Merengues superam argentinos com autoridade, ganham torneio pela 1ª vez na atual versão e juntam taça às da Copa do Rei, Supercopa da Europa e Champions em 2014.
A influência do Papa Francisco não adiantou, nem a catimba antes e durante o jogo. Em campo, o Rreal Madrid fez valer a enorme superioridade técnica e venceu um valente San Lorenzo por 2 a 0, no Grand Stade de Marrakesh, para conquistar o Mundial de Clubes neste sábado. Sergio Ramos e Bale fizeram os gols do triunfo.
Este foi o primeiro título dos merengues na atual versão do torneio, coroando um ano que já havia sido classificado pelos jogadores e pelo técnico Carlo Ancelotti como fantástico – foram outras três taças em 2014: Copa do Rei, Supercopa da Europa e Liga dos Campeões. Em termos de Mundial, o Real já havia faturado três vezes no modelo antigo, que incluía apenas europeus e sul-americanos: em 1960, 1998 e 2002. Agora é o que tem mais conquistas, ao lado do Milan.
Casillas ergue a taça do Mundial de Clubes da Fifa: primeira conquista merengue no torneio
(Foto: Getty Images)
O triunfo merengue veio com forte apoio da torcida local, que compareceu em peso para ver seus ídolos de perto – os marroquinos prepararam até um bandeirão para Cristiano Ronaldo. Os argentinos também marcaram presença: no mínimo, 12 mil deles ocuparam as arquibancadas e cantaram o jogo inteiro, mesmo quando o San Lorenzo ficou atrás do placar. Ao todo, 38.345 assistiram à partida no estádio.
Na premiação, Sergio Ramos recebeu a Bola de Ouro de craque do torneio, superando Cristiano Ronaldo, ganhador do troféu de prata. Surpreendentemente como sua equipe, o meia neo-zelandês de origem croata Vicelich, do Auckland City, ficou com a de bronze como o terceiro melhor do Mundial. O volante alemão Kroos se tornou o nono jogador a ganhar títulos mundiais por seleção e time no mesmo ano, repetindo os feitos dos brasileiros Gilmar, Zito, Mauro, Roberto Carlos e Ronaldo, e dos argentinos Pumpido, Ruggeri e Hector Enrique.
O duelo, marcado por polêmicas antes do jogo, com o San Lorenzo reclamando da arbitragem e questionando o "violento" Pepe, começou exatamente no clima de Libertadores criado pelos argentinos. Logo aos dois minutos, Cauteruccio fez falta por trás em Kroos, que se irritou e discutiu com o adversário.
O San Lorenzo, porém, não se limitou à catimba. Mesmo retardando o jogo, reclamando da arbitragem e abusando das faltas, o time argentino tentou ir para o ataque quando tinha a bola. Chegou a equilibrar o duelo, marcando forte e trocando passes, mas quando Cauteruccio comandava o time ao ataque, ficava clara a diferença entre os times: o camisa 9 do Ciclón era facilmente anulado por Pepe e Sergio Ramos.
Sergio Ramos comemora primeiro gol da equipe merengue
(Foto: Reuters)
Coube a Ramos, aliás, abrir caminho para a vitória. Se o Real estava pouco inspirado, criando pouco perigo pelo chão, o zagueiro apareceu novamente no ataque. Aos 36 minutos, Kroos bateu escanteio, e o defensor subiu livre para cabecear para as redes.
Antes do intervalo, o único revés do Real na partida. Aos 43 minutos, Marcelo precisou ser substituído por sentir uma lesão no quadríceps.
Atrás no placar, o San Lorenzo padeceu ainda mais com seu ataque inofensivo, sem conseguir superar a defesa merengue. O Real passou a ter mais o controle do jogo e começou a aproveitar os espaços na defesa, em arrancadas de Cristiano Ronaldo e Bale. Aos cinco minutos do segundo tempo, o galês recebeu na área, chutou e contou com colaboração do goleiro Torrico para ampliar a vantagem e selar a vitória.
G 1
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