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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Pesquisa revela que 14% dos brasileiros com mais de 70 anos continuam trabalhando

O Brasil envelhece, a natalidade diminui e a expectativa de vida dos brasileiros aumenta. De um lado cresce a demanda da Previdência; de outro, diminui a população trabalhadora. O fato é que os novos idosos se distanciam cada vez mais do modelo tradicional. Tornam-se empreendedores, aceitam desafios, entram para a universidade, mudam de profissão e aproveitam cada vez mais a vida. Mesmo assim, representam um ônus do ponto de vista do déficit previdenciário para o qual a sociedade precisa se preparar.
A pesquisa Longevidade: a perspectiva da longevidade e o impacto na sociedade, conduzida pela Zhuo Consultoria e Giacometti Comunicação, aponta que 14% dos brasileiros acima de 70 anos permanecem trabalhando contra 86% que não. Em São Paulo está o maior índice de trabalhadores com mais de 70 anos, 20%; os menores índices estão no Recife e em Porto Alegre, com 7% cada. A análise qualitativa mostra que 100% desses trabalhadores estão felizes com a atividade; 60% afirmam gostar do que fazem; 53% acreditam que são bem remunerados; e 13% apontam que o fato de conhecerem pessoas diferentes contribui para o nível de satisfação.
Segundo o coordenador e idealizador da pesquisa Dennis Giacometti, sócio-presidente da Giacometti Comunicação e da Zhuo – Gestão, Inovação e Estratégia de Marca, o estudo é claro ao apontar a necessidade de se reinventar aos 60 anos. “Esse é um grande desafio não apenas do indivíduo como da sociedade. No Brasil, a taxa de 27% de analfabetos funcionais, com ênfase entre os idosos, faz com que o retorno ao ambiente corporativo fique comprometido, diferente do que ocorre em países orientais que já registram esse movimento”, analisa Giacometti, acrescentando que o estudo Longevidade se baseia na contribuição de diversas correntes do conhecimento humano – biotecnologia, neurotecnologia, nanotecnologia e medicina; estudiosos que defendem que uma criança nascida hoje pode viver até os 120 anos se tiver práticas saudáveis.
No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) sinaliza que em 2013 o grupo de idosos de 60 anos ou mais será maior que o de crianças de até 14 anos. Hoje, a principal fonte de rendimento dos maiores de 60 anos é a aposentadoria ou pensão – que equivale a 66,2%, chegando a 74,7% dessa população no grupo de maiores de 65 anos. “É imperativo uma política de incentivo e apoio para o desenvolvimento de uma terceira idade ativa não somente do ponto de vista econômico como social. Temos que trabalhar para formar uma nova geração de brasileiros que associa o trabalho à longevidade e à maior contribuição com a sociedade”, afirma o empresário que, aos 63 anos, pretende continuar na ativa por muitos anos.

Envelhecimento: trabalho & família

O que os entrevistados das diferentes classes sociais e locais do país imaginam fazer ao envelhecer? Segundo Giacometti, 55% e 47% dos entrevistados da classe A querem aproveitar a vida e viajar, respectivamente, contra 41% e 39% da classe B; e 45% e 40% da classe C. O trabalho é apontado por apenas 8% da classe A, 10% da B e 15% da C. Ajudar o próximo foi apontado por 8% da classe A, 10% da B e 15% da C. O fato de a classe C ter um índice tão alto quanto a classe A na perspectiva otimista de aproveitar a vida confirma a consolidação dos sonhos de consumo. “Em contrapartida são maiores os índices entre a classe C de ajuda ao próximo”, salienta o coordenador da pesquisa.
São raros os brasileiros que pretendem cuidar de si na velhice. A pesquisa mostra que 45% dos brasileiros esperam que os filhos cuidem deles na velhice, sendo que entre os entrevistados com idade entre 56 e 69 anos esse índice é de 48%. “O pensamento é de retribuição, já que cuidaram dos filhos. Somente 7% pensam em cuidados profissionais. Para os maiores de 70 anos, as pessoas mais importantes no mundo são os filhos (81%) e cônjuge (37%)”, afirma Giacometti.
Na percepção de Dennis Giacometti, o processo de envelhecimento da população traz oportunidades – seja de se reinventar profissionalmente, seja na criação de produtos e serviços voltados às reais necessidades da terceira idade. O publicitário aponta o setor da educação como especialmente promissor. “A criação de cursos de capacitação voltados à inovação na terceira idade é extremamente importante. A proposta é substituir os cursos convencionais, associados muitas vezes a simplesmente passar o tempo, por cursos de capacitação. Um país como o Brasil, que não pode prescindir da experiência de profissionais experimentados, deve incentivar o empreendedorismo entre os maiores de 60 anos”, afirma, acrescentando exemplos como o de Roberto Marinho, que fundou a TV Globo aos sessenta anos. “Há outros anônimos que têm apontado a tendência, como Edson Gambuggi, que aos 82 anos se formou em medicina; Emar Chaves, formado aos 83 anos em Arquitetura; e Chames Rolim, que se formou em Direito aos 97 anos.
Um outro setor apontado como promissor pelo executivo para empreender é a saúde. “Existe uma demanda por serviços ligados à melhoria da qualidade de vida do idoso, visando a longevidade. Exercícios adequados, fisioterapia, alimentação funcional. Ocorre que o foco hoje para empreender ficou nas agências de viagens e seus pacotes turísticos, ou seja, esse produto não representa ou cobre todas as demandas dessa nova terceira idade”, avalia.

Estudo “Longevidade”

Diversas correntes do conhecimento humano – biotecnologia, neurotecnologia, nanotecnologia e medicina – mostram que uma criança nascida hoje pode viver até os 120 anos se tiver práticas saudáveis. Com esse ponto de partida, o estudo Longevidade: a perspectiva da longevidade e o impacto na sociedade buscou averiguar o grau de consciência dos brasileiros sobre o aumento da expectativa de vida e o impacto dessa perspectiva na vida do cidadão. Coordenado pelo arquiteto e publicitário Dennis Giacometti, o estudo avaliou a relação não apenas de idosos mas de jovens, com com esse novo cenário trazido pela longevidade.
A pesquisa foi realizada em três fases. Na primeira, qualitativa, a equipe da Zhuo Consultoria e Giacometti Comunicação organizou dois grupos de diferentes áreas do conhecimento que debateram o tema “a nova longevidade”. O grupo foi composto por Carlos Frederico Lúcio, antropólogo; Dante Marcello Claramonte Gallian, historiador; Frank Usarski, cientista da religião; Jorge Feliz, economista político; Júlio César Pompeu, filósofo; Maria Lúcia Santaella Braga, semioticista; Pedro Luiz Ribeiro de Santi, psicanalista; Irene Gaeta Arcuri, psicóloga; João Toniolo Neto, geriatra; José Carlos Ferrigno, psicólogo; Júlio Sérgio Cardozo, contador e administrador; Roberto Carlos Burini, biomédico; e Shirlei Schnaider Borelli, dermatologista.
Na segunda fase, foram organizados seis minigrupos com pessoas de diferentes perfis da sociedade – homens e mulheres das classes A, B e C, com idades entre 20 anos e 60 anos – para pré-testar a estrutura de abordagem das questões referentes ao novo universo da longevidade. Na terceira fase e com todas as hipóteses em mãos, iniciou-se a pesquisa quantitativa em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife, em uma amostra composta por mil casos. Participaram pessoas com idades entre 20 anos e 70 anos, das classes A, B e C. O Critério Brasil foi o adotado.
O estudo Longevidade: a perspectiva da longevidade e o impacto na sociedade teve início em 2013 e assume a proposta de atualizações periódicas. A nova edição foi concluída em novembro de 2014. 


BANDA B

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