Foto: Júlio Cordeiro / Agencia RBS
Mais de 50% das crianças e adolescentes dos Estados Unidos não se hidrata adequadamente, mostra o primeiro estudo daquele país sobre o assunto, realizado pela Universidade de Harvard. Para os meninos esse índice foi 76% maior em comparação às meninas.
Pesquisadores observaram mais de quatro mil jovens com idades entre seis e 19 anos, no período de 2009 a 2012. As crianças e os adolescentes participaram da National Health and Nutrition Examination Survey, um levantamento nacional realizado a cada ano para avaliar a saúde dos americanos. Os especialistas observaram o nível de hidratação de cada indivíduo por meio da osmolaridade urinária, uma medida que determina a concentração da urina.
A pesquisa, que teve seus resultados publicados no American Journal of Public Health, também identificou diferenças étnicas e raciais ao observar que jovens negros estavam mais sujeitos a não apresentar uma boa qualidade de hidratação.
Erica Kenney afirma que as conclusões destacam um problema de saúde potencial, para o qual não é dada a atenção necessária. A pesquisadora também faz um alerta:
— Para muitas crianças, esta questão não é uma ameaça que precisa ser resolvida imediatamente, mas isso pode prejudicar a qualidade de vida e o bem-estar de outras tantas.
Além disso, cerca de um quarto das crianças e adolescentes relataram que não bebem água pura como deveriam.
O consumo de água é essencial para os processos fisiológicos: circulação, metabolismo, regulação da temperatura e desintoxicação. Em geral, a população já conhece os riscos que a falta excessiva de água no organismo apresenta à saúde, mas desconhece que até mesmo uma leve desidratação pode causar problemas como dores de cabeça, irritação, baixo desempenho físico e declínio cognitivo.
— A boa notícia é que este problema de saúde pública pode ser resolvido com facilidade. Ao focar na conscientização das crianças quanto à importância de beber mais água, é possível melhorar a qualidade da hidratação, permitindo que muitas crianças se sintam mais ativas durante o dia, apresentando melhor desempenho escolar — afirma Steven Gortmaker, professor de sociologia e principal autor do estudo.
DIÁRIO GAÚCHO
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