suicídio até antes mesmo do ocorrido já era uma orientação, “evitar o máximo”. A ideia é sempre aquela de que a notícia de um suicídio pode acabar gerando outros. A orientação aos jornalistas é inclusive compartilhada nos manuais de redação das mídias brasileiras, como acontece no grupo RBS e Sistema Globo de Rádio e Rede Globo.

O Fator Humano na Divulgação de Suicídios

A verdade é que a justificativa usada pelas redações de veículos de comunicação para não divulgar suicídios, só em raríssimas exceções, não é comprovada pelos profissionais de saúde. Segundo eles, não existe nada que comprove que divulgar estimula outros atos idênticos.

Segundo alguns psiquiatras, que se posicionaram sobre o tema, o suicídio pode ser divulgado sim, desde que feito de forma ética. Que o caso não seja explorado criando o chamado “efeito dominó”. Poderia ser uma matéria que mostre a notícia negativa, mas que faça em modo de alertar sobre o problema e estimular a quem nutre essa ideia, buscar ajuda médica.

Se no Brasil, muitos psiquiatras defendem que falar sobre suicídio de forma ética não é um problema e não irá estimular outras pessoas a fazer o mesmo, os sociólogos e psiquiatras norte-americanos não concordam.

Segundo um grupo que falou sobre o tema, quando a imprensa divulga e dá detalhes de como aquela pessoa cometeu o suicídio, pode sim, provocar um outro, alimentar a ideia que está na cabeça de alguém. “Ensinar” como se faz.

O sociólogo da Universalidade da Califórnia vai mais longe, através de pesquisas, ele prova que a cada vez que um suicídio é noticiado , o número de casos aumenta em 2%. O que significa que realmente a teoria de que a notícia estimula estaria certa.

De qualquer forma, no Brasil, mesmo com a afirmação dos psiquiatras, de que não tem nada a ver, as redações continuam noticiando suicídios, em casos raríssimos.

http://www.culturamix.com/cultura/curiosidades/paises-com-maiores-indices-de-suicidio