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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Rússia barra carne da BRF. Governo russo identificou a presença de aditivo alimentar que serve para estimular o crescimento; lote saiu de unidade em Uberlândia (MG).

Governo russo identificou a presença de aditivo alimentar que serve para estimular o crescimento; lote saiu de unidade em Uberlândia (MG)

Thinkstock/Getty Images 

Lote de carne bovina da BRF saiu de unidade de produção de Uberlândia
A Rússia suspendeu as importações de carne suína de uma unidade da BRF após detectar a presença do aditivo alimentar ractopamina em carregamentos, informou o serviço veterinário e fitossanitário do país nesta quarta-feira (18).
A ractopamina é um estimulante de crescimento proibido na Rússia e em alguns outros países por causa de preocupações com a saúde. 
"A fim de bloquear o fornecimento de produtos perigosos para o mercado russo, o Rosselkhoznadzor está impondo restrições temporárias ao fornecimento de produtos da unidade 3681 da BRF, a partir de 19 de junho", informou o serviço regulador em comunicado.
A BRF negou, em nota à imprensa, o uso da ractopamina na unidade que fica em Uberlândia (MG) e disse que até o momento não foi notificada oficialmente sobre resultados de testes realizados pelas autoridades russas.
"Com base em seus sistemas de rastreabilidade e garantia de qualidade, incluindo testes realizados pela empresa para controle interno e análises em laboratórios oficiais reconhecidos e acreditados pelo Ministério da Agricultura, a BRF reitera o não uso da substância nas etapas do processo produtivo daquela unidade", informou a BRF.
A Rússia proibiu a maioria das importações de carne dos Estados Unidos e do Canadá em 2013 por causa de temores sobre o uso de ractopamina. Fornecimento do Brasil foi limitado em 2011 por causa de preocupações relacionadas ao seu sistema de monitoramento de segurança.
As importações vindas dos Estados Unidos e do Brasil foram retomadas parcialmente no início deste ano.
A BRF, por sua vez, disse ainda que as cargas embarcadas do Brasil são acompanhadas de certificado sanitário, acordado entre as autoridades sanitárias de ambos os países, que atesta o atendimento às normas russas estabelecidas na produção da carne em questão.
"Na unidade de Uberlândia, a produção industrial é 100% verticalizada. Todos os animais abatidos pertencem à BRF assim como as matrizes, ração, medicamentos e vacinas", informou a empresa, acrescentando que o transporte dos animais é feito de forma totalmente segregado.
A BRF afirmou também que possui sistema de dupla verificação por regime de coleta e análise de ração, urina e carne, visando garantir a ausência de ractopamina nas granjas, fábrica de ração e frigorífico. "Desta forma, a BRF garante e reafirma o não uso de ractopamina em animais cuja carne é exportada para a Rússia."


REUTERS / I G

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