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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

SÃO MIGUEL DO OESTE - Empresário é pioneiro na busca alternativa para baratear conta de luz

SÃO MIGUEL DO OESTE - Empresário é pioneiro na busca alternativa para baratear conta de luz

Placas produzem energia por meio de uma micro usina, que pode ser instalada no telhado de casas ou empresas 


As notícias que se têm no Brasil quando o assunto é energia são apagões e diminuição na distribuição, além do aumento na conta de luz dos brasileiros. Neste contexto, alternativas para produção de energia sem o uso de água podem ser consideradas uma boa opção, principalmente quando ainda barateia ou reduz a zero o custo da conta de luz. O sistema elétrico brasileiro enfrenta um momento crítico por conta da falta de chuvas. Na região Sudeste uma das maiores responsáveis pela geração de energia no país, os reservatórios das usinas hidrelétricas, estão com 19% de sua capacidade, quando o esperado era no mínimo de 40%. 
Para o especialista em energia Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o que aconteceu pode ser classificado como racionamento forçado por geração insuficiente ou estrutura de transmissão insuficiente para atender à demanda. Em Santa Catarina o corte foi de 150 megawatts, equivalente a 3,7% da demanda. Conforme a Celesc, o corte ocorre com o desligamento de 41 alimentadores e atinge cerca de 140 mil unidades consumidoras. Às 18h45 do último dia 12 havia 12.084 consumidores sem energia elétrica no Estado. 
Primeiro sistema de energia fotovoltaica da região 
Para evitar situações como essas e principalmente baratear a conta de luz, que já teve reajuste divulgado em +30%, são buscadas alternativas, o que fez o empresário José Corso, de São Miguel do Oeste. Por meio de pesquisas, Corso encontrou o sistema de energia fotovoltaica, uma espécie de micro usina, com a instalação de placas no telhado, que consiste na produção da energia que será consumida ou até mais, em sua residência ou estabelecimento comercial, como é o caso citado. 
Desde dezembro de 2012 (Resolução 482/12 da Aneel) empresas e residências de todo o Brasil podem produzir eletricidade a partir de fontes renováveis, como a luz solar, conectando o sistema de energia solar na rede elétrica. A energia que não for consumida irá para a distribuidora e o consumidor ganhará um abatimento na sua conta de luz. Para aderir ao sistema é preciso um estudo de viabilidade com uma empresa que realiza este tipo de serviço, além de autorizações junto à companhia de distribuição de energia elétrica. 
José Corso pesquisou e descobriu o sistema instalado em uma residência em Videira (SC), onde fez uma visita e conheceu a micro usina. “O proprietário da casa me mostrou que aquele mês pagaria R$ 6 de energia”, relata. Após conhecer o sistema, Corso aprofundou as pesquisas de empresas que instalam tal sistema de produção de energia. Localizou uma em Chapecó. “Desde que eu morava na roça em Joaçaba (SC), tínhamos mini usina de água que produzia energia. Em 1958 já tínhamos energia elétrica em casa, com uma roda d’água em um riozinho. Uma energia limpa e renovável, sem poluição, como é essa”, salienta. 
Sobre o sistema fotovoltaico, Corso explica que as placas instaladas em um telhado captam energia solar e por meio de conversor a energia contínua é transformada em alternada, sendo jogada para a rede da companhia de distribuição (Celesc). Em casa, por meio de um software, o empresário pode acompanhar quanto de energia seu sistema produziu no mês. O calculo de quanto irá pagar na conta de luz é feito pelo sistema de compensação, quanto gastou da companhia de distribuição e quanto de energia produziu. Porém, o empresário menciona que para funcionar todo o sistema é necessária uma aprovação da companhia, o que resulta em grande burocracia. 

Corso explica que o sistema de placas que já se via em residências da região são apenas para aquecimento de água. Já o seu sistema é diferente e produz energia, inclusive é o primeiro da região do Extremo-Oeste. Para instalação, o custo, em média, no sistema escolhido pelo empresário, é de até R$ 28 mil. “O cálculo que foi feito é que de cinco a seis anos o meu investimento retorna. A durabilidade deste sistema é de até dez anos, mas em nossa região, devido ao clima, é de até 25 anos. Nossa região é privilegiada, temos muito sol. A média de gasto que tenho é de até R$ 450 por mês, agora acho que vou zerar as contas”, calcula. 
Na propriedade de Corso serão colocadas 20 placas e a energia será abatida na conta de sua residência e de seu estabelecimento comercial, um estúdio de gravações. Segundo ele, pode ser escolhido o número de placas a serem instaladas, isso irá interferir na quantidade de energia produzida. “Se eu produzir além do que eu consumir, por exemplo, em outros países como a Alemanha, a própria companhia de energia compra. Mas aqui isso ainda não é permitido. O que posso fazer é ceder para outra pessoa e abater o custo de energia de uma conta de outra pessoa”, explica ele. 
Corso observa que há muitas empresas buscando esta alternativa para compensar a energia que gasta e reduzir as contas, muitas inclusive instalando centenas de placas que captam energia solar. Ele menciona que se produzir mais energia do que se é consumido, as usinas diminuem a produção de energia durante o dia e gastam menos água, considerando assim uma fonte de energia ecologicamente importante, já que precisaria de menos água, o que está em escassez com o passar dos anos. “Acredito que o governo deveria incentivar essa alternativa”, argumenta.

Fonte: ROBERTO LORENZON

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